Dupla Re-Pa realiza ações de combate contra o assédio

Rivais em campo e com grande apelo popular, Remo e Paysandu estão com medidas para proteger o seu patrimônio, o torcedor e neste caso, as mulheres estão incluídas.

Leão e Papão recebem em seus jogos uma grande presença de torcedores, principalmente o público feminino, que a cada dia vem crescendo consideravelmente. O aumento de torcedoras veio após a pandemia da covid-19, período em que os jogos ficaram com as praças esportivas vazias, sem a presença de público.

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PAYSANDU E A EXPERIÊNCIA DA TORCIDA DELAS

Representante paraense no Campeonato Brasileiro da Série B de 2024, o Paysandu espera contar com a presença de suas torcedoras, algo que já ocorreu recentemente, com a participação de mulheres e crianças em jogos da Série C de 2023 depois de ser punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A medida deu certo e o Papão se tornou pioneiro na região com a presença maciça de torcedoras na Curuzu.

“Realizamos ações nos estádios de combate ao assédio em parceria com a defensoria pública e polícia civil. As ações visam conscientizar as mulheres e homens de que existem hoje leis que nos protegem e nos oferecem segurança nos estádios”, destaca a diretora da mulher do Paysandu, Eveline Maia.

A experiência obtida na Terceirona do ano ado deu ao Paysandu uma grande oportunidade de mostrar que as mulheres unidas são uma demonstração de amor ao futebol e pela paz.

“A maior experiência dos jogos somente com mulheres é constatar que as mulheres chegaram para ficar no futebol. Na arquibancada somos muitas, tem torcedora, tem mulher trabalhando em arbitragem, tem mulher fazendo jornalismo no gramado e naquele dia todas nos estivemos juntas e em paz”, conclui.

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CLUBE DO REMO E AS MEDIDAS EDUCATIVAS

Do outro lado, o Clube do Remo vem adotando medidas e campanhas educativas contra a importunação sexual. A última delas foi justamente na partida diante do Santa Rosa, pelo Campeonato Paraense 2024. Uma delas foi a entrada de mulheres ao lado de jogadores no gramado do estádio Baenão.

As medidas não pararam por aí: o jogador Jaderson vestiu a camisa 180, em alusão ao disque denúncia, número que a mulher pode ligar em caso de algum tipo de delito causado a ela, em qualquer lugar.

Além disso, os clubes já preparam espaços para contar com delegacia itinerante da mulher em dias de jogos. O espaço já deverá estar disponível no Brasileirão 2024.

REPÓRTER – Diego Beckman

"Diego Beckman é formado em jornalismo, casado e gosta de falar sobre esportes. Gosta de leitura, música e eios pela cidade e pelo interior do Pará. É um apreciador da culinária paraense, mas também é um expert na arte de fazer um churrasco."