{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/esporte/esporte-brasil/533195/alerta-paysandu-pode-perder-pontos-e-ser-eliminado-da-serie-c-caso-torcida-repita-cantos-homofobicos","headline":"Alerta! Paysandu pode perder pontos e ser eliminado da Série C caso torcida repita cantos homofóbicos","datePublished":"2019-08-27T11:24:25-03:00","dateModified":"2019-08-27T12:02:57-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Com informações da Folhapress","url":"/esporte/esporte-brasil/533195/alerta-paysandu-pode-perder-pontos-e-ser-eliminado-da-serie-c-caso-torcida-repita-cantos-homofobicos"},"image":"/themes/DOL/img/share.png","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"\"Remista é gay, é gay, é gay\". A frase, gritada com força e sem o menor sentido ou graça, é facilmente audível em partidas do Paysandu, puxada por uma torcida organizada.Na \"música\", com uma pobreza estética peculiar digna de quem prefere nos versos ataca","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026quot;Remista \\u0026#233; gay, \\u0026#233; gay, \\u0026#233; gay\\u0026quot;. A frase, gritada com for\\u0026#231;a e sem o menor sentido ou gra\\u0026#231;a, \\u0026#233; facilmente aud\\u0026#237;vel em partidas do Paysandu, puxada por uma torcida organizada.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Na \\u0026quot;m\\u0026#250;sica\\u0026quot;, com uma pobreza est\\u0026#233;tica peculiar digna de quem prefere nos versos atacar o rival (em alguma partida ou mesmo no Estado) que torcer, \\u0026#233; dito que a referida torcida \\u0026quot;N\\u0026#227;o dispensa que eu sei! Matador de Le\\u0026#227;o e come c* de Remogay!\\u0026quot;. 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Por homofobia entende-se toda a\\u0026#231;\\u0026#227;o que nega a uma pessoa ou a um grupo, sua cidadania\\u0026quot;, explica. Barradas ainda explica que o ato incorre no inciso V do\\u0026amp;nbsp;artigo 13-A da lei 10.671/2003:\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Alerta! 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Ent\\u0026#227;o \\u0026#233; hora de falar de respeito, civiliza\\u0026#231;\\u0026#227;o/ civilidade e, principalmente, lei. Ela \\u0026#233; clara, at\\u0026#233; mais do que alguns lances de algumas partidas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Entenda: no \\u0026#250;ltimo domingo (05),\\u0026amp;nbsp;a partida entre entre Vasco e S\\u0026#227;o Paulo foi a primeira da S\\u0026#233;rie A a ser paralisada por homofobia. Isto ocorreu aos 19 minutos do segundo tempo porque parte da torcida vasca\\u0026#237;na gritou \\u0026quot;time de veado\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A rea\\u0026#231;\\u0026#227;o do treinador da equipe, Vanderlei Luxemburgo, foi clara e aponta para a necessidade de educa\\u0026#231;\\u0026#227;o e respeito e - por que n\\u0026#227;o?! - civilidade por parte dos torcedores homof\\u0026#243;bicos - sim, um grito como este n\\u0026#227;o \\u0026#233; \\u0026quot;piada\\u0026quot;, \\u0026#233; uma express\\u0026#227;o clara de homofobia, assim como vociferar \\u0026quot;remista \\u0026#233; gay\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;iframe width=\\u0026quot;560\\u0026quot; height=\\u0026quot;315\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://www.youtube.com/embed/f-SRpcVjmU8\\u0026quot; frameborder=\\u0026quot;0\\u0026quot; allow=\\u0026quot;accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture\\u0026quot; allowfullscreen=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/iframe\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Luxa fez gestos com as m\\u0026#227;os e falou para os torcedores pararem com o coro. O sistema de som do est\\u0026#225;dio tamb\\u0026#233;m entrou em a\\u0026#231;\\u0026#227;o e o locutor pediu ao p\\u0026#250;blico que n\\u0026#227;o cantasse gritos homof\\u0026#243;bicos \\u0026quot;para n\\u0026#227;o prejudicar o Vasco\\u0026quot;, algo que pode acontecer por aqui tamb\\u0026#233;m. Esta nova postura tamb\\u0026#233;m prev\\u0026#234; que os \\u0026#225;rbitros ou outros oficiais das partidas deveriam relatar em s\\u0026#250;mula \\u0026quot;ocorr\\u0026#234;ncia de manifesta\\u0026#231;\\u0026#245;es preconceituosas e de inj\\u0026#250;ria\\u0026quot; por orienta\\u0026#231;\\u0026#227;o sexual.