{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/entretenimento/cinema/873518/manas-com-dira-paes-conta-historia-sobre-abuso-infantil","headline":"'Manas', com Dira Paes, conta história sobre abuso infantil","datePublished":"2024-08-31T21:34:58.4-03:00","dateModified":"2024-08-31T21:34:44.803-03:00","author":{"@type":"Person","name":"DOL","url":"/entretenimento/cinema/873518/manas-com-dira-paes-conta-historia-sobre-abuso-infantil"},"image":"/img/Artigo-Destaque/870000/imagemotimizada-24_00873518_0_.jpg?xid=2920123","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Dira Paes brilha em 'Manas', filme que aborda abuso sexual na Ilha do Marajó, com uma narrativa delicada e impactante, capturando a atenção global em Veneza.","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Um dos principais nomes da cultura paraense \\u0026#233; tamb\\u0026#233;m sin\\u0026#244;nimo de engajamento social e faz de sua arte uma forma de express\\u0026#227;o da sua luta. Dira Paes, \\u0026#233; atriz que seja na TV, cinema ou teatro aborda diversos assuntos da Amaz\\u0026#244;nia, sejam eles os bons ou ruins e dessa vez n\\u0026#227;o \\u0026#233; diferente em um dos mais importantes festivais do mundo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A plateia da sess\\u0026#227;o para a imprensa de \\u0026quot;Manas\\u0026quot;, primeira exibi\\u0026#231;\\u0026#227;o com p\\u0026#250;blico do filme dirigido pela recifense Marianna Brennand, na manh\\u0026#227; deste s\\u0026#225;bado (31), deixou o p\\u0026#250;blico que quase lotava a sala de cinema sem a\\u0026#231;\\u0026#227;o, depois da cena final.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A trama, baseada em v\\u0026#225;rias hist\\u0026#243;rias reais, chocantes e atuais de meninas que sofrem abuso sexual, tanto dentro de casa quanto nas balsas de com\\u0026#233;rcio que circundam a Ilha do Maraj\\u0026#243;, no Par\\u0026#225;, \\u0026#233; contada com muita delicadeza. Nas entrelinhas, com sil\\u0026#234;ncios e cenas que insinuam, o longa nunca entrega tudo mastigado para o espectador.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h3\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;CONTE\\u0026#218;DO RELACIONADO\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/h3\\u0026gt;\\u0026lt;ul\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/entretenimento/fama/852643/dira-paes-posta-foto-de-biquini-no-inicio-da-carreira-veja?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot; data-rel-defined=\\u0026quot;true\\u0026quot;\\u0026gt;Dira Paes posta foto de biqu\\u0026#237;ni no in\\u0026#237;cio da carreira. Veja!\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;/ul\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Quase sem trilha sonora, com a fotografia naturalmente exuberante da floresta amaz\\u0026#244;nica, \\u0026quot;Manas\\u0026quot; segue a jornada de Tielle, de 13 anos, interpretada por Jamilli Correia. Ela mora numa palafita na beira do imenso rio Tajapuru com o pai, a m\\u0026#227;e gr\\u0026#225;vida, dois irm\\u0026#227;os e uma irm\\u0026#227; mais nova, e venera a irm\\u0026#227; mais velha, Claudia, de quem n\\u0026#227;o tem not\\u0026#237;cia.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Tielle a os dias brincando sozinha ou com sua irm\\u0026#227;zinha na floresta, nadando no rio, frequenta a escola para crian\\u0026#231;as ribeirinhas e uma igreja evang\\u0026#233;lica com sua fam\\u0026#237;lia. Quase ao mesmo tempo, a menina ouve de sua m\\u0026#227;e que \\u0026quot;est\\u0026#225; na hora de ir para a balsa tentar arrumar um homem bom\\u0026quot;, ideia que seu pai rejeita com veem\\u0026#234;ncia, apesar de ele ser o primeiro abusador da menina.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026quot;Quem me contou que essa situa\\u0026#231;\\u0026#227;o acontecia -e continua acontecendo- foi a Faf\\u0026#225; de Bel\\u0026#233;m, mais de dez anos atr\\u0026#225;s\\u0026quot;, conta a diretora, em entrevista \\u0026#224; Folha em Veneza. \\u0026quot;Minha inten\\u0026#231;\\u0026#227;o inicial era fazer um document\\u0026#225;rio de den\\u0026#250;ncia. Mas no come\\u0026#231;o da pesquisa logo percebi que seria imposs\\u0026#237;vel botar aquelas crian\\u0026#231;as na frente das c\\u0026#226;meras, seria outra viol\\u0026#234;ncia\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Quer mais not\\u0026#237;cias de entretenimento? \\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9IlAw2v1J02cbfQ31H\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot; data-rel-defined=\\u0026quot;true\\u0026quot;\\u0026gt;e nosso canal no WhatsApp\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Assim que optou pelo caminho da fic\\u0026#231;\\u0026#227;o, Marianna procurou Dira Paes, que interpreta uma policial que investiga casos de abuso na regi\\u0026#227;o. Dira aceitou o convite na mesma hora e, ter o nome de uma das atrizes mais relevantes do cinema brasileiro no projeto, ajudou a diretora a conseguir apoio financeiro.