{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/brasil/840757/mudancas-climaticas-podem-agravar-quadros-de-dengue-e-zika","headline":"Mudanças climáticas podem agravar quadros de dengue e zika","datePublished":"2023-12-17T11:49:37-03:00","dateModified":"2023-12-18T08:03:46-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Agência Brasil","url":"/noticias/brasil/840757/mudancas-climaticas-podem-agravar-quadros-de-dengue-e-zika"},"image":"/img/Artigo-Destaque/840000/foto-1-5_00840757_0_.jpg?xid=2787796","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"As altas temperadas e as mudanças climáticas em geral podem culminar em acelerar a proliferação de vetores como o mosquito aedes aegypti e doenças","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Os riscos apresentados pelas mudan\\u0026#231;as clim\\u0026#225;ticas no Brasil podem levar \\u0026#224; prolifera\\u0026#231;\\u0026#227;o de vetores, como o mosquito Aedes aegypti e, em consequ\\u0026#234;ncia, ao agravamento de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. O alerta \\u0026#233; de levantamento na \\u0026#225;rea da sa\\u0026#250;de feito pela plataforma AdaptaBrasil, vinculada ao Minist\\u0026#233;rio da Ci\\u0026#234;ncia, Tecnologia e Inova\\u0026#231;\\u0026#227;o (MCTI), em parceria com a Funda\\u0026#231;\\u0026#227;o Oswaldo Cruz (Fiocruz). As proje\\u0026#231;\\u0026#245;es indicam tamb\\u0026#233;m expans\\u0026#227;o da mal\\u0026#225;ria, leishmaniose tegumentar americana e leishmaniose visceral.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O trabalho levou em conta as temperaturas m\\u0026#225;xima e m\\u0026#237;nima, a umidade relativa do ar e a precipita\\u0026#231;\\u0026#227;o acumulada para associar a ocorr\\u0026#234;ncia do vetor, que s\\u0026#227;o os mosquitos transmissores das diferentes doen\\u0026#231;as em an\\u0026#225;lise. A AdaptaBrasil avalia tamb\\u0026#233;m a vulnerabilidade e a exposi\\u0026#231;\\u0026#227;o da popula\\u0026#231;\\u0026#227;o a esses vetores.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;CONTE\\u0026#218;DO RELACIONADO\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;ul\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/para/840742/cop-30-em-belem-sera-um-marco-historico-na-amazonia?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;COP 30 em Bel\\u0026#233;m ser\\u0026#225; um marco hist\\u0026#243;rico na Amaz\\u0026#244;nia\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/brasil/840492/jader-fala-sobre-mobilidade-e-sustentabilidade-na-amazonia?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Jader fala sobre mobilidade e sustentabilidade na Amaz\\u0026#244;nia\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/para/840466/para-registra-reducao-de-34-nos-alertas-de-desmatamento?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Par\\u0026#225; registra redu\\u0026#231;\\u0026#227;o de 34% nos alertas de desmatamento\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;/ul\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Uma temperatura maior, com uma precipita\\u0026#231;\\u0026#227;o maior, pode levar a uma maior prolifera\\u0026#231;\\u0026#227;o de diferentes mosquitos, insetos que s\\u0026#227;o transmissores dessas doen\\u0026#231;as, conhecidas como arboviroses”, explicou \\u0026#224; Ag\\u0026#234;ncia Brasil o coordenador cient\\u0026#237;fico da plataforma, Jean Ometto. “Normalmente, a gente tem ocorr\\u0026#234;ncia maior de dengue e chikungunya no ver\\u0026#227;o”, observou.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Outro elemento analisado na plataforma \\u0026#233; o quanto a popula\\u0026#231;\\u0026#227;o est\\u0026#225; exposta e o qu\\u0026#227;o vulner\\u0026#225;vel ela \\u0026#233; \\u0026#224; ocorr\\u0026#234;ncia dessas doen\\u0026#231;as. “A gente percebe que, em determinadas regi\\u0026#245;es, pode haver um aumento da ocorr\\u0026#234;ncia dessas enfermidades e popula\\u0026#231;\\u0026#245;es mais vulner\\u0026#225;veis e expostas ficam mais suscet\\u0026#237;veis a adoecerem por essas diferentes doen\\u0026#231;as”, disse Ometto, acrescentando que a identifica\\u0026#231;\\u0026#227;o de que regi\\u0026#245;es poder\\u0026#227;o ser mais atingidas depende do tipo da doen\\u0026#231;a.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Problema social\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O coordenador cient\\u0026#237;fico da AdaptaBrasil esclareceu que, normalmente, essas doen\\u0026#231;as acontecem quando h\\u0026#225; uma pessoa ou outro organismo animal que possa estar infectado. Em geral, popula\\u0026#231;\\u0026#245;es mais vulner\\u0026#225;veis, que apresentem condi\\u0026#231;\\u0026#245;es de sa\\u0026#250;de e habita\\u0026#231;\\u0026#227;o mais prec\\u0026#225;rias, tendem a ficar mais suscet\\u0026#237;veis a uma ocorr\\u0026#234;ncia maior da doen\\u0026#231;a.