{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/conteudo-de-marca/826503/gerenciamento-tecnologico-de-residuos-solidos","headline":"Gerenciamento tecnológico de Resíduos Sólidos","datePublished":"2023-09-06T12:36:22.193-03:00","dateModified":"2023-09-06T12:36:00-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Cintia Magno/Diário do Pará","url":"/conteudo-de-marca/826503/gerenciamento-tecnologico-de-residuos-solidos"},"image":"/img/Artigo-Destaque/820000/DOLrosa0609_00826503_0_.jpg?xid=2719636","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"O professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), campus Belém, Dr. Luiz Augusto Silva de Sousa considera que a busca por soluções tecnológicas que contribuam com a gestão de resíduos pela istração pública se faz urgente e primordial para reduzir os danos causados ao meio ambiente.","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Presente em in\\u0026#250;meras atividades do dia a dia, a tecnologia tamb\\u0026#233;m pode ser uma importante aliada do gerenciamento de res\\u0026#237;duos s\\u0026#243;lidos. Em diferentes partes do mundo, o conceito de Smart City, ou cidade inteligente, est\\u0026#225; diretamente relacionado a como \\u0026#233; poss\\u0026#237;vel fazer uso das solu\\u0026#231;\\u0026#245;es tecnol\\u0026#243;gicas existentes, hoje, para otimizar o gerenciamento dos res\\u0026#237;duos, seja na coleta ou mesmo no tratamento.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O professor da Universidade Federal Rural da Amaz\\u0026#244;nia (Ufra), campus Bel\\u0026#233;m, Dr. Luiz Augusto Silva de Sousa considera que a busca por solu\\u0026#231;\\u0026#245;es tecnol\\u0026#243;gicas que contribuam com a gest\\u0026#227;o de res\\u0026#237;duos pela istra\\u0026#231;\\u0026#227;o p\\u0026#250;blica se faz urgente e primordial para reduzir os danos causados ao meio ambiente. N\\u0026#227;o \\u0026#233; \\u0026#224; toa que o pa\\u0026#237;s disp\\u0026#245;e da Lei n\\u0026#186; 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Pol\\u0026#237;tica Nacional de Res\\u0026#237;duos S\\u0026#243;lidos, e que posteriormente foi regulamentada pelo Decreto N\\u0026#186; 10.936, de 12 de janeiro de 2022. O que \\u0026#233; preciso fazer, agora, \\u0026#233; colocar a norma em pr\\u0026#225;tica, o que pode ser feito com o aux\\u0026#237;lio da tecnologia.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Existem diversas tecnologias que podem ser usadas no gerenciamento de res\\u0026#237;duos, desde as mais simples como coleta seletiva, reciclagem, compostagem, at\\u0026#233; uso de aplicativos no gerenciamento de res\\u0026#237;duos para produ\\u0026#231;\\u0026#227;o de energia a partir da combust\\u0026#227;o de metano oriundo de aterros sanit\\u0026#225;rios ou mesmo queima direta dos res\\u0026#237;duos como fonte de calor”, destaca o professor. “Neste caso, os aterros sanit\\u0026#225;rios, ariam de ivo ambiental para produtores de energia, contribuindo para a preserva\\u0026#231;\\u0026#227;o do meio ambiente, uma vez que reduziria e muito a emiss\\u0026#227;o de metano para a atmosfera, que \\u0026#233; o g\\u0026#225;s que mais destr\\u0026#243;i a camada de oz\\u0026#244;nio, e que contribui para o aquecimento global”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p class=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\t\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Dr. Luiz Augusto Silva de Sousa, professor da Universidade Federal Rural da Amaz\\u0026amp;#244;nia (Ufra), campus