{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/belem-407-anos/790319/a-elite-homenageada-em-uma-via-historica-de-belem","headline":"A elite homenageada em uma via histórica de Belém","datePublished":"2023-01-10T09:03:52.43-03:00","dateModified":"2023-01-10T09:02:40-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Cintia Magno/Diário do Pará","url":"/noticias/belem-407-anos/790319/a-elite-homenageada-em-uma-via-historica-de-belem"},"image":"/img/Artigo-Destaque/790000/Tp_00790319_0_.jpg?xid=2522305","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Tomázia Perdigão foi assim batizada em homenagem à mãe de duas figuras destacadas da Câmara de Belém no período da Cabanagem.","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Interligando dois importantes largos que marcavam a paisagem da capital paraense ainda no in\\u0026#237;cio de sua forma\\u0026#231;\\u0026#227;o, os antigos Largo do Pal\\u0026#225;cio e Largo de S\\u0026#227;o Jo\\u0026#227;o, a pequena rua que hoje recebe o nome de Dona Tom\\u0026#225;zia Perdig\\u0026#227;o j\\u0026#225; foi curiosamente chamada de Ilharga do Pal\\u0026#225;cio, por se situar ao lado do antigo Pal\\u0026#225;cio dos Governadores, obra do arquiteto Italiano Ant\\u0026#244;nio Landi e que hoje abriga o Museu do Estado do Par\\u0026#225;. Em uma breve visita \\u0026#224; rua estreita e ainda marcada pela forte presen\\u0026#231;a de casar\\u0026#245;es hist\\u0026#243;ricos, \\u0026#233; f\\u0026#225;cil perceber a refer\\u0026#234;ncia.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A mudan\\u0026#231;a do nome da via de Ilharga do Pal\\u0026#225;cio para Rua Dona Tom\\u0026#225;zia Perdig\\u0026#227;o ocorreu ainda no s\\u0026#233;culo XIX, em 1895, e \\u0026#233; exemplo de uma tradi\\u0026#231;\\u0026#227;o destacada pelo historiador Ernesto Cruz, a de homenagear figuras ilustres da cidade dando seus nomes a ruas da capital paraense.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Veja tamb\\u0026#233;m:\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/brasil/790063/conheca-algumas-das-ruas-historicas-de-belem?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Conhe\\u0026#231;a algumas das Ruas hist\\u0026#243;ricas de Bel\\u0026#233;m\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/servico/790222/belem-inscreve-para-cursos-profissionalizantes-gratuitos?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Bel\\u0026#233;m inscreve para cursos profissionalizantes gratuitos\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;No livro, Ernesto aponta que o nome \\u0026#233; uma homenagem “\\u0026#224; venerada senhora Tom\\u0026#225;zia Perdig\\u0026#227;o, m\\u0026#227;e de Paulo Maria e Marcelino Perdig\\u0026#227;o, ambos figuras destacadas da C\\u0026#226;mara Municipal de Bel\\u0026#233;m, no agitado per\\u0026#237;odo da Cabanagem”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A historiadora e antrop\\u0026#243;loga Dayseane Ferraz destaca que, quando se analisa a hist\\u0026#243;ria da forma\\u0026#231;\\u0026#227;o da cidade de Bel\\u0026#233;m, tamb\\u0026#233;m \\u0026#233; importante considerar a organiza\\u0026#231;\\u0026#227;o desse territ\\u0026#243;rio como uma disputa pelas mem\\u0026#243;rias que se perpetuariam atrav\\u0026#233;s da nomenclatura das ruas e travessas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“\\u0026#201; interessante que a gente pense que a Tom\\u0026#225;zia Perdig\\u0026#227;o era uma das senhoras das elites da viv\\u0026#234;ncia pol\\u0026#237;tica de Bel\\u0026#233;m e os filhos, em sess\\u0026#227;o da C\\u0026#226;mara Municipal, tomaram a defesa do nome da rua como Tom\\u0026#225;zia Perdig\\u0026#227;o”, refor\\u0026#231;a.