{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/brasil/645348/carmen-lucia-muda-voto-e-stf-declara-moro-parcial","headline":"Carmen Lúcia muda voto e STF declara Moro parcial","datePublished":"2021-03-23T18:25:15-03:00","dateModified":"2021-03-23T18:28:07-03:00","author":{"@type":"Person","name":"FOLHAPRESS","url":"/noticias/brasil/645348/carmen-lucia-muda-voto-e-stf-declara-moro-parcial"},"image":"/themes/DOL/img/share.png","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Com o voto da magistrada, a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu anular a ação do tríplex","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;A ministra C\\u0026#225;rmen Lucia (STF) mudou seu voto nesta ter\\u0026#231;a-feira (23) e optou pela parcialidade do ent\\u0026#227;o juiz Sergio Moro na condu\\u0026#231;\\u0026#227;o do processo que levou \\u0026#224; condena\\u0026#231;\\u0026#227;o do ex-presidente Lula (PT) por corrup\\u0026#231;\\u0026#227;o iva e lavagem de dinheiro no caso do tr\\u0026#237;plex de Guaruj\\u0026#225; (SP).\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Com o voto da magistrada, a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu anular a a\\u0026#231;\\u0026#227;o do tr\\u0026#237;plex e julgar procedente o habeas corpus em que a defesa do petista pedia a declara\\u0026#231;\\u0026#227;o da suspei\\u0026#231;\\u0026#227;o de Moro no caso.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski foram os outros dois integrantes do colegiado a votar contra o ex-juiz da Lava Jato. Os votos derrotados foram os de K\\u0026#225;ssio Nunes Marques e Edson Fachin.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A an\\u0026#225;lise do tema come\\u0026#231;ou no final de 2018 com os votos a favor de Moro dos ministros Edson Fachin e C\\u0026#225;rmen L\\u0026#250;cia. Na ocasi\\u0026#227;o, Gilmar pediu vista (mais tempo para analisar o caso) e suspendeu o julgamento.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Em 8 de mar\\u0026#231;o ado, por\\u0026#233;m, em um outro caso, Fachin deu uma decis\\u0026#227;o individual para anular todas as condena\\u0026#231;\\u0026#245;es contra Lula, incluindo a do s\\u0026#237;tio de Atibaia, que j\\u0026#225; tinha sido analisada em segunda inst\\u0026#226;ncia e tamb\\u0026#233;m tornava o petista ineleg\\u0026#237;vel.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Fachin devolveu os direitos pol\\u0026#237;ticos do ex-presidente, mas afirmou que isso levava \\u0026#224; perda de objeto do habeas corpus sobre a suspei\\u0026#231;\\u0026#227;o de Moro.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Diante disso, no dia seguinte, Gilmar levou o tema para an\\u0026#225;lise da Segunda Turma, e os quatro ministros divergiram de Fachin e se posicionaram a favor do prosseguimento do julgamento sobre Moro.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Naquele dia, por\\u0026#233;m, Kassio Nunes Marques pediu vistas do processo, sob o argumento de que chegou h\\u0026#225; pouco tempo no tribunal e precisava estudar melhor o processo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ele liberou o caso nesta ter\\u0026#231;a-feira, e Gilmar levou a conclus\\u0026#227;o da an\\u0026#225;lise do habeas corpus para o mesmo dia. Em seu voto, Kassio se posicionou contra o pedido de Lula. J\\u0026#225; C\\u0026#225;rmen mudou seu voto de 2018 e determinou a derrota de Moro e sua consequente suspei\\u0026#231;\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Agora h\\u0026#225; um temor entre defensores da opera\\u0026#231;\\u0026#227;o Lava Jato que a decis\\u0026#227;o abra caminho para anula\\u0026#231;\\u0026#227;o de diversos outros processos da for\\u0026#231;a-tarefa. Isso porque, advogados de investigados j\\u0026#225; se preparam para apresentar pedidos similares ao do petista para que seja declarada a parcialidade de Moro tamb\\u0026#233;m em outros processos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Com o resultado em favor de Lula, o ex-presidente j\\u0026#225; tem garantida a anula\\u0026#231;\\u0026#227;o do caso do tr\\u0026#237;plex, que o impediu de participar das elei\\u0026#231;\\u0026#245;es de 2018.