{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/brasil/659093/luciano-hang-o-veio-da-havan-fortuna-e-investigada","headline":"Luciano Hang, o \"véio da Havan\": fortuna é investigada","datePublished":"2021-06-22T09:46:53.54-03:00","dateModified":"2021-06-22T09:46:46-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Com informações de Lucas Valença, do UOL","url":"/noticias/brasil/659093/luciano-hang-o-veio-da-havan-fortuna-e-investigada"},"image":"/img/Artigo-Destaque/650000/Marcelo-Camargo---Agencia-Brasil_00659093_0_.jpg?xid=1548530","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Abin questiona fortuna de Luciano Hang, o \"véio da Havan\". Luciano Hang aparece como um personagem que, a partir de 1997, ou a ter negócios com lisura questionável","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;O empres\\u0026#225;rio Luciano Hang, dono da rede varejista Havan e\\r\\nnot\\u0026#243;rio apoiador do presidente Jair Bolsonaro, tem uma fortuna avaliada em R$\\r\\n15,1 bilh\\u0026#245;es (US$ 2,7 bilh\\u0026#245;es). A origem do capital de Hang, conhecido pelo\\r\\njocoso apelido de “v\\u0026#233;io da Havan” est\\u0026#225; sendo questionada pela Ag\\u0026#234;ncia\\r\\nBrasileira de Intelig\\u0026#234;ncia (Abin), \\u0026#243;rg\\u0026#227;o respons\\u0026#225;vel pela produ\\u0026#231;\\u0026#227;o de conhecimentos\\r\\nestrat\\u0026#233;gicos que s\\u0026#227;o readas \\u0026#224; Presid\\u0026#234;ncia da Rep\\u0026#250;blica.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Em julho de 2020, a Abin (Ag\\u0026#234;ncia Brasileira\\r\\nde Intelig\\u0026#234;ncia) produziu um relat\\u0026#243;rio de 15 p\\u0026#225;ginas apontando problemas e\\r\\ninconsist\\u0026#234;ncias na fortuna de Luciano Hang. O texto oficial serviu para alertar\\r\\no Pal\\u0026#225;cio do Planalto sobre os riscos que a proximidade de Hang poderia causar\\r\\n\\u0026#224; atual gest\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;ul\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/para/610535/imagens-da-inauguracao-da-havan-em-belem-chocam-com-a-superlotacao?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Imagens da inaugura\\u0026#231;\\u0026#227;o da Havan em Bel\\u0026#233;m chocam com a superlota\\u0026#231;\\u0026#227;o\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/brasil/635421/luciano-hang-da-havan-defende-a-vacina-apos-se-recuperar-da-covid-19?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Luciano Hang, da Havan, defende a vacina ap\\u0026#243;s se recuperar da covid-19\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;/ul\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Classificado como \\u0026quot;reservado\\u0026quot;, o\\r\\ndocumento obtido pelo UOL re\\u0026#250;ne informa\\u0026#231;\\u0026#245;es sobre o propriet\\u0026#225;rio da rede de\\r\\ndepartamentos Havan. Os pap\\u0026#233;is foram enviados pela ag\\u0026#234;ncia \\u0026#224; Casa Civil, ao\\r\\nalto comando do Ex\\u0026#233;rcito, \\u0026#224; Pol\\u0026#237;cia Federal e j\\u0026#225; chegou \\u0026#224;s m\\u0026#227;os de um senador\\r\\nda I da Covid.