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026quot;O filme \\u0026#233; um manifesto, sim, \\u0026#233; um convite para todo mundo se levantar e n\\u0026#227;o deixar que isso continue assim\\u0026quot;, diz a atriz. \\u0026quot;A a\\u0026#231;\\u0026#227;o do filme \\u0026#233; muito localizada, mas esse tema \\u0026#233; universal, abuso de crian\\u0026#231;as acontece no mundo inteiro. Mas o que me deixa mais feliz nessa hist\\u0026#243;ria \\u0026#233; que o resultado dessa nossa saga \\u0026#233; um longa-metragem que me enche de orgulho porque \\u0026#233; muito bem feito, mod\\u0026#233;stia \\u0026#224; parte\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O p\\u0026#250;blico da primeira sess\\u0026#227;o em Veneza, formado por jornalistas do mundo inteiro, parece dar raz\\u0026#227;o \\u0026#224; atriz paraense. Foi bastante aplaudido no final, mas o mais impressionante foi o fato de a maioria das pessoas presentes ter ficado como que grudada na cadeira at\\u0026#233; os cr\\u0026#233;ditos finais, cheio de nomes de brasileiros desconhecidos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Era como se a viol\\u0026#234;ncia que a plateia s\\u0026#243; imagina, nunca v\\u0026#234;, fosse ainda mais terr\\u0026#237;vel de aceitar do que se tivesse sido mostrada.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O curta-metragem \\u0026quot;Minha M\\u0026#227;e \\u0026#201; Uma Vaca\\u0026quot;, que ter\\u0026#225; sua estreia mundial na quinta-feira (5) tamb\\u0026#233;m t\\u0026#234;m uma adolescente como personagem principal e \\u0026#233; baseado em uma agem real da vida da diretora, Moara oni, que colaborou com roteiro e dire\\u0026#231;\\u0026#227;o de algumas cenas do document\\u0026#225;rio \\u0026quot;Apocalipse nos Tr\\u0026#243;picos\\u0026quot;, de Petra Costa, exibido fora da competi\\u0026#231;\\u0026#227;o no mesmo festival.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026quot;Eu nasci e fui criada no Jardim \\u0026#194;ngela, na periferia de S\\u0026#227;o Paulo, e sempre tive um medo inexplic\\u0026#225;vel de perder a minha m\\u0026#227;e, como a personagem do filme\\u0026quot;, contou a cineasta, em Veneza. \\u0026quot;E, no come\\u0026#231;o da minha adolesc\\u0026#234;ncia, ei uma temporada de tr\\u0026#234;s meses no Pantanal, na fazenda de uma tia, em que uma vaca sem bezerro foi morta para ser comida, e aquilo foi muito marcante para mim\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;No curta, Mia, de 11 anos, \\u0026#233; deixada pela m\\u0026#227;e em um \\u0026#244;nibus rumo ao Pantanal, porque sua vida corre algum tipo de risco. Assustada, ela a os dias na fazenda fazendo uma esp\\u0026#233;cie de simpatia para descobrir se a m\\u0026#227;e est\\u0026#225; a salvo ou em perigo, e pedindo muito a Deus que a proteja.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A fazenda est\\u0026#225; sofrendo duas amea\\u0026#231;as simult\\u0026#226;neas, uma provocada pela outra: os inc\\u0026#234;ndios que acontecem nas terras vizinhas se aproximam, e uma on\\u0026#231;a tem matado bezerros, deixando suas m\\u0026#227;es sem raz\\u0026#227;o de existir. Mia acaba se conectando com uma das vacas, a Mimosa, e transfere ao animal o instinto que tem de proteger sua pr\\u0026#243;pria m\\u0026#227;e.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Moara tamb\\u0026#233;m \\u0026#233; autora do document\\u0026#225;rio \\u0026quot;\\u0026#202;xtase\\u0026quot;, de 2020, exibido em v\\u0026#225;rios festivais pelo mundo e ganhador do pr\\u0026#234;mio Doc Fortnight, do MoMA, o Museu de Arte Moderna de Nova York. \\u0026quot;Eu tendo a examinar, na minha obra, experi\\u0026#234;ncias da minha vida pessoal\\u0026quot;, conta a cineasta, que sofreu de anorexia dos 11 aos 18 anos, doen\\u0026#231;a a qual \\u0026#233; o tema do document\\u0026#225;rio.\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"Dira Paes engajamento social,abuso sexual Ilha do Marajó,filme Manas Amazônia,cultura paraense cinema,Marianna Brennand diretora,festival cinema Veneza"}
plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 28°
cotação atual R$


