{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/brasil/845587/setor-da-abin-no-governo-bolsonaro-usou-software-espiao","headline":"Setor da Abin no governo Bolsonaro usou software espião","datePublished":"2024-01-25T14:06:10.42-03:00","dateModified":"2024-01-25T14:06:03-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Thaísa Oliveira e Fabio Serapião/Folhapress","url":"/noticias/brasil/845587/setor-da-abin-no-governo-bolsonaro-usou-software-espiao"},"image":"/img/Artigo-Destaque/840000/Untitled-design---2024-01-25T135812621_00845587_0_.jpg?xid=2803825","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria usado o software espião FirstMile durante o governo Jair Bolsonaro (PL)","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Documentos em posse da Pol\\u0026#237;cia Federal na opera\\u0026#231;\\u0026#227;o \\u0026#218;ltima Milha indicam que servidores da Abin (Ag\\u0026#234;ncia Brasileira de Intelig\\u0026#234;ncia) lotados no CIN (Centro de Intelig\\u0026#234;ncia Nacional) utilizaram o software espi\\u0026#227;o FirstMile durante o governo Jair Bolsonaro (PL).\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O CIN tem origem em um decreto de Bolsonaro, assinado em julho de 2020, que criou novas estruturas dentro do organograma da Abin, \\u0026#224; \\u0026#233;poca chefiada por Alexandre Ramagem, atual deputado federal e pr\\u0026#233;-candidato do PL \\u0026#224; Prefeitura do Rio de Janeiro.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ramagem nega irregularidades e afirmou, por meio e sua assessoria, que o \\u0026quot;departamento de opera\\u0026#231;\\u0026#245;es, composto exclusivamente de servidores de carreira da Abin, era o \\u0026#250;nico respons\\u0026#225;vel pela gest\\u0026#227;o, senhas e execu\\u0026#231;\\u0026#227;o do sistema.\\u0026quot;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A justificativa para cria\\u0026#231;\\u0026#227;o do CIN foi planejar e executar \\u0026quot;atividades de intelig\\u0026#234;ncia\\u0026quot; destinadas \\u0026quot;ao enfrentamento de amea\\u0026#231;as \\u0026#224; seguran\\u0026#231;a e \\u0026#224; estabilidade do Estado\\u0026quot; e assessorar \\u0026#243;rg\\u0026#227;os competentes sobre \\u0026quot;atividades e pol\\u0026#237;ticas de seguran\\u0026#231;a p\\u0026#250;blica e \\u0026#224; identifica\\u0026#231;\\u0026#227;o de amea\\u0026#231;as decorrentes de atividades criminosa\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Foram colocados em cargos de chefia na nova estrutura servidores da ag\\u0026#234;ncia e policiais federais pr\\u0026#243;ximos \\u0026#224; Ramagem e da fam\\u0026#237;lia Bolsonaro, o que fez com que o CIN fosse apelidado de Abin paralela.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O centro foi desmontado pela reestrutura\\u0026#231;\\u0026#227;o promovida pela atual dire\\u0026#231;\\u0026#227;o da Abin, j\\u0026#225; no governo Lula (PT), ap\\u0026#243;s a opera\\u0026#231;\\u0026#227;o da PF que mirou o software espi\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Conte\\u0026#250;do relacionado\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;ul\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/policia/845563/pf-apreende-adolescentes-em-esquema-de-abuso-sexual-no-para?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;PF apreende adolescentes em esquema de abuso sexual no Par\\u0026#225;\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/brasil/845585/dengue-vacinacao-comeca-em-fevereiro-em-521-municipios?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Dengue: vacina\\u0026#231;\\u0026#227;o come\\u0026#231;a em fevereiro em 521 munic\\u0026#237;pios\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/brasil/845564/inscricoes-para-o-sisu-2024-terminam-nesta-quinta-feira-25?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Inscri\\u0026#231;\\u0026#245;es para o Sisu 2024 terminam nesta quinta-feira (25)\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;/ul\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O FirstMile foi utilizado pela Abin entre 2019 e 2021. 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CRIAÇÃO DO EX-GOVERNO

Setor da Abin no governo Bolsonaro usou software espião

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria usado o software espião FirstMile durante o governo Jair Bolsonaro (PL)

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Imagem ilustrativa da notícia Setor da Abin no governo Bolsonaro usou software espião camera Bolsonaro (PL) e o ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem | Marcos Corrêa/PR

Documentos em posse da Polícia Federal na operação Última Milha indicam que servidores da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) lotados no CIN (Centro de Inteligência Nacional) utilizaram o software espião FirstMile durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

O CIN tem origem em um decreto de Bolsonaro, assinado em julho de 2020, que criou novas estruturas dentro do organograma da Abin, à época chefiada por Alexandre Ramagem, atual deputado federal e pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro.

