{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/brasil/802322/ministros-do-stf-defendem-controle-da-internet","headline":"Ministros do STF defendem controle da internet","datePublished":"2023-03-28T17:47:27.3-03:00","dateModified":"2023-03-28T17:47:18-03:00","author":{"@type":"Person","name":"José Marques - Folhapress","url":"/noticias/brasil/802322/ministros-do-stf-defendem-controle-da-internet"},"image":"/img/Artigo-Destaque/800000/ministros_00802322_0_.jpg?xid=2595137","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Representantes das plataformas participam de audiência pública no Supremo para debater as regras do Marco Civil da Internet","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Representantes do Google e do Facebook afirmaram nesta ter\\u0026#231;a-feira (28), em audi\\u0026#234;ncia p\\u0026#250;blica no STF (Supremo Tribunal Federal), que n\\u0026#227;o s\\u0026#227;o omissos no combate a conte\\u0026#250;dos ilegais e de desinforma\\u0026#231;\\u0026#227;o e na remo\\u0026#231;\\u0026#227;o de publica\\u0026#231;\\u0026#245;es que violam as pol\\u0026#237;ticas das plataformas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;As manifesta\\u0026#231;\\u0026#245;es foram feitas ap\\u0026#243;s ministros do Supremo e do governo federal voltarem a defender a regula\\u0026#231;\\u0026#227;o das redes sociais e de plataformas da internet.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;As companhias se posicionaram em uma audi\\u0026#234;ncia p\\u0026#250;blica que discute a responsabilidade de provedores de redes sociais e de ferramentas de internet pelo conte\\u0026#250;do gerado pelos usu\\u0026#225;rios, o que pode resultar na flexibiliza\\u0026#231;\\u0026#227;o do Marco Civil da Internet, principal lei que regula o tema no Brasil.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A audi\\u0026#234;ncia foi convocada em raz\\u0026#227;o de duas a\\u0026#231;\\u0026#245;es de repercuss\\u0026#227;o geral (que incidem em casos similares), de relatoria dos ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, que ser\\u0026#227;o julgadas no Supremo sobre o tema.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O evento vai at\\u0026#233; esta quarta (29). 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Foram removidos mais de 3 milh\\u0026#245;es de conte\\u0026#250;dos no Facebook e no Instagram por viola\\u0026#231;\\u0026#245;es \\u0026#224;s pol\\u0026#237;ticas que vedam o conte\\u0026#250;do violento, de incita\\u0026#231;\\u0026#227;o \\u0026#224; viol\\u0026#234;ncia e discursos de \\u0026#243;dio, n\\u0026#250;meros para o Brasil, entre agosto de 2022 e janeiro de 2023\\u0026quot;, afirmou Ruf em sua manifesta\\u0026#231;\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Estas postagens inclu\\u0026#237;am temas como pedidos de interven\\u0026#231;\\u0026#227;o militar e demais tentativas de subvers\\u0026#227;o do estado democr\\u0026#225;tico de direito. Mais de 3 milh\\u0026#245;es desse tipo de conte\\u0026#250;do foram proativamente removidos pela Meta. Sem qualquer necessidade de interven\\u0026#231;\\u0026#227;o judicial.\\u0026quot;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Segundo a falar, o advogado do Google, Guilherme Sanchez, disse que somente no Brasil em 2022 o YouTube removeu mais de um milh\\u0026#245;es de v\\u0026#237;deos que violavam as pol\\u0026#237;ticas da empresa contra desinforma\\u0026#231;\\u0026#227;o, discurso de \\u0026#243;dio, viol\\u0026#234;ncia, ass\\u0026#233;dio e seguran\\u0026#231;a infantil.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026quot;Esse n\\u0026#250;mero contrasta com uma quantidade muito menor de requisi\\u0026#231;\\u0026#245;es judiciais para a retirada de conte\\u0026#250;do\\u0026quot;, afirmou.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026quot;Responsabilizar plataformas digitais, como se elas pr\\u0026#243;prias fossem as autoras do conte\\u0026#250;do que hospedam ou exibem, levaria a um dever gen\\u0026#233;rico de monitoramento de todo o conte\\u0026#250;do produzido pelas pessoas. Isso iria desnaturar inteiramente o ambiente plural da internet e criar uma press\\u0026#227;o para remover qualquer discurso minimamente controverso.\\u0026quot;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Veja tamb\\u0026#233;m:\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;font face=\\u0026quot;Titillium Web\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/brasil/796957/lula-defende-regulacao-da-midia-em-forum-da-onu?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Lula defende regula\\u0026#231;\\u0026#227;o da m\\u0026#237;dia em f\\u0026#243;rum da ONU\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/font\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/brasil/802170/lider-de-lula-defende-fim-das-comissoes-para-mps?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;L\\u0026#237;der de Lula defende fim das comiss\\u0026#245;es para MPs\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/brasil/802136/pcc-que-mira-moro-ja-planejou-morte-de-chefe-da-pf?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;PCC que mira Moro j\\u0026#225; planejou morte de chefe da PF\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/brasil/801827/superlotacao-em-presidios-e-uma-das-reclamacoes-das-faccoes?