{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/carajas/noticias/brasil/810043/baixo-indice-de-vacinacao-contra-polio-preocupa-autoridades","headline":"Baixo índice de vacinação contra pólio preocupa autoridades","datePublished":"2023-05-18T10:48:19-03:00","dateModified":"2023-05-18T19:07:19-03:00","author":{"@type":"Person","name":"DOL Carajás com Agência Brasil","url":"/carajas/noticias/brasil/810043/baixo-indice-de-vacinacao-contra-polio-preocupa-autoridades"},"image":"/img/Artigo-Destaque/810000/POLIO2_00810043_0_.jpg?xid=2634900","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Quem vivenciou o fim dos anos 70 e meados dos anos 80 no Brasil não esquece uma doença que trouxe um estigma negativo para o país. A Poliomielite, ou paralisia infantil. Uma doença que, apesar de atacar todas as idades, era mais comum em crianças, por justamente estas, colocarem rotineiramente a mão na boca, principal forma de se \"pegar\" a doença.","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Quem vivenciou o fim dos anos 70 e meados dos anos 80 no Brasil n\\u0026#227;o esquece uma doen\\u0026#231;a que trouxe um estigma negativo para o pa\\u0026#237;s. A Poliomielite, ou paralisia infantil. 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A meta do Programa Nacional de Imuniza\\u0026#231;\\u0026#245;es (PNI) \\u0026#233; vacinar entre 90% e 95% das crian\\u0026#231;as menores de 5 anos de idade.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Mas a prote\\u0026#231;\\u0026#227;o nunca esteve t\\u0026#227;o baixa. Em 2022, o percentual de vacina\\u0026#231;\\u0026#227;o foi de 72%. No ano anterior, foi menor ainda, pouco menos de 71%, informou o Minist\\u0026#233;rio da Sa\\u0026#250;de. Os n\\u0026#250;meros trazem preocupa\\u0026#231;\\u0026#227;o porque, apesar de o Brasil ter registrado o \\u0026#250;ltimo caso da doen\\u0026#231;a em 1989, h\\u0026#225; 34 anos, outros pa\\u0026#237;ses ainda n\\u0026#227;o erradicaram a doen\\u0026#231;a, o que pode fazer o v\\u0026#237;rus voltar a circular por aqui.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/carajas/noticias/para/809920/adepara-lanca-processo-seletivo-para-94-vagas-temporarias?d=1\\u0026quot;\\u0026gt;+ Adepar\\u0026#225; lan\\u0026#231;a processo seletivo para 94 vagas tempor\\u0026#225;rias\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A m\\u0026#233;dica disse que nasceu sem nenhuma patologia. “Mas aos 9 meses eu contra\\u0026#237; a poliomielite e foi por falta da vacina\\u0026#231;\\u0026#227;o”. Ela explica porque n\\u0026#227;o recebeu a vacina contra a p\\u0026#243;lio. “Isso foi em 1971, j\\u0026#225; tem algumas d\\u0026#233;cadas, a gente n\\u0026#227;o tinha o SUS [Sistema \\u0026#218;nico de Sa\\u0026#250;de]. Sou do Nordeste, de Macei\\u0026#243;, cidade linda, mas l\\u0026#225; n\\u0026#227;o tinha muitos recursos e naquela \\u0026#233;poca s\\u0026#243; tinha campanhas, n\\u0026#227;o era como hoje, que em qualquer unidade de sa\\u0026#250;de voc\\u0026#234; leva seu filho e vacina. Quando houve campanha, eu estava com febre e vomitando, n\\u0026#227;o podia tomar a vacina, a\\u0026#237; quando eu estava bem, n\\u0026#227;o tinha a disponibilidade da vacina”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Nesse intervalo, ela acabou contraindo o v\\u0026#237;rus da poliomielite. “\\u0026#201; um v\\u0026#237;rus que em algumas crian\\u0026#231;as pode at\\u0026#233; n\\u0026#227;o causar sintomas, como acontece hoje com a covid 19, algumas pessoas nem desenvolvem sintomas, com a poliomielite \\u0026#233; a mesma forma. Mas crian\\u0026#231;as desenvolveram a forma grave, que foi o meu caso, que tem o ataque da medula, que acaba trazendo consequ\\u0026#234;ncias nas c\\u0026#233;lulas nervosas motoras, que acaba causando uma paralisia fl\\u0026#225;cida”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Rivia estava justamente na fase de dar os primeiros os quando a m\\u0026#227;e percebeu que ela ficava de p\\u0026#233;, mas logo ca\\u0026#237;a. “Ela me levou para uma avalia\\u0026#231;\\u0026#227;o m\\u0026#233;dica e foi diagnosticada a paralisia. ei por 14 cirurgias para conseguir caminhar um pouco, agora estou com esta \\u0026#243;rtese que \\u0026#233; muita boa em me dar seguran\\u0026#231;a para andar, ei por v\\u0026#225;rias fases com e sem \\u0026#243;rteses, com e sem bengalas, para ter maior estabilidade e mais