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Segundo uma fonte ligada \\u0026#224; comiss\\u0026#227;o\\r\\nparlamentar de inqu\\u0026#233;rito que recebeu o relat\\u0026#243;rio, h\\u0026#225; um \\u0026quot;movimento de cautela\\u0026quot;\\r\\npor parte da intelig\\u0026#234;ncia e do alto comando militar com rela\\u0026#231;\\u0026#227;o a alguns\\r\\nempres\\u0026#225;rios apoiadores do presidente considerados \\u0026quot;problem\\u0026#225;ticos\\u0026quot;. A\\r\\ndata da produ\\u0026#231;\\u0026#227;o do relat\\u0026#243;rio coincide com a informa\\u0026#231;\\u0026#227;o, publicada em junho de\\r\\n2020 pelo jornal \\u0026quot;Valor Econ\\u0026#244;mico\\u0026quot;, de que o Minist\\u0026#233;rio da Sa\\u0026#250;de\\r\\nplanejava maquiar dados relativos ao novo coronav\\u0026#237;rus e aos mortos em\\r\\ndecorr\\u0026#234;ncia da doen\\u0026#231;a. O dono da Havan teria sido um dos respons\\u0026#225;veis pela\\r\\nideia, de acordo com a reportagem.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A Abin tem como pr\\u0026#225;tica a elabora\\u0026#231;\\u0026#227;o de\\r\\nrelat\\u0026#243;rios, de of\\u0026#237;cio, sobre pol\\u0026#237;ticos, apoiadores, empres\\u0026#225;rios e pessoas que\\r\\nse aproximam da presid\\u0026#234;ncia da Rep\\u0026#250;blica. O documento sobre Hang \\u0026#233; dividido em\\r\\nsete t\\u0026#243;picos e narra o in\\u0026#237;cio da vida empresarial de Hang, aos 21 anos, com a\\r\\ncompra de uma tecelagem, at\\u0026#233; as acusa\\u0026#231;\\u0026#245;es que o levaram a ser investigado pelo\\r\\nposs\\u0026#237;vel financiamento de redes de fake news e do chamado \\u0026quot;gabinete do\\r\\n\\u0026#243;dio.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Neg\\u0026#243;cios investigados\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;No documento, elaborado pelo \\u0026#243;rg\\u0026#227;o vinculado\\r\\nao GSI (Gabinete de Seguran\\u0026#231;a Institucional), comandado atualmente pelo general\\r\\nAugusto Heleno, Luciano Hang aparece como um personagem que, a partir de 1997,\\r\\nou a ter neg\\u0026#243;cios com lisura question\\u0026#225;vel. \\u0026quot;Sempre expandindo os\\r\\nneg\\u0026#243;cios, sem s\\u0026#243;cios, sem investidores, sem endividamento e muitas vezes\\r\\nparecendo possuir uma fonte oculta de recursos, que n\\u0026#227;o se explicaria apenas\\r\\npor sonega\\u0026#231;\\u0026#227;o fiscal e contrabando de artigos importados para lojas\\u0026quot;,\\r\\nafirma o documento.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A Abin aponta que, em 2000, uma estudante de\\r\\neconomia da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) n\\u0026#227;o identificada no\\r\\nrelat\\u0026#243;rio produziu uma monografia sobre a competitividade das lojas Havan,\\r\\n\\u0026quot;obtendo por meio de Luciano Hang o a dados cont\\u0026#225;beis da\\r\\nempresa\\u0026quot;. \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O trabalho, explica a intelig\\u0026#234;ncia do governo, mostrava