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Superlota\\u0026#231;\\u0026#227;o em pres\\u0026#237;dios \\u0026#233; uma das reclama\\u0026#231;\\u0026#245;es das fac\\u0026#231;\\u0026#245;es\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Nas \\u0026#250;ltimas semanas, ministros do Supremo t\\u0026#234;m insistido no discurso sobre a necessidade de uma regulamenta\\u0026#231;\\u0026#227;o das redes sociais para evitar a prolifera\\u0026#231;\\u0026#227;o de conte\\u0026#250;do de desinforma\\u0026#231;\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;No \\u0026#250;ltimo dia 7, o decano do STF, ministro Gilmar Mendes, disse que a regula\\u0026#231;\\u0026#227;o das redes sociais deve ser feita o quanto antes e que as condi\\u0026#231;\\u0026#245;es para que isso aconte\\u0026#231;a foram fortalecidas ap\\u0026#243;s os ataques golpistas de 8 de janeiro.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026quot;\\u0026#201; urgente a disciplina das redes sociais\\u0026quot;, afirmou ele, em um evento. \\u0026quot;\\u0026#201; fundamental que as plataformas sejam responsabilizadas pelas suas a\\u0026#231;\\u0026#245;es ou pelas suas omiss\\u0026#245;es\\u0026quot;, acrescentou o ministro do Supremo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Antes, Barroso tamb\\u0026#233;m havia defendido em confer\\u0026#234;ncia na Unesco a responsabiliza\\u0026#231;\\u0026#227;o das plataformas da internet antes de ordem judicial em casos de conte\\u0026#250;do que sejam incita\\u0026#231;\\u0026#227;o a crimes, terrorismo e pornografia infantil.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;No Congresso, tamb\\u0026#233;m tramita um projeto de lei que trata do tema, apelidada de Lei das Fake News. O Executivo tamb\\u0026#233;m negocia uma proposta a ser incorporada ao projeto de lei.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;ENTENDA O QUE EST\\u0026#193; EM DEBATE\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Qual o debate sobre a regula\\u0026#231;\\u0026#227;o das redes sociais?\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Sob o impacto dos atos golpistas do 8 de janeiro, o governo Lula elaborou proposta de medida provis\\u0026#243;ria que obriga as redes a removerem conte\\u0026#250;do que viole a Lei do Estado Democr\\u0026#225;tico, com incita\\u0026#231;\\u0026#227;o a golpe, e multa caso haja o descumprimento generalizado das obriga\\u0026#231;\\u0026#245;es. Diante da resist\\u0026#234;ncia do Congresso, o Planalto recuou e discute incluir essas medidas do PL 2630, o chamado PL das Fake News.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;O que \\u0026#233; o Marco Civil da Internet?\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026#201; uma lei com direitos e deveres para o uso da internet no pa\\u0026#237;s. O artigo 19 do marco isenta as plataformas de responsabilidade por danos gerados pelo conte\\u0026#250;do de terceiros, ou seja, elas s\\u0026#243; est\\u0026#227;o sujeitas a pagar uma indeniza\\u0026#231;\\u0026#227;o, por exemplo, se n\\u0026#227;o atenderem uma ordem judicial de remo\\u0026#231;\\u0026#227;o. A constitucionalidade do artigo 19 \\u0026#233; questionada no STF.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Qual a discuss\\u0026#227;o sobre esse artigo?\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A regra foi aprovada com a preocupa\\u0026#231;\\u0026#227;o de assegurar a liberdade de express\\u0026#227;o. Uma das justificativas \\u0026#233; que as redes seriam estimuladas a remover conte\\u0026#250;dos leg\\u0026#237;timos com o receio de serem responsabilizadas. Por outro lado, cr\\u0026#237;ticos dizem que a regra desincentiva as empresas e combater conte\\u0026#250;do nocivo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;A proposta do governo impacta o Marco Civil?\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O entendimento \\u0026#233; que o projeto abra mais uma exce\\u0026#231;\\u0026#227;o no Marco Civil. Hoje, as empresas s\\u0026#227;o obrigadas a remover imagens de nudez n\\u0026#227;o consentidas mesmo antes de ordem judicial. O governo quer que conte\\u0026#250;do golpista tamb\\u0026#233;m se torne uma exce\\u0026#231;\\u0026#227;o \\u0026#224; imunidade concedida pela lei, mas as empresas n\\u0026#227;o estariam sujeitas \\u0026#224; multa caso um ou outro conte\\u0026#250;do violador fosse encontrado na plataforma.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Como o Congresso tem reagido \\u0026#224; discuss\\u0026#227;o?\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Parte do Legislativo critica a proposta do Planalto por acreditar que a responsabiliza\\u0026#231;\\u0026#227;o levaria as empresas a se censurarem para evitar san\\u0026#231;\\u0026#245;es. Al\\u0026#233;m disso, s\\u0026#227;o estudadas medidas como a cria\\u0026#231;\\u0026#227;o de um \\u0026#243;rg\\u0026#227;o regulador para as plataformas e a imunidade parlamentar nas redes, ponto defendido por Arthur Lira, presidente da C\\u0026#226;mara.\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"ministros, stf, regulamentacao, rede sociais, internet"}
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REGULAÇÃO