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;No domingo foi exatamente isto que ocorreu. O \\u0026#225;rbitro Anderson Daronco conversou com os capit\\u0026#227;es de Vasco e S\\u0026#227;o Paulo. Tamb\\u0026#233;m pediu para acionarem o sistema de som do est\\u0026#225;dio. O epis\\u0026#243;dio foi relatado na s\\u0026#250;mula e pode gerar den\\u0026#250;ncia ao STJD. Em seguida, isto pode levar o clube do Rio a perder tr\\u0026#234;s pontos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O exemplo \\u0026#233; claro e serve de alerta ao Pap\\u0026#227;o. Mesmo se o clube fizer um bom papel em casa e garantir os 3 pontos, pode acabar vendo eles irem embora por conta do preconceito de torcedores que ainda acham as ofensas atos \\u0026quot;engra\\u0026#231;adinhos\\u0026quot;. A\\u0026#237; a decis\\u0026#227;o ficaria para Recife, na casa do N\\u0026#225;utico. Vale lembrar que o Timbu possui apenas uma derrota em casa, em 12 de maio, por apenas 1 a 0 para o Ferrovi\\u0026#225;rio-CE, em partida v\\u0026#225;lida pela 3\\u0026#170; rodada.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;iframe width=\\u0026quot;560\\u0026quot; height=\\u0026quot;315\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://www.youtube.com/embed/7aA6v0EelAw\\u0026quot; frameborder=\\u0026quot;0\\u0026quot; allow=\\u0026quot;accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture\\u0026quot; allowfullscreen=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/iframe\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;FIFA E STJD EXIGEM MUDAN\\u0026#199;A\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A tentativa de mudan\\u0026#231;a de mentalidade no futebol brasileiro \\u0026#233; reflexo direto de uma nova determina\\u0026#231;\\u0026#227;o do STJD (Superior Tribunal de Justi\\u0026#231;a Desportiva), que atende a normas da Fifa e se embasa em decis\\u0026#227;o do STF (Supremo Tribunal Federal).\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Recentemente, o STF decidiu, por 8 votos a 3, enquadrar casos de homofobia e transfobia dentro da Lei do Racismo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A decis\\u0026#227;o, citada no texto do STJD, \\u0026#233; importante porque, at\\u0026#233; ent\\u0026#227;o, as ofensas homof\\u0026#243;bicas e transf\\u0026#243;bicas n\\u0026#227;o eram crimes tipificados em lei; aram a ser entendidas como crime hediondo, inafian\\u0026#231;\\u0026#225;vel e com pena de dois a cinco anos de pris\\u0026#227;o, como os casos de racismo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;script src=\\u0026quot;//player.daznservices.com/player.js#d3e0aac8d34ce1db1c6e86c954.zvtz962oknrh12onxe7if5d8i$videoid=ktnfnqw41ukj1ujto8m4tmwpv\\u0026quot; async=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/script\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Al\\u0026#233;m da decis\\u0026#227;o federal, o novo texto do STJD cita ainda duas recomenda\\u0026#231;\\u0026#245;es da Fifa. A mais recente, do dia 25 de julho, \\u0026#233; uma circular endere\\u0026#231;ada pelo \\u0026#243;rg\\u0026#227;o m\\u0026#225;ximo do futebol mundial \\u0026#224;s suas confedera\\u0026#231;\\u0026#245;es nacionais e internacionais que incentiva o combate \\u0026#224; \\u0026quot;ocorr\\u0026#234;ncia de comportamentos discriminat\\u0026#243;rios durante as partidas de futebol\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Tamb\\u0026#233;m cita o Guia de Boas Pr\\u0026#225;ticas da Fifa. No texto, est\\u0026#225; previsto que o \\u0026#225;rbitro \\u0026quot;pare, suspenda ou abandone a partida por qualquer ofensa ou interfer\\u0026#234;ncia externa\\u0026quot;, tamb\\u0026#233;m considerando \\u0026quot;o comportamento dos torcedores\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026quot;A sociedade tem que entender que torcedor \\u0026#233; o entusiasta que enaltece as virtudes de seu time. Aquele que promove tumulto e agress\\u0026#245;es n\\u0026#227;o \\u0026#233; torcedor e sim meliante disfar\\u0026#231;ado de cidad\\u0026#227;o! O torcedor de um time n\\u0026#227;o tem motivos para odiar o torcedor de outro time j\\u0026#225; que ambos s\\u0026#227;o interessados no desenvolvimento do mesmo esporte.