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Deputado do PSL quebra peça de exposição sobre Consciência Negra na Câmara

O deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) quebrou, na última terça-feira (19), uma placa com charge que compunha exposição em homenagem ao Dia da Consciência Negra na Câmara.O cartaz trazia uma charge do cartunista Latuff mostrando um policial com uma arma se afa

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Imagem ilustrativa da notícia Deputado do PSL quebra peça de exposição sobre Consciência Negra na Câmara camera O deputado disse que o cartaz era nitidamente ofensivo aos policiais do país. | Reprodução/Twitter

O deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) quebrou, na última terça-feira (19), uma placa com charge que compunha exposição em homenagem ao Dia da Consciência Negra na Câmara.

O cartaz trazia uma charge do cartunista Latuff mostrando um policial com uma arma se afastando depois de atirar em um jovem algemado.

A peça tinha os dizeres "o genocídio da população negra" e uma explicação com dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica) sobre mortes de jovens negros." Por sua vez, os negros são as principais vítimas da ação letal das polícias e o perfil predominante da população prisional do Brasil", dizia a placa. A taxa de homicídios entre homens jovens pretos e pardos chegou a 185 a cada 100 mil habitantes em 2017, quase três vezes a dos brancos.

Parlamentares oposicionistas da bancada negra, como Taliria Petrone (PSOL-RJ), Benedita da Silva (PT-RJ), Aurea Carolina (PSOL-MG) e David Miranda (PSOL-RJ), foram ao Departamento de Polícia Legislativa da Casa e prestaram queixa contra Tadeu.

Segundo Taliria, os partidos também farão representação no Conselho de Ética da Câmara e irão à PGR (Procuradoria-Geral da República) protocolar representação por racismo.

Deputados confrontaram o parlamentar no corredor depois de ele quebrar a placa, chamando-o de racista. "Isso é uma violência", afirmou Benedita enquanto apontava para o cartaz, partido em dois no chão." Eles fizeram o protesto deles, eu fiz o meu. O cartaz era nitidamente ofensivo aos policiais do país", afirmou Coronel Tadeu à reportagem. Ele disse que decidiu arrancar o cartaz "para retirar primeiro aquilo imediatamente" e disse que a placa "direcionava o entendimento de que policiais só matam negros". O policial quer preservar a própria vida. Na hora do tiroteio, você não sabe se o cara é branco ou negro", disse.

Em São Paulo, segundo pesquisa da socióloga Samira Bueno, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 67% dos mortos em ações policiais entre 2014 a 2016 eram pretos ou pardos.

Nas redes sociais, Tadeu publicou a imagem. "Policiais não são assassinos. Policiais são guardiões da sociedade, sinto orgulho de ter 600 mil profissionais trabalhando pela segurança de 240 milhões de brasileiros [segundo o IBGE, o Brasil tem quase 211 milhões de habitantes]", escreveu.

A charge foi alvo de manifestações da "bancada da bala" ao longo desta terça. O presidente da frente parlamentar de segurança pública, Capitão Augusto (PL-SP), havia pedido ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a retirada do cartaz, dizendo que ele ofendia os policiais."

Conforme se verifica do conteúdo da imagem, há a absurda atribuição da responsabilidade pelo genocídio da população negra aos policiais militares, prestando-se, assim, verdadeiro desserviço junto à população que trafega pelas dependências da Câmara, retratando negativamente o salutar papel dos policiais militares para a manutenção da ordem pública no nosso país", afirmou Capitão Augusto no pedido.

No plenário, a maior parte das manifestações de deputados era contrária a Coronel Tadeu. "É inaceitável, é desonroso para esta Casa que um deputado não respeite, não tolere", afirmou Orlando Silva (PC do B-SP)."

É inissível a atitude do deputado Coronel Tadeu, do PSL. Esse caso deve ser levado ao Conselho de Ética, porque racismo é crime. Se o deputado não sabe, racismo é crime e está na Constituição", afirmou Helder Salomão (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa.Lídice da Mata (PSB-BA) cobrou atitude da Mesa Diretora. "Isso não pode ficar sem uma punição. A Mesa não pode ignorar este fato, porque este fato fere a decisão maior da Mesa de permitir a exposição", disse.

Alguns parlamentares se dirigiram a Maia durante suas afirmações, mas ele não emitiu opinião. Também pediram que Maia recoloque a placa da exposição, pedido que foi contestado por Capitão Augusto. "Essa placa não tem que voltar, já dou o aviso".

Também foi alvo de repúdio a fala de Daniel Silveira (PSL-RJ). Em discurso no plenário, ele afirmou que é "evidente que mais negros morrem", segundo ele, porque há "mais negros com arma, mais negros cometendo crime, mais negros confrontando a polícia".Silveira é conhecido por ter quebrado uma placa em homenagem à vereadora do PSOL, Marielle Franco (RJ), assassinada em 2018.

Outros parlamentares, como Junio Amaral (PSL-MG), defenderam Tadeu."

Ele fez aquilo que a maioria da população brasileira. Se o negro ataca a polícia com arma na mão, o negro vai morrer. Se um branco ataca, o branco vai morrer. Se for um viado, o viado vai morrer. Se for um anão, vai morrer o anão", afirmou.

Durante a fala de Amaral, deputados da bancada negra gritaram o nome de Agatha Felix, morta em setembro no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro.Nesta terça-feira (19), a Polícia Civil concluiu que quem atirou na menina de oito anos foi um policial militar.

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