Bel\\u0026amp;#233;m\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/820000/767x0/Luiz-Augusto-Silva-de-Sousa-professor-da-Universid_00826503_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F820000%2FLuiz-Augusto-Silva-de-Sousa-professor-da-Universid_00826503_0_.jpg%3Fxid%3D2719641%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748099927\\u0026amp;amp;xid=2719641\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/820000/767x0/Luiz-Augusto-Silva-de-Sousa-professor-da-Universid_00826503_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F820000%2FLuiz-Augusto-Silva-de-Sousa-professor-da-Universid_00826503_0_.jpg%3Fxid%3D2719641%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748099927\\u0026amp;amp;xid=2719641\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; Dr. Luiz Augusto Silva de Sousa, professor da Universidade Federal Rural da Amaz\\u0026amp;#244;nia (Ufra), campus Bel\\u0026amp;#233;m |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Reprodu\\u0026amp;#231;\\u0026amp;#227;o\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Nesta perspectiva, o professor destaca que diferentes startups j\\u0026#225; criaram solu\\u0026#231;\\u0026#245;es para o gerenciamento de res\\u0026#237;duos s\\u0026#243;lidos em empresas e institui\\u0026#231;\\u0026#245;es p\\u0026#250;blicas e privadas. S\\u0026#227;o modelos que, segundo ele aponta, trabalham desde a separa\\u0026#231;\\u0026#227;o correta dos res\\u0026#237;duos, at\\u0026#233; a verifica\\u0026#231;\\u0026#227;o do n\\u0026#237;vel de carga dos recipientes, a data de coleta, o transporte e sele\\u0026#231;\\u0026#227;o de materiais de acordo com os interesses das empresas. “Essas tecnologias j\\u0026#225; est\\u0026#227;o sendo usadas no dia a dia de algumas cidades no mundo. Cingapura \\u0026#233; um exemplo. L\\u0026#225; foi adotada uma abordagem abrangente da gest\\u0026#227;o de res\\u0026#237;duos, que inclui a coleta e separa\\u0026#231;\\u0026#227;o de res\\u0026#237;duos, a incinera\\u0026#231;\\u0026#227;o de res\\u0026#237;duos n\\u0026#227;o recicl\\u0026#225;veis e a reciclagem de materiais. A cidade tamb\\u0026#233;m utiliza tecnologias como contentores de lixo inteligentes e sistemas de rastreamento de res\\u0026#237;duos para monitorar o fluxo em tempo real”, exemplifica. “Amsterd\\u0026#227; \\u0026#233; um exemplo de cidade que, al\\u0026#233;m da tecnologia, possui uma forte cultura de reciclagem disseminada entre a popula\\u0026#231;\\u0026#227;o. A capital da Holanda tem um programa de reciclagem completo que separa e recicla uma ampla variedade de materiais. Outra cidade com alto \\u0026#237;ndice de uso de tecnologia para o gerenciamento de res\\u0026#237;duos \\u0026#233; T\\u0026#243;quio, onde mais de 90% do lixo \\u0026#233; reciclado ou compostado. Outras cidades que adotam tecnologia combinada com uma forte cultura de reciclagem s\\u0026#227;o Barcelona e S\\u0026#227;o Francisco”.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;No Brasil, o professor Luiz Augusto Silva de Sousa cita Curitiba, Florian\\u0026#243;polis, Belo Horizonte e Santos como exemplos de cidades que j\\u0026#225; adotam cont\\u0026#234;ineres inteligentes na gest\\u0026#227;o dos res\\u0026#237;duos urbanos. Apesar de essa ainda n\\u0026#227;o ser uma realidade na capital paraense, que ainda carece de pol\\u0026#237;ticas p\\u0026#250;blicas voltadas para a \\u0026#225;rea, o professor refor\\u0026#231;a que tamb\\u0026#233;m n\\u0026#227;o se pode esquecer que o problema do gerenciamento de res\\u0026#237;duos n\\u0026#227;o \\u0026#233; exclusivo do poder p\\u0026#250;blico e das empresas, mas tamb\\u0026#233;m do pr\\u0026#243;prio cidad\\u0026#227;o. “\\u0026#201; equivocado o pensamento de que limpeza urbana \\u0026#233; um problema unicamente do poder p\\u0026#250;blico. Em muitos pa\\u0026#237;ses, a popula\\u0026#231;\\u0026#227;o j\\u0026#225; compreendeu que o descarte e o tratamento do lixo tamb\\u0026#233;m s\\u0026#227;o responsabilidade de quem o produz. Garantir que ele chegue ao destino adequado \\u0026#233; uma quest\\u0026#227;o de cidadania e respeito ao futuro”, considera.