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 Sebo do Gueto incentiva a criação de novos pontos de leitura e aquisição de livros em periferias

Para aumentar a atuação da rede, realiza campanha de financiamento coletivo até esta sexta.

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Imagem ilustrativa da notícia  Sebo do Gueto incentiva a criação de novos pontos de leitura e aquisição de livros em periferias camera Jean Ferreira foi responsável pela pela construção do sebo. | Mauro Ângelo

Quantos pontos de o aos livros estão localizados nas periferias? Foi a partir de reflexões como esta que o jovem Jean Ferreira da Silva, 26 anos, construiu uma ideia que iniciou com a fundação de um sebo localizado no bairro do Jurunas, em Belém, e que em pouco mais de dois anos já se transformou em uma rede espalhada por outras seis cidades brasileiras. Com o nome de Sebo do Gueto, o projeto incentiva a criação de novos pontos de leitura e aquisição de livros em periferias urbanas ou do interior, com o objetivo de incentivar a leitura, facilitar o o e gerar renda nas comunidades. Para ampliar a atuação da rede, o projeto participa de uma campanha de financiamento coletivo que arrecada contribuições até a próxima sexta-feira (18).

No espaço físico montado na travessa Quintino Bocaiuva, no Jurunas, Jean lembra como iniciou o projeto do Sebo do Gueto. A partir de uma inquietação pessoal, ele deu início à loja de livros usados, sem imaginar a repercussão que a iniciativa ganharia. “Era uma inquietação minha. Eu queria ler mais, mas eu sempre tinha que me deslocar para o centro da cidade para ter o, comprar os livros”, lembra. “Quando eu entrei na faculdade e tive contato com o conceito da economia criativa, de negócio de impacto social, eu decidi que queria fazer alguma coisa para trabalhar com livros, unindo a necessidade a uma paixão”.

Recém-formado em engenharia cartográfica, Jean lembra que a loja iniciou com uma prateleira no espaço antes istrado pela mãe. Hoje, o sebo é a principal fonte de renda da família e, mais do que isso, espalhou a semente da democratização do o ao livro por outras cidades brasileiras. “Eu não esperava que o projeto faria sucesso fora do Belém. Mas ele repercutiu na rua e pela internet e acabou se transformando em uma rede”, lembra, ao apontar que o valor máximo dos livros vendidos na loja física é de R$5. “Uma pessoa de Belo Horizonte fez contato comigo e eu compartilhei a minha experiência, mostrei como eu tinha feito para criar o sebo aqui e assim a ideia foi se espalhando. Em Belo Horizonte já foram criados dois Sebos do Gueto. No total são seis Sebos do Gueto em diferentes cidades do Brasil”.

Projeto tem o objetivo de incentivar a leitura, facilitar o o e gerar renda nas comunidades
📷 Projeto tem o objetivo de incentivar a leitura, facilitar o o e gerar renda nas comunidades |Mauro Ângelo

No Estado do Pará, além de Belém, no Jurunas, já existem Sebos do Gueto em Ananindeua, no bairro do Aurá, e em Castanhal, no bairro Milagre. Jean explica que, através da arrecadação de doações de livros, os Sebos do Gueto iniciam sempre de forma on-line. Somente quando seus criadores se sentem seguros financeiramente, partem para a abertura de lojas físicas. “O projeto tem essa preocupação, também, de incentivar e apontar meios de possibilitar que os sebos se mantenham de pé, garantir que sejam sustentáveis economicamente porque, além do maior o à leitura, a ideia do projeto também é estimular os negócios locais para incentivar o consumo dentro da própria comunidade”.

Do projeto iniciado com o próprio sebo, Jean lembra que surgiu também o Clube do Gueto, uma plataforma digital de gamificação que envia livros gratuitamente para todo o Brasil. Para que possam ter o aos livros, os participantes precisam interagir com a plataforma, seja discutindo sobre alguma leitura, fazendo resenhas, expondo suas impressões após o término da leitura de um novo livro. Desta forma o participante vai acumulando bookcoins, espécie de moeda virtual usada no clube, que posteriormente podem ser trocadas por livros. Os principais responsáveis por manter o Clube do Gueto são os próprios livreiros dos Sebos do Gueto de diferentes cidades, que não medem esforços para arrecadar livros. Jean aponta que a grande maioria dos livreiros que criaram Sebos do Gueto pelo Brasil são jovens, assim como ele. “Nós fizemos uma estatística, através do Clube do Gueto, e percebemos que a maioria das pessoas que fazem parte do projeto são de cidades que não têm livrarias, não têm sebos e, algumas vezes, não têm nem uma biblioteca”.

Campanha

- Para que o projeto continue levando a leitura a diferentes cidades brasileiras, a rede Sebo do Gueto participa de uma campanha de financiamento coletivo. Através do valor arrecadado com as doações, o projeto pretende, no ano de 2021, criar um aplicativo para o Clube do Gueto, que hoje só está disponível como site, e apoiar e garantir aporte financeiro para a criação de 5 novos sebos, servindo como pontapé inicial para as lojas, já que até hoje todos os sebos que integram a rede nasceram da força de vontade de leitores periféricos e da articulação comunitária.

- Até o momento a campanha arrecadou 76% da sua meta e segue recebendo contribuições até as 23h59 do dia 18 de dezembro. Caso a campanha não atinja a meta, o dinheiro já doado será devolvido aos colaboradores. Para apoiar a campanha e possibilitar a criação de novos pontos de o à leitura em periferias do Brasil, basta ar o endereço eletrônico. Os apoios vão desde R$10 até R$1.000. Os colaboradores ainda recebem recompensas de acordo com o a categoria escolhida.

Novo projeto garantirá biblioteca comunitária

Se durante muito tempo o jovem Jean Ferreira da Silva, 26 anos, precisava se deslocar para o centro de Belém para ter o a pontos de vendas de livros, em breve os moradores do bairro do Jurunas contarão não apenas com o sebo, mas também com uma biblioteca comunitária, espaço coworking e galeria.

No segundo semestre deste ano Jean inscreveu um projeto de biblioteca comunitária, chamado Gueto Hub, em um edital nacional de distribuição de incentivos financeiros para projetos de jovens periféricos de todo o Brasil, o edital ‘Periferia que Faz’. O edital recebeu 1.600 inscrições de projetos de todas as regiões do país e projeto Gueto Hub, do bairro do Jurunas, foi o único aprovado para o Estado do Pará. Além dele, foram contemplados outros 12 projetos espalhados pelos estados do Amazonas, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Paraíba, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro.

Com os recursos garantidos pela aprovação no edital, o Gueto Hub funcionará em uma casa localizada também na travessa Quintino Bocaiuva, mas sem ligação com o Sebo do Gueto, e que já está ando por obras para abrigar o novo projeto. Jean explica que no local funcionarão uma biblioteca comunitária, uma galeria de exposições, um espaço coworking com internet gratuita e um salão cultural. Sempre com o foco da valorização da própria comunidade, os espaços serão batizados com nomes de personalidades da própria rua e que mantiveram projetos importantes na comunidade. “A ideia é que qualquer pessoa, do Jurunas ou de outros bairros, possa vir estudar, usar o espaço coworking. Algumas pessoas do bairro já brincam dizendo que vai ser o Centur do Jurunas”.

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