\\u0026quot;, sintetiza Paulo Barradas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;PUNI\\u0026#199;\\u0026#195;O AO CLUBE MANDANTE DA PARTIDA\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Assinado pelo procurador-geral do STJD, Felipe Bevilacqua, o texto enviado aos clubes tem como base legal o artigo 243-G do C\\u0026#243;digo Brasileiro de Justi\\u0026#231;a Desportiva (CDJD), que discorre sobre \\u0026quot;ato discriminat\\u0026#243;rio, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em raz\\u0026#227;o de origem \\u0026#233;tnica, ra\\u0026#231;a, sexo, cor, idade, condi\\u0026#231;\\u0026#227;o de pessoa idosa ou portadora de defici\\u0026#234;ncia\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;No documento, a puni\\u0026#231;\\u0026#227;o prevista \\u0026#233; de tr\\u0026#234;s pontos, podendo dobrar em caso de reincid\\u0026#234;ncia, e multa que pode chegar a R$ 100 mil. Vale lembrar que \\u0026lt;b\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://www.diarioonline.com.br/esporte/esporte-para/noticia-432441-paysandu-e-o-primeiro-clube-denunciado-por-homofobia-no-brasil.html\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;em julho de 2017, a mesma torcida que segue com os cantos homof\\u0026#243;bicos, fez com que o Paysandu se tornasse o primeiro time do pa\\u0026#237;s a ser denunciado por homofobia\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/b\\u0026gt;, algo incoerente por ser um clube criado em uma periferia, popular e considerado \\u0026quot;do povo\\u0026quot;, ou seja, de todos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;IN\\u0026#201;DITO NO BRASIL, MAS N\\u0026#195;O NO MUNDO\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A paralisa\\u0026#231;\\u0026#227;o pode ter sido a primeira do Campeonato Brasileiro, mas n\\u0026#227;o no mundo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Na sexta-feira (16), a partida entre Nancy e Le Mans, pela segunda divis\\u0026#227;o sa, foi a primeira do pa\\u0026#237;s a ser interrompida por gritos homof\\u0026#243;bicos vindos da torcida. Cinco dias depois, dessa vez na primeira divis\\u0026#227;o, Brest e Reims tamb\\u0026#233;m parou pelo mesmo motivo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ap\\u0026#243;s se popularizarem na Copa do Mundo de 2014, os gritos de \\u0026quot;bicha\\u0026quot; no tiro de meta advers\\u0026#225;rio j\\u0026#225; renderam puni\\u0026#231;\\u0026#227;o \\u0026#224; CBF (Confedera\\u0026#231;\\u0026#227;o Brasileira de Futebol) em jogos da sele\\u0026#231;\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A mais recente, durante a Copa Am\\u0026#233;rica, foi aplicada pela Conmebol ap\\u0026#243;s a partida de estreia contra a Bol\\u0026#237;via, no est\\u0026#225;dio do Morumbi (em S\\u0026#227;o Paulo). A entidade multou a confedera\\u0026#231;\\u0026#227;o em 15 mil d\\u0026#243;lares (R$ 61 mil, em valores atuais).\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;script src=\\u0026quot;//player.daznservices.com/player.js#d3e0aac8d34ce1db1c6e86c954.zvtz962oknrh12onxe7if5d8i$videoid=1y1560ibisffrz95loreyfym9\\u0026quot; async=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/script\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Antes, A Fifa j\\u0026#225; havia punido a CBF em 2016 com pena de 20 mil francos su\\u0026#237;\\u0026#231;os (ent\\u0026#227;o, R$ 66 mil reais), pelo comportamento da torcida na partida das eliminat\\u0026#243;rias da Copa do Mundo contra a Col\\u0026#244;mbia, em setembro daquele ano em Manaus. Outra puni\\u0026#231;\\u0026#227;o veio no ano seguinte, pela partida contra o Equador, em Porto Alegre.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;E a\\u0026#237;, torcedor, vai ter coragem de cantar de forma preconceituosa e prejudicar o Pap\\u0026#227;o?\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":""}
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Alerta! Paysandu pode perder pontos e ser eliminado da Série C caso torcida repita cantos homofóbicos