\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Esse \\u0026#233; um tra\\u0026#231;o importante para se considerar, as ruas delegando nome de pessoas influentes. A hist\\u0026#243;ria da cidade \\u0026#233; tamb\\u0026#233;m um territ\\u0026#243;rio dessas disputas pela mem\\u0026#243;ria de quem vai ficar no pante\\u0026#227;o da hist\\u0026#243;ria. Voc\\u0026#234; n\\u0026#227;o vai ter o nome de um ‘cidad\\u0026#227;o comum’ batizando as ruas”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Nesse sentido, Dayseane considera que \\u0026#233; importante historicizar os nomes que s\\u0026#227;o dados \\u0026#224;s ruas e que tanto s\\u0026#227;o repetidos no cotidiano da popula\\u0026#231;\\u0026#227;o, pensando que a mudan\\u0026#231;a ocorre a partir da demanda pol\\u0026#237;tica e da demanda p\\u0026#250;blica. “Ent\\u0026#227;o, quando a gente pensa a hist\\u0026#243;ria das cidades a partir dessa disputa de qual mem\\u0026#243;ria vai ser elencada, a gente compreende esse outro aspecto da forma\\u0026#231;\\u0026#227;o hist\\u0026#243;rica”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Rua liga obras de Ant\\u0026#244;nio Landi\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Outra caracter\\u0026#237;stica evidenciada pela Rua Tom\\u0026#225;zia Perdig\\u0026#227;o diz respeito \\u0026#224; pr\\u0026#243;pria forma de organiza\\u0026#231;\\u0026#227;o do espa\\u0026#231;o urbano ainda no in\\u0026#237;cio da forma\\u0026#231;\\u0026#227;o da cidade de Bel\\u0026#233;m, quando seus tra\\u0026#231;ados urban\\u0026#237;sticos partiam dos chamados largos, lugares amplos que se configuravam como espa\\u0026#231;os de sociabilidade das cidades e que normalmente abrigavam instala\\u0026#231;\\u0026#245;es oficiais ou de congrega\\u0026#231;\\u0026#245;es religiosas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A rua em quest\\u0026#227;o faz a liga\\u0026#231;\\u0026#227;o entre dois importantes largos da \\u0026#233;poca do per\\u0026#237;odo colonial de Bel\\u0026#233;m, o Largo do Pal\\u0026#225;cio, que hoje \\u0026#233; a Pra\\u0026#231;a Dom Pedro II, e o Largo de S\\u0026#227;o Jo\\u0026#227;o, que se estabelecia em frente \\u0026#224; Igreja de S\\u0026#227;o Jo\\u0026#227;o Batista.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p class=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\t\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;O in\\u0026amp;#237;cio da Tom\\u0026amp;#225;zia Perdig\\u0026amp;#227;o, na ilharga, \\u0026amp;#233; marcado pela presen\\u0026amp;#231;a do Pal\\u0026amp;#225;cio do Governo (hoje Museu do Estado do Par\\u0026amp;#225;), e o seu t\\u0026amp;#233;rmino se d\\u0026amp;#225; em de frente para a Igreja de S\\u0026amp;#227;o Jo\\u0026amp;#227;o Batista, uma das primeiras de Bel\\u0026amp;#233;m.\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/790000/767x0/WhatsApp-Image-2023-01-10-at-082610_00790319_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F790000%2FWhatsApp-Image-2023-01-10-at-082610_00790319_0_.jpg%3Fxid%3D2522308%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747853373\\u0026amp;amp;xid=2522308\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/790000/767x0/WhatsApp-Image-2023-01-10-at-082610_00790319_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F790000%2FWhatsApp-Image-2023-01-10-at-082610_00790319_0_.jpg%3Fxid%3D2522308%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747853373\\u0026amp;amp;xid=2522308\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; O in\\u0026amp;#237;cio da Tom\\u0026amp;#225;zia Perdig\\u0026amp;#227;o, na ilharga, \\u0026amp;#233; marcado pela presen\\u0026amp;#231;a do Pal\\u0026amp;#225;cio do Governo (hoje Museu do Estado do Par\\u0026amp;#225;), e o seu t\\u0026amp;#233;rmino se d\\u0026amp;#225; em de frente para a Igreja de S\\u0026amp;#227;o Jo\\u0026amp;#227;o Batista, uma das primeiras de Bel\\u0026amp;#233;m. |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Irene Almeida/Di\\u0026amp;#225;rio do Par\\u0026amp;#225;\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\u0026amp;nbsp;\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Refor\\u0026#231;ando a import\\u0026#226;ncia hist\\u0026#243;rica e patrimonial que a via mant\\u0026#233;m para a cidade de Bel\\u0026#233;m, a Rua Dona Tom\\u0026#225;zia Perdig\\u0026#227;o inicia e termina em duas grandes obras do arquiteto italiano Ant\\u0026#244;nio Jos\\u0026#233; Landi, respons\\u0026#225;vel por grandes transforma\\u0026#231;\\u0026#245;es no cen\\u0026#225;rio da Bel\\u0026#233;m ainda em forma\\u0026#231;\\u0026#227;o da segunda metade do s\\u0026#233;culo XVIII.