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Hoje j\\u0026#225; \\u0026#233; assim. Mas a tend\\u0026#234;ncia \\u0026#233; que isso se agrave. A gente v\\u0026#234; hoje que muitas dessas doen\\u0026#231;as n\\u0026#227;o s\\u0026#227;o exclusivas de popula\\u0026#231;\\u0026#245;es menos favorecidas. Mas a ocorr\\u0026#234;ncia maior \\u0026#233; nessas popula\\u0026#231;\\u0026#245;es. E isso tende a se agravar”, explicou.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ometto alertou que se trata de um problema social “super dram\\u0026#225;tico”, que precisa ser resolvido.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;ul\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/para/840496/fumaca-em-santarem-ainda-e-problema-para-a-populacao?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Fuma\\u0026#231;a em Santar\\u0026#233;m ainda \\u0026#233; problema para a popula\\u0026#231;\\u0026#227;o\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/mundo-noticias/840196/cop28-aprova-transicao-historica-dos-combustiveis-fosseis?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;COP28 aprova transi\\u0026#231;\\u0026#227;o hist\\u0026#243;rica dos combust\\u0026#237;veis f\\u0026#243;sseis\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/para/840064/sesma-registra-aumento-nos-casos-de-dengue-em-belem?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Sesma registra aumento nos casos de dengue em Bel\\u0026#233;m\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;/ul\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;De acordo com Ometto, condi\\u0026#231;\\u0026#245;es melhores de vida, sa\\u0026#250;de e infraestrutura ajudam e contribuem bastante para que a popula\\u0026#231;\\u0026#227;o fique menos exposta a essas doen\\u0026#231;as, de modo a que possam ser atacadas de forma sist\\u0026#234;mica, a partir do planejamento territorial, de atendimento e de emerg\\u0026#234;ncia em sa\\u0026#250;de.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O Brasil, segundo Ometto, tem uma estrutura de apoio \\u0026#224; sa\\u0026#250;de muito importante, que \\u0026#233; o Sistema \\u0026#218;nico de Sa\\u0026#250;de (SUS), bastante singular no mundo. “S\\u0026#243; que a gente n\\u0026#227;o est\\u0026#225; preparado para situa\\u0026#231;\\u0026#245;es emergenciais. Quando ocorre um pico de doen\\u0026#231;a, o pa\\u0026#237;s n\\u0026#227;o tem estrutura f\\u0026#237;sica que possa atender a todos que est\\u0026#227;o doentes. Os postos de atendimento ficam sobrecarregados. Isso tende a se agravar”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Atua\\u0026#231;\\u0026#227;o ampliada\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O coordenador da AdaptaBrasil defende que essa estrutura precisa ser pensada dentro de um contexto de amplitude de atua\\u0026#231;\\u0026#227;o e de o, e melhorada em termos de infraestrutura, capacidade de atendimento, qualifica\\u0026#231;\\u0026#227;o das pessoas que est\\u0026#227;o atendendo nesses locais, al\\u0026#233;m de planos para que situa\\u0026#231;\\u0026#245;es emergenciais possam ser atendidas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“\\u0026#201; preciso olhar para o sistema de sa\\u0026#250;de de forma sist\\u0026#234;mica, desde a popula\\u0026#231;\\u0026#227;o em si at\\u0026#233; os sistemas de atendimento”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Outra coisa importante para Ometto, \\u0026#233; olhar de maneira preventiva todo o processo, de modo a identificar quais s\\u0026#227;o os elementos em que pode atuar, seja no controle de prolifera\\u0026#231;\\u0026#227;o dos insetos, seja na infraestrutura e qualidade das habita\\u0026#231;\\u0026#245;es, at\\u0026#233; a situa\\u0026#231;\\u0026#227;o de atendimento \\u0026#224;s ocorr\\u0026#234;ncias.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Esse olhar sist\\u0026#234;mico para a sa\\u0026#250;de \\u0026#233; superimportante. E o que vai acabar acontecendo com as mudan\\u0026#231;as clim\\u0026#225;ticas \\u0026#233; o agravamento. A gente est\\u0026#225; caminhando para um outro n\\u0026#237;vel de impacto associado \\u0026#224;s mudan\\u0026#231;as do clima”, alertou.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O coordenador da Adapta Brasil lembra da falta de estrutura observada recentemente durante a pandemia da covid-19. “Era algo que as pessoas diziam que podia acontecer mas, quando aconteceu, n\\u0026#227;o tinha infraestrutura, nem capacita\\u0026#231;\\u0026#227;o dos profissionais, dos equipamentos. Essa analogia \\u0026#233; muito importante e muito v\\u0026#225;lida”, ponderou Ometto.