{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/entretenimento/cultura/827004/dona-onete-e-reconhecida-como-patrimonio-imaterial-do-para","headline":"Dona Onete é reconhecida como patrimônio imaterial do Pará","datePublished":"2023-09-10T09:41:00.71-03:00","dateModified":"2023-09-10T09:40:48-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Aline Monteiro/Diário do Pará","url":"/entretenimento/cultura/827004/dona-onete-e-reconhecida-como-patrimonio-imaterial-do-para"},"image":"/img/Artigo-Destaque/820000/DONA-ONETE_00827004_0_.jpg?xid=2722534","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Dona Onete fala do reconhecimento como patrimônio imaterial do Pará e sonha com uma casa para abrigar carimbozeiros em Belém","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Faz tempo que Dona Onete \\u0026#233; rainha, cruzou fronteiras, encantou outras paragens com suas letras cheias de sutileza, com seu jeito de cantar “chamegado”. J\\u0026#225; madura, chegou ao sucesso, emplacou tema de novela, turn\\u0026#234; internacional, se viu reconhecida como mestra da cultura, como estrela da m\\u0026#250;sica popular brasileira temperada com os ritmos do Norte, do jeito da gente, como gosta de dizer. Faltava s\\u0026#243; a formaliza\\u0026#231;\\u0026#227;o de que ela \\u0026#233;, para n\\u0026#243;s, um patrim\\u0026#244;nio da m\\u0026#250;sica paraense. Agora n\\u0026#227;o falta mais.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;iframe class=\\u0026quot;instagram-media instagram-media-rendered\\u0026quot; id=\\u0026quot;instagram-embed-0\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://www.instagram.com/p/Cw5N3bKszIj/embed/captioned/?cr=1\\u0026amp;amp;v=14\\u0026amp;amp;wp=540\\u0026amp;amp;rd=https%3A%2F%2Felitecs.gruporba.com.br\\u0026amp;amp;rp=%2F#%7B%22ci%22%3A0%2C%22os%22%3A3675422.5999999046%7D\\u0026quot; allowtransparency=\\u0026quot;true\\u0026quot; allowfullscreen=\\u0026quot;true\\u0026quot; frameborder=\\u0026quot;0\\u0026quot; height=\\u0026quot;1086\\u0026quot; data-instgrm-payload-id=\\u0026quot;instagram-media-payload-0\\u0026quot; scrolling=\\u0026quot;no\\u0026quot; style=\\u0026quot;background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/iframe\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Na \\u0026#250;ltima quarta-feira, 6, a obra musical de Ionete Ferreira Gama, a Dona Onete, foi oficialmente declarada patrim\\u0026#244;nio cultural e imaterial do Par\\u0026#225;, com a aprova\\u0026#231;\\u0026#227;o do Projeto de Lei N\\u0026#186; 54/2023, de autoria do deputado Elias Santiago (PT), na Assembleia Legislativa do Par\\u0026#225;. Em sua justificativa, o parlamentar ressaltou que a artista rompe uma maligna tradi\\u0026#231;\\u0026#227;o de se ver reconhecidos apenas homens. Tamb\\u0026#233;m citou que Dona Onete, de forma importante e positiva, fala em suas m\\u0026#250;sicas da sedu\\u0026#231;\\u0026#227;o e da vida sexual de pessoas maduras.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;iframe class=\\u0026quot;instagram-media instagram-media-rendered\\u0026quot; id=\\u0026quot;instagram-embed-1\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://www.instagram.com/reel/Cw6SAQAp63x/embed/captioned/?cr=1\\u0026amp;amp;v=14\\u0026amp;amp;wp=540\\u0026amp;amp;rd=https%3A%2F%2Felitecs.gruporba.com.br\\u0026amp;amp;rp=%2F#%7B%22ci%22%3A1%2C%22os%22%3A3675466.2999999523%7D\\u0026quot; allowtransparency=\\u0026quot;true\\u0026quot; allowfullscreen=\\u0026quot;true\\u0026quot; frameborder=\\u0026quot;0\\u0026quot; height=\\u0026quot;1203\\u0026quot; data-instgrm-payload-id=\\u0026quot;instagram-media-payload-1\\u0026quot; scrolling=\\u0026quot;no\\u0026quot; style=\\u0026quot;background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/iframe\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Sim, Dona