home
COM DELICADEZA

'Manas', com Dira Paes, conta história sobre abuso infantil

Longa que retrata abusos a meninas no Marajó teve primeira exibição no "Festival de Veneza" dirigido à imprensa

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia 'Manas', com Dira Paes, conta história sobre abuso infantil camera Atriz paraense está em Veneza para participar de um dos principais festivais de cinema do mundo | Reprodução/Instagram

Um dos principais nomes da cultura paraense é também sinônimo de engajamento social e faz de sua arte uma forma de expressão da sua luta. Dira Paes, é atriz que seja na TV, cinema ou teatro aborda diversos assuntos da Amazônia, sejam eles os bons ou ruins e dessa vez não é diferente em um dos mais importantes festivais do mundo.

A plateia da sessão para a imprensa de "Manas", primeira exibição com público do filme dirigido pela recifense Marianna Brennand, na manhã deste sábado (31), deixou o público que quase lotava a sala de cinema sem ação, depois da cena final.

A trama, baseada em várias histórias reais, chocantes e atuais de meninas que sofrem abuso sexual, tanto dentro de casa quanto nas balsas de comércio que circundam a Ilha do Marajó, no Pará, é contada com muita delicadeza. Nas entrelinhas, com silêncios e cenas que insinuam, o longa nunca entrega tudo mastigado para o espectador.

CONTEÚDO RELACIONADO

Quase sem trilha sonora, com a fotografia naturalmente exuberante da floresta amazônica, "Manas" segue a jornada de Tielle, de 13 anos, interpretada por Jamilli Correia. Ela mora numa palafita na beira do imenso rio Tajapuru com o pai, a mãe grávida, dois irmãos e uma irmã mais nova, e venera a irmã mais velha, Claudia, de quem não tem notícia.