"Remista é gay, é gay, é gay". A frase, gritada com força e sem o menor sentido ou graça, é facilmente audível em partidas do Paysandu, puxada por uma torcida organizada.Na "música", com uma pobreza estética peculiar digna de quem prefere nos versos ataca

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"Remista é gay, é gay, é gay". A frase, gritada com força e sem o menor sentido ou graça, é facilmente audível em partidas do Paysandu, puxada por uma torcida organizada.

Na "música", com uma pobreza estética peculiar digna de quem prefere nos versos atacar o rival (em alguma partida ou mesmo no Estado) que torcer, é dito que a referida torcida "Não dispensa que eu sei! Matador de Leão e come c* de Remogay!". O ato ainda é divulgado por outras páginas de torcedores que buscam fama falando do Paysandu:

Sem incentivar o clube e nem mesmo a própria agremiação que pulsa na arquibancada, o grito "de guerra" pode ainda ser considerado criminoso - inclusive para quem o compartilha - e resultar na eliminação do Paysandu da Série C caso a torcida (ou parte dela) insista em repetir as ofensas no próximo domingo (1º), diante do Náutico-PE, no Mangueirão.

Segundo Paulo Barradas, advogado, professor e Mestre em Direitos Fundamentais, "afirmar que remista é gay pode ser homofobia sim. Por homofobia entende-se toda ação que nega a uma pessoa ou a um grupo, sua cidadania", explica. Barradas ainda explica que o ato incorre no inciso V do artigo 13-A da lei 10.671/2003:

Alerta! Paysandu pode perder pontos e ser eliminado da Série C caso torcida repita cantos homofóbicos
📷 |Reprodução

Não gostou de saber que seu ato que você julga "inocente" ou "engraçadinho" pode render a eliminação do seu clube e acha "mimimi" ou que estão "destruindo" o futebol? Então é hora de falar de respeito, civilização/ civilidade e, principalmente, lei. Ela é clara, até mais do que alguns lances de algumas partidas.

Entenda: no último domingo (05), a partida entre entre Vasco e São Paulo foi a primeira da Série A a ser paralisada por homofobia. Isto ocorreu aos 19 minutos do segundo tempo porque parte da torcida vascaína gritou "time de veado".

A reação do treinador da equipe, Vanderlei Luxemburgo, foi clara e aponta para a necessidade de educação e respeito e - por que não?! - civilidade por parte dos torcedores homofóbicos - sim, um grito como este não é "piada", é uma expressão clara de homofobia, assim como vociferar "remista é gay".

Luxa fez gestos com as mãos e falou para os torcedores pararem com o coro. O sistema de som do estádio também entrou em ação e o locutor pediu ao público que não cantasse gritos homofóbicos "para não prejudicar o Vasco", algo que pode acontecer por aqui também. Esta nova postura também prevê que os árbitros ou outros oficiais das partidas deveriam relatar em súmula "ocorrência de manifestações preconceituosas e de injúria" por orientação sexual.

No domingo foi exatamente isto que ocorreu. O árbitro Anderson Daronco conversou com os capitães de Vasco e São Paulo. Também pediu para acionarem o sistema de som do estádio. O episódio foi relatado na súmula e pode gerar denúncia ao STJD. Em seguida, isto pode levar o clube do Rio a perder três pontos.

