Bonner diz que cabe a Globo romper "bolhas" na polarização

irado por muitos telespectadores em todo o Brasil, o apresentador e editor-chefe do Jornal Nacional, William Bonner traz uma vasta experiência em telejornalismo, tendo conquistado importantes prêmios na área por seu trabalho e dedicação.

Em comemoração aos 60 anos da Rede Globo, o jornalista aproveitou para fazer uma reflexão de qual seria o papel da emissora. Segundo Bonner, em tempos em que o mundo vive mediado por algorítmos e um processo de polarização, ela deve 'furar bolhas'.

"Vivemos em uma polarização extremamente alimentada pelas redes sociais, cada um na sua bolha, só ouvindo o que gosta de ouvir. A Globo entende que o papel dela, num momento tão desafiador como esse, não apenas no Brasil, mas no mundo, é exatamente tentar romper bolhas, subverter a lógica do algoritmo.", disse.

Bonner destacou ainda que esse papel não se restringe apenas ao contexto jornalístico, mas também ao entretenimento.

"Nós propomos debates e, isso, permite que alguém, mesmo dentro de uma bolha, escute algo diferente —e talvez reflita que quem pensa diferente não é inimigo, só pensa diferente.

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Durante a ação da Globo, Bonner conversou com a imprensa para divulgar a programação em comemoração aos 60 anos do canal. O apresentador do Jornal Nacional foi o responsável por anunciar o que o telespectador pode esperar do núcleo de jornalismo.

"O jornalismo sempre foi parte fundamental da Globo, desde o início, quando tudo começou com um jornal impresso. Hoje, a gente tem mais de 10 horas por dia dedicadas ao jornalismo de rede, fora o jornalismo local, que só cresceu nas últimas décadas", afirma ele.

As homenagens a emissora começam no dia 25 de abril, com uma edição especial do Globo Repórter relembrando os principais desafios enfrentados pela emissora desde a sua fundação, em 1965.

No dia 26, os âncoras dos telejornais locais do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Brasília vão apresentar suas edições de pontos históricos dessas cidades. A proposta, segundo o apresentador, é reforçar o vínculo com as comunidades e mostrar como a Globo está inserida na realidade de cada região.

O dia 27 (domingo) também será de homenagens. O Globo Rural fará um balanço das transformações do campo brasileiro a partir de novelas exibidas ao longo das últimas décadas. Já o Fantástico vai lançar uma nova abertura e apresentar um quadro inédito, adaptado de um formato francês, no qual famosos como Fábio Assunção e Vera Fischer serão entrevistados por pessoas do espectro autista.

Em relação ao Jornal Nacional, Bonner fez misterio mas adiantou que uma novidade tecnológica será implementada na semana que antecede o aniversário da emissora. "Quando entrar no ar, vocês vão falar: 'não é que ele falou mesmo?'"

"Estamos às vésperas de uma nova revolução tecnológica com a TV 3.0, e a Globo está mergulhada nisso. Mas acima da tecnologia, o mais importante é manter o compromisso com o conteúdo, que provoque, que dialogue e que una --e não o contrário. ", destacou.