Onete \\u0026#233; cheia de amor. Distribui beijos a todo momento, agradecimentos. Quando comenta a homenagem conferida a si, se mostra orgulhosa, mas deixa claro em cada resposta que sente muito mais que o carimb\\u0026#243;, a m\\u0026#250;sica e a cultura paraense \\u0026#233; que foram homenageados e n\\u0026#227;o somente ela. Aos 84 anos, ando por cima dos percal\\u0026#231;os que a sa\\u0026#250;de \\u0026#224;s vezes implica, resplandece energia para levar adiante muitos planos. Est\\u0026#225; finalizando disco novo, voltou a viajar para shows – depois de ter sido grande atra\\u0026#231;\\u0026#227;o do Dia da Amaz\\u0026#244;nia em Alter do Ch\\u0026#227;o, no \\u0026#250;ltimo dia 5, segue para o Rio de Janeiro, no pr\\u0026#243;ximo dia 23, para puxar o Festival Par\\u0026#225; no Museu do Pontal, espa\\u0026#231;o dedicado \\u0026#224; cultura popular – e tem sonhos grandes para puxar consigo seus companheiros de luta pelo carimb\\u0026#243;: quer ver nascer em Bel\\u0026#233;m um espa\\u0026#231;o capaz de abrigar aos mestres e mestras de carimb\\u0026#243; de todo o estado tal qual um cora\\u0026#231;\\u0026#227;o de m\\u0026#227;e, para que de l\\u0026#225; possam ser apreciados pelo mundo. \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A seguir, a entrevista que Dona Onete concedeu por \\u0026#225;udio ao Voc\\u0026#234;:\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;P:\\u0026lt;/b\\u0026gt; Como se sente com a homenagem em forma de lei aprovada pelos deputados paraenses?\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;R:\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\u0026quot;Eu fui pega at\\u0026#233; de surpresa. Falaram para mim h\\u0026#225; muito tempo, mas at\\u0026#233; esqueci. Minha neta que me disse e fui ver, era verdade. Como \\u0026#233; bom saber, principalmente assim de surpresa. Mas n\\u0026#227;o sou s\\u0026#243; eu que fa\\u0026#231;o carimb\\u0026#243;, tem muitos velhinhos a\\u0026#237; que est\\u0026#227;o batendo, mais antigos que eu, que est\\u0026#227;o a\\u0026#237;. Eu tenho 84, tem gente que tem 90, 95 anos e ainda n\\u0026#227;o foi reconhecido. Mas j\\u0026#225; \\u0026#233; uma parte boa ter acontecido isso comigo, porque a minha luta tamb\\u0026#233;m \\u0026#233; muito \\u0026#225;rdua. Eu viajo fora do Brasil, divulgando, cantando as m\\u0026#250;sicas, s\\u0026#227;o todas minhas composi\\u0026#231;\\u0026#245;es autorais, e a gente est\\u0026#225; indo muito bem, \\u0026#233; aplaudida muito bem. Eu espero que voc\\u0026#234;s gostem mais... os versos s\\u0026#227;o bonitos, feitos para as pessoas, n\\u0026#227;o agridem ningu\\u0026#233;m, n\\u0026#227;o prejudicam nada com crian\\u0026#231;a. A crian\\u0026#231;a canta, n\\u0026#227;o precisa se esconder, porque o carimb\\u0026#243; tem essa vantagem, s\\u0026#243; fala de amor. E eu continuo falando de amor e estou caindo de amor por voc\\u0026#234;s\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;iframe class=\\u0026quot;instagram-media