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Seu in\\u0026#237;cio, na ilharga, \\u0026#233; marcado pela presen\\u0026#231;a do Pal\\u0026#225;cio do Governo (hoje Museu do Estado do Par\\u0026#225;), e o seu t\\u0026#233;rmino se d\\u0026#225; em de frente para a Igreja de S\\u0026#227;o Jo\\u0026#227;o Batista, uma das primeiras igrejas de Bel\\u0026#233;m. Apesar das grandes modifica\\u0026#231;\\u0026#245;es sofridas na via ao longo dos s\\u0026#233;culos, ainda hoje \\u0026#233; poss\\u0026#237;vel contemplar e visitar tais constru\\u0026#231;\\u0026#245;es, assim como avistar os v\\u0026#225;rios casar\\u0026#245;es hist\\u0026#243;ricos que se alinham ao longo da rua e que hoje, em sua maioria, abrigam \\u0026#243;rg\\u0026#227;os p\\u0026#250;blicos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;MARCOS\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Chamada inicialmente de Ilharga do Pal\\u0026#225;cio, a Rua Dona Tom\\u0026#225;zia Perdig\\u0026#227;o inicia na lateral do antigo Pal\\u0026#225;cio do Governo e finda de frente para a Igreja de S\\u0026#227;o Jo\\u0026#227;o Batista, grandes marcos hist\\u0026#243;ricos da cidade de Bel\\u0026#233;m. Saiba um pouco mais sobre eles.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;- Pal\\u0026#225;cio do Governo\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Foi constru\\u0026#237;do para ser a sede istrativa e resid\\u0026#234;ncia dos governadores da capitania. Para esse pal\\u0026#225;cio, foram realizados tr\\u0026#234;s projetos do arquiteto italiano Ant\\u0026#244;nio Landi. Assim que ele terminava um projeto, tinha que envi\\u0026#225;-lo para a Corte para ser aprovado e esperar voltar a Bel\\u0026#233;m. \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O terceiro projeto, que det\\u0026#233;m maior n\\u0026#250;mero de detalhes, tem dezessete desenhos. A constru\\u0026#231;\\u0026#227;o do Pal\\u0026#225;cio durou tr\\u0026#234;s anos, tendo sido iniciadas em 1768. De caracter\\u0026#237;sticas monumentais, o pal\\u0026#225;cio tinha dimens\\u0026#245;es maiores do que o Pal\\u0026#225;cio do Governador Geral de Salvador e o do Rio de Janeiro. Hoje, o pal\\u0026#225;cio abriga o Museu Hist\\u0026#243;rico do Estado do Par\\u0026#225; (MHEP).\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;- Igreja de S\\u0026#227;o Jo\\u0026#227;o Batista\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Foi uma das primeiras igrejas de Bel\\u0026#233;m. Antes de Ant\\u0026#244;nio Landi chegar \\u0026#224; ent\\u0026#227;o capital do Gr\\u0026#227;o-Par\\u0026#225;, a igreja era feita de taipa e coberta de palha, tendo sido constru\\u0026#237;da pelo Capit\\u0026#227;o-Mor do Gr\\u0026#227;o-Par\\u0026#225;, Bento Maciel Parente.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A igreja que o arquiteto italiano desenhou \\u0026#233;, portanto, a terceira vers\\u0026#227;o da igreja. Entre os destaques da constru\\u0026#231;\\u0026#227;o est\\u0026#227;o o desenho de composi\\u0026#231;\\u0026#227;o das quadraturas feitas por Landi, t\\u0026#233;cnica art\\u0026#237;stica de desenho arquitet\\u0026#244;nico em perspectiva aplicado na parede que produz uma sensa\\u0026#231;\\u0026#227;o visual de tridimensionalidade.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ainda hoje, as quadraturas podem ser vistas na Igreja de S\\u0026#227;o Jo\\u0026#227;o Batista, tanto no altar principal, como tamb\\u0026#233;m nos dois altares laterais da igreja.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p class=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;A elite homenageada em uma via hist\\u0026amp;#243;rica de Bel\\u0026amp;#233;m\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/790000/767x0/WhatsApp-Image-2023-01-10-at-082935_00790319_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F790000%2FWhatsApp-Image-2023-01-10-at-082935_00790319_1_.jpg%3Fxid%3D2522309%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747853373\\u0026amp;amp;xid=2522309\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/790000/767x0/WhatsApp-Image-2023-01-10-at-082935_00790319_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F790000%2FWhatsApp-Image-2023-01-10-at-082935_00790319_1_.jpg%3Fxid%3D2522309%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747853373\\u0026amp;amp;xid=2522309\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\u0026amp;nbsp;\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"elite de belem, via historica de belem, historia de belem, belem 407 anos"}
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MEMÓRIA