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A embaixadora do Instituto Lixo Zero Brasil em Ananindeua e consultora certificada Lixo Zero, Sandra Greidinger, destaca que no Brasil, infelizmente, o uso da tecnologia na gest\\u0026#227;o dos res\\u0026#237;duos s\\u0026#243;lidos ainda \\u0026#233; pouco comum, sobretudo se considerado que ainda existem muitas cidades brasileiras em que a destina\\u0026#231;\\u0026#227;o final dos res\\u0026#237;duos s\\u0026#243;lidos ainda \\u0026#233; feita nos chamados ‘lix\\u0026#245;es’, sem qualquer tratamento, mesmo com a exist\\u0026#234;ncia da Pol\\u0026#237;tica Nacional de Res\\u0026#237;duos S\\u0026#243;lidos. “A tecnologia \\u0026#233; bem-vinda para trazer modernidade e efici\\u0026#234;ncia no tratamento dos res\\u0026#237;duos s\\u0026#243;lidos e o poder p\\u0026#250;blico pode se valer destas tecnologias para a melhor gest\\u0026#227;o e tratamento de res\\u0026#237;duos. Uma vez que h\\u0026#225; pouca inova\\u0026#231;\\u0026#227;o no atual modelo de gest\\u0026#227;o p\\u0026#250;blica dos res\\u0026#237;duos s\\u0026#243;lidos, pois basicamente se concentra no transporte dos res\\u0026#237;duos e destina\\u0026#231;\\u0026#227;o final, em alguns munic\\u0026#237;pios em aterros sanit\\u0026#225;rios. J\\u0026#225; h\\u0026#225; alternativas, com a implanta\\u0026#231;\\u0026#227;o de usinas de reciclagem, inclusive automatizadas”.\\u0026amp;nbsp;\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ao considerar poss\\u0026#237;veis solu\\u0026#231;\\u0026#245;es, Sandra considera que existem procedimentos tecnol\\u0026#243;gicos e de baixo custo que poderiam contribuir consideravelmente com uma gest\\u0026#227;o eficiente para os res\\u0026#237;duos s\\u0026#243;lidos. Solu\\u0026#231;\\u0026#245;es que poderiam ser adotadas, inclusive, pelo pr\\u0026#243;prio poder p\\u0026#250;blico. “O poder p\\u0026#250;blico em nosso Estado poderia implantar alguns procedimentos tecnol\\u0026#243;gicos que, com menor custo, em muito poderiam contribuir numa gest\\u0026#227;o eficiente para os res\\u0026#237;duos s\\u0026#243;lidos, como constituir um sistema de informa\\u0026#231;\\u0026#227;o geogr\\u0026#225;fica, que permite gerenciar o ciclo dos res\\u0026#237;duos, definindo o local de gera\\u0026#231;\\u0026#227;o de maior quantidade de res\\u0026#237;duos, tipo de res\\u0026#237;duos, se dom\\u0026#233;stico ou empresarial, de forma automatizada e com rastreabilidade”, exemplifica. “O poder p\\u0026#250;blico poderia estabelecer pontos estrat\\u0026#233;gicos nas cidades para instala\\u0026#231;\\u0026#227;o e ecopontos, adequados ao uso urbano, que pudessem ser verdadeiras caixas de compartilhamento, que receberiam tanto res\\u0026#237;duos org\\u0026#226;nicos, quanto recicl\\u0026#225;veis”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Outra poss\\u0026#237;vel solu\\u0026#231;\\u0026#227;o apontada pela consultora certificada Lixo Zero seria a implanta\\u0026#231;\\u0026#227;o de um sistema de biodegrada\\u0026#231;\\u0026#227;o do pl\\u0026#225;stico, que permitiria que este material fosse degradado fisicamente em at\\u0026#233; 90%, evitando que fossem parar irregularmente nos solos e rios. Al\\u0026#233;m da pr\\u0026#243;pria parceria com cooperativas de reciclagem e devido pagamento pelo servi\\u0026#231;o ambiental que prestam \\u0026#224; cidade. “Mas o primeiro o \\u0026#233; fazer valer o que determina a Pol\\u0026#237;tica Nacional de Res\\u0026#237;duos S\\u0026#243;lidos, com a implanta\\u0026#231;\\u0026#227;o de coleta seletiva, a constitui\\u0026#231;\\u0026#227;o de aterros sanit\\u0026#225;rios, implanta\\u0026#231;\\u0026#227;o de sistema de log\\u0026#237;stica reversa e outras ferramentas relacionadas \\u0026#224; implementa\\u0026#231;\\u0026#227;o da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Nesse sentido, Sandra Greidinger destaca que o Instituto Lixo Zero Brasil (organiza\\u0026#231;\\u0026#227;o da sociedade