instagram-media-rendered\\u0026quot; id=\\u0026quot;instagram-embed-2\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://www.instagram.com/p/CtXSaivJDmb/embed/captioned/?cr=1\\u0026amp;amp;v=14\\u0026amp;amp;wp=540\\u0026amp;amp;rd=https%3A%2F%2Felitecs.gruporba.com.br\\u0026amp;amp;rp=%2F#%7B%22ci%22%3A2%2C%22os%22%3A3675542.5999999046%7D\\u0026quot; allowtransparency=\\u0026quot;true\\u0026quot; allowfullscreen=\\u0026quot;true\\u0026quot; frameborder=\\u0026quot;0\\u0026quot; height=\\u0026quot;1004\\u0026quot; data-instgrm-payload-id=\\u0026quot;instagram-media-payload-2\\u0026quot; scrolling=\\u0026quot;no\\u0026quot; style=\\u0026quot;background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/iframe\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Dona Onete quer o carimb\\u0026#243; em uni\\u0026#227;o\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;P:\\u0026lt;/b\\u0026gt; Acredita que ter sua obra transformada em patrim\\u0026#244;nio pode repercutir em mais valoriza\\u0026#231;\\u0026#227;o e divulga\\u0026#231;\\u0026#227;o junto a outros p\\u0026#250;blicos, como jovens estudantes?\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;R: \\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026quot;\\u0026#201; isso que me sustenta, que me eleva mais. J\\u0026#225; ou\\u0026#231;o muito, j\\u0026#225; sei muito que na Universidade Federal do Par\\u0026#225;, na Uepa, em escolinha de crian\\u0026#231;a, todos fazem textos sobre minha m\\u0026#250;sica, cantando para as crian\\u0026#231;as, falando. Porque eu procuro, na minha letra, n\\u0026#227;o ofender. No carimb\\u0026#243;, constantemente a gente fala um portugu\\u0026#234;s da gente, caboclo. Mas eu, como canto chamegado, digo diferente, falo diretamente \\u0026#224;s vezes o portugu\\u0026#234;s, e se alguma vez eu n\\u0026#227;o falo, \\u0026#233; porque a m\\u0026#250;sica exige isso. A nossa m\\u0026#250;sica \\u0026#233; regionalista demais, \\u0026#233; feita de coisa da gente, \\u0026#233; o tempero da gente, e eu quero sempre colocar o nosso tempero. E n\\u0026#227;o quero que ningu\\u0026#233;m venha colocar mais sal, mais lim\\u0026#227;o. \\u0026#201; o nosso ritmo mesmo, gostoso de dan\\u0026#231;ar. O carimb\\u0026#243; j\\u0026#225; era patrim\\u0026#244;nio e agora vou procurar nesse meu CD elevar ainda muito mais esse carimb\\u0026#243; do Par\\u0026#225;\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;P:\\u0026lt;/b\\u0026gt; A senhora tem levado a bandeira do Par\\u0026#225; a muitos outros lugares, quase como que uma embaixatriz do Estado, a partir da sua m\\u0026#250;sica. J\\u0026#225; se deu conta desse papel? Fica feliz em realiz\\u0026#225;-lo?\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;R:\\u0026lt;/b\\u0026gt; \\u0026quot;Eu quero que vejam o Par\\u0026#225; pelo que ele \\u0026#233;. A nossa bandeira \\u0026#233; uma bandeira de luta. Tem v\\u0026#225;rias cores. Apesar de ser vermelha, branca e azul, no meu carimb\\u0026#243;, eu fa\\u0026#231;o dela uma mistura, um remanso de cultura. Acho que s\\u0026#243; h\\u0026#225; pouco tempo me dei conta, sim [desse papel], quando me convidaram para cantar nos Estados Unidos, na Times Square, e eu disse ‘eu j\\u0026#225; fui’, e no Empire State tamb\\u0026#233;m, eu cantei, e me arrependi de n\\u0026#227;o ter levado a bandeira do Par\\u0026#225; para colocar l\\u0026#225; naquela altura e dizer: vencemos. J\\u0026#225; pensou chegar l\\u0026#225; naquele alto e cantar o “Piti\\u0026#250;”? N\\u0026#227;o \\u0026#233; f\\u0026#225;cil. Foi quando vi onde n\\u0026#243;s chegamos. E em outros pa\\u0026#237;ses muito longe, porque at\\u0026#233; na terra do Papai Noel ir cantar o carimb\\u0026#243;, j\\u0026#225; \\u0026#233; uma for\\u0026#231;a. E o povo dan\\u0026#231;a, \\u0026#233; uma dan\\u0026#231;a que agrada todo mundo. Um beijo nesses cora\\u0026#231;\\u0026#245;es brasileiros e paraenses que gostam de dan\\u0026#231;ar! E vamos l\\u0026#225; no Piti\\u0026#250;!