{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/carajas/noticias/brasil/804655/justica-vai-tirar-do-ar-redes-sociais-que-nao-apoiarem-acao","headline":"Justiça vai tirar do ar redes sociais que não apoiarem ação","datePublished":"2023-04-13T09:37:31-03:00","dateModified":"2023-04-13T10:13:55-03:00","author":{"@type":"Person","name":"DOL Carajás com Agência Brasil","url":"/carajas/noticias/brasil/804655/justica-vai-tirar-do-ar-redes-sociais-que-nao-apoiarem-acao"},"image":"/img/Artigo-Destaque/800000/REDES_00804655_0_.jpg?xid=2607063","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Em meio ao ambiente de pânico envolvendo ameaças e casos de violência no ambiente escolar, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) anunciou nesta quarta-feira (12) a edição de uma nova portaria com uma série de obrigações para as plataformas de redes sociais","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;A sociedade brasileira, a comunidade e as autoridades debatem o tema viol\\u0026#234;ncia nas escolas e est\\u0026#227;o apertando o cerco a tudo o que possa gerar gatilho para o in\\u0026#237;cio de uma a\\u0026#231;\\u0026#227;o assim. 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Segundo a pesquisadora, o ideal teria sido o envolvimento de outros \\u0026#243;rg\\u0026#227;os, incluindo o pr\\u0026#243;prio Poder Judici\\u0026#225;rio, a quem deveria caber ordens de remo\\u0026#231;\\u0026#227;o. \\u0026quot;Acho que essa seria uma tarefa para a Procuradoria de Defesa do Estado Democr\\u0026#225;tico de Direito, da Advocacia Geral da Uni\\u0026#227;o, que poderia acionar a Justi\\u0026#231;a para dar ordens de remo\\u0026#231;\\u0026#227;o num curt\\u0026#237;ssimo prazo, sem ser um ato istrativo unilateral e sem prazo determinado\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A pesquisadora defende ainda que o Brasil crie, assim como a Uni\\u0026#227;o Europeia - citada por Fl\\u0026#225;vio Dino como refer\\u0026#234;ncia regulat\\u0026#243;ria -, um \\u0026#243;rg\\u0026#227;o com atribui\\u0026#231;\\u0026#227;o legal para orientar as plataformas no \\u0026#226;mbito da modera\\u0026#231;\\u0026#227;o de conte\\u0026#250;dos. \\u0026quot;Em um contexto de crise como este, um \\u0026#243;rg\\u0026#227;o regulador poderia adotar medidas excepcionais de defini\\u0026#231;\\u0026#227;o modera\\u0026#231;\\u0026#227;o de conte\\u0026#250;do, num determinado contexto e intervalo de tempo, mas n\\u0026#227;o o governo de plant\\u0026#227;o. Os padr\\u0026#245;es internacionais restringem esse tipo de atua\\u0026#231;\\u0026#227;o por parte de governantes do Poder Executivo por entender que isso causa um risco excessivo ao exerc\\u0026#237;cio da liberdade de express\\u0026#227;o\\u0026quot;, observa.\\u0026amp;nbsp; \\u0026amp;nbsp; \\u0026amp;nbsp;\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A proposta de regula\\u0026#231;\\u0026#227;o das plataformas de redes sociais apresentada pelo governo prev\\u0026#234; a cria\\u0026#231;\\u0026#227;o de uma autoridade supervisora independente, nos moldes de outras experi\\u0026#234;ncias internacionais.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Rondas escolares\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Nesta ter\\u0026#231;a-feira (11), o ministro Fl\\u0026#225;vio Dino assinou um edital de chamamento p\\u0026#250;blico para ampliar o programa de seguran\\u0026#231;a nas escolas. Ao todo, ser\\u0026#227;o investidos R$ 150 milh\\u0026#245;es com recursos do Fundo Nacional de Seguran\\u0026#231;a P\\u0026#250;blica (FNSP). As secretarias de seguran\\u0026#231;a de estados e munic\\u0026#237;pios, ou equivalentes, poder\\u0026#227;o apresentar projetos em seis diferentes \\u0026#225;reas tem\\u0026#225;ticas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Canais\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Den\\u0026#250;ncias sobre amea\\u0026#231;as de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura, criado pelo Minist\\u0026#233;rio da Justi\\u0026#231;a e Seguran\\u0026#231;a P\\u0026#250;blica, em parceria com a SaferNet Brasil. As informa\\u0026#231;\\u0026#245;es enviadas ao canal ser\\u0026#227;o mantidas sob sigilo e n\\u0026#227;o h\\u0026#225; identifica\\u0026#231;\\u0026#227;o do denunciante.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;e o site para fazer uma den\\u0026#250;ncia.\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Em caso de emerg\\u0026#234;ncia, a orienta\\u0026#231;\\u0026#227;o \\u0026#233; ligar para o 190 ou para a delegacia de pol\\u0026#237;cia mais pr\\u0026#243;xima.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;div\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/div\\u0026gt;","keywords":"Ministério da Justiça e Segurança Pública, portaria, apologia à violência, violência nas escolas, tirar do ar, redes sociais, multa, Senacon, Facebook, Instagram, WhatsApp"}
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APOLOGIA À VIOLÊNCIA