seguran\\u0026#231;a”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/carajas/noticias/policia/809936/video-mostra-influenciadora-em-carro-antes-de-ser-morta?d=1\\u0026quot;\\u0026gt;+ V\\u0026#237;deo mostra influenciadora em carro antes de ser morta\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Segundo a Organiza\\u0026#231;\\u0026#227;o Pan-Americana da Sa\\u0026#250;de (Opas), a grande maioria das infec\\u0026#231;\\u0026#245;es n\\u0026#227;o produz sintomas, mas de cinco a dez em cada 100 pessoas infectadas com esse v\\u0026#237;rus podem apresentar sintomas semelhantes aos da gripe. Em um a 200 casos, o v\\u0026#237;rus destr\\u0026#243;i partes do sistema nervoso, causando paralisia permanente nas pernas ou bra\\u0026#231;os. N\\u0026#227;o h\\u0026#225; cura. Os principais efeitos da doen\\u0026#231;a s\\u0026#227;o aus\\u0026#234;ncia ou diminui\\u0026#231;\\u0026#227;o de for\\u0026#231;a muscular no membro afetado e dores nas articula\\u0026#231;\\u0026#245;es.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Embora muito raro, o v\\u0026#237;rus pode atacar as partes do c\\u0026#233;rebro que ajudam a respirar, o que pode levar \\u0026#224; morte. H\\u0026#225; 30 anos, a p\\u0026#243;lio paralisou quase 1.000 crian\\u0026#231;as por dia em 125 pa\\u0026#237;ses em todo o mundo, incluindo pa\\u0026#237;ses das Am\\u0026#233;ricas, informou a Opas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Z\\u0026#233; Gotinha\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Em 1994, o Brasil foi certificado pela Organiza\\u0026#231;\\u0026#227;o Mundial de Sa\\u0026#250;de (OMS), junto com os demais pa\\u0026#237;ses das Am\\u0026#233;ricas, como livre da poliomielite. O combate \\u0026#224; doen\\u0026#231;a fez surgir um dos personagens mais conhecidos da cultura m\\u0026#233;dica nacional, o Z\\u0026#233; Gotinha. O nome se refere \\u0026#224; vacina atenuada oral (VOP), aplicada como dose de refor\\u0026#231;o dos 15 meses aos 4 anos de idade.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Mas o esquema vacinal come\\u0026#231;a antes. O Programa Nacional de Imuniza\\u0026#231;\\u0026#245;es recomenda que a vacina inativada, em forma de inje\\u0026#231;\\u0026#227;o, deve ser aplicada aos 2, 4 e 6 meses de idade e depois o refor\\u0026#231;o. A vacina est\\u0026#225; dispon\\u0026#237;vel em todos os centros p\\u0026#250;blicos de sa\\u0026#250;de e pode ser istrada simultaneamente com as demais dos calend\\u0026#225;rios de vacina\\u0026#231;\\u0026#227;o do Minist\\u0026#233;rio da Sa\\u0026#250;de.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Estrat\\u0026#233;gias\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Em S\\u0026#227;o Paulo, a Secretaria Municipal da Sa\\u0026#250;de elaborou as a\\u0026#231;\\u0026#245;es a serem realizadas este ano para diminuir o risco de reintrodu\\u0026#231;\\u0026#227;o da poliomielite e fortalecer a vacina\\u0026#231;\\u0026#227;o na maior cidade do pa\\u0026#237;s.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/carajas/entretenimento/809941/carla-cecato-tem-ado-secreto-com-globo-que-poucos-sabem?d=1\\u0026quot;\\u0026gt;+ Carla Cecato tem ado secreto com Globo que poucos sabem\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A enfermeira e coordenadora do Programa Municipal de Imuniza\\u0026#231;\\u0026#245;es (PMI), Mariana de Souza Ara\\u0026#250;jo, explica como as a\\u0026#231;\\u0026#245;es ser\\u0026#227;o desenvolvidas. “As salas de vacina\\u0026#231;\\u0026#227;o t\\u0026#234;m os hor\\u0026#225;rios estendidos, funcionam das 7h \\u0026#224;s 19h e aos s\\u0026#225;bados tamb\\u0026#233;m fazemos a vacina\\u0026#231;\\u0026#227;o nas AMA/UBS integradas, para aqueles pais que n\\u0026#227;o conseguem levar a crian\\u0026#231;a durante a semana”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Outra a\\u0026#231;\\u0026#227;o \\u0026#233; a Declara\\u0026#231;\\u0026#227;o de Vacina\\u0026#231;\\u0026#227;o Atualizada (DVA), a ser preenchida e entregue \\u0026#224; escola em que o aluno est\\u0026#225; matriculado, que tem o objetivo de aumentar a cobertura vacinal entre os estudantes. “Todos os pais t\\u0026#234;m que levar a DVA certificada na escola, assim, as crian\\u0026#231;as que n\\u0026#227;o devolvem a DVA, fazemos a busca ativa, com os agentes comunit\\u0026#225;rios das UBS, que v\\u0026#227;o at\\u0026#233; a casa daquela crian\\u0026#231;a e a vacinam no local”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ainda