{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/brasil/817367/garimpeiros-atiram-e-matam-crianca-yanomami-em-roraima","headline":"Garimpeiros atiram e matam criança Yanomami em Roraima","datePublished":"2023-07-05T09:26:34-03:00","dateModified":"2023-07-05T09:31:51-03:00","author":{"@type":"Person","name":"João Gabriel / Folhapress","url":"/noticias/brasil/817367/garimpeiros-atiram-e-matam-crianca-yanomami-em-roraima"},"image":"/img/Artigo-Destaque/810000/Design-sem-nome-8_00817367_0_.jpg?xid=2672732","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Região do ocorrido é alvo de operação recente do governo; pelo menos cinco ficaram feridos","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Um ataque a tiros na aldeia Parima, que fica dentro da Terra Ind\\u0026#237;gena Yanomami (Roraima), deixou cinco feridos e uma crian\\u0026#231;a morta nesta segunda-feira (3).\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;No local fica uma base de apoio da Sesai (Secretaria Especial de Sa\\u0026#250;de Ind\\u0026#237;gena), que prestou atendimento aos feridos -dentre os quais h\\u0026#225; crian\\u0026#231;as e adultos, inclusive em estado grave.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ap\\u0026#243;s a notifica\\u0026#231;\\u0026#227;o do ocorrido, agentes da Pol\\u0026#237;cia Federal e servidores da Funai (Funda\\u0026#231;\\u0026#227;o Nacional dos Povos Ind\\u0026#237;genas), da For\\u0026#231;a Nacional, da For\\u0026#231;a Nacional de Sa\\u0026#250;de P\\u0026#250;blica, al\\u0026#233;m de militares, se deslocaram at\\u0026#233; o local.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Este n\\u0026#227;o \\u0026#233; o primeiro ataque que se tem not\\u0026#237;cia desde o in\\u0026#237;cio da opera\\u0026#231;\\u0026#227;o de desintrus\\u0026#227;o do garimpo ilegal na TI Yanomami, no in\\u0026#237;cio do ano, que come\\u0026#231;ou ap\\u0026#243;s o presidente Lula (PT) viajar ao local e o Minist\\u0026#233;rio da Sa\\u0026#250;de decretar estado de emerg\\u0026#234;ncia sanit\\u0026#225;ria na regi\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Os agentes de sa\\u0026#250;de que visitaram o local em janeiro encontraram as bases da Sesai desabastecidas de medicamentos e alimentos, sucateadas, com fezes e alta incid\\u0026#234;ncia de desnutri\\u0026#231;\\u0026#227;o e mal\\u0026#225;ria entre os ind\\u0026#237;genas, consequ\\u0026#234;ncia direta da explora\\u0026#231;\\u0026#227;o ilegal do ouro no territ\\u0026#243;rio.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O garimpo ilegal na terra Yanomami quase triplicou em 2022 na compara\\u0026#231;\\u0026#227;o com 2020 -quando teve in\\u0026#237;cio o monitoramento feito pela Pol\\u0026#237;cia Federal na regi\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Segundo a PF, o garimpo ocupava 14 km\\u0026#178; do territ\\u0026#243;rio em 2020, ou para 23,7 km\\u0026#178; em 2021 e para 41,8 km\\u0026#178; em 2022 -um crescimento de 76% em um ano e de 198% desde o in\\u0026#237;cio do monitoramento.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O governo de Jair Bolsonaro (PL) incentivou a atividade, sucateou as ag\\u0026#234;ncias as inst\\u0026#226;ncias de prote\\u0026#231;\\u0026#227;o e combate \\u0026#224; explora\\u0026#231;\\u0026#227;o ilegal e inclusive prop\\u0026#244;s um projeto de lei para regulamentar o garimpo nos territ\\u0026#243;rios ind\\u0026#237;genas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;As a\\u0026#231;\\u0026#245;es de repress\\u0026#227;o s\\u0026#227;o encabe\\u0026#231;adas, sobretudo, pela Pol\\u0026#237;cia Federal e pelo Ibama (Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais e Renov\\u0026#225;veis), com aux\\u0026#237;lio da PRF (Pol\\u0026#237;cia Rodovi\\u0026#225;ria Federal) e da For\\u0026#231;a Nacional.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;H\\u0026#225; mais de um m\\u0026#234;s n\\u0026#227;o eram registrados ataques ou confrontos no territ\\u0026#243;rio Yanomami. 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Garimpeiros atiram e matam criança Yanomami em Roraima

Região do ocorrido é alvo de operação recente do governo; pelo menos cinco ficaram feridos

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Imagem ilustrativa da notícia Garimpeiros atiram e matam criança Yanomami em Roraima camera Há mais de um mês não eram registrados ataques ou confrontos no território Yanomami. | ( Reprodução )

Um ataque a tiros na aldeia Parima, que fica dentro da Terra Indígena Yanomami (Roraima), deixou cinco feridos e uma criança morta nesta segunda-feira (3).