A elite homenageada em uma via histórica de Belém

Tomázia Perdigão foi assim batizada em homenagem à mãe de duas figuras destacadas da Câmara de Belém no período da Cabanagem.

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Imagem ilustrativa da notícia A elite homenageada em uma via histórica de Belém camera Palácio Lauro Sodré, antigo Palácio dos Governadores, em 1910. À direita, vê-se o início da Rua Dona Tomázia Perdigão, que já chegou a ser chamada de Ilharga do Palácio. Autor desconhecido. | Acervo/Instituto Moreira Salles

Interligando dois importantes largos que marcavam a paisagem da capital paraense ainda no início de sua formação, os antigos Largo do Palácio e Largo de São João, a pequena rua que hoje recebe o nome de Dona Tomázia Perdigão já foi curiosamente chamada de Ilharga do Palácio, por se situar ao lado do antigo Palácio dos Governadores, obra do arquiteto Italiano Antônio Landi e que hoje abriga o Museu do Estado do Pará. Em uma breve visita à rua estreita e ainda marcada pela forte presença de casarões históricos, é fácil perceber a referência.

A mudança do nome da via de Ilharga do Palácio para Rua Dona Tomázia Perdigão ocorreu ainda no século XIX, em 1895, e é exemplo de uma tradição destacada pelo historiador Ernesto Cruz, a de homenagear figuras ilustres da cidade dando seus nomes a ruas da capital paraense.

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Conheça algumas das Ruas históricas de Belém

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No livro, Ernesto aponta que o nome é uma homenagem “à venerada senhora Tomázia Perdigão, mãe de Paulo Maria e Marcelino Perdigão, ambos figuras destacadas da Câmara Municipal de Belém, no agitado período da Cabanagem”.

A historiadora e antropóloga Dayseane Ferraz destaca que, quando se analisa a história da formação da cidade de Belém, também é importante considerar a organização desse território como uma disputa pelas memórias que se perpetuariam através da nomenclatura das ruas e travessas.

“É interessante que a gente pense que a Tomázia Perdigão era uma das senhoras das elites da vivência política de Belém e os filhos, em sessão da Câmara Municipal, tomaram a defesa do nome da rua como Tomázia Perdigão”, reforça.

“Esse é um traço importante para se considerar, as ruas delegando nome de pessoas influentes. A história da cidade é também um território dessas disputas pela memória de quem vai ficar no panteão da história. Você não vai ter o nome de um ‘cidadão comum’ batizando as ruas”.