que o\\r\\ncusto fixo mensal das lojas era \\u0026quot;cinco vezes maior do que o\\r\\nfaturamento\\u0026quot; da empresa, o que, em circunst\\u0026#226;ncias normais, inviabilizaria\\r\\no neg\\u0026#243;cio. \\u0026quot;Este custo fixo relatado se referia ao estoque que equivaleria\\r\\na 5 vezes o faturamento em um m\\u0026#234;s da rede de lojas e exigia alto capital de\\r\\ngiro, demonstrando j\\u0026#225; nesta \\u0026#233;poca a alta disponibilidade financeira de Hang\\u0026quot;,\\r\\nexplicou. Em seguida, no t\\u0026#243;pico intitulado \\u0026quot;Havan Financeira\\u0026quot;, a\\r\\nag\\u0026#234;ncia relata que, ainda no in\\u0026#237;cio dos anos 2000, o bolsonarista ou a ter\\r\\numa empresa de fomento mercantil, que fornecia empr\\u0026#233;stimos milion\\u0026#225;rios que, segundo\\r\\no relat\\u0026#243;rio, configuravam a pr\\u0026#225;tica de \\u0026quot;agiotagem\\u0026quot;, o que resultou em\\r\\ncobran\\u0026#231;as na Justi\\u0026#231;a. \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Apenas no TJSC (Tribunal de Justi\\u0026#231;a de Santa Catarina),\\r\\n25 processos ainda est\\u0026#227;o ativos e s\\u0026#227;o relacionados aos empr\\u0026#233;stimos de Hang.\\r\\n\\u0026quot;\\u0026#201; de se supor que os empres\\u0026#225;rios que procuravam Hang n\\u0026#227;o estariam aptos a\\r\\nar pelo crivo anal\\u0026#237;tico de um banco de verdade, sujeitando-se a exposi\\u0026#231;\\u0026#227;o\\r\\nde cobran\\u0026#231;a de juros acima do mercado e aliena\\u0026#231;\\u0026#227;o de bens em garantia\\u0026quot;,\\r\\nafirma o \\u0026#243;rg\\u0026#227;o governamental. Procurado pela reportagem, o departamento\\r\\njur\\u0026#237;dico da Havan informou que \\u0026quot;todas as empresas do senhor Luciano Hang\\r\\nestiveram e est\\u0026#227;o dentro da lei, submetidas a todas as regras de controle, de\\r\\nmodo que jamais houve agiotagem ou lavagem de dinheiro\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Precat\\u0026#243;rios\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O arquivo produzido pela intelig\\u0026#234;ncia tamb\\u0026#233;m\\r\\nlista as pend\\u0026#234;ncias judiciais e investiga\\u0026#231;\\u0026#245;es sofridas pelo empres\\u0026#225;rio. Dentre\\r\\nelas est\\u0026#225; a atua\\u0026#231;\\u0026#227;o, em 1999, do procurador do MPF (Minist\\u0026#233;rio P\\u0026#250;blico Federal)\\r\\nCelso Ant\\u0026#244;nio Tr\\u0026#234;s, que o investigou por lavagem de dinheiro, remessa de\\r\\ndinheiro de origem ilegal ou duvidosa, sonega\\u0026#231;\\u0026#227;o fiscal, contrabando de\\r\\nimportados e evas\\u0026#227;o de divisas. O empres\\u0026#225;rio teria usado o \\u0026quot;primo Nilton\\r\\nHang como testa de ferro\\u0026quot;. Segundo o texto produzido, o per\\u0026#237;odo de\\r\\ninvestiga\\u0026#231;\\u0026#227;o de Hang coincide com o esc\\u0026#226;ndalo dos precat\\u0026#243;rios, alvo de uma I\\r\\nno Senado, que apurou irregularidades no pagamento decorrentes de a\\u0026#231;\\u0026#245;es\\r\\njudiciais em Santa Catarina, Pernambuco, Alagoas e