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Para garantir sua elegibilidade em 2022, por\\u0026#233;m, o petista ainda depende do julgamento do plen\\u0026#225;rio do STF que discutir\\u0026#225; a decis\\u0026#227;o de Fachin em favor do petista.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Caso a maioria da corte referende a decis\\u0026#227;o, ele ter\\u0026#225; os direitos pol\\u0026#237;ticos de volta e poder\\u0026#225; disputar o pleito de 2022 -o que neste momento j\\u0026#225; est\\u0026#225; valendo pela decis\\u0026#227;o individual de Fachin.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Se o resultado no plen\\u0026#225;rio for no sentido oposto, por\\u0026#233;m, ainda remanescer\\u0026#225; a condena\\u0026#231;\\u0026#227;o em duas inst\\u0026#226;ncias no caso do s\\u0026#237;tio de Atibaia e ele seguir\\u0026#225; ineleg\\u0026#237;vel.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Assim, Lula depender\\u0026#225; de uma nova declara\\u0026#231;\\u0026#227;o de suspei\\u0026#231;\\u0026#227;o de Moro, que n\\u0026#227;o foi respons\\u0026#225;vel por conden\\u0026#225;-lo em primeira inst\\u0026#226;ncia, mas que atuou no in\\u0026#237;cio do processo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;No habeas corpus ao Supremo, a defesa do ex-presidente apontou diversos fatos que comprovariam a parcialidade de Moro, como o deferimento da condu\\u0026#231;\\u0026#227;o coercitiva, em mar\\u0026#231;o de 2016, sem pr\\u0026#233;via intima\\u0026#231;\\u0026#227;o para oitiva; autoriza\\u0026#231;\\u0026#227;o para intercepta\\u0026#231;\\u0026#245;es telef\\u0026#244;nicas do ex-presidente, familiares e advogados antes de adotadas outras medidas investigativas; a divulga\\u0026#231;\\u0026#227;o de grampos; e a atua\\u0026#231;\\u0026#227;o durante o plant\\u0026#227;o do juiz federal Rog\\u0026#233;rio Favreto para que Lula n\\u0026#227;o fosse solto.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Depois, a defesa ainda acrescentou o argumento de que a posse de Moro como ministro da Justi\\u0026#231;a de Jair Bolsonaro seria outro ind\\u0026#237;cio de que o ex-magistrado teria atuado de maneira parcial.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A defesa tamb\\u0026#233;m juntou aos autos, em 2019, di\\u0026#225;logos obtidos pelo site The Intercept Brasil e publicados por outros ve\\u0026#237;culos de imprensa entre integrantes da Lava Jato que indicam uma rela\\u0026#231;\\u0026#227;o pr\\u0026#243;xima de Moro com o Minist\\u0026#233;rio P\\u0026#250;blico Federal, respons\\u0026#225;vel pela acusa\\u0026#231;\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Logo ap\\u0026#243;s a divulga\\u0026#231;\\u0026#227;o das mensagens, a defesa anexou as reportagens que tratavam do assunto para refor\\u0026#231;ar seus argumentos de que o ex-juiz n\\u0026#227;o agiu com equidist\\u0026#226;ncia na Lava Jato.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Paralelamente, em outro procedimento em an\\u0026#225;lise no Supremo, sobre uma a\\u0026#231;\\u0026#227;o penal ainda em tramita\\u0026#231;\\u0026#227;o no Paran\\u0026#225;, conseguiu ordem do ministro Ricardo Lewandowski para ter o ao conte\\u0026#250;do hackeado de celulares de autoridades na opera\\u0026#231;\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A determina\\u0026#231;\\u0026#227;o foi efetivamente cumprida em janeiro e recebeu o aval de outros ministros da corte em sess\\u0026#227;o da Segunda Turma do tribunal no in\\u0026#237;cio deste m\\u0026#234;s. A defesa do ex-presidente, por\\u0026#233;m, diz que n\\u0026#227;o precisa juntar mais elementos nesse pedido de habeas corpus para provar a parcialidade do ex-magistrado.\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"STF, CARMEN LÚCIA, MORO, LULA"}
plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 28°
cotação atual R$