civil aut\\u0026#244;noma e sem fins lucrativos) tem como prop\\u0026#243;sito justamente disseminar o conceito Lixo Zero no pa\\u0026#237;s, para que mais pessoas, empresas e governos adotem pr\\u0026#225;ticas mais sustent\\u0026#225;veis. “Assim constitui uma meta \\u0026#233;tica, econ\\u0026#244;mica, eficiente e vision\\u0026#225;ria para guiar as pessoas a mudar seus modos de vidas e pr\\u0026#225;ticas de forma a incentivar os ciclos naturais sustent\\u0026#225;veis, onde todos os materiais s\\u0026#227;o projetados para permitir sua recupera\\u0026#231;\\u0026#227;o e uso p\\u0026#243;s-consumo”, aponta. “A efici\\u0026#234;ncia na execu\\u0026#231;\\u0026#227;o deste conceito pode ser alcan\\u0026#231;ada pela mudan\\u0026#231;a de h\\u0026#225;bitos que, direta ou indiretamente, tem a utiliza\\u0026#231;\\u0026#227;o de novas tecnologias”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p class=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\t\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Sandra Greidinger, Embaixadora do Instituto Lixo Zero Brasil em Ananindeua e consultora certificada Lixo Zero\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/820000/767x0/Sandra-Greidinger-Embaixadora-do-Instituto-Lixo-Ze_00826503_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F820000%2FSandra-Greidinger-Embaixadora-do-Instituto-Lixo-Ze_00826503_1_.jpg%3Fxid%3D2719642%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748099927\\u0026amp;amp;xid=2719642\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/820000/767x0/Sandra-Greidinger-Embaixadora-do-Instituto-Lixo-Ze_00826503_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F820000%2FSandra-Greidinger-Embaixadora-do-Instituto-Lixo-Ze_00826503_1_.jpg%3Fxid%3D2719642%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748099927\\u0026amp;amp;xid=2719642\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; Sandra Greidinger, Embaixadora do Instituto Lixo Zero Brasil em Ananindeua e consultora certificada Lixo Zero |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Reprodu\\u0026amp;#231;\\u0026amp;#227;o\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;No \\u0026#226;mbito do poder p\\u0026#250;blico e das empresas, ela considera que a gest\\u0026#227;o de res\\u0026#237;duos tamb\\u0026#233;m pode ser beneficiada pela tecnologia e a inova\\u0026#231;\\u0026#227;o. Existem solu\\u0026#231;\\u0026#245;es que permite, por exemplo, fazer o rastreamento dos res\\u0026#237;duos desde a gera\\u0026#231;\\u0026#227;o, at\\u0026#233; a destina\\u0026#231;\\u0026#227;o final, mantendo o monitoramento e o controle na gera\\u0026#231;\\u0026#227;o de res\\u0026#237;duos em todas as etapas. “Uma segunda a\\u0026#231;\\u0026#227;o que pode ser implantada \\u0026#233; se valer de tecnologias desenvolvidas por startups que criam tecnologias que facilitam a melhor gest\\u0026#227;o dos res\\u0026#237;duos, como startups que desenvolvem plataformas digitais que conectam empresas e prestadores de servi\\u0026#231;os de coleta de lixo e reciclagem”, aponta. “Outra tecnologia que pode ser utilizada, tanto por empresas, quanto pelo poder p\\u0026#250;blico, pode ser a dos biodigestores, produzindo biog\\u0026#225;s a partir da mat\\u0026#233;ria org\\u0026#226;nica. Como se pode observar, em diferentes etapas da gest\\u0026#227;o dos res\\u0026#237;duos, pode se fazer uso da tecnologia”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Sugest\\u0026#227;o de microformato:\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;DESAFIO\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“A gera\\u0026#231;\\u0026#227;o de res\\u0026#237;duos s\\u0026#243;lidos \\u0026#233; inerente \\u0026#224; atividade humana e se tornou um dos maiores e mais complexos problemas ambientais da sociedade moderna. 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MEIO AMBIENTE