Ministros do STF defendem controle da internet

Representantes das plataformas participam de audiência pública no Supremo para debater as regras do Marco Civil da Internet

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Imagem ilustrativa da notícia Ministros do STF defendem controle da internet camera Ministros do STF | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Representantes do Google e do Facebook afirmaram nesta terça-feira (28), em audiência pública no STF (Supremo Tribunal Federal), que não são omissos no combate a conteúdos ilegais e de desinformação e na remoção de publicações que violam as políticas das plataformas.

As manifestações foram feitas após ministros do Supremo e do governo federal voltarem a defender a regulação das redes sociais e de plataformas da internet.

As companhias se posicionaram em uma audiência pública que discute a responsabilidade de provedores de redes sociais e de ferramentas de internet pelo conteúdo gerado pelos usuários, o que pode resultar na flexibilização do Marco Civil da Internet, principal lei que regula o tema no Brasil.

A audiência foi convocada em razão de duas ações de repercussão geral (que incidem em casos similares), de relatoria dos ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, que serão julgadas no Supremo sobre o tema.

O evento vai até esta quarta (29). Também serão ouvidos integrantes do governo, estudiosos e entidades civis, além de outras big techs que podem ser afetadas pelas ações.

O ponto central da audiência pública é a constitucionalidade ou a necessidade de regulamentação complementar do artigo 19 do Marco Civil da Internet.

Esse dispositivo diz que "com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura", os provedores somente poderão ser responsabilizados civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, "após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente".

Ao abrir os trabalhos, o ministro Dias Toffoli disse que o tema central das ações em julgamento é a "responsabilidade civil de provedores de aplicações de internet por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros".

Ele citou parcerias que as redes sociais firmaram, por exemplo, com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e afirmou que a audiência acontece "num momento marcado pelo maior amadurecimento e reflexão por parte das instituições nacionais e estrangeiras e das próprias entidades privadas".

O relator do inquérito das fake news, que é cerceado de controvérsias desde a sua instalação, Alexandre de Moraes, disse que o modelo atual de regulação das redes é "absolutamente ineficiente, destrói reputações, destrói dignidades".

Toffoli ainda que houve o aumento da depressão e suicídio entre adolescentes e citou os ataques às sedes dos três Poderes.

Outros ministros presentes na audiência, como Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, também se manifestaram a favor da regulação das plataformas, como já haviam feito antes.

Gilmar disse que os ataques de 8 de janeiro têm relação com o "uso abusivo da internet", e Barroso acrescentou que há sérias ameaças à democracia e aos direitos fundamentais em discursos de ódio e teorias da conspiração proliferados na internet.

Também se manifestaram neste sentido os ministros Flávio Dino (Justiça), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Silvio Almeida (Direitos Humanos).

O Facebook Brasil, afiliado à Meta (dona do Facebook e Instagram), foi representado na audiência pelo advogado Rodrigo Ruf, que disse que a empresa é contra a declaração de inconstitucionalidade do artigo 19, "nada obstante apoie o salutar debate sobre regulação complementar".

Segundo ele, a Meta tem investido bilhões de dólares para o cumprimento dos seus termos de uso e políticas, e "deu imediato cumprimento a centenas de ordens judiciais dos tribunais superiores, inclusive no contexto das investigações dos atos criminosos de 8 de janeiro".

