{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/brasil/821946/emails-apontam-que-bolsonaro-recebeu-pedras-preciosas","headline":"Emails apontam que Bolsonaro recebeu pedras preciosas","datePublished":"2023-08-05T10:28:09.637-03:00","dateModified":"2023-08-05T10:27:59-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Marcelo Rocha e Thaísa Oliveira/Folhapress","url":"/noticias/brasil/821946/emails-apontam-que-bolsonaro-recebeu-pedras-preciosas"},"image":"/img/Artigo-Destaque/820000/Meu-projeto---2023-08-05T101702806_00821946_0_.jpg?xid=2696413","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Em investigação da I do 8 de janeiro, emails mostraram que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu pedras preciosas para a ex-primeira -dama Michelle Bolsonaro.","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;A I do 8 de janeiro quer que a PGR (Procuradoria-Geral da Rep\\u0026#250;blica) investigue a origem e o paradeiro de poss\\u0026#237;veis pedras preciosas que foram entregues ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no final de outubro do ano ado em Te\\u0026#243;filo Otoni (MG).\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Uma troca de emails entre funcion\\u0026#225;rios da ajud\\u0026#226;ncia de ordens da Presid\\u0026#234;ncia aponta que o ex-mandat\\u0026#225;rio teria recebido, durante sua agem pela cidade, um envelope e uma caixa com pedras preciosas para a ent\\u0026#227;o primeira-dama, Michelle Bolsonaro.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;+ \\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/brasil/811588/moraes-segura-informacoes-do-8-de-janeiro-e-quebra-promessa?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Moraes segura informa\\u0026#231;\\u0026#245;es do 8 de janeiro e quebra promessa\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;+ \\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/politica/809567/mauro-cid-depositou-dinheiro-vivo-para-michelle-aponta-pf?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Mauro Cid depositou dinheiro vivo para Michelle, aponta PF\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Nos documentos em poder da I, o ex-assessor Cleiton Henrique Holzschuk relata que, a pedido do tenente-coronel Mauro Cid, um dos principais auxiliares de Bolsonaro, \\u0026quot;as pedras n\\u0026#227;o devem ser cadastradas e devem ser entregues em m\\u0026#227;o para ele [Cid]\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026quot;Foi guardado no cofre grande, 01 (um) envelope contendo pedras preciosas para o PR [presidente] e 01 (uma) caixa de pedras preciosas para a PD [primeira-dama], recebidas em Te\\u0026#243;filo Otoni em 26/10/22\\u0026quot;, relata Holzschuk.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ele afirmou ainda que o \\u0026quot;Sgt Furriel\\u0026quot; –referindo-se ao sargento Marcos Vin\\u0026#237;cius Pereira Furriel— estaria \\u0026quot;ciente do assunto\\u0026quot; e que poderia tirar d\\u0026#250;vidas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Cid \\u0026#233; alvo de investiga\\u0026#231;\\u0026#245;es no STF (Supremo Tribunal Federal) e em outras inst\\u0026#226;ncias, incluindo no caso das joias enviadas ao ex-mandat\\u0026#225;rio por autoridades da Ar\\u0026#225;bia Saudita. 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I DO 8 DE JANEIRO

Emails apontam que Bolsonaro recebeu pedras preciosas

Mensagens mostram presente dado em Minas em 2022; advogado afirma que gastou R$ 400.

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Imagem ilustrativa da notícia Emails apontam que Bolsonaro recebeu pedras preciosas camera A I acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para seguirem as investigações sobre as pedras preciosas. | (Eduardo Anizelli/Folhapress)

A I do 8 de janeiro quer que a PGR (Procuradoria-Geral da República) investigue a origem e o paradeiro de possíveis pedras preciosas que foram entregues ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no final de outubro do ano ado em Teófilo Otoni (MG).

Uma troca de emails entre funcionários da ajudância de ordens da Presidência aponta que o ex-mandatário teria recebido, durante sua agem pela cidade, um envelope e uma caixa com pedras preciosas para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

+ Moraes segura informações do 8 de janeiro e quebra promessa

+ Mauro Cid depositou dinheiro vivo para Michelle, aponta PF

Nos documentos em poder da I, o ex-assessor Cleiton Henrique Holzschuk relata que, a pedido do tenente-coronel Mauro Cid, um dos principais auxiliares de Bolsonaro, "as pedras não devem ser cadastradas e devem ser entregues em mão para ele [Cid]".

