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Itamar Vieira Jr fala sobre novo livro e incentivo à leitura

O escritor Itamar Vieira Jr lançou recentemente seu novo livro, "Salvar o Fogo", durante a Feira do Livro em Belém

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Imagem ilustrativa da notícia Itamar Vieira Jr fala sobre novo livro e incentivo à leitura camera Itamar Vieira Jr concedeu entrevista ao Caderno Você, do DIÁRIO | Renato Parada/Divulgação

O escritor baiano Itamar Vieira Jr lançou seu livro “Salvar o Fogo” em Belém durante sua participação na Feira de Livro, realizada neste mês, no Hangar. O autor é conhecido desde seu romance de estreia, “Torto Arado”, vencedor do Prêmio LeYa de 2018, o Prêmio Jabuti e do Prêmio Oceanos, ambos em 2020.

Em entrevista ao Caderno Você, ele conversou sobre a importância da produção literária na Amazônia e da importância da valorização da leitura e da formação de leitores nas diversas regiões do Brasil, sobretudo, das mais variadas vozes serem ouvidas em suas peculiaridades.

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Sobre “Salvar o Fogo”, romance que se a na Bahia, ele descreve que a história é conduzida por duas personagens: Moisés e Luzia. “É uma história que tem uma conexão grande com o ‘Torto Arado’, ainda fala sobre a relação de homens e mulheres com a terra, eles vivem numa comunidade que ainda está sob domínio da igreja católica, é uma construção antiga do século 17 que ainda, de alguma maneira, determina a vida daquelas pessoas num tempo muito próximo ao nosso. Então é uma história que, pouco a pouco, as personagens vão descobrindo, se interessando, descobrindo o próprio ado e, de alguma maneira, descobrir esse ado, esse conhecimento pode ser uma forma de libertação”, diz.

As obras do autor peram pela história do país, que tem a ver com a sua formação acadêmica. “Eu venho do campo das ciências humanas. Sou geógrafo de formação e estudei ciências sociais na pós-graduação. Tenho um interesse muito grande pela história do Brasil, acho que tudo aquilo que eu escrevo, em alguma medida, aponta para a nossa história num sentido mais amplo, dando conta da nossa diversidade sociocultural, mas não só. É uma história que foi atravessada pela violência, a violência colonial, escravista, o genocídio dos povos indígenas que aqui estavam. E ainda são temas que reverberam no nosso cotidiano hoje, sem que a gente perceba. E para mim é muito importante fazer essa ponte entre o presente e o ado. Não só para olhar o ado de uma maneira a lamentar. É conhecer nossa história para projetar um futuro diferente”, considera.

CONSTRUÇÃO

Itamar conta que é um leitor voraz e o processo de escrita de “Salvar o Fogo” envolveu muita pesquisa, sem fazer do livro um tratado sociológico ou histórico. “Ali há muita imaginação, então no primeiro momento eu mergulho nessas pesquisas, depois eu deixo tudo de lado, porque para mim, para avançar o que importa é saber e poder contar essa história”, afirma. O trabalho envolveu ainda a sua experiência como trabalhador do campo. “Tenho um acúmulo de imagens e de histórias que também reverberam naquilo que eu escrevo e é assim que eu costumo trabalhar: eu pesquiso, depois de um tempo, quando eu concebo uma história em que as coisas estão bem sedimentadas, aí começo o o da escrita em si. Quando eu escrevo já não retorno à parte da pesquisa. Pra mim é só escrever e deixar a criação e a imaginação fluir”, explica.

Ele destaca a importância de ter pessoas do Nordeste - ou do Norte, caso da autora paraense Monique Malcher - que receberam premiações tão importantes como o Jabuti. “Penso que a literatura brasileira é rica, ela é poderosa justamente por isso, por conta dessa diversidade. E durante um tempo essa diversidade foi deixada de lado. A gente só tinha autores do Rio e São Paulo, e às vezes do Rio Grande do Sul publicando. Mas nós temos uma diversidade de experiências e de história. Este país é um continente. A gente precisa conhecer tudo isso e a literatura é uma expressão cultural que, de alguma maneira, nos coloca em contato com nossa diversidade histórica, étnica e cultural”, analisa.

PARTICIPAÇÃO

Sobre a agem por Belém, ele conta que ficou impressionado com os números da Feira do Livro, com mais de 100 mil pessoas num único dia. “Eventos como este, na Amazônia, são necessários. Eles têm ocorrido em muitas partes do Brasil, às vezes em cidades pequenas, cidades que não têm uma livraria e mobiliza as cidades do entorno. Então eu acho que essa história de que o brasileiro não gosta de ler é um mito. Observo que há muito interesse, às vezes falta a oportunidade, e eventos como este são importantes para fomentar a leitura e criar no Brasil novos leitores também em um evento que não deixa nada a desejar diante das Bienais do Rio e de São Paulo”, garantiu o escritor.

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