\\u0026quot;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;iframe width=\\u0026quot;560\\u0026quot; height=\\u0026quot;315\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://www.youtube.com/embed/CkFpm-R04?si=KXuGBqmGO8bugvTx\\u0026quot; title=\\u0026quot;YouTube video player\\u0026quot; frameborder=\\u0026quot;0\\u0026quot; allow=\\u0026quot;accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share\\u0026quot; allowfullscreen=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/iframe\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;P:\\u0026lt;/b\\u0026gt; A senhora acredita que h\\u0026#225; um clima de “descoberta” do carimb\\u0026#243; e da musicalidade da Amaz\\u0026#244;nia nesse momento no Brasil?\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;R:\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\u0026quot;De descoberta n\\u0026#227;o, porque muita gente j\\u0026#225; canta h\\u0026#225; muito tempo. Todo mundo conhece m\\u0026#250;sica de mestre Lucindo, mestre Cupij\\u0026#243;, de mestre Fabico, de todos os mestres... Damasceno, e mestres que j\\u0026#225; se foram e j\\u0026#225; deixaram contribui\\u0026#231;\\u0026#227;o deles. Outros compositores novos, como mestre Pel\\u0026#233;... Eles deixaram sua contribui\\u0026#231;\\u0026#227;o, agora outros est\\u0026#227;o preservando. E as mulheres... J\\u0026#225; pensou as Sereias? Um grupo s\\u0026#243; de mulher cantando, ultraando esses limites que custei muito a ultraar, mas consegui, e elas tamb\\u0026#233;m est\\u0026#227;o conseguindo, porque tamb\\u0026#233;m s\\u0026#227;o compositoras. Temos aqui na [bairro] Pedreira um grupo de carimb\\u0026#243; que luta com dificuldade, temos o Coisas de Negro, temos a Maria do \\u0026#211;, outra amiga minha que luta muito, a D\\u0026#233;a Palheta, que \\u0026#233; veterana, e agora tamb\\u0026#233;m quero fazer um pedido: vamos arrumar um terreno, fazer uma casa para o carimb\\u0026#243;. J\\u0026#225; pensou esses turistas que chegam aqui e j\\u0026#225; trazem at\\u0026#233; saia na sacola, mas n\\u0026#227;o t\\u0026#234;m onde dan\\u0026#231;ar o carimb\\u0026#243;? J\\u0026#225; que me deram esse patrim\\u0026#244;nio, me arranjem esse pedacinho de terra para os carimbozeiros, para abra\\u0026#231;ar essa gente quando vem para c\\u0026#225;. Que n\\u0026#227;o seja de ningu\\u0026#233;m, seja do carimb\\u0026#243;\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;P:\\u0026lt;/b\\u0026gt; A senhora se tornou um grande sucesso popular j\\u0026#225; na idade madura. Como isso se reflete na forma com que pensa sua carreira? Ao mesmo tempo, tamb\\u0026#233;m est\\u0026#225; sempre em contato e colabora\\u0026#231;\\u0026#227;o com artistas muito jovens. O que isso lhe traz criativamente?\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;R:\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\u0026quot;Nessa hora eu lido com os jovens \\u0026#233; que eu volto para o meu tempo de professora, de saber as g\\u0026#237;rias, de saber conversar com eles, e saber dizer para eles como \\u0026#233; que se pode chegar com esse carimb\\u0026#243; que j\\u0026#225; \\u0026#233; patrim\\u0026#244;nio. \\u0026#201; cantando versos bonitos, \\u0026#233; tocando nosso saxofone, nossa maraca, nosso banjo, nosso milheiro, com nosso tamborz\\u0026#227;o de sentar. Numa noite de carimb\\u0026#243;, a mulher vira flor, e o homem beija-flor, \\u0026#233; a poesia do carimb\\u0026#243;\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;iframe class=\\u0026quot;instagram-media