Tielle a os dias brincando sozinha ou com sua irmãzinha na floresta, nadando no rio, frequenta a escola para crianças ribeirinhas e uma igreja evangélica com sua família. Quase ao mesmo tempo, a menina ouve de sua mãe que "está na hora de ir para a balsa tentar arrumar um homem bom", ideia que seu pai rejeita com veemência, apesar de ele ser o primeiro abusador da menina.

"Quem me contou que essa situação acontecia -e continua acontecendo- foi a Fafá de Belém, mais de dez anos atrás", conta a diretora, em entrevista à Folha em Veneza. "Minha intenção inicial era fazer um documentário de denúncia. Mas no começo da pesquisa logo percebi que seria impossível botar aquelas crianças na frente das câmeras, seria outra violência".

Quer mais notícias de entretenimento? e nosso canal no WhatsApp

Assim que optou pelo caminho da ficção, Marianna procurou Dira Paes, que interpreta uma policial que investiga casos de abuso na região. Dira aceitou o convite na mesma hora e, ter o nome de uma das atrizes mais relevantes do cinema brasileiro no projeto, ajudou a diretora a conseguir apoio financeiro.

"O filme é um manifesto, sim, é um convite para todo mundo se levantar e não deixar que isso continue assim", diz a atriz. "A ação do filme é muito localizada, mas esse tema é universal, abuso de crianças acontece no mundo inteiro. Mas o que me deixa mais feliz nessa história é que o resultado dessa nossa saga é um longa-metragem que me enche de orgulho porque é muito bem feito, modéstia à parte".

O público da primeira sessão em Veneza, formado por jornalistas do mundo inteiro, parece dar razão à atriz paraense. Foi bastante aplaudido no final, mas o mais impressionante foi o fato de a maioria das pessoas presentes ter ficado como que grudada na cadeira até os créditos finais, cheio de nomes de brasileiros desconhecidos.

Era como se a violência que a plateia só imagina, nunca vê, fosse ainda mais terrível de aceitar do que se tivesse sido mostrada.

O curta-metragem "Minha Mãe É Uma Vaca", que terá sua estreia mundial na quinta-feira (5) também têm uma adolescente como personagem principal e é baseado em uma agem real da vida da diretora, Moara oni, que colaborou com roteiro e direção de algumas cenas do documentário "Apocalipse nos Trópicos", de Petra Costa, exibido fora da competição no mesmo festival.

"Eu nasci e fui criada no Jardim Ângela, na periferia de São Paulo, e sempre tive um medo inexplicável de perder a minha mãe, como a personagem do filme", contou a cineasta, em Veneza. "E, no começo da minha adolescência, ei uma temporada de três meses no Pantanal, na fazenda de uma tia, em que uma vaca sem bezerro foi morta para ser comida, e aquilo foi muito marcante para mim".

No curta, Mia, de 11 anos, é deixada pela mãe em um ônibus rumo ao Pantanal, porque sua vida corre algum tipo de risco. Assustada, ela a os dias na fazenda fazendo uma espécie de simpatia para descobrir se a mãe está a salvo ou em perigo, e pedindo muito a Deus que a proteja.

A fazenda está sofrendo duas ameaças simultâneas, uma provocada pela outra: os incêndios que acontecem nas terras vizinhas se aproximam, e uma onça tem matado bezerros, deixando suas mães sem razão de existir. Mia acaba se conectando com uma das vacas, a Mimosa, e transfere ao animal o instinto que tem de proteger sua própria mãe.

Moara também é autora do documentário "Êxtase", de 2020, exibido em vários festivais pelo mundo e ganhador do prêmio Doc Fortnight, do MoMA, o Museu de Arte Moderna de Nova York. "Eu tendo a examinar, na minha obra, experiências da minha vida pessoal", conta a cineasta, que sofreu de anorexia dos 11 aos 18 anos, doença a qual é o tema do documentário.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. e: dol-br.noticiasalagoanas.com/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Cinema

    Leia mais notícias de Cinema. Clique aqui!

    Últimas Notícias