Gerenciamento tecnológico de Resíduos Sólidos

O professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), campus Belém, Dr. Luiz Augusto Silva de Sousa considera que a busca por soluções tecnológicas que contribuam com a gestão de resíduos pela istração pública se faz urgente e primordial para reduzir os danos causados ao meio ambiente.

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Imagem ilustrativa da notícia Gerenciamento tecnológico de Resíduos Sólidos camera Sandra Greidinger, embaixadora do Instituto Lixo Zero Brasil em Ananindeua e consultora certificada Lixo Zero | Reprodução

Presente em inúmeras atividades do dia a dia, a tecnologia também pode ser uma importante aliada do gerenciamento de resíduos sólidos. Em diferentes partes do mundo, o conceito de Smart City, ou cidade inteligente, está diretamente relacionado a como é possível fazer uso das soluções tecnológicas existentes, hoje, para otimizar o gerenciamento dos resíduos, seja na coleta ou mesmo no tratamento.

O professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), campus Belém, Dr. Luiz Augusto Silva de Sousa considera que a busca por soluções tecnológicas que contribuam com a gestão de resíduos pela istração pública se faz urgente e primordial para reduzir os danos causados ao meio ambiente. Não é à toa que o país dispõe da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e que posteriormente foi regulamentada pelo Decreto Nº 10.936, de 12 de janeiro de 2022. O que é preciso fazer, agora, é colocar a norma em prática, o que pode ser feito com o auxílio da tecnologia.

“Existem diversas tecnologias que podem ser usadas no gerenciamento de resíduos, desde as mais simples como coleta seletiva, reciclagem, compostagem, até uso de aplicativos no gerenciamento de resíduos para produção de energia a partir da combustão de metano oriundo de aterros sanitários ou mesmo queima direta dos resíduos como fonte de calor”, destaca o professor. “Neste caso, os aterros sanitários, ariam de ivo ambiental para produtores de energia, contribuindo para a preservação do meio ambiente, uma vez que reduziria e muito a emissão de metano para a atmosfera, que é o gás que mais destrói a camada de ozônio, e que contribui para o aquecimento global”.

Dr. Luiz Augusto Silva de Sousa,  professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), campus Belém
📷 Dr. Luiz Augusto Silva de Sousa, professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), campus Belém |Reprodução

Nesta perspectiva, o professor destaca que diferentes startups já criaram soluções para o gerenciamento de resíduos sólidos em empresas e instituições públicas e privadas. São modelos que, segundo ele aponta, trabalham desde a separação correta dos resíduos, até a verificação do nível de carga dos recipientes, a data de coleta, o transporte e seleção de materiais de acordo com os interesses das empresas. “Essas tecnologias já estão sendo usadas no dia a dia de algumas cidades no mundo. Cingapura é um exemplo. Lá foi adotada uma abordagem abrangente da gestão de resíduos, que inclui a coleta e separação de resíduos, a incineração de resíduos não recicláveis e a reciclagem de materiais. A cidade também utiliza tecnologias como contentores de lixo inteligentes e sistemas de rastreamento de resíduos para monitorar o fluxo em tempo real”, exemplifica. “Amsterdã é um exemplo de cidade que, além da tecnologia, possui uma forte cultura de reciclagem disseminada entre a população. A capital da Holanda tem um programa de reciclagem completo que separa e recicla uma ampla variedade de materiais. Outra cidade com alto índice de uso de tecnologia para o gerenciamento de resíduos é Tóquio, onde mais de 90% do lixo é reciclado ou compostado. Outras cidades que adotam tecnologia combinada com uma forte cultura de reciclagem são Barcelona e São Francisco”.

No Brasil, o professor Luiz Augusto Silva de Sousa cita Curitiba, Florianópolis, Belo Horizonte e Santos como exemplos de cidades que já adotam contêineres inteligentes na gestão dos resíduos urbanos. Apesar de essa ainda não ser uma realidade na capital paraense, que ainda carece de políticas públicas voltadas para a área, o professor reforça que também não se pode esquecer que o problema do gerenciamento de resíduos não é exclusivo do poder público e das empresas, mas também do próprio cidadão. “É equivocado o pensamento de que limpeza urbana é um problema unicamente do poder público. Em muitos países, a população já compreendeu que o descarte e o tratamento do lixo também são responsabilidade de quem o produz. Garantir que ele chegue ao destino adequado é uma questão de cidadania e respeito ao futuro”, considera.

A embaixadora do Instituto Lixo Zero Brasil em Ananindeua e consultora certificada Lixo Zero, Sandra Greidinger, destaca que no Brasil, infelizmente, o uso da tecnologia na gestão dos resíduos sólidos ainda é pouco comum, sobretudo se considerado que ainda existem muitas cidades brasileiras em que a destinação final dos resíduos sólidos ainda é feita nos chamados ‘lixões’, sem qualquer tratamento, mesmo com a existência da Política Nacional de Resíduos Sólidos. “A tecnologia é bem-vinda para trazer modernidade e eficiência no tratamento dos resíduos sólidos e o poder público pode se valer destas tecnologias para a melhor gestão e tratamento de resíduos. Uma vez que há pouca inovação no atual modelo de gestão pública dos resíduos sólidos, pois basicamente se concentra no transporte dos resíduos e destinação final, em alguns municípios em aterros sanitários. Já há alternativas, com a implantação de usinas de reciclagem, inclusive automatizadas”.