em parceria com a Secretaria Municipal de Educa\\u0026#231;\\u0026#227;o, o PMI tem realizado a\\u0026#231;\\u0026#245;es nas escolas. “Para os pais que n\\u0026#227;o conseguem levar as crian\\u0026#231;as nas UBS, vacinamos nas escolas. Divulgamos ainda, nas nossas redes sociais, as informa\\u0026#231;\\u0026#245;es sobre as vacinas, mas se os pais tiverem ainda alguma d\\u0026#250;vida, procure qualquer servi\\u0026#231;o de sa\\u0026#250;de que os profissionais poder\\u0026#227;o orientar”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p class=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\t\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;A vacina, eficaz para a erradica\\u0026amp;#231;\\u0026amp;#227;o da doen\\u0026amp;#231;a no Brasil, \\u0026amp;#233; a \\u0026amp;#250;nica alternativa para n\\u0026amp;#227;o permitir que a doen\\u0026amp;#231;a volte\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/810000/767x0/POLIO3_00810043_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F810000%2FPOLIO3_00810043_0_.jpg%3Fxid%3D2634903%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748272494\\u0026amp;amp;xid=2634903\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/810000/767x0/POLIO3_00810043_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F810000%2FPOLIO3_00810043_0_.jpg%3Fxid%3D2634903%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748272494\\u0026amp;amp;xid=2634903\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; A vacina, eficaz para a erradica\\u0026amp;#231;\\u0026amp;#227;o da doen\\u0026amp;#231;a no Brasil, \\u0026amp;#233; a \\u0026amp;#250;nica alternativa para n\\u0026amp;#227;o permitir que a doen\\u0026amp;#231;a volte |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Reprodu\\u0026amp;#231;\\u0026amp;#227;o\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A coordenadora refor\\u0026#231;a que a \\u0026#250;nica maneira de impedir que o v\\u0026#237;rus retorne ao pa\\u0026#237;s \\u0026#233; mantendo as altas coberturas. “Em S\\u0026#227;o Paulo, estamos com uma cobertura pr\\u0026#243;xima da meta, com 80%, mas precisamos vacinar mais e que todas as crian\\u0026#231;as tenham o esquema completo para estarem protegidas”.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Um caso recente da doen\\u0026#231;a foi confirmado em Loreto, no Peru, o que aumentou o risco do Brasil, lembra a coordenadora do PMI. “Temos risco porque o Brasil \\u0026#233; um pa\\u0026#237;s de portas abertas, recebemos imigrantes e refugiados, ent\\u0026#227;o precisamos manter a nossas coberturas vacinais exatamente por isso, porque recebemos pessoas de outros pa\\u0026#237;ses que t\\u0026#234;m casos e sabemos que onde tem casos de p\\u0026#243;lio s\\u0026#227;o os pa\\u0026#237;ses com baixas coberturas vacinais. Ent\\u0026#227;o a nossa cobertura vacinal alta \\u0026#233; a \\u0026#250;nica forma de evitar que o v\\u0026#237;rus se reintroduza no pa\\u0026#237;s”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Outras informa\\u0026#231;\\u0026#245;es sobre a vacina\\u0026#231;\\u0026#227;o est\\u0026#227;o dispon\\u0026#237;veis na p\\u0026#225;gina Vacina Sampa.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O v\\u0026#237;rus da poliomielite \\u0026#233; transmitido de pessoa a pessoa por via fecal-oral ou, menos frequentemente, por um meio comum, a \\u0026#225;gua ou alimentos contaminados, por exemplo, e se multiplica no intestino.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Para quem hesita em vacinar seus filhos, a m\\u0026#233;dica Rivia tem um alerta e um conselho. “ei por muitas dores e ainda as sinto, tive que vencer barreiras e a ibilidade, tudo isso por conta de uma n\\u0026#227;o vacina\\u0026#231;\\u0026#227;o. Apesar das pessoas hoje desconhecerem a paralisia infantil, \\u0026#233; uma doen\\u0026#231;a totalmente preven\\u0026#237;vel com a vacina que est\\u0026#225; a\\u0026#237;, com toda a facilidade nas unidades de sa\\u0026#250;de. Vacinem seus filhos, o nosso desejo \\u0026#233; que as crian\\u0026#231;as continuem saud\\u0026#225;veis”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;div\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/div\\u0026gt;","keywords":"Vacinação, Poliomielite, paralisia infantil, números de vacinados baixo, preocupação, volta da paralisia, Brasil, campanhas"}
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APÓS 34 ANOS