Justiça vai tirar do ar redes sociais que não apoiarem ação

O descumprimento das medidas determinadas pelo Ministério da Justiça poderá acarretar aplicação de multas ou até mesmo na suspensão istrativa dos serviços das redes sociais no país

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Imagem ilustrativa da notícia Justiça vai tirar do ar redes sociais que não apoiarem ação camera . A mira da justiça brasileira está nas redes sociais como Facebook, Instagram, WhatsApp, Tik Tok e Kwai | Reuters/Direitos Reservados

A sociedade brasileira, a comunidade e as autoridades debatem o tema violência nas escolas e estão apertando o cerco a tudo o que possa gerar gatilho para o início de uma ação assim. A mira da justiça brasileira está nas redes sociais como Facebook, Instagram, WhatsApp, Tik Tok e Kwai.

Em meio ao ambiente de pânico envolvendo ameaças e casos de violência no ambiente escolar, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) anunciou nesta quarta-feira (12) a edição de uma nova portaria com uma série de obrigações para as plataformas de redes sociais.

De acordo com o ministro Flávio Dino, a norma assinada por ele traz "medidas práticas e concretas" de regulação do serviço prestado pelo setor, com foco específico na prevenção de violência contra escolas. Nas últimas semanas, ocorreram dois atentados desse tipo e ameaças de ataques têm se propagado no país inteiro.

"Pela primeira vez temos um regramento claro de como combater condutas a partir da responsabilização das empresas, que, durante anos, disseram que elas eram neutras e que, portanto, elas não eram responsáveis. E são", declarou.

"O que a portaria afirma é que são responsáveis politicamente, socialmente e juridicamente. Porque essas empresas são prestadoras de serviços, eles selecionam conteúdo que nós visualizamos, eles impulsionam conteúdos, eles influenciam, portanto, no conteúdo que circula na internet", afirmou em coletiva de imprensa para anunciar a medida.

A portaria prevê, por exemplo, que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, instaure processos istrativos para apuração de responsabilidade de cada empresa em relação à eventual violação do que o ministro chamou de "dever de segurança e de cuidado" das plataformas em relação a conteúdos violentos contra comunidades escolares.

É no âmbito desses processos que as plataformas deverão atender a diversas requisições da pasta prevista na norma, como, por exemplo, a obrigação de apresentar relatórios de avaliação de riscos sistêmicos sobre propagação de conteúdos ilícitos, informações sobre risco de o de crianças e adolescentes a conteúdos inapropriados para idade, além de conteúdos considerados ilegais, nocivos e danosos, segundo a portaria.

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A Senacon também poderá requerer informações sobre risco de propagação e viralização de conteúdos e perfis que exibam extremismo violento, incentivem ataques ao ambiente escolar ou façam apologia e incitação a esses crimes ou a seus perpetradores.

O descumprimento das medidas, segundo o ministro Flávio Dino, poderá acarretar aplicação de multas que podem chegar a R$ 12 milhões ou, nos casos mais graves, até mesmo na suspensão istrativa dos serviços das redes sociais no país.