instagram-media-rendered\\u0026quot; id=\\u0026quot;instagram-embed-3\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://www.instagram.com/p/Cs058AmufCy/embed/captioned/?cr=1\\u0026amp;amp;v=14\\u0026amp;amp;wp=540\\u0026amp;amp;rd=https%3A%2F%2Felitecs.gruporba.com.br\\u0026amp;amp;rp=%2F#%7B%22ci%22%3A3%2C%22os%22%3A3678927.899999976%7D\\u0026quot; allowtransparency=\\u0026quot;true\\u0026quot; allowfullscreen=\\u0026quot;true\\u0026quot; frameborder=\\u0026quot;0\\u0026quot; height=\\u0026quot;1040\\u0026quot; data-instgrm-payload-id=\\u0026quot;instagram-media-payload-3\\u0026quot; scrolling=\\u0026quot;no\\u0026quot; style=\\u0026quot;background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/iframe\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;P: \\u0026lt;/b\\u0026gt;Quais s\\u0026#227;o as metas de Dona Onete neste momento, falando de carreira e vida pessoal?\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;R:\\u0026lt;/b\\u0026gt; Estou fazendo meu quarto CD, estou viajando, depois de um problema de sa\\u0026#250;de. J\\u0026#225; fui fazer em Alter do Ch\\u0026#227;o o [festival] Amaz\\u0026#244;nia em P\\u0026#233;, porque queremos a floresta de p\\u0026#233; mesmo. E essa luta, estou muito entusiasmada com esse acontecimento aqui no Par\\u0026#225; [as discuss\\u0026#245;es em torno da COP-30]. Eu estou s\\u0026#243; meio preocupada porque a gente precisa se unir mais, a gente tem agora que esquecer tudo e ajudar, para mostrar o bonito. Porque chegar na Amaz\\u0026#244;nia e dizer, “ah, eu fui l\\u0026#225; e n\\u0026#227;o vi nada, o que Dona Onete falava, n\\u0026#227;o tinha”, vai fazer vergonha para mim, porque eu falo muito, floreio, coloco muito a\\u0026#231;\\u0026#250;car, muito mel, muito jambu, mexendo com tudo, e chegando aqui, n\\u0026#227;o tinha nada? N\\u0026#227;o, gente! N\\u0026#227;o \\u0026#233; s\\u0026#243; esse carimb\\u0026#243; que a gente tem. N\\u0026#243;s temos outras m\\u0026#250;sicas para mostrar para o pessoal, para dan\\u0026#231;ar. Mas j\\u0026#225; que estamos falando de carimb\\u0026#243;, vamos dar mais um alento. Ser\\u0026#225; que estamos precisando de um carib\\u0026#243;? (risos) Precisa mais \\u0026#233; de uni\\u0026#227;o, carinho, e n\\u0026#243;s mesmos nos valorizarmos, e valorizarmos o nosso caboclo que s\\u0026#243; pode ser valorizado se puder chegar em Bel\\u0026#233;m e ter um lugar que puder pisar e dizer “isso aqui nos pertence, aqui n\\u0026#243;s vamos descansar e fazer carimb\\u0026#243;”. Um beijo!\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;iframe class=\\u0026quot;instagram-media instagram-media-rendered\\u0026quot; id=\\u0026quot;instagram-embed-4\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://www.instagram.com/p/CoX73nlP1wu/embed/captioned/?cr=1\\u0026amp;amp;v=14\\u0026amp;amp;wp=540\\u0026amp;amp;rd=https%3A%2F%2Felitecs.gruporba.com.br\\u0026amp;amp;rp=%2F#%7B%22ci%22%3A4%2C%22os%22%3A3679253.5999999046%7D\\u0026quot; allowtransparency=\\u0026quot;true\\u0026quot; allowfullscreen=\\u0026quot;true\\u0026quot; frameborder=\\u0026quot;0\\u0026quot; height=\\u0026quot;1077\\u0026quot; data-instgrm-payload-id=\\u0026quot;instagram-media-payload-4\\u0026quot; scrolling=\\u0026quot;no\\u0026quot; style=\\u0026quot;background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/iframe\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"dona onete, patrimonio imaterial, para, entrevista, diario do para, patrimonio imaterial do para, reconhecimento, carimbo"}
plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 30°
cotação atual R$