Baixo índice de vacinação contra pólio preocupa autoridades

O Brasil era modelo no quesito vacinação e combate à doenças que estavam controladas, e que podem voltar com força total, como a poliomielite, ou paralisia infantil

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Imagem ilustrativa da notícia Baixo índice de vacinação contra pólio preocupa autoridades camera A paralisia infantil foi um problema sério no Brasil dos anos 70 e 80, e agora, a situação pode voltar | Shutterstock

Quem vivenciou o fim dos anos 70 e meados dos anos 80 no Brasil não esquece uma doença que trouxe um estigma negativo para o país. A Poliomielite, ou paralisia infantil. Uma doença que, apesar de atacar todas as idades, era mais comum em crianças, por justamente estas, colocarem rotineiramente a mão na boca, principal forma de se "pegar" a doença.

“As pessoas ficam muito surpresas quando eu digo ‘não foi acidente de carro não, foi paralisia infantil’”, explica a médica Rivia Ferraz, de 51 anos de idade, quando perguntam por que usa uma prótese na perna direita? “Parece que as pessoas esqueceram o que foi a paralisia infantil”, diz ao se referir à doença que tem preocupado as autoridades de saúde, já que a poliomielite, conhecida como paralisia infantil, está com a cobertura em queda no Brasil.

Os índices de vacinação contra a poliomielite têm apresentado queda desde de 2016, última vez em que o país superou a marca de 90% de cobertura vacinal do público-alvo. A meta do Programa Nacional de Imunizações (PNI) é vacinar entre 90% e 95% das crianças menores de 5 anos de idade.

Mas a proteção nunca esteve tão baixa. Em 2022, o percentual de vacinação foi de 72%. No ano anterior, foi menor ainda, pouco menos de 71%, informou o Ministério da Saúde. Os números trazem preocupação porque, apesar de o Brasil ter registrado o último caso da doença em 1989, há 34 anos, outros países ainda não erradicaram a doença, o que pode fazer o vírus voltar a circular por aqui.

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A médica disse que nasceu sem nenhuma patologia. “Mas aos 9 meses eu contraí a poliomielite e foi por falta da vacinação”. Ela explica porque não recebeu a vacina contra a pólio. “Isso foi em 1971, já tem algumas décadas, a gente não tinha o SUS [Sistema Único de Saúde]. Sou do Nordeste, de Maceió, cidade linda, mas lá não tinha muitos recursos e naquela época só tinha campanhas, não era como hoje, que em qualquer unidade de saúde você leva seu filho e vacina. Quando houve campanha, eu estava com febre e vomitando, não podia tomar a vacina, aí quando eu estava bem, não tinha a disponibilidade da vacina”.

Nesse intervalo, ela acabou contraindo o vírus da poliomielite. “É um vírus que em algumas crianças pode até não causar sintomas, como acontece hoje com a covid 19, algumas pessoas nem desenvolvem sintomas, com a poliomielite é a mesma forma. Mas crianças desenvolveram a forma grave, que foi o meu caso, que tem o ataque da medula, que acaba trazendo consequências nas células nervosas motoras, que acaba causando uma paralisia flácida”.

Rivia estava justamente na fase de dar os primeiros os quando a mãe percebeu que ela ficava de pé, mas logo caía. “Ela me levou para uma avaliação médica e foi diagnosticada a paralisia. ei por 14 cirurgias para conseguir caminhar um pouco, agora estou com esta órtese que é muita boa em me dar segurança para andar, ei por várias fases com e sem órteses, com e sem bengalas, para ter maior estabilidade e mais segurança”.