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Quer mais not\\u0026#237;cias de Sa\\u0026#250;de?\\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9IlAw2v1J02cbfQ31H\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt; e nosso canal no WhatsApp\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ele chama a aten\\u0026#231;\\u0026#227;o que, durante a covid-19, as popula\\u0026#231;\\u0026#245;es mais impactadas e que mais sofreram foram as menos favorecidas de alguma forma, as mais carentes. “Estratos da sociedade que s\\u0026#227;o mais vulner\\u0026#225;veis realmente pelas condi\\u0026#231;\\u0026#245;es sociais e econ\\u0026#244;micas”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O pesquisador informou que a plataforma est\\u0026#225; trabalhando, no momento, dados referentes \\u0026#224; dengue e \\u0026#224; zika. Os resultados dever\\u0026#227;o ser divulgados no in\\u0026#237;cio de 2024. J\\u0026#225; os dados da chikungunya est\\u0026#227;o previstos para lan\\u0026#231;amento ao longo do pr\\u0026#243;ximo ano.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Impacto\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ometto explicou que a plataforma apresenta um risco de impacto. “Ela n\\u0026#227;o apresenta uma situa\\u0026#231;\\u0026#227;o emergencial nem de ocorr\\u0026#234;ncia efetiva. Aponta as condi\\u0026#231;\\u0026#245;es de infraestrutura, sociais, econ\\u0026#244;micas e ambientais em determinado munic\\u0026#237;pio em que, em um evento associado \\u0026#224;s mudan\\u0026#231;as clim\\u0026#225;ticas, a ocorr\\u0026#234;ncia de determinada arbovirose possa ser maior ou n\\u0026#227;o”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A AdaptaBrasil pretende ser uma ferramenta para o planejamento territorial de a\\u0026#231;\\u0026#245;es setoriais, como sa\\u0026#250;de, considerando a mudan\\u0026#231;a clim\\u0026#225;tica como algo que j\\u0026#225; est\\u0026#225; afetando a sociedade brasileira. A plataforma permite ver o risco de que isso possa acontecer. Dentro dos elementos que comp\\u0026#245;em, na realidade, o risco de impacto, como vulnerabilidade e exposi\\u0026#231;\\u0026#227;o, o gestor municipal pode identificar os indicadores que levam a um potencial agravamento da situa\\u0026#231;\\u0026#227;o de ocorr\\u0026#234;ncia de determinada enfermidade. Tamb\\u0026#233;m a sociedade civil pode se basear nos dados da plataforma para tomar decis\\u0026#245;es sobre a\\u0026#231;\\u0026#245;es, ou seja, tomar atitudes para reduzir o n\\u0026#237;vel de risco.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A AdaptaBrasil trabalha junto com o MCTI e o Minist\\u0026#233;rio do Meio Ambiente (MMA) para que a plataforma seja uma das ferramentas de apoio ao Plano Nacional de Adapta\\u0026#231;\\u0026#227;o, de planejamento de a\\u0026#231;\\u0026#245;es de adapta\\u0026#231;\\u0026#227;o, em decorr\\u0026#234;ncia das mudan\\u0026#231;as clim\\u0026#225;ticas no pa\\u0026#237;s.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Expans\\u0026#227;o\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Jean Ometto esclareceu que, no momento, nesse trabalho feito em parceria com a Fiocruz, o foco s\\u0026#227;o as arboviroses. A ideia, por\\u0026#233;m, \\u0026#233; ampliar a pesquisa para ondas de calor, que afetam sistemas cardiovascular e respirat\\u0026#243;rio. “Estamos entrando esta semana em mais uma onda de calor e devemos ar 70 dias com temperatura acima da m\\u0026#233;dia para o per\\u0026#237;odo e que pode afetar, sem d\\u0026#250;vida, a sa\\u0026#250;de das pessoas”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O tema ser\\u0026#225; trabalhado ao longo de 2024, anunciou Ometto.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O objetivo \\u0026#233; trazer informa\\u0026#231;\\u0026#227;o cient\\u0026#237;fica mais atualizada sobre a tem\\u0026#225;tica. A plataforma se baseia em informa\\u0026#231;\\u0026#245;es cient\\u0026#237;ficas para que possa ter um lastro importante a fim de que as decis\\u0026#245;es sejam tomadas com base na melhor ci\\u0026#234;ncia existente no pa\\u0026#237;s.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Jean Ometto \\u0026#233; pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), onde atua na Divis\\u0026#227;o de Impactos, Adapta\\u0026#231;\\u0026#245;es e Vulnerabilidades, que estuda a quest\\u0026#227;o das mudan\\u0026#231;as clim\\u0026#225;ticas em diversos setores, e um dos maiores especialistas em impacto e vulnerabilidade de adapta\\u0026#231;\\u0026#227;o atualmente no Brasil. 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PREOCUPAÇÃO