algumas cidades no estado de\\r\\nS\\u0026#227;o Paulo. \\u0026quot;O esquema investigado pelo procurador Celso Tr\\u0026#234;s no Paran\\u0026#225; era\\r\\no principal duto de evas\\u0026#227;o de dinheiro fruto do desvio dos recursos dos\\r\\nprecat\\u0026#243;rios, via contar CC5 (tipo de contas utilizadas no esc\\u0026#226;ndalo) do\\r\\nBanestado\\u0026quot;, ressalta o documento. Tamb\\u0026#233;m h\\u0026#225; informa\\u0026#231;\\u0026#245;es sobre a condena\\u0026#231;\\u0026#227;o\\r\\njudicial sofrida por Hang em 2003 a quase quatro anos de pris\\u0026#227;o por\\r\\n\\u0026quot;sonega\\u0026#231;\\u0026#227;o de contribui\\u0026#231;\\u0026#245;es previdenci\\u0026#225;rias\\u0026quot;. O investidor foi\\r\\nmultado em R$ 10 milh\\u0026#245;es.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Rela\\u0026#231;\\u0026#245;es\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ao descrever os tr\\u0026#234;s fundos de investimentos\\r\\ncriados por Luciano Hang (Havan FIDC, Fundo Davos e Challenger FII), a Abin\\r\\naponta que os neg\\u0026#243;cios de um deles, do Fundo Davos, ou a receber\\r\\nconsultoria da Emerald, empresa gestora de fortunas vinculada \\u0026#224; fam\\u0026#237;lia Safra,\\r\\ndo Banco Safra. Em seguida, o relat\\u0026#243;rio afirma que, em agosto de 2018, o\\r\\nempres\\u0026#225;rio promoveu um caf\\u0026#233; da manh\\u0026#227; em favor da ent\\u0026#227;o campanha do\\r\\npresidenci\\u0026#225;vel Jair Bolsonaro com 62 empres\\u0026#225;rios ligados \\u0026#224; comunidade judaica.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Estiveram no encontro o empres\\u0026#225;rio Meyer\\r\\nNegri e F\\u0026#225;bio Wajngarten - este \\u0026#250;ltimo que acabou ocupando o posto de\\r\\nsecret\\u0026#225;rio-executivo da Secom (Secretaria de Comunica\\u0026#231;\\u0026#227;o Social da Presid\\u0026#234;ncia)\\r\\ne \\u0026#233; apontado no relat\\u0026#243;rio como sendo afilhado de Negri. \\u0026quot;Meyer Negri teria\\r\\ntido influ\\u0026#234;ncia na indica\\u0026#231;\\u0026#227;o de Wajngarten para a Secom e Ricardo Salles para o\\r\\nMinist\\u0026#233;rio do Meio Ambiente\\u0026quot;, acrescenta a Abin.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O relat\\u0026#243;rio tamb\\u0026#233;m aponta o comunicador\\r\\nSilvio Santos, dono do canal de televis\\u0026#227;o SBT, como sendo um integrante da\\r\\ncomunidade judaica com influ\\u0026#234;ncia palaciana e pr\\u0026#243;ximo ao dono da Havan.\\r\\n\\u0026quot;Luciano Hang \\u0026#233; desde 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, o maior\\r\\npatrocinador privado do SBT, mantendo parte da tarde de domingo, considerado\\r\\nhor\\u0026#225;rio nobre na televis\\u0026#227;o, com programa exclusivo patrocinado pela\\r\\nHavan\\u0026quot;, diz o \\u0026#243;rg\\u0026#227;o ligado ao GSI, indicando que uma aproxima\\u0026#231;\\u0026#227;o entre o\\r\\ndono do SBT e o governo teria contado com a ajuda de Hang. \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O UOL procurou a\\r\\nassessoria de imprensa do SBT na sexta-feira (18) e nesta segunda (21), mas n\\u0026#227;o\\r\\nobteve retorno. Negri e Wajngarten tamb\\u0026#233;m foram acionados nos mesmos dias, mas\\r\\ntamb\\u0026#233;m n\\u0026#227;o retornaram. O Safra foi procurado na segunda. A Abin tamb\\u0026#233;m foi\\r\\nprocurada oficialmente, mas n\\u0026#227;o se posicionou oficialmente. Se houver\\r\\nrespostas, elas ser\\u0026#227;o inclu\\u0026#237;das nesta reportagem.