
O sonho dos apaixonados por carros é obter conforto, segurança e, principalmente, mais economia. Por isso, na hora de escolher um carro, essas vantagens contam muito e fazem toda a diferença para os amantes de direção. Porém, é preciso ficar antenado nas novidades e mudanças.
Já ouviu falar na válvula ORVR (onboard refueling vapor recovery ou sistema de recuperação de gases, em português)? Trata-se de um equipamento obrigatório que estará presente em 100% dos carros novos a gasolina, a etanol e flex comercializados no Brasil em 2025.
A ORVR encarece a produção dos veículos, mas por outro lado reduz o consumo de combustível e traz outros benefícios, como preservar a saúde dos frentistas. Essa é uma tecnologia, que já é utilizada em larga escala nos Estados Unidos há mais de 20 anos, faz parte do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) no Brasil.
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Segundo a Eaton, empresa que fabrica o equipamento em Valinhos, no interior de São Paulo - hoje fornece o componente para veículos produzidos e vendidos no Brasil -, o ORVR reduz em até 98% as emissões de gases tóxicos provenientes da gasolina, do etanol ou da mistura desses combustíveis, no caso dos carros flex.
Os gases que o sistema é capaz de reter incluem o benzeno, que é cancerígeno e traz prejuízo ao meio ambiente e aos trabalhadores de postos de combustíveis.
A tecnologia ORVR, segundo a Eaton, é acoplada ao tanque de combustível dos veículos e traz válvulas e um filtro de carbono que impedem que esses vapores escapem para a atmosfera.
Só para ter uma ideia, esses gases que muitos deles são inflamáveis, são reenviados para o motor e queimados juntamente com o combustível - dessa forma, reduzem o desperdício, aproveitando ao máximo o etanol ou a gasolina e, consequentemente, reduzindo o consumo.
O consultor ambiental Gabriel Murgel Branco, diz que devido ao fato de aproveitar o combustível na forma de vapor no próprio motor, a tecnologia acaba "se pagando durante a vida útil do veículo", apesar de representar um custo adicional na fabricação dos automóveis.
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Durante audiência pública realizada em novembro de 2017 na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, Branco disse que: "[O ORVR] custa algo em torno de US$ 25 a US$ 30 por veículo, o que, em um horizonte de 20 anos, vai custar US$ 1,4 bilhão. Só que ele vai economizar US$ 3,4 bilhões em gasolina. Então, ele acaba se pagando", declarou.
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