{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/entretenimento/cultura/906306/exposicao-em-belem-retrata-corpos-trans-com-olhar-poetico","headline":"Exposição em Belém retrata corpos trans com olhar poético","datePublished":"2025-05-13T16:46:01.393-03:00","dateModified":"2025-05-13T16:45:53.017-03:00","author":{"@type":"Person","name":" Júlia Marques","url":"/entretenimento/cultura/906306/exposicao-em-belem-retrata-corpos-trans-com-olhar-poetico"},"image":"/img/Artigo-Destaque/900000/imagemotimizada---2025-05-13T161018822_00906306_0_.jpg?xid=3054716","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Exposição 'Como pintar uma travesti?' de Rafaela Moreira no MABEU/CCBEU, Belém. 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Exposição em Belém retrata corpos trans com olhar poético

Artista Rafa Moreira apresenta 36 obras inéditas no MABEU; mostra propõe ruptura com estereótipos sobre travestis e mulheres trans

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Imagem ilustrativa da notícia Exposição em Belém retrata corpos trans com olhar poético camera Artista premiada, Rafael Matheus Moreira retrata corpos trans femininos em exposição. | Divulgação

Romper a visão comum sobre os corpos transexuais femininos, trazendo um novo olhar contemporâneo, sensível, poético e autêntico sobre a temática. Esse é o objetivo da exposição “Como pintar uma travesti?’, da artista Rafaela Moreira, que assina como Rafael Matheus Moreira.

A mostra será inaugurada nesta sexta-feira (16), às 19h, no Museu de Artes do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos (MABEU/CCBEU), em Belém, com entrada gratuita. O público poderá visitar as obras até o dia 28 de junho, de terça a sexta-feira, das 14h às 18h.

A exposição é composta por 36 obras produzidas entre 2024 e 2025 e conta com curadoria de Rosângela Brito e Mayrla Andrade. As pinturas foram feitas com técnicas mistas em tinta acrílica e óleo e exploram narrativas visuais centradas nas vivências trans, afastando-se da abordagem histórica feita por artistas cisgêneros.

“Ao longo da história, quem vem nos retratando (travestis femininas) são homens cisgêneros (heterosexuais), que buscam a nossa objetificação e exotificação. Eu fujo desse olhar óbvio, trago a relação das quebras da visualidade da arte paraense”, explica Rafa Moreira.

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Entre as obras apresentadas estão ‘Quebras’ e ‘Raio que o trava’, que dialogam com a estética da arquitetura modernista paraense dos anos 1950 e 1960. A metáfora visual do “raio que o parta” é usada como símbolo de ruptura com padrões limitantes.

Já na obra ‘Mariposas’, que também faz parte da mostra, Rafa utiliza a metamorfose desses insetos para tratar da transição de gênero e da violência que afeta a população trans no Brasil. “A expectativa de vida de mulheres trans no Brasil é só de 35 anos”, lembra a artista.

A exposição conta com incentivo da Lei Paulo Gustavo e apoio institucional da Fundação Cultural do Pará, Ministério da Cultura, CCBEU, MT Projetos de Arte, PPGArtes/UFPA, CAPES e Itaú Cultural.

Sobre Rafaela Moreira

Artista trans, Rafa é formada em Artes Visuais pela UFPA, com especialização e mestrado em andamento. O trabalho dela já foi reconhecido em importantes salões de arte, incluindo o Arte Pará 2024, onde conquistou o primeiro lugar. Além disso, ela também participou da Bienal das Amazônias e tem obras no acervo do MASP, como ‘Trava na beleza – Safira’.

Uma das pinturas mais recentes dela retrata a deputada federal Érika Hilton, que chegou a elogiar a obra nas redes sociais, destacando a importância da representatividade trans na arte.

"Nossas histórias merecem ser contadas, recontadas e enaltecidas até que a sociedade pare de negar nossos direitos e nossa cidadania", escreveu a deputada.

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Ao as obras com o nome de registro, Rafa propõe mais um questionamento: “No ado, as mulheres cis foram desacreditadas em seu trabalho, assinavam (obras) com os nomes dos maridos e dos pais para adentrar no sistema da arte. Hoje, ao utilizar o meu ‘nome morto’ como autora, estou questionando se essa tradição de desacreditar corpos mudou. O cenário da arte é um local muito difícil de ser ado por pessoas trans, atualmente”, disse.

Serviço

Exposição “Como pintar uma travesti?”, de Rafael Matheus Moreira

  • Vernissage: 16 de maio de 2025, às 19h
  • Visitação: de 17 de maio a 28 de junho de 2025, de terça a sexta-feira, das 14h às 18h
  • Local: Museu de Artes Brasil-Estados Unidos – MABEU/CCBEU (Tv. Padre Eutíquio, 1309 – Batista Campos, Belém)
  • Entrada gratuita
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