Opinião: Luizinho é o menor dos culpados nos erros do Paysandu

A goleada sofrida para o Bahia, por 4 x 0 (sendo 3 ainda no primeiro tempo), na última quarta-feira (21), pelo confronto de volta pela terceira fase da Copa do Brasil, disputado na Arena Fonte Nova, em Salvador, expôs ainda mais os problemas que nitidamente estão sendo apresentados no Paysandu.

Elenco com qualidade técnica baixa; grupo de atletas altamente reduzido e nitidamente cansado em razão a maratona de 14 jogos disputados em um período de 47 dias; desgaste físico excessivo que resulta em grande quantidade de lesões; e principalmente pouca recomposição para melhorar o desempenho do time.

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GRANDE QUANTIDADE DE ATLETAS LESIONADOS

Durante a coletiva de Luizinho Lopes, ficou claro que o treinador vem tentando de todas as formas melhorar o desempenho do time, mas enfrenta obstáculos que vão além de sua gestão. "Estamos com pelo menos 10 lesionados. Vamos ver a situação dos atletas, temos 16 atletas à disposição para o jogo contra o Novorizontino", disse.

E por causa desta drástica redução de atletas disponíveis, Luizinho chegou ao ponto de escalar quatro atletas na equipe principal para tentar manter a intensidade da equipe na transição de jogadas. No entanto, a tentativa não surtiu o efeito esperado, principalmente em razão a novas lesões, como foram os casos de Edilson e Bryan.

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LUIZINHO TENTA TIRAR "LEITE DE PEDRA"

Mas uma coisa é certa, e podem falar o que for: Luizinho vem buscando alternativas para que se tenha evolução, embora acabe esbarrando sobretudo na limitação do elenco. E aí surge o questionamento: Luizinho Lopes é o grande culpado do Paysandu ter vencido apenas uma partida dentre as últimas 14 disputadas?

Pois bem, contratado em meados de fevereiro, Luizinho recebeu um grupo de atletas pronto, mas com diversos problemas ainda na montagem mal elaborada pelo então executivo de futebol Felipe Albuquerque e o próprio presidente Roger Aguilera, que até fez a boa aquisição de Rossi, mas que sozinho não pode fazer muita coisa.

Entre os erros, destacam-se a renovação com o então técnico Márcio Fernandes e contratações e retornos (caso de Marlon), que na opinião de especialistas, não fizeram sentido para fortalecer a equipe. Aqui podemos citar alguns estrangeiros que ainda não conseguiram se adaptar ao clube (caso de Espinoza, que não terá contrato renovado). Isso sem contar a situação de Giovanni, que pediu pra ir embora.

"ELENCO ENXUTO", DITO POR FELIPE ALBUQUERQUE

Outra falha acentuada neste período de crise dentro do Paysandu é o elenco reduzido, com apenas 30 atletas. Não podemos esquecer que o então executivo Felipe Albuquerque teve mais de 30 dias (10 de março a 11 de abril) para fortalecer o elenco, mas ainda assim, os atletas que aqui chegaram ainda vivem de lampejos dentro do momento atual.

Conforme informações de bastidores, Albuquerque até chegou a alinhavar diversas contratações durante a janela, mas acabou não fechando em razão ao término do prazo, como foi o caso do volante Emerson, que seguiu na Ponte Preta. Outro fator negativo é mais uma seca de gols de Nicolas na Série B, que deixa a torcida ainda mais impaciente.

Apesar das dificuldades, Luizinho Lopes permanece no comando técnico do Paysandu. Muitos torcedores pedem sua saída, pois não acreditam que ele poderá reerguer o time na Série B. Outros - inclusive este que vos escreve - analisa o treinador como sendo o menor dos culpados por essa situação.

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