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;“Fake News”\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Desde as elei\\u0026#231;\\u0026#245;es de 2018, que elegeu o\\r\\npresidente Jair Bolsonaro, Luciano Hang tem sido acusado de ser um dos\\r\\nfinanciadores de fake news por meio do aplicativo WhatsApp e do chamado\\r\\n\\u0026quot;gabinete do \\u0026#243;dio\\u0026quot;, respons\\u0026#225;vel por desferir ataques contra\\r\\nadvers\\u0026#225;rios pol\\u0026#237;ticos. O documento tamb\\u0026#233;m ressalta que o empres\\u0026#225;rio \\u0026#233; um dos\\r\\nalvos da investiga\\u0026#231;\\u0026#227;o criminal em aberto no STF (Supremo Tribunal Federal) para\\r\\napurar ataques \\u0026#224; Corte. \\u0026quot;O STF determinou uma grande a\\u0026#231;\\u0026#227;o da Pol\\u0026#237;cia Federal\\r\\nde busca e apreens\\u0026#227;o no fim de maio, visando youtubers, mantenedores de p\\u0026#225;ginas\\r\\nbolsonaristas na internet e pretensos financiadores, entre eles, Luciano Hang,\\r\\nque tamb\\u0026#233;m teve seu sigilo telef\\u0026#244;nico e banc\\u0026#225;rio quebrado\\u0026quot;, afirma o\\r\\nrelat\\u0026#243;rio. Senadores do chamado G-7, grupo de parlamentares da oposi\\u0026#231;\\u0026#227;o e dos\\r\\nconsiderados independentes que comp\\u0026#245;em a maioria do colegiado da I da Covid,\\r\\nplanejam convocar Hang para depor, mas nenhuma data ainda foi definida.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Havan nega exist\\u0026#234;ncia de relat\\u0026#243;rio\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Em resposta \\u0026#224; reportagem, o departamento\\r\\njur\\u0026#237;dico da Havan informou que o relat\\u0026#243;rio da Abin \\u0026quot;trata-se de Fake\\r\\nNews\\u0026quot;, j\\u0026#225; que \\u0026quot;se houvesse qualquer documento, seria sigiloso e,\\r\\nportanto, in\\u0026#237;vel pelo UOL”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A exist\\u0026#234;ncia do relat\\u0026#243;rio foi confirmada ao\\r\\nUOL por fontes da pr\\u0026#243;pria Abin, da PF (Pol\\u0026#237;cia Federal), do GSI, al\\u0026#233;m de um\\r\\nintegrante da I da Covid. A assessoria da Havan tamb\\u0026#233;m informou que, \\u0026quot;na\\r\\nhip\\u0026#243;tese de publica\\u0026#231;\\u0026#227;o, ser\\u0026#227;o responsabilizados tanto o meio de comunica\\u0026#231;\\u0026#227;o que\\r\\nveiculou mat\\u0026#233;ria, como o jornalista que a redigiu”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"Relatório Abin Luciano Hang véio da Havan"}
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Luciano Hang, o "véio da Havan": fortuna é investigada