Mudanças climáticas podem agravar quadros de dengue e zika

As altas temperadas e as mudanças climáticas em geral podem culminar em acelerar a proliferação de vetores como o mosquito aedes aegypti e doença

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Imagem ilustrativa da notícia Mudanças climáticas podem agravar quadros de dengue e zika camera Crise no clima preocupa especialista com questões da saúde | Jader Paes / Ag.Pará

Os riscos apresentados pelas mudanças climáticas no Brasil podem levar à proliferação de vetores, como o mosquito Aedes aegypti e, em consequência, ao agravamento de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. O alerta é de levantamento na área da saúde feito pela plataforma AdaptaBrasil, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As projeções indicam também expansão da malária, leishmaniose tegumentar americana e leishmaniose visceral.

O trabalho levou em conta as temperaturas máxima e mínima, a umidade relativa do ar e a precipitação acumulada para associar a ocorrência do vetor, que são os mosquitos transmissores das diferentes doenças em análise. A AdaptaBrasil avalia também a vulnerabilidade e a exposição da população a esses vetores.

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“Uma temperatura maior, com uma precipitação maior, pode levar a uma maior proliferação de diferentes mosquitos, insetos que são transmissores dessas doenças, conhecidas como arboviroses”, explicou à Agência Brasil o coordenador científico da plataforma, Jean Ometto. “Normalmente, a gente tem ocorrência maior de dengue e chikungunya no verão”, observou.

Outro elemento analisado na plataforma é o quanto a população está exposta e o quão vulnerável ela é à ocorrência dessas doenças. “A gente percebe que, em determinadas regiões, pode haver um aumento da ocorrência dessas enfermidades e populações mais vulneráveis e expostas ficam mais suscetíveis a adoecerem por essas diferentes doenças”, disse Ometto, acrescentando que a identificação de que regiões poderão ser mais atingidas depende do tipo da doença.

Problema social

O coordenador científico da AdaptaBrasil esclareceu que, normalmente, essas doenças acontecem quando há uma pessoa ou outro organismo animal que possa estar infectado. Em geral, populações mais vulneráveis, que apresentem condições de saúde e habitação mais precárias, tendem a ficar mais suscetíveis a uma ocorrência maior da doença.

“Hoje já é assim. Mas a tendência é que isso se agrave. A gente vê hoje que muitas dessas doenças não são exclusivas de populações menos favorecidas. Mas a ocorrência maior é nessas populações. E isso tende a se agravar”, explicou.

Ometto alertou que se trata de um problema social “super dramático”, que precisa ser resolvido.

De acordo com Ometto, condições melhores de vida, saúde e infraestrutura ajudam e contribuem bastante para que a população fique menos exposta a essas doenças, de modo a que possam ser atacadas de forma sistêmica, a partir do planejamento territorial, de atendimento e de emergência em saúde.

