Mobilização para reconhecimento dos teatros da Amazônia

De 26 a 28 de agosto, Belém recebe a nova etapa de formação para compor a documentação necessária para a candidatura dos teatros da Amazônia a Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Levará visitas ao Theatro da Paz, no seu entorno, e debates com técnicos da área do patrimônio, pesquisadores e autoridades, visando o aprimoramento e a sistematização dos próximos os.

“A formação faz parte da nossa pré-candidatura, é importante destacar que temos um longo caminho a ser trilhado. Precisamos elaborar um documento robusto com uma narrativa que justifique essa candidatura e atenda a critérios técnicos da Unesco. Queremos preparar o Pará para o reconhecimento e a valorização do patrimônio material e imaterial. Nesse sentido, o Departamento de Patrimônio da Secult já está articulando todos os meios para tornar isso possível”, destaca Iphan-PA.

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Essa é a II Oficina de Mobilização, a primeira aconteceu em agosto de 2023, e os encontros são uma preparação da candidatura a Patrimônio Mundial. “Quem define se um bem é ou não, na verdade, é a Unesco e não o Iphan, a Unesco. Então, o nosso trabalho é, ainda na forma inicial, é para depois fazermos discussões com o próprio Iphan. Temos que dizer, só que o que queremos, que os teatros da Amazônia sejam patrimônio da humanidade. Mas, por enquanto, nós não temos sequer a pré-candidatura. Por isso, reforço: esses debates fazem parte de um diagnóstico que vai nos trazer referências e nos ajudar na estruturação dessa candidatura. Queremos fazer da candidatura uma realidade. Da Paz, pelo seu entorno e a nossa mobilização e sensibilização para dar continuidade ao trabalho,” destaca Adriana Cruz.

Belém foi considerada a Capital da Borracha. Mas, apesar desse progresso, a cidade ainda não possuía um teatro de grande porte, capaz de receber espetáculos de gênero lírico.

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Buscando satisfazer anseios da sociedade da época, o governo do estado do Grão-Pará venceu o militar José Trindade e construiu, com a participação da empresa privada no Teatro Scala de Milão (Itália). Foi dessa forma que o Da Paz se consolidou na realidade construída na Amazônia e se manteve um templo da música e de grandes espetáculos. O teatro possui as três artes cênicas mais importantes e suas obras únicas são reconhecidas, além de seus 1.100 lugares perfeitos para shows. O teatro ainda possui espaço para curtas temporadas e vem se tornando um espaço especial da cidade.