"Foi guardado no cofre grande, 01 (um) envelope contendo pedras preciosas para o PR [presidente] e 01 (uma) caixa de pedras preciosas para a PD [primeira-dama], recebidas em Teófilo Otoni em 26/10/22", relata Holzschuk.

Ele afirmou ainda que o "Sgt Furriel" –referindo-se ao sargento Marcos Vinícius Pereira Furriel— estaria "ciente do assunto" e que poderia tirar dúvidas.

Cid é alvo de investigações no STF (Supremo Tribunal Federal) e em outras instâncias, incluindo no caso das joias enviadas ao ex-mandatário por autoridades da Arábia Saudita. O militar está preso desde o início de maio por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

No documento enviado à PGR, parlamentares questionam se o ex-presidente cometeu o crime de peculato, e afirmam que as pedras preciosas não constam na relação de 1.055 itens recebidos oficialmente por ele nos quatro anos de mandato.

"Sabe-se que, no dia do recebimento, a 4 dias do segundo turno das Eleições Presidenciais de 2023, Bolsonaro estava fazendo campanha em Teófilo Otoni", diz o texto do pedido de investigação.

"Ou seja, as pedras preciosas não foram recebidas em cerimônia protocolar. Logo, questiona-se: quem presenteou Jair Bolsonaro? Qual o motivo da recusa em cadastrar o presente?"

Procurado por meio de seu ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, que é advogado e atua em sua defesa, Bolsonaro não se manifestou até a publicação desta reportagem.

O advogado Josino Correia Junior, morador de Teófilo Otoni, afirmou à reportagem que foi ele quem deu o presente a Bolsonaro durante a agem do então candidato à reeleição pela cidade do sudeste de Minas —conhecida como capital das pedras preciosas.

Correia disse que quis presentear o ex-presidente com um souvenir da cidade. "São pedras semipreciosas. Comprei na véspera da vinda dele à cidade. Custaram R$ 400", afirmou.

Ele gravou um vídeo com um relato sobre o caso em uma área da cidade que concentra estabelecimentos do ramo no qual afirma que as pedras são "provenientes de exploração legal".

De acordo com o advogado, o conjunto entregue a Bolsonaro é composto de topázios azuis, citrinos (pedra de cor amarela) e prasiolitas (verde), acondicionadas em um estojo. São quatro pedras de cada.

Ele disse que o filho caçula também presenteou Bolsonaro com alguns cristais e ametistas de um acervo pessoal. E afirmou que os dois volumes seriam destinados ao próprio ex-presidente, cujo nome teria sido gravado no estojo.

Correia enviou à reportagem a foto do momento da entrega dos presentes. A imagem está cortada. O filho dele também aparece no recorte com um envelope em mãos.

A foto publicada pelo advogado em seu perfil nas redes sociais mostra ainda o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o general Walter Braga Netto, então candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro.

A deputada federal Jandira Feghali (PC do B-RJ), que levantou o tema na I, afirma que o email diz "pedras preciosas", e não "semipreciosas", e que não há garantias nem de que sejam as mesmas pedras, nem de que o advogado esteja falando a verdade.

"O que ele diz que tinha na caixa ninguém viu. Alguém viu? Alguém abriu essa caixa para saber se ele está falando a verdade? Terceiro: é só essa caixa? Tem mais caixa? Ou seja, essa fala, para mim, não tem nenhum significado", diz.

"É o email de agem de serviço dos ajudantes de ordem e um orientando o outro: não cadastre. Em 11 de novembro essa mensagem some. Ou seja, as pedras devem ter saído do cofre. Qual o destino? Não sei."

Especialistas consultados pela reportagem afirmam que é difícil estimar o valor do estojo, diante das variáveis que envolvem o mercado de pedras preciosas e semipreciosas —como tamanho, intensidade da cor, lapidação e pureza.

Lojistas de Teófilo Otoni dizem que o quilate do topázio azul varia, em média, de US$ 7 (cerca de R$ 35 na cotação atual) a US$ 15 (o equivalente a aproximadamente R$ 73), dependendo do tom de azul da pedra.

O quilate do citrino, segundo comerciantes, é negociado na cidade por valores entre R$ 20 e R$ 30. Já o quilate da prasiolita varia de R$ 10 a R$ 30. Uma pedra do tamanho de uma moeda de R$ 0,10, por exemplo, custaria em torno de R$ 200.

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