"Apenas durante o primeiro turno das eleições, a Meta rejeitou cerca de 135 mil anúncios eleitorais. Foram removidos mais de 3 milhões de conteúdos no Facebook e no Instagram por violações às políticas que vedam o conteúdo violento, de incitação à violência e discursos de ódio, números para o Brasil, entre agosto de 2022 e janeiro de 2023", afirmou Ruf em sua manifestação.

Estas postagens incluíam temas como pedidos de intervenção militar e demais tentativas de subversão do estado democrático de direito. Mais de 3 milhões desse tipo de conteúdo foram proativamente removidos pela Meta. Sem qualquer necessidade de intervenção judicial."

Segundo a falar, o advogado do Google, Guilherme Sanchez, disse que somente no Brasil em 2022 o YouTube removeu mais de um milhões de vídeos que violavam as políticas da empresa contra desinformação, discurso de ódio, violência, assédio e segurança infantil.

"Esse número contrasta com uma quantidade muito menor de requisições judiciais para a retirada de conteúdo", afirmou.

"Responsabilizar plataformas digitais, como se elas próprias fossem as autoras do conteúdo que hospedam ou exibem, levaria a um dever genérico de monitoramento de todo o conteúdo produzido pelas pessoas. Isso iria desnaturar inteiramente o ambiente plural da internet e criar uma pressão para remover qualquer discurso minimamente controverso."

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Nas últimas semanas, ministros do Supremo têm insistido no discurso sobre a necessidade de uma regulamentação das redes sociais para evitar a proliferação de conteúdo de desinformação.

No último dia 7, o decano do STF, ministro Gilmar Mendes, disse que a regulação das redes sociais deve ser feita o quanto antes e que as condições para que isso aconteça foram fortalecidas após os ataques golpistas de 8 de janeiro.

"É urgente a disciplina das redes sociais", afirmou ele, em um evento. "É fundamental que as plataformas sejam responsabilizadas pelas suas ações ou pelas suas omissões", acrescentou o ministro do Supremo.

Antes, Barroso também havia defendido em conferência na Unesco a responsabilização das plataformas da internet antes de ordem judicial em casos de conteúdo que sejam incitação a crimes, terrorismo e pornografia infantil.

No Congresso, também tramita um projeto de lei que trata do tema, apelidada de Lei das Fake News. O Executivo também negocia uma proposta a ser incorporada ao projeto de lei.

ENTENDA O QUE ESTÁ EM DEBATE

Qual o debate sobre a regulação das redes sociais?

Sob o impacto dos atos golpistas do 8 de janeiro, o governo Lula elaborou proposta de medida provisória que obriga as redes a removerem conteúdo que viole a Lei do Estado Democrático, com incitação a golpe, e multa caso haja o descumprimento generalizado das obrigações. Diante da resistência do Congresso, o Planalto recuou e discute incluir essas medidas do PL 2630, o chamado PL das Fake News.

O que é o Marco Civil da Internet?

É uma lei com direitos e deveres para o uso da internet no país. O artigo 19 do marco isenta as plataformas de responsabilidade por danos gerados pelo conteúdo de terceiros, ou seja, elas só estão sujeitas a pagar uma indenização, por exemplo, se não atenderem uma ordem judicial de remoção. A constitucionalidade do artigo 19 é questionada no STF.

Qual a discussão sobre esse artigo?

A regra foi aprovada com a preocupação de assegurar a liberdade de expressão. Uma das justificativas é que as redes seriam estimuladas a remover conteúdos legítimos com o receio de serem responsabilizadas. Por outro lado, críticos dizem que a regra desincentiva as empresas e combater conteúdo nocivo.

A proposta do governo impacta o Marco Civil?

O entendimento é que o projeto abra mais uma exceção no Marco Civil. Hoje, as empresas são obrigadas a remover imagens de nudez não consentidas mesmo antes de ordem judicial. O governo quer que conteúdo golpista também se torne uma exceção à imunidade concedida pela lei, mas as empresas não estariam sujeitas à multa caso um ou outro conteúdo violador fosse encontrado na plataforma.

Como o Congresso tem reagido à discussão?

Parte do Legislativo critica a proposta do Planalto por acreditar que a responsabilização levaria as empresas a se censurarem para evitar sanções. Além disso, são estudadas medidas como a criação de um órgão regulador para as plataformas e a imunidade parlamentar nas redes, ponto defendido por Arthur Lira, presidente da Câmara.

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