O Brasil, segundo Ometto, tem uma estrutura de apoio à saúde muito importante, que é o Sistema Único de Saúde (SUS), bastante singular no mundo. “Só que a gente não está preparado para situações emergenciais. Quando ocorre um pico de doença, o país não tem estrutura física que possa atender a todos que estão doentes. Os postos de atendimento ficam sobrecarregados. Isso tende a se agravar”.

Atuação ampliada

O coordenador da AdaptaBrasil defende que essa estrutura precisa ser pensada dentro de um contexto de amplitude de atuação e de o, e melhorada em termos de infraestrutura, capacidade de atendimento, qualificação das pessoas que estão atendendo nesses locais, além de planos para que situações emergenciais possam ser atendidas.

“É preciso olhar para o sistema de saúde de forma sistêmica, desde a população em si até os sistemas de atendimento”.

Outra coisa importante para Ometto, é olhar de maneira preventiva todo o processo, de modo a identificar quais são os elementos em que pode atuar, seja no controle de proliferação dos insetos, seja na infraestrutura e qualidade das habitações, até a situação de atendimento às ocorrências.

“Esse olhar sistêmico para a saúde é superimportante. E o que vai acabar acontecendo com as mudanças climáticas é o agravamento. A gente está caminhando para um outro nível de impacto associado às mudanças do clima”, alertou.

O coordenador da Adapta Brasil lembra da falta de estrutura observada recentemente durante a pandemia da covid-19. “Era algo que as pessoas diziam que podia acontecer mas, quando aconteceu, não tinha infraestrutura, nem capacitação dos profissionais, dos equipamentos. Essa analogia é muito importante e muito válida”, ponderou Ometto.

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Ele chama a atenção que, durante a covid-19, as populações mais impactadas e que mais sofreram foram as menos favorecidas de alguma forma, as mais carentes. “Estratos da sociedade que são mais vulneráveis realmente pelas condições sociais e econômicas”.

O pesquisador informou que a plataforma está trabalhando, no momento, dados referentes à dengue e à zika. Os resultados deverão ser divulgados no início de 2024. Já os dados da chikungunya estão previstos para lançamento ao longo do próximo ano.

Impacto

Ometto explicou que a plataforma apresenta um risco de impacto. “Ela não apresenta uma situação emergencial nem de ocorrência efetiva. Aponta as condições de infraestrutura, sociais, econômicas e ambientais em determinado município em que, em um evento associado às mudanças climáticas, a ocorrência de determinada arbovirose possa ser maior ou não”.

A AdaptaBrasil pretende ser uma ferramenta para o planejamento territorial de ações setoriais, como saúde, considerando a mudança climática como algo que já está afetando a sociedade brasileira. A plataforma permite ver o risco de que isso possa acontecer. Dentro dos elementos que compõem, na realidade, o risco de impacto, como vulnerabilidade e exposição, o gestor municipal pode identificar os indicadores que levam a um potencial agravamento da situação de ocorrência de determinada enfermidade. Também a sociedade civil pode se basear nos dados da plataforma para tomar decisões sobre ações, ou seja, tomar atitudes para reduzir o nível de risco.

A AdaptaBrasil trabalha junto com o MCTI e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para que a plataforma seja uma das ferramentas de apoio ao Plano Nacional de Adaptação, de planejamento de ações de adaptação, em decorrência das mudanças climáticas no país.

Expansão

Jean Ometto esclareceu que, no momento, nesse trabalho feito em parceria com a Fiocruz, o foco são as arboviroses. A ideia, porém, é ampliar a pesquisa para ondas de calor, que afetam sistemas cardiovascular e respiratório. “Estamos entrando esta semana em mais uma onda de calor e devemos ar 70 dias com temperatura acima da média para o período e que pode afetar, sem dúvida, a saúde das pessoas”.

O tema será trabalhado ao longo de 2024, anunciou Ometto.

O objetivo é trazer informação científica mais atualizada sobre a temática. A plataforma se baseia em informações científicas para que possa ter um lastro importante a fim de que as decisões sejam tomadas com base na melhor ciência existente no país.

Jean Ometto é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), onde atua na Divisão de Impactos, Adaptações e Vulnerabilidades, que estuda a questão das mudanças climáticas em diversos setores, e um dos maiores especialistas em impacto e vulnerabilidade de adaptação atualmente no Brasil. Ele também é membro do Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) nessa temática.

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