Ao considerar possíveis soluções, Sandra considera que existem procedimentos tecnológicos e de baixo custo que poderiam contribuir consideravelmente com uma gestão eficiente para os resíduos sólidos. Soluções que poderiam ser adotadas, inclusive, pelo próprio poder público. “O poder público em nosso Estado poderia implantar alguns procedimentos tecnológicos que, com menor custo, em muito poderiam contribuir numa gestão eficiente para os resíduos sólidos, como constituir um sistema de informação geográfica, que permite gerenciar o ciclo dos resíduos, definindo o local de geração de maior quantidade de resíduos, tipo de resíduos, se doméstico ou empresarial, de forma automatizada e com rastreabilidade”, exemplifica. “O poder público poderia estabelecer pontos estratégicos nas cidades para instalação e ecopontos, adequados ao uso urbano, que pudessem ser verdadeiras caixas de compartilhamento, que receberiam tanto resíduos orgânicos, quanto recicláveis”.

Outra possível solução apontada pela consultora certificada Lixo Zero seria a implantação de um sistema de biodegradação do plástico, que permitiria que este material fosse degradado fisicamente em até 90%, evitando que fossem parar irregularmente nos solos e rios. Além da própria parceria com cooperativas de reciclagem e devido pagamento pelo serviço ambiental que prestam à cidade. “Mas o primeiro o é fazer valer o que determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos, com a implantação de coleta seletiva, a constituição de aterros sanitários, implantação de sistema de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos”.

Nesse sentido, Sandra Greidinger destaca que o Instituto Lixo Zero Brasil (organização da sociedade civil autônoma e sem fins lucrativos) tem como propósito justamente disseminar o conceito Lixo Zero no país, para que mais pessoas, empresas e governos adotem práticas mais sustentáveis. “Assim constitui uma meta ética, econômica, eficiente e visionária para guiar as pessoas a mudar seus modos de vidas e práticas de forma a incentivar os ciclos naturais sustentáveis, onde todos os materiais são projetados para permitir sua recuperação e uso pós-consumo”, aponta. “A eficiência na execução deste conceito pode ser alcançada pela mudança de hábitos que, direta ou indiretamente, tem a utilização de novas tecnologias”.

Sandra Greidinger, Embaixadora do Instituto Lixo Zero Brasil em Ananindeua e consultora certificada Lixo Zero
📷 Sandra Greidinger, Embaixadora do Instituto Lixo Zero Brasil em Ananindeua e consultora certificada Lixo Zero |Reprodução

No âmbito do poder público e das empresas, ela considera que a gestão de resíduos também pode ser beneficiada pela tecnologia e a inovação. Existem soluções que permite, por exemplo, fazer o rastreamento dos resíduos desde a geração, até a destinação final, mantendo o monitoramento e o controle na geração de resíduos em todas as etapas. “Uma segunda ação que pode ser implantada é se valer de tecnologias desenvolvidas por startups que criam tecnologias que facilitam a melhor gestão dos resíduos, como startups que desenvolvem plataformas digitais que conectam empresas e prestadores de serviços de coleta de lixo e reciclagem”, aponta. “Outra tecnologia que pode ser utilizada, tanto por empresas, quanto pelo poder público, pode ser a dos biodigestores, produzindo biogás a partir da matéria orgânica. Como se pode observar, em diferentes etapas da gestão dos resíduos, pode se fazer uso da tecnologia”.

Sugestão de microformato:

DESAFIO

“A geração de resíduos sólidos é inerente à atividade humana e se tornou um dos maiores e mais complexos problemas ambientais da sociedade moderna. O progresso econômico, o desenvolvimento de diversas tipologias industriais, o surgimento de milhares de substâncias sintéticas, as inovações tecnológicas e o incentivo à adoção de padrões de consumo excessivo, com ênfase na produção de materiais descartáveis, têm resultado em uma crescente geração de resíduos sólidos, das mais diversas naturezas, complexidades e características físico-químicas. Todas essas variáveis inter-relacionadas tornam o gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos um desafio, devido à interdependência das etapas de gestão e planejamento adequado”. Dr. Luiz Augusto Silva de Sousa, professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), campus Belém.

Gerenciamento tecnológico de Resíduos Sólidos
📷 |( Divulgação )
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