Agiotagem, sonegação, lavagem de dinheiro... Os negócios de Luciano Hang são investigados pela Agência do Governo Federal.

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Imagem ilustrativa da notícia Luciano Hang, o "véio da Havan": fortuna é investigada camera O empresário Luciano Hang, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes | Marcelo Camargo - Agência Brasil

O empresário Luciano Hang, dono da rede varejista Havan e notório apoiador do presidente Jair Bolsonaro, tem uma fortuna avaliada em R$ 15,1 bilhões (US$ 2,7 bilhões). A origem do capital de Hang, conhecido pelo jocoso apelido de “véio da Havan” está sendo questionada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), órgão responsável pela produção de conhecimentos estratégicos que são readas à Presidência da República.

Em julho de 2020, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) produziu um relatório de 15 páginas apontando problemas e inconsistências na fortuna de Luciano Hang. O texto oficial serviu para alertar o Palácio do Planalto sobre os riscos que a proximidade de Hang poderia causar à atual gestão.

Classificado como "reservado", o documento obtido pelo UOL reúne informações sobre o proprietário da rede de departamentos Havan. Os papéis foram enviados pela agência à Casa Civil, ao alto comando do Exército, à Polícia Federal e já chegou às mãos de um senador da I da Covid.

Segundo uma fonte ligada à comissão parlamentar de inquérito que recebeu o relatório, há um "movimento de cautela" por parte da inteligência e do alto comando militar com relação a alguns empresários apoiadores do presidente considerados "problemáticos". A data da produção do relatório coincide com a informação, publicada em junho de 2020 pelo jornal "Valor Econômico", de que o Ministério da Saúde planejava maquiar dados relativos ao novo coronavírus e aos mortos em decorrência da doença. O dono da Havan teria sido um dos responsáveis pela ideia, de acordo com a reportagem.

A Abin tem como prática a elaboração de relatórios, de ofício, sobre políticos, apoiadores, empresários e pessoas que se aproximam da presidência da República. O documento sobre Hang é dividido em sete tópicos e narra o início da vida empresarial de Hang, aos 21 anos, com a compra de uma tecelagem, até as acusações que o levaram a ser investigado pelo possível financiamento de redes de fake news e do chamado "gabinete do ódio.

Negócios investigados

No documento, elaborado pelo órgão vinculado ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional), comandado atualmente pelo general Augusto Heleno, Luciano Hang aparece como um personagem que, a partir de 1997, ou a ter negócios com lisura questionável. "Sempre expandindo os negócios, sem sócios, sem investidores, sem endividamento e muitas vezes parecendo possuir uma fonte oculta de recursos, que não se explicaria apenas por sonegação fiscal e contrabando de artigos importados para lojas", afirma o documento.

A Abin aponta que, em 2000, uma estudante de economia da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) não identificada no relatório produziu uma monografia sobre a competitividade das lojas Havan, "obtendo por meio de Luciano Hang o a dados contábeis da empresa".

O trabalho, explica a inteligência do governo, mostrava que o custo fixo mensal das lojas era "cinco vezes maior do que o faturamento" da empresa, o que, em circunstâncias normais, inviabilizaria o negócio. "Este custo fixo relatado se referia ao estoque que equivaleria a 5 vezes o faturamento em um mês da rede de lojas e exigia alto capital de giro, demonstrando já nesta época a alta disponibilidade financeira de Hang", explicou. Em seguida, no tópico intitulado "Havan Financeira", a agência relata que, ainda no início dos anos 2000, o bolsonarista ou a ter uma empresa de fomento mercantil, que fornecia empréstimos milionários que, segundo o relatório, configuravam a prática de "agiotagem", o que resultou em cobranças na Justiça.

Apenas no TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), 25 processos ainda estão ativos e são relacionados aos empréstimos de Hang. "É de se supor que os empresários que procuravam Hang não estariam aptos a ar pelo crivo analítico de um banco de verdade, sujeitando-se a exposição de cobrança de juros acima do mercado e alienação de bens em garantia", afirma o órgão governamental. Procurado pela reportagem, o departamento jurídico da Havan informou que "todas as empresas do senhor Luciano Hang estiveram e estão dentro da lei, submetidas a todas as regras de controle, de modo que jamais houve agiotagem ou lavagem de dinheiro".