O exemplo é claro e serve de alerta ao Papão. Mesmo se o clube fizer um bom papel em casa e garantir os 3 pontos, pode acabar vendo eles irem embora por conta do preconceito de torcedores que ainda acham as ofensas atos "engraçadinhos". Aí a decisão ficaria para Recife, na casa do Náutico. Vale lembrar que o Timbu possui apenas uma derrota em casa, em 12 de maio, por apenas 1 a 0 para o Ferroviário-CE, em partida válida pela 3ª rodada.

FIFA E STJD EXIGEM MUDANÇA

A tentativa de mudança de mentalidade no futebol brasileiro é reflexo direto de uma nova determinação do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que atende a normas da Fifa e se embasa em decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).

Recentemente, o STF decidiu, por 8 votos a 3, enquadrar casos de homofobia e transfobia dentro da Lei do Racismo.

A decisão, citada no texto do STJD, é importante porque, até então, as ofensas homofóbicas e transfóbicas não eram crimes tipificados em lei; aram a ser entendidas como crime hediondo, inafiançável e com pena de dois a cinco anos de prisão, como os casos de racismo.

Além da decisão federal, o novo texto do STJD cita ainda duas recomendações da Fifa. A mais recente, do dia 25 de julho, é uma circular endereçada pelo órgão máximo do futebol mundial às suas confederações nacionais e internacionais que incentiva o combate à "ocorrência de comportamentos discriminatórios durante as partidas de futebol".

Também cita o Guia de Boas Práticas da Fifa. No texto, está previsto que o árbitro "pare, suspenda ou abandone a partida por qualquer ofensa ou interferência externa", também considerando "o comportamento dos torcedores".

"A sociedade tem que entender que torcedor é o entusiasta que enaltece as virtudes de seu time. Aquele que promove tumulto e agressões não é torcedor e sim meliante disfarçado de cidadão! O torcedor de um time não tem motivos para odiar o torcedor de outro time já que ambos são interessados no desenvolvimento do mesmo esporte.", sintetiza Paulo Barradas.

PUNIÇÃO AO CLUBE MANDANTE DA PARTIDA

Assinado pelo procurador-geral do STJD, Felipe Bevilacqua, o texto enviado aos clubes tem como base legal o artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CDJD), que discorre sobre "ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".

No documento, a punição prevista é de três pontos, podendo dobrar em caso de reincidência, e multa que pode chegar a R$ 100 mil. Vale lembrar que em julho de 2017, a mesma torcida que segue com os cantos homofóbicos, fez com que o Paysandu se tornasse o primeiro time do país a ser denunciado por homofobia, algo incoerente por ser um clube criado em uma periferia, popular e considerado "do povo", ou seja, de todos.

INÉDITO NO BRASIL, MAS NÃO NO MUNDO

A paralisação pode ter sido a primeira do Campeonato Brasileiro, mas não no mundo.

Na sexta-feira (16), a partida entre Nancy e Le Mans, pela segunda divisão sa, foi a primeira do país a ser interrompida por gritos homofóbicos vindos da torcida. Cinco dias depois, dessa vez na primeira divisão, Brest e Reims também parou pelo mesmo motivo.

Após se popularizarem na Copa do Mundo de 2014, os gritos de "bicha" no tiro de meta adversário já renderam punição à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) em jogos da seleção.

A mais recente, durante a Copa América, foi aplicada pela Conmebol após a partida de estreia contra a Bolívia, no estádio do Morumbi (em São Paulo). A entidade multou a confederação em 15 mil dólares (R$ 61 mil, em valores atuais).

Antes, A Fifa já havia punido a CBF em 2016 com pena de 20 mil francos suíços (então, R$ 66 mil reais), pelo comportamento da torcida na partida das eliminatórias da Copa do Mundo contra a Colômbia, em setembro daquele ano em Manaus. Outra punição veio no ano seguinte, pela partida contra o Equador, em Porto Alegre.

E aí, torcedor, vai ter coragem de cantar de forma preconceituosa e prejudicar o Papão?

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