Jovem denuncia importunação sexual em bar na Cidade Velha

Frequentar bares e casas noturnas é, para muitos, uma forma de lazer e descontração, um momento para esquecer a rotina e simplesmente aproveitar a companhia de amigos. No entanto, nem sempre esses espaços garantem segurança e respeito, especialmente para as mulheres, que frequentemente enfrentam situações de assédio e importunação.

Em Belém, uma estudante de psicologia viveu na pele esse tipo de violência ao ser vítima de importunação sexual enquanto se divertia em um bar na Cidade Velha. A jovem de 31 anos denunciou ter sido vítima de importunação sexual enquanto estava na pista de dança do estabelecimento. "A gente estava dançando, a gente estava se abraçando, a gente estava muito feliz e, de repente, a gente conseguiu perceber que tinha uma movimentação estranha de homens", relatou.

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Segundo ela, um grupo de homens formou uma espécie de fileira e observava as mulheres de maneira intimidadora. "As pessoas estavam na pista de dança, mas tinha uma fileira de homens olhando fixamente para as mulheres. Então, a gente percebeu aquilo e a gente começou a não se sentir à vontade", acrescentou.

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A estudante afirmou que, além dos olhares invasivos, os homens aram a importunar fisicamente as mulheres. "Depois, nós começamos a ar pelos episódios de importunação sexual, casos em que chegavam muito próximos da gente com o corpo, com a região do pênis assim, encostando, ou com uma mão boba dançando atrás e encostando a mão", descreveu.

CHORO E REGISTRO DE OCORRÊNCIA

Abalada com o ocorrido, a jovem decidiu registrar a denúncia na Delegacia de Atendimento à Mulher. "Na verdade, eu fiquei tão mal e tão em choque que eu pedi um carro para ir para minha casa. Só que no Uber eu comecei a chorar muito e aí o rapaz parou o carro e a gente começou a conversar, falei o que tinha ocorrido e aí falei 'não, eu vou para a delegacia da mulher', e aí ele me levou até a delegacia da mulher e registrei a ocorrência".

A importunação sexual é crime no Brasil, previsto na Lei 13.718 de 2018. A legislação define a prática como qualquer ato libidinoso sem consentimento, com pena de um a cinco anos de reclusão.

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