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Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a grande maioria das infecções não produz sintomas, mas de cinco a dez em cada 100 pessoas infectadas com esse vírus podem apresentar sintomas semelhantes aos da gripe. Em um a 200 casos, o vírus destrói partes do sistema nervoso, causando paralisia permanente nas pernas ou braços. Não há cura. Os principais efeitos da doença são ausência ou diminuição de força muscular no membro afetado e dores nas articulações.

Embora muito raro, o vírus pode atacar as partes do cérebro que ajudam a respirar, o que pode levar à morte. Há 30 anos, a pólio paralisou quase 1.000 crianças por dia em 125 países em todo o mundo, incluindo países das Américas, informou a Opas.

Zé Gotinha

Em 1994, o Brasil foi certificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), junto com os demais países das Américas, como livre da poliomielite. O combate à doença fez surgir um dos personagens mais conhecidos da cultura médica nacional, o Zé Gotinha. O nome se refere à vacina atenuada oral (VOP), aplicada como dose de reforço dos 15 meses aos 4 anos de idade.

Mas o esquema vacinal começa antes. O Programa Nacional de Imunizações recomenda que a vacina inativada, em forma de injeção, deve ser aplicada aos 2, 4 e 6 meses de idade e depois o reforço. A vacina está disponível em todos os centros públicos de saúde e pode ser istrada simultaneamente com as demais dos calendários de vacinação do Ministério da Saúde.

Estratégias

Em São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde elaborou as ações a serem realizadas este ano para diminuir o risco de reintrodução da poliomielite e fortalecer a vacinação na maior cidade do país.

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A enfermeira e coordenadora do Programa Municipal de Imunizações (PMI), Mariana de Souza Araújo, explica como as ações serão desenvolvidas. “As salas de vacinação têm os horários estendidos, funcionam das 7h às 19h e aos sábados também fazemos a vacinação nas AMA/UBS integradas, para aqueles pais que não conseguem levar a criança durante a semana”.

Outra ação é a Declaração de Vacinação Atualizada (DVA), a ser preenchida e entregue à escola em que o aluno está matriculado, que tem o objetivo de aumentar a cobertura vacinal entre os estudantes. “Todos os pais têm que levar a DVA certificada na escola, assim, as crianças que não devolvem a DVA, fazemos a busca ativa, com os agentes comunitários das UBS, que vão até a casa daquela criança e a vacinam no local”.

Ainda em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, o PMI tem realizado ações nas escolas. “Para os pais que não conseguem levar as crianças nas UBS, vacinamos nas escolas. Divulgamos ainda, nas nossas redes sociais, as informações sobre as vacinas, mas se os pais tiverem ainda alguma dúvida, procure qualquer serviço de saúde que os profissionais poderão orientar”.

A vacina, eficaz para a erradicação da doença no Brasil, é a única alternativa para não permitir que a doença volte
📷 A vacina, eficaz para a erradicação da doença no Brasil, é a única alternativa para não permitir que a doença volte |Reprodução

A coordenadora reforça que a única maneira de impedir que o vírus retorne ao país é mantendo as altas coberturas. “Em São Paulo, estamos com uma cobertura próxima da meta, com 80%, mas precisamos vacinar mais e que todas as crianças tenham o esquema completo para estarem protegidas”.

Um caso recente da doença foi confirmado em Loreto, no Peru, o que aumentou o risco do Brasil, lembra a coordenadora do PMI. “Temos risco porque o Brasil é um país de portas abertas, recebemos imigrantes e refugiados, então precisamos manter a nossas coberturas vacinais exatamente por isso, porque recebemos pessoas de outros países que têm casos e sabemos que onde tem casos de pólio são os países com baixas coberturas vacinais. Então a nossa cobertura vacinal alta é a única forma de evitar que o vírus se reintroduza no país”.

Outras informações sobre a vacinação estão disponíveis na página Vacina Sampa.

O vírus da poliomielite é transmitido de pessoa a pessoa por via fecal-oral ou, menos frequentemente, por um meio comum, a água ou alimentos contaminados, por exemplo, e se multiplica no intestino.

Para quem hesita em vacinar seus filhos, a médica Rivia tem um alerta e um conselho. “ei por muitas dores e ainda as sinto, tive que vencer barreiras e a ibilidade, tudo isso por conta de uma não vacinação. Apesar das pessoas hoje desconhecerem a paralisia infantil, é uma doença totalmente prevenível com a vacina que está aí, com toda a facilidade nas unidades de saúde. Vacinem seus filhos, o nosso desejo é que as crianças continuem saudáveis”.

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