Precatórios

O arquivo produzido pela inteligência também lista as pendências judiciais e investigações sofridas pelo empresário. Dentre elas está a atuação, em 1999, do procurador do MPF (Ministério Público Federal) Celso Antônio Três, que o investigou por lavagem de dinheiro, remessa de dinheiro de origem ilegal ou duvidosa, sonegação fiscal, contrabando de importados e evasão de divisas. O empresário teria usado o "primo Nilton Hang como testa de ferro". Segundo o texto produzido, o período de investigação de Hang coincide com o escândalo dos precatórios, alvo de uma I no Senado, que apurou irregularidades no pagamento decorrentes de ações judiciais em Santa Catarina, Pernambuco, Alagoas e algumas cidades no estado de São Paulo. "O esquema investigado pelo procurador Celso Três no Paraná era o principal duto de evasão de dinheiro fruto do desvio dos recursos dos precatórios, via contar CC5 (tipo de contas utilizadas no escândalo) do Banestado", ressalta o documento. Também há informações sobre a condenação judicial sofrida por Hang em 2003 a quase quatro anos de prisão por "sonegação de contribuições previdenciárias". O investidor foi multado em R$ 10 milhões.

Relações

Ao descrever os três fundos de investimentos criados por Luciano Hang (Havan FIDC, Fundo Davos e Challenger FII), a Abin aponta que os negócios de um deles, do Fundo Davos, ou a receber consultoria da Emerald, empresa gestora de fortunas vinculada à família Safra, do Banco Safra. Em seguida, o relatório afirma que, em agosto de 2018, o empresário promoveu um café da manhã em favor da então campanha do presidenciável Jair Bolsonaro com 62 empresários ligados à comunidade judaica.

Estiveram no encontro o empresário Meyer Negri e Fábio Wajngarten - este último que acabou ocupando o posto de secretário-executivo da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) e é apontado no relatório como sendo afilhado de Negri. "Meyer Negri teria tido influência na indicação de Wajngarten para a Secom e Ricardo Salles para o Ministério do Meio Ambiente", acrescenta a Abin.

O relatório também aponta o comunicador Silvio Santos, dono do canal de televisão SBT, como sendo um integrante da comunidade judaica com influência palaciana e próximo ao dono da Havan. "Luciano Hang é desde 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, o maior patrocinador privado do SBT, mantendo parte da tarde de domingo, considerado horário nobre na televisão, com programa exclusivo patrocinado pela Havan", diz o órgão ligado ao GSI, indicando que uma aproximação entre o dono do SBT e o governo teria contado com a ajuda de Hang.

O UOL procurou a assessoria de imprensa do SBT na sexta-feira (18) e nesta segunda (21), mas não obteve retorno. Negri e Wajngarten também foram acionados nos mesmos dias, mas também não retornaram. O Safra foi procurado na segunda. A Abin também foi procurada oficialmente, mas não se posicionou oficialmente. Se houver respostas, elas serão incluídas nesta reportagem.

“Fake News”

Desde as eleições de 2018, que elegeu o presidente Jair Bolsonaro, Luciano Hang tem sido acusado de ser um dos financiadores de fake news por meio do aplicativo WhatsApp e do chamado "gabinete do ódio", responsável por desferir ataques contra adversários políticos. O documento também ressalta que o empresário é um dos alvos da investigação criminal em aberto no STF (Supremo Tribunal Federal) para apurar ataques à Corte. "O STF determinou uma grande ação da Polícia Federal de busca e apreensão no fim de maio, visando youtubers, mantenedores de páginas bolsonaristas na internet e pretensos financiadores, entre eles, Luciano Hang, que também teve seu sigilo telefônico e bancário quebrado", afirma o relatório. Senadores do chamado G-7, grupo de parlamentares da oposição e dos considerados independentes que compõem a maioria do colegiado da I da Covid, planejam convocar Hang para depor, mas nenhuma data ainda foi definida.

Havan nega existência de relatório

Em resposta à reportagem, o departamento jurídico da Havan informou que o relatório da Abin "trata-se de Fake News", já que "se houvesse qualquer documento, seria sigiloso e, portanto, inível pelo UOL”.

A existência do relatório foi confirmada ao UOL por fontes da própria Abin, da PF (Polícia Federal), do GSI, além de um integrante da I da Covid. A assessoria da Havan também informou que, "na hipótese de publicação, serão responsabilizados tanto o meio de comunicação que veiculou matéria, como o jornalista que a redigiu”.

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