home
PATRIMÔNIO CULTURAL

Dona Onete é reconhecida como patrimônio imaterial do Pará

Dona Onete fala do reconhecimento como patrimônio imaterial do Pará e sonha com uma casa para abrigar carimbozeiros em Belém.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Dona Onete é reconhecida como patrimônio imaterial do Pará camera Dona Onete quer elevar ainda mais o carimbó com seu novo disco. | Divulgação

Faz tempo que Dona Onete é rainha, cruzou fronteiras, encantou outras paragens com suas letras cheias de sutileza, com seu jeito de cantar “chamegado”. Já madura, chegou ao sucesso, emplacou tema de novela, turnê internacional, se viu reconhecida como mestra da cultura, como estrela da música popular brasileira temperada com os ritmos do Norte, do jeito da gente, como gosta de dizer. Faltava só a formalização de que ela é, para nós, um patrimônio da música paraense. Agora não falta mais.

Na última quarta-feira, 6, a obra musical de Ionete Ferreira Gama, a Dona Onete, foi oficialmente declarada patrimônio cultural e imaterial do Pará, com a aprovação do Projeto de Lei Nº 54/2023, de autoria do deputado Elias Santiago (PT), na Assembleia Legislativa do Pará. Em sua justificativa, o parlamentar ressaltou que a artista rompe uma maligna tradição de se ver reconhecidos apenas homens. Também citou que Dona Onete, de forma importante e positiva, fala em suas músicas da sedução e da vida sexual de pessoas maduras.

Sim, Dona Onete é cheia de amor. Distribui beijos a todo momento, agradecimentos. Quando comenta a homenagem conferida a si, se mostra orgulhosa, mas deixa claro em cada resposta que sente muito mais que o carimbó, a música e a cultura paraense é que foram homenageados e não somente ela. Aos 84 anos, ando por cima dos percalços que a saúde às vezes implica, resplandece energia para levar adiante muitos planos. Está finalizando disco novo, voltou a viajar para shows – depois de ter sido grande atração do Dia da Amazônia em Alter do Chão, no último dia 5, segue para o Rio de Janeiro, no próximo dia 23, para puxar o Festival Pará no Museu do Pontal, espaço dedicado à cultura popular – e tem sonhos grandes para puxar consigo seus companheiros de luta pelo carimbó: quer ver nascer em Belém um espaço capaz de abrigar aos mestres e mestras de carimbó de todo o estado tal qual um coração de mãe, para que de lá possam ser apreciados pelo mundo.

A seguir, a entrevista que Dona Onete concedeu por áudio ao Você:

P: Como se sente com a homenagem em forma de lei aprovada pelos deputados paraenses?

R: "Eu fui pega até de surpresa. Falaram para mim há muito tempo, mas até esqueci. Minha neta que me disse e fui ver, era verdade. Como é bom saber, principalmente assim de surpresa. Mas não sou só eu que faço carimbó, tem muitos velhinhos aí que estão batendo, mais antigos que eu, que estão aí. Eu tenho 84, tem gente que tem 90, 95 anos e ainda não foi reconhecido. Mas já é uma parte boa ter acontecido isso comigo, porque a minha luta também é muito árdua. Eu viajo fora do Brasil, divulgando, cantando as músicas, são todas minhas composições autorais, e a gente está indo muito bem, é aplaudida muito bem. Eu espero que vocês gostem mais... os versos são bonitos, feitos para as pessoas, não agridem ninguém, não prejudicam nada com criança. A criança canta, não precisa se esconder, porque o carimbó tem essa vantagem, só fala de amor. E eu continuo falando de amor e estou caindo de amor por vocês".

Dona Onete quer o carimbó em união

P: Acredita que ter sua obra transformada em patrimônio pode repercutir em mais valorização e divulgação junto a outros públicos, como jovens estudantes?

R: "É isso que me sustenta, que me eleva mais. Já ouço muito, já sei muito que na Universidade Federal do Pará, na Uepa, em escolinha de criança, todos fazem textos sobre minha música, cantando para as crianças, falando. Porque eu procuro, na minha letra, não ofender. No carimbó, constantemente a gente fala um português da gente, caboclo. Mas eu, como canto chamegado, digo diferente, falo diretamente às vezes o português, e se alguma vez eu não falo, é porque a música exige isso. A nossa música é regionalista demais, é feita de coisa da gente, é o tempero da gente, e eu quero sempre colocar o nosso tempero. E não quero que ninguém venha colocar mais sal, mais limão. É o nosso ritmo mesmo, gostoso de dançar. O carimbó já era patrimônio e agora vou procurar nesse meu CD elevar ainda muito mais esse carimbó do Pará".

P: A senhora tem levado a bandeira do Pará a muitos outros lugares, quase como que uma embaixatriz do Estado, a partir da sua música. Já se deu conta desse papel? Fica feliz em realizá-lo?

