
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta quarta-feira (3) o uso emergencial da vacina anticovid-19 Covaxin para pessoas maiores de 18 anos, com intervalo de 4 semanas entre as doses. A agência não recomenda a aplicação em grávidas.
Desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, o imunizante é o oitavo na lista de vacinas contra Covid-19 que a OMS autoriza o uso emergencial desde o início da pandemia de coronavírus, em março de 2020. A OMS avalia a qualidade, segurança e eficácia das vacinas contra covid-19. O procedimento é pré-requisito para o fornecimento da vacina ao Covax, consórcio de distribuição de vacinas para países pobres e em desenvolvimento. A recomendação da OMS também viabiliza que os países agilizem a própria aprovação regulatória para importar e istrar vacinas.
Ananindeua vacina nesta quarta-feira (3); confira o público!
Belém vacina nascidos em 2007 e 2008 com 2ª dose da Pfizer
Covaxin é a sétima aprovação da OMS
Essa é a sétima vacina a receber aprovação de uso emergencial pela OMS. Saiba quais são as outras:
- Pfizer (usada no Brasil)
- Oxford/AstraZeneca nas versões produzidas na União Europeia e pelo Instituto Serum (usada no Brasil)
- Johnson (usada no Brasil)
- Sinovac/CoronaVac (usada no Brasil)
- Moderna
- Sinopharm
No olho da I
Documentos enviados pelo Ministério das Relações Exteriores à I revelaram que o valor de US$ 15 por dose negociado pelo governo brasileiro para a compra do imunizante era superior ao estimado pela Bharat Biotech. Em comunicado publicado em junho, a Precisa Medicamento havia informado que o preço praticado no Brasil estava em conformidade com os custos para o mercado global.
Em agosto, o governo efetuou a rescisão unilateral do contrato entre a Precisa Medicamentos -farmacêutica que intermediava a venda da vacina Covaxin- com o governo brasileiro.
Pelo contrato, seriam compradas 20 milhões de doses do imunizante -ao custo de R$ 1,6 bilhão. Em junho, após denúncias de irregularidades envolvendo a compra dos imunizantes se tornar alvo da I da Pandemia do Senado, a suspensão do acordo foi anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
No mesmo mês a fabricante Bharat Biotech anunciou a rescisão de seu contrato com a Precisa. Em nota divulgada na época, a farmacêutica indiana afirmou que o contrato celebrado com a empresa brasileira para introduzir a vacina Covaxin no Brasil havia sido suspenso "com efeito imediato".
O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, apresentaram aos senadores da I da Covid suspeitas de irregularidades no contrato da Covaxin. Segundo eles, houve pressões internas no Ministério da Saúde para que a vacina fosse aprovada.
Miranda afirma ter alertado Bolsonaro em janeiro sobre as suspeitas de irregularidades na compra da vacina indiana. Em 20 de março, o deputado e seu irmão reuniram-se com o presidente.
Luis Miranda disse que Bolsonaro suspeitou de Ricardo Barros (PP-PR), atual líder do Governo na Câmara, e teria dito que pediria um inquérito na Polícia Federal sobre o contrato. Não há informações sobre um inquérito do tipo em andamento.
O presidente da I, senador Omar Aziz (PSD-AM), chegou a afirmar que as acusações talvez sejam as mais graves recebidas pelo colegiado.
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