Nesse sentido, Dayseane considera que é importante historicizar os nomes que são dados às ruas e que tanto são repetidos no cotidiano da população, pensando que a mudança ocorre a partir da demanda política e da demanda pública. “Então, quando a gente pensa a história das cidades a partir dessa disputa de qual memória vai ser elencada, a gente compreende esse outro aspecto da formação histórica”.

Rua liga obras de Antônio Landi

Outra característica evidenciada pela Rua Tomázia Perdigão diz respeito à própria forma de organização do espaço urbano ainda no início da formação da cidade de Belém, quando seus traçados urbanísticos partiam dos chamados largos, lugares amplos que se configuravam como espaços de sociabilidade das cidades e que normalmente abrigavam instalações oficiais ou de congregações religiosas.

A rua em questão faz a ligação entre dois importantes largos da época do período colonial de Belém, o Largo do Palácio, que hoje é a Praça Dom Pedro II, e o Largo de São João, que se estabelecia em frente à Igreja de São João Batista.

O início da Tomázia Perdigão, na ilharga, é marcado pela presença do Palácio do Governo (hoje Museu do Estado do Pará), e o seu término se dá em de frente para a Igreja de São João Batista, uma das primeiras de Belém.
📷 O início da Tomázia Perdigão, na ilharga, é marcado pela presença do Palácio do Governo (hoje Museu do Estado do Pará), e o seu término se dá em de frente para a Igreja de São João Batista, uma das primeiras de Belém. |Irene Almeida/Diário do Pará

Reforçando a importância histórica e patrimonial que a via mantém para a cidade de Belém, a Rua Dona Tomázia Perdigão inicia e termina em duas grandes obras do arquiteto italiano Antônio José Landi, responsável por grandes transformações no cenário da Belém ainda em formação da segunda metade do século XVIII.

Seu início, na ilharga, é marcado pela presença do Palácio do Governo (hoje Museu do Estado do Pará), e o seu término se dá em de frente para a Igreja de São João Batista, uma das primeiras igrejas de Belém. Apesar das grandes modificações sofridas na via ao longo dos séculos, ainda hoje é possível contemplar e visitar tais construções, assim como avistar os vários casarões históricos que se alinham ao longo da rua e que hoje, em sua maioria, abrigam órgãos públicos.

MARCOS

Chamada inicialmente de Ilharga do Palácio, a Rua Dona Tomázia Perdigão inicia na lateral do antigo Palácio do Governo e finda de frente para a Igreja de São João Batista, grandes marcos históricos da cidade de Belém. Saiba um pouco mais sobre eles.

- Palácio do Governo

Foi construído para ser a sede istrativa e residência dos governadores da capitania. Para esse palácio, foram realizados três projetos do arquiteto italiano Antônio Landi. Assim que ele terminava um projeto, tinha que enviá-lo para a Corte para ser aprovado e esperar voltar a Belém.

O terceiro projeto, que detém maior número de detalhes, tem dezessete desenhos. A construção do Palácio durou três anos, tendo sido iniciadas em 1768. De características monumentais, o palácio tinha dimensões maiores do que o Palácio do Governador Geral de Salvador e o do Rio de Janeiro. Hoje, o palácio abriga o Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP).

- Igreja de São João Batista

Foi uma das primeiras igrejas de Belém. Antes de Antônio Landi chegar à então capital do Grão-Pará, a igreja era feita de taipa e coberta de palha, tendo sido construída pelo Capitão-Mor do Grão-Pará, Bento Maciel Parente.

A igreja que o arquiteto italiano desenhou é, portanto, a terceira versão da igreja. Entre os destaques da construção estão o desenho de composição das quadraturas feitas por Landi, técnica artística de desenho arquitetônico em perspectiva aplicado na parede que produz uma sensação visual de tridimensionalidade.

Ainda hoje, as quadraturas podem ser vistas na Igreja de São João Batista, tanto no altar principal, como também nos dois altares laterais da igreja.

A elite homenageada em uma via histórica de Belém
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