home
URGENTE

Carmen Lúcia muda voto e STF declara Moro parcial

Com o voto da magistrada, a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu anular a ação do tríplex

twitter Google News

A ministra Cármen Lucia (STF) mudou seu voto nesta terça-feira (23) e optou pela parcialidade do então juiz Sergio Moro na condução do processo que levou à condenação do ex-presidente Lula (PT) por corrupção iva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP).

Com o voto da magistrada, a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu anular a ação do tríplex e julgar procedente o habeas corpus em que a defesa do petista pedia a declaração da suspeição de Moro no caso.

Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski foram os outros dois integrantes do colegiado a votar contra o ex-juiz da Lava Jato. Os votos derrotados foram os de Kássio Nunes Marques e Edson Fachin.

A análise do tema começou no final de 2018 com os votos a favor de Moro dos ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia. Na ocasião, Gilmar pediu vista (mais tempo para analisar o caso) e suspendeu o julgamento.

Em 8 de março ado, porém, em um outro caso, Fachin deu uma decisão individual para anular todas as condenações contra Lula, incluindo a do sítio de Atibaia, que já tinha sido analisada em segunda instância e também tornava o petista inelegível.

Fachin devolveu os direitos políticos do ex-presidente, mas afirmou que isso levava à perda de objeto do habeas corpus sobre a suspeição de Moro.

Diante disso, no dia seguinte, Gilmar levou o tema para análise da Segunda Turma, e os quatro ministros divergiram de Fachin e se posicionaram a favor do prosseguimento do julgamento sobre Moro.

Naquele dia, porém, Kassio Nunes Marques pediu vistas do processo, sob o argumento de que chegou há pouco tempo no tribunal e precisava estudar melhor o processo.

Ele liberou o caso nesta terça-feira, e Gilmar levou a conclusão da análise do habeas corpus para o mesmo dia. Em seu voto, Kassio se posicionou contra o pedido de Lula. Já Cármen mudou seu voto de 2018 e determinou a derrota de Moro e sua consequente suspeição.

Agora há um temor entre defensores da operação Lava Jato que a decisão abra caminho para anulação de diversos outros processos da força-tarefa. Isso porque, advogados de investigados já se preparam para apresentar pedidos similares ao do petista para que seja declarada a parcialidade de Moro também em outros processos.

Com o resultado em favor de Lula, o ex-presidente já tem garantida a anulação do caso do tríplex, que o impediu de participar das eleições de 2018.

Para garantir sua elegibilidade em 2022, porém, o petista ainda depende do julgamento do plenário do STF que discutirá a decisão de Fachin em favor do petista.

Caso a maioria da corte referende a decisão, ele terá os direitos políticos de volta e poderá disputar o pleito de 2022 -o que neste momento já está valendo pela decisão individual de Fachin.

Se o resultado no plenário for no sentido oposto, porém, ainda remanescerá a condenação em duas instâncias no caso do sítio de Atibaia e ele seguirá inelegível.

Assim, Lula dependerá de uma nova declaração de suspeição de Moro, que não foi responsável por condená-lo em primeira instância, mas que atuou no início do processo.

No habeas corpus ao Supremo, a defesa do ex-presidente apontou diversos fatos que comprovariam a parcialidade de Moro, como o deferimento da condução coercitiva, em março de 2016, sem prévia intimação para oitiva; autorização para interceptações telefônicas do ex-presidente, familiares e advogados antes de adotadas outras medidas investigativas; a divulgação de grampos; e a atuação durante o plantão do juiz federal Rogério Favreto para que Lula não fosse solto.

Depois, a defesa ainda acrescentou o argumento de que a posse de Moro como ministro da Justiça de Jair Bolsonaro seria outro indício de que o ex-magistrado teria atuado de maneira parcial.

A defesa também juntou aos autos, em 2019, diálogos obtidos pelo site The Intercept Brasil e publicados por outros veículos de imprensa entre integrantes da Lava Jato que indicam uma relação próxima de Moro com o Ministério Público Federal, responsável pela acusação.

Logo após a divulgação das mensagens, a defesa anexou as reportagens que tratavam do assunto para reforçar seus argumentos de que o ex-juiz não agiu com equidistância na Lava Jato.

Paralelamente, em outro procedimento em análise no Supremo, sobre uma ação penal ainda em tramitação no Paraná, conseguiu ordem do ministro Ricardo Lewandowski para ter o ao conteúdo hackeado de celulares de autoridades na operação.

A determinação foi efetivamente cumprida em janeiro e recebeu o aval de outros ministros da corte em sessão da Segunda Turma do tribunal no início deste mês. A defesa do ex-presidente, porém, diz que não precisa juntar mais elementos nesse pedido de habeas corpus para provar a parcialidade do ex-magistrado.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. e: dol-br.noticiasalagoanas.com/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Notícias Brasil

    Leia mais notícias de Notícias Brasil. Clique aqui!

    Últimas Notícias