No local fica uma base de apoio da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), que prestou atendimento aos feridos -dentre os quais há crianças e adultos, inclusive em estado grave.

Após a notificação do ocorrido, agentes da Polícia Federal e servidores da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), da Força Nacional, da Força Nacional de Saúde Pública, além de militares, se deslocaram até o local.

Este não é o primeiro ataque que se tem notícia desde o início da operação de desintrusão do garimpo ilegal na TI Yanomami, no início do ano, que começou após o presidente Lula (PT) viajar ao local e o Ministério da Saúde decretar estado de emergência sanitária na região.

Os agentes de saúde que visitaram o local em janeiro encontraram as bases da Sesai desabastecidas de medicamentos e alimentos, sucateadas, com fezes e alta incidência de desnutrição e malária entre os indígenas, consequência direta da exploração ilegal do ouro no território.

O garimpo ilegal na terra Yanomami quase triplicou em 2022 na comparação com 2020 -quando teve início o monitoramento feito pela Polícia Federal na região.

Segundo a PF, o garimpo ocupava 14 km² do território em 2020, ou para 23,7 km² em 2021 e para 41,8 km² em 2022 -um crescimento de 76% em um ano e de 198% desde o início do monitoramento.

O governo de Jair Bolsonaro (PL) incentivou a atividade, sucateou as agências as instâncias de proteção e combate à exploração ilegal e inclusive propôs um projeto de lei para regulamentar o garimpo nos territórios indígenas.

As ações de repressão são encabeçadas, sobretudo, pela Polícia Federal e pelo Ibama (Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais e Renováveis), com auxílio da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e da Força Nacional.

Há mais de um mês não eram registrados ataques ou confrontos no território Yanomami. Agora, sobe para 15 o total de mortos desde o início da operação de desintrusão.

O último episódio de violência aconteceu no final de abril, nas proximidades de Uxiú, e marcou o ponto de maior tensão desde o início das operações, quando garimpeiros mataram um indígena a tiros e balearam outros dois.

Nos dias seguintes, mais nove corpos foram encontrados na região.

Antes, em outro ponto do território, equipes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e do Ibama foram recebidas a tiros quando chegavam em um garimpo para uma ação de repressão ao crime organizado. Quatro garimpeiros foram mortos pelos agentes de segurança e foi encontrada grande quantidade de armamento no local.

Ainda não se sabe o motivo do ataque ocorrido nesta terça, mas pessoas ouvidas pela reportagem sob condição de anonimato afirmam que, na última semana, a região foi alvo de uma operação de combate ao garimpo ilegal.

Também afirmaram que a aldeia de Parima tem disputas históricas com outras comunidades da área.

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A aldeia de fica próxima ao batalhão de fronteira de Surucucu, do Exército, e também perto da fronteira com a Venezuela.

É mais próximo das regiões fronteiriças que sobrevivem os últimos garimpos ativos dentro do território Yanomami.

Pessoas envolvidas nas ações afirmam, sob anonimato, que o perfil de atuação dos garimpeiros se adaptou, com trabalho noturno, acampamentos dentro da mata e até com equipamentos ficando enterrados durante o dia para dificultar a fiscalização.

Segundo essas pessoas, os garimpeiros se entocaram em pontos que ficam até cinco quilômetros dentro da mata e também estão nas regiões de fronteira, o que facilita o escape para outro país, onde as forças de segurança brasileiras não podem atuar.

Neste mês, o governo Lula publicou um decreto que autoriza as Forças Armadas a também atuar em atividades de combate à atividade ilícita.

Até então, os militares prestavam ajuda humanitária, com distribuição de cestas básicas e de insumos (como medicamentos e combustível), logística (transporte de tropas e planejamento) e inteligência (por exemplo, com uma aeronave com capacidade de fotografar os garimpos).

A intenção agora é, junto com outros órgãos que atuam na área, ocupar o território yanomami com novas bases e com equipes ando dias na floresta.

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