R: "Eu quero que vejam o Pará pelo que ele é. A nossa bandeira é uma bandeira de luta. Tem várias cores. Apesar de ser vermelha, branca e azul, no meu carimbó, eu faço dela uma mistura, um remanso de cultura. Acho que só há pouco tempo me dei conta, sim [desse papel], quando me convidaram para cantar nos Estados Unidos, na Times Square, e eu disse ‘eu já fui’, e no Empire State também, eu cantei, e me arrependi de não ter levado a bandeira do Pará para colocar lá naquela altura e dizer: vencemos. Já pensou chegar lá naquele alto e cantar o “Pitiú”? Não é fácil. Foi quando vi onde nós chegamos. E em outros países muito longe, porque até na terra do Papai Noel ir cantar o carimbó, já é uma força. E o povo dança, é uma dança que agrada todo mundo. Um beijo nesses corações brasileiros e paraenses que gostam de dançar! E vamos lá no Pitiú!"

P: A senhora acredita que há um clima de “descoberta” do carimbó e da musicalidade da Amazônia nesse momento no Brasil?

R: "De descoberta não, porque muita gente já canta há muito tempo. Todo mundo conhece música de mestre Lucindo, mestre Cupijó, de mestre Fabico, de todos os mestres... Damasceno, e mestres que já se foram e já deixaram contribuição deles. Outros compositores novos, como mestre Pelé... Eles deixaram sua contribuição, agora outros estão preservando. E as mulheres... Já pensou as Sereias? Um grupo só de mulher cantando, ultraando esses limites que custei muito a ultraar, mas consegui, e elas também estão conseguindo, porque também são compositoras. Temos aqui na [bairro] Pedreira um grupo de carimbó que luta com dificuldade, temos o Coisas de Negro, temos a Maria do Ó, outra amiga minha que luta muito, a Déa Palheta, que é veterana, e agora também quero fazer um pedido: vamos arrumar um terreno, fazer uma casa para o carimbó. Já pensou esses turistas que chegam aqui e já trazem até saia na sacola, mas não têm onde dançar o carimbó? Já que me deram esse patrimônio, me arranjem esse pedacinho de terra para os carimbozeiros, para abraçar essa gente quando vem para cá. Que não seja de ninguém, seja do carimbó".

P: A senhora se tornou um grande sucesso popular já na idade madura. Como isso se reflete na forma com que pensa sua carreira? Ao mesmo tempo, também está sempre em contato e colaboração com artistas muito jovens. O que isso lhe traz criativamente?

R: "Nessa hora eu lido com os jovens é que eu volto para o meu tempo de professora, de saber as gírias, de saber conversar com eles, e saber dizer para eles como é que se pode chegar com esse carimbó que já é patrimônio. É cantando versos bonitos, é tocando nosso saxofone, nossa maraca, nosso banjo, nosso milheiro, com nosso tamborzão de sentar. Numa noite de carimbó, a mulher vira flor, e o homem beija-flor, é a poesia do carimbó".

P: Quais são as metas de Dona Onete neste momento, falando de carreira e vida pessoal?

R: Estou fazendo meu quarto CD, estou viajando, depois de um problema de saúde. Já fui fazer em Alter do Chão o [festival] Amazônia em Pé, porque queremos a floresta de pé mesmo. E essa luta, estou muito entusiasmada com esse acontecimento aqui no Pará [as discussões em torno da COP-30]. Eu estou só meio preocupada porque a gente precisa se unir mais, a gente tem agora que esquecer tudo e ajudar, para mostrar o bonito. Porque chegar na Amazônia e dizer, “ah, eu fui lá e não vi nada, o que Dona Onete falava, não tinha”, vai fazer vergonha para mim, porque eu falo muito, floreio, coloco muito açúcar, muito mel, muito jambu, mexendo com tudo, e chegando aqui, não tinha nada? Não, gente! Não é só esse carimbó que a gente tem. Nós temos outras músicas para mostrar para o pessoal, para dançar. Mas já que estamos falando de carimbó, vamos dar mais um alento. Será que estamos precisando de um caribó? (risos) Precisa mais é de união, carinho, e nós mesmos nos valorizarmos, e valorizarmos o nosso caboclo que só pode ser valorizado se puder chegar em Belém e ter um lugar que puder pisar e dizer “isso aqui nos pertence, aqui nós vamos descansar e fazer carimbó”. Um beijo!

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. e: dol-br.noticiasalagoanas.com/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Cultura

    Leia mais notícias de Cultura. Clique aqui!

    Últimas Notícias