Arthur Silva conquista ouro no judô; 20º do Brasil em Paris

A história de superação no esporte é frequentemente marcada por jornadas que vão muito além das vitórias nos tatames, pistas ou campos. Em meio aos desafios enfrentados dentro e fora das competições, muitos atletas carregam consigo relatos de lutas pessoais que inspiram gerações e demonstram a força de vontade humana. Entre esses guerreiros, surgem figuras que transformam adversidades em motivação para alcançar o topo. É nesse cenário que a trajetória de Arthur Silva se destaca, um atleta que não apenas conquistou o ouro no judô paralímpico, mas também superou as barreiras impostas pela perda total da visão.

Neste sábado (7), o Brasil celebrou mais uma conquista nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. quando o judoca natural de Natal (RJ) fez história ao conquistar a medalha de ouro na categoria até 90kg da classe J1 (para atletas cegos totais ou com percepção de luz), marcando a primeira vitória masculina do judô brasileiro nesta edição das Paralimpíadas. Em uma campanha brilhante, Arthur venceu todas as suas lutas por ippon, incluindo a final, em que superou o britânico Danie Powell.

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O caminho até o topo do pódio foi marcado por vitórias expressivas. Nas quartas de final, Arthur derrotou o uzbeque Turgan Abdiev e, na semifinal, garantiu vaga na disputa pelo ouro ao vencer o turco Yasin Cimciler. A conquista coroou a trajetória ascendente do brasileiro, que já havia garantido duas pratas em competições internacionais importantes, como o Parapan de Santiago 2023 e os Jogos Mundiais da IBSA, também na categoria até 90kg.

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Arthur, que começou a perder a visão aos 2 anos devido à retinose pigmentar, adaptou-se ao judô após a cegueira total aos 18 anos, encontrando no esporte uma nova paixão. Seu talento e dedicação o levaram ao topo do judô paralímpico, e sua medalha de ouro é um marco na história do esporte paralímpico brasileiro.

Além da vitória de Arthur, o judô brasileiro continua em busca de novas conquistas neste sábado. Willians Araújo, Erika Zoaga e Rebeca de Souza lutam pelo ouro, enquanto Marcelo Casanova disputa o bronze, mantendo vivas as chances de mais medalhas para o Brasil nos tatames de Paris.

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