"O que desejamos é a adequação desses serviços. Mas, o processo istrativo estará instaurado e, claro, se não houver o atendimento dessa normatividade ditada sobre violência contra escolas, o processo istrativo vai adiante para que haja aplicação dessas sanções, que vão desde multas até, eventualmente, a suspensão das atividades", ressaltou Dino. Apesar de ser editada em contexto de crise, a portaria tem prazo indeterminado.

Identificação de autores

Outra determinação da portaria exige o compartilhamento, entre as plataformas de redes sociais e as autoridades policiais, de dados que permitam a identificação do usuário ou do terminal da conexão com a internet que o usuário disponibilizou o conteúdo considerado violento contra escolas. Este trabalho ficará sob coordenação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), também vinculada ao MJSP.

Também segundo a portaria, a Senasp poderá determinar às plataformas que impeçam a criação de novos perfis a partir dos endereços de protocolo de internet (endereço IP) em que já foram detectadas atividades ilegais, danosas e perigosas.

Ainda de acordo com a portaria, a Senasp vai instituir um banco de dados de conteúdos ilegais, contendo links, imagens, vídeos, entre outros, com o objetivo de facilitar a identificação pelos sistemas automatizados das plataformas, para que sejam rapidamente removidos.

A portaria não determine prazos específicos de remoção, mas o ministro da Justiça disse que deverá adotar como padrão o prazo máximo de duas horas, o mesmo usado pela Justiça Eleitoral, durante as eleições de 2022, para a retirada de conteúdos ilegais nas redes sociais.

Preocupação

A decisão de regular redes sociais por meio de uma portaria ministerial, e não uma lei, levantou preocupações de especialistas e entidades da sociedade civil, apesar da situação de emergência envolvendo atos e ameaças de violência nas escolas. A própria regulação ampla das redes sociais está em discussão atualmente no Congresso Nacional, e é defendida pelo atual governo, que apresentou sugestões ao Projeto de Lei 2.630/2020 ainda no mês ado.

"O Estado deve sim olhar para essa questão das escolas com a urgência que ela merece, mas me parece preocupante que, em meio a esse processo de discussão regulatória no Congresso, uma única pasta do governo federal adote uma portaria que prevê medidas muito duras, como a possibilidade de sanções com bloqueio do serviço", aponta a jornalista e pesquisadora Bia Barbosa, representante do terceiro setor no Comitê Gestor da Internet (CGI.br) e integrante do coletivo DiraCom - Direito à Comunicação e Democracia.

Para Bia Barbosa, o maior problema é a escolha do instrumento legal de regulação. "Hoje temos um governo comprometido com a democracia, mas se a gente muda de contexto, um governo autoritário poderia usar esse tipo de instrumento com sérias ameaças à democracia", pondera. Segundo a pesquisadora, o ideal teria sido o envolvimento de outros órgãos, incluindo o próprio Poder Judiciário, a quem deveria caber ordens de remoção. "Acho que essa seria uma tarefa para a Procuradoria de Defesa do Estado Democrático de Direito, da Advocacia Geral da União, que poderia acionar a Justiça para dar ordens de remoção num curtíssimo prazo, sem ser um ato istrativo unilateral e sem prazo determinado".

A pesquisadora defende ainda que o Brasil crie, assim como a União Europeia - citada por Flávio Dino como referência regulatória -, um órgão com atribuição legal para orientar as plataformas no âmbito da moderação de conteúdos. "Em um contexto de crise como este, um órgão regulador poderia adotar medidas excepcionais de definição moderação de conteúdo, num determinado contexto e intervalo de tempo, mas não o governo de plantão. Os padrões internacionais restringem esse tipo de atuação por parte de governantes do Poder Executivo por entender que isso causa um risco excessivo ao exercício da liberdade de expressão", observa.

A proposta de regulação das plataformas de redes sociais apresentada pelo governo prevê a criação de uma autoridade supervisora independente, nos moldes de outras experiências internacionais.

Rondas escolares

Nesta terça-feira (11), o ministro Flávio Dino assinou um edital de chamamento público para ampliar o programa de segurança nas escolas. Ao todo, serão investidos R$ 150 milhões com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). As secretarias de segurança de estados e municípios, ou equivalentes, poderão apresentar projetos em seis diferentes áreas temáticas.

Canais

Denúncias sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura, criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a SaferNet Brasil. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.

e o site para fazer uma denúncia.

Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.

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