Rodrigo Santana lamenta empate no fim, mas vê resultado justo

O futebol, com seu ritmo imprevisível, é palco de momentos de grande emoção e também de aprendizado. No clássico Re-Pa, realizado neste domingo (23), o Clube do Remo viveu um cenário de altos e baixos, mas o empate no último minuto trouxe reflexões para a equipe e para o técnico Rodrigo Santana, que, apesar da frustração pelo gol sofrido nos instantes finais, considerou o resultado equilibrado, levando em conta a proposta de jogo das duas equipes.

"Esse foi meu primeiro Re-Pa, uma energia muito boa no estádio", disse o comandante do Remo, ao relatar festa proporcionado pelas duas torcidas nas arquibancadas. Já com a bola rolando, para Santana, embora o confronto tenha sido marcado por uma grande disposição das equipes, faltou um toque de criatividade nas ações ofensivas. "Em campo, o jogo teve muita transpiração, mas faltou um pouco de inspiração para as duas equipes, principalmente para definir as jogadas de ataque", completou.

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A análise de Rodrigo Santana também foi direcionada ao comportamento das duas equipes durante os 90 minutos. Embora o Paysandu tenha apresentado mais volume de jogo, o técnico destacou a dificuldade do adversário em quebrar a defesa do Remo. "O Paysandu teve mais volume, mas teve dificuldade para entrar na nossa área. No primeiro tempo, quando eles erravam, ao invés de jogarmos verticalmente, optávamos por sair tocando lateralmente. No segundo tempo foi diferente. Conseguimos ser mais objetivos", disse o técnico, explicando as mudanças táticas adotadas durante a partida.

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Segundo Rodrigo Santana, a partida teve um momento crucial logo no início da etapa final, quando o goleiro Marcelo Rangel foi fundamental para manter o empate com duas grandes defesas. "No início do segundo tempo, eles voltaram melhor e, nesse momento, o Marcelo Rangel foi muito importante. Foi aí que precisei fazer as substituições e conseguimos criar oportunidades", afirmou Santana, lembrando do pênalti convertido por Adailton, que colocou o Remo na frente do placar. Porém, a alegria foi curta: "Infelizmente, acabamos sofrendo o gol no minuto final, em um momento de desatenção e um pouco de sorte do adversário, já que houve um desvio antes da bola entrar. Mas pelo que as duas equipes fizeram no jogo, o resultado foi justo", completou.

ADAILTON É "TITULAR" DO REMO

Sobre Adailton, Santana não poupou elogios, mas também fez uma análise pragmática. "Todo mundo gosta do Adailton. Eu também gosto, mas não tenho outro jogador com a força física dele para entrar no segundo tempo e mudar a dinâmica da partida. Ele é, com certeza, um titular, mas não consegue manter esse mesmo nível de atuação entrando desde o início. Se ele me garantir que consegue manter essa dinâmica durante os 90 minutos, com certeza ele será titular", afirmou o técnico, revelando o desafio de encontrar o melhor momento para o jogador em campo.

O treinador também refletiu sobre os minutos finais e o que poderia ter sido feito para garantir a vitória. "Acho que se termina 1 a 0 não teria problema de sistema de jogo. Teríamos uma equipe que soube sofrer no primeiro tempo e se soltou no segundo, chegando ao gol e teria saído com a vitória", explicou. Ele acrescentou que, na reta final, faltou um pouco mais de experiência para segurar o resultado. "Faltou experiência para segurar o resultado faltando 30 segundos para acabar o jogo. Deveríamos, não digo nem fazer cera, mas ter segurado a bola no campo de ataque, tocando e evitando a pressão do adversário, que na verdade nem teve, porque era um toque de bola praticamente estéril na frente da nossa área", disse.

JOGO DA VIDA CONTRA O GAS

Com os olhos voltados para o próximo compromisso, Rodrigo Santana destacou a importância de não se deixar abater pelo empate no clássico. "Temos um jogo da nossa vida na quarta-feira e precisamos chegar lá com todo o foco possível e buscar essa classificação", declarou o técnico, referindo-se à partida decisiva contra o GAS, pela Copa do Brasil, em Boa Vista. O treinador reforçou que a equipe precisa de foco total para o desafio, que promete ser decisivo para o futuro do Remo na competição.

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