Ramagem nega irregularidades e afirmou, por meio e sua assessoria, que o "departamento de operações, composto exclusivamente de servidores de carreira da Abin, era o único responsável pela gestão, senhas e execução do sistema."

A justificativa para criação do CIN foi planejar e executar "atividades de inteligência" destinadas "ao enfrentamento de ameaças à segurança e à estabilidade do Estado" e assessorar órgãos competentes sobre "atividades e políticas de segurança pública e à identificação de ameaças decorrentes de atividades criminosa".

Foram colocados em cargos de chefia na nova estrutura servidores da agência e policiais federais próximos à Ramagem e da família Bolsonaro, o que fez com que o CIN fosse apelidado de Abin paralela.

O centro foi desmontado pela reestruturação promovida pela atual direção da Abin, já no governo Lula (PT), após a operação da PF que mirou o software espião.

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O FirstMile foi utilizado pela Abin entre 2019 e 2021. Ele foi adquirido e ficava "hospedado" em computadores da Diretoria de Operações de Inteligência, mas depoimentos de servidores e documentos de apurações internas da Abin mostram o uso por solicitação de pessoas ligadas ao CIN.

Sobre um servidor alvo de busca pela PF, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que autorizou a operação afirma que ele era "o responsável pela fiscalização contratual do sistema FirstMile e, mesmo transferido de setor, continuou a realizar consultas pelo Centro de Inteligência Nacional."

"O servidor, ainda, tinha plena ciência da característica intrusiva da ferramenta que questionou, na condição de fiscal do contrato, o fato de a empresa fornecedora ter perdido a eficácia em relação a operadora Tim", diz a decisão.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, uma troca de emails entre oficiais da Abin e funcionários da empresa vendedora do FirstMile é utilizada pela PF como prova de que a ferramenta invadia a rede de telefonia nacional.

O uso pelo CIN, fora do setor onde o programa estava instalado, aparece ainda em outro trecho do inquérito da PF, em que os investigadores analisam um PAD (Processo istrativo Disciplinar) da Abin contra dois servidores que denunciaram o uso do software espião para tentar escapar da demissão.

"Destaca-se que a comissão de PAD identificou a utilização do sistema a pedido dos responsáveis pelo CIN", diz a PF.

O uso da ferramenta na gestão Ramagem e o próprio delegado estão na mira da PF. A suspeita é que a Abin usou ilegalmente, durante o governo Bolsonaro, o FirstMile contra jornalistas, políticos e adversários do ex-presidente.

Os indícios colhidos pela PF levaram à deflagração, em outubro do ano ado, da operação Última Milha.

Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nos estados de São Paulo (2), Santa Catarina (3), Paraná (2) e Goiás (1), além do Distrito Federal (17)

A PGR (Procuradoria-Geral da República), ao se manifestar favorável às buscas e prisões na investigação, cita a suspeita de que Ramagem se corrompeu para evitar a divulgação de informações sobre o uso irregular do software espião durante sua gestão.

A ameaça de divulgação, aponta, foi feita pelos dois servidores alvo da apuração interna por suposto envolvimento em uma fraude licitatória no Exército.

ex-diretor da Abin, segundo a Procuradoria, converteu o julgamento da investigação interna contra os dois em diligência, com a nomeação de nova comissão processante, e deixou de submeter as conclusões da primeira comissão ao ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), responsável por apreciar e decidir sobre esses casos.

Dessa forma, ele teria postergado a demissão dos servidores e uma possível divulgação do uso do FirstMile.

Sobre a compra e uso do programa, a PF diz que Ramagem está entre os responsáveis pelas ações e omissões e faz parte do "núcleo da alta gestão", integrado por policiais federais lotados em cargos de assessoramento e direção na Abin durante o governo Bolsonaro.

"A potencial ciência e participação dos então responsáveis pela gestão da Abin ganha relevo quando, em ação extemporânea após o esgotamento do uso da ferramenta, constroem processo istrativo 'correicional' para garantir a 'legalidade a posteriori' de suas ações", diz a PF.

Procurado, Ramagem disse por meio de sua assessoria que o CIN foi "criado para cumprir atuação da Abin como órgão central do sistema brasileiro de inteligência e implementar inteligência corrente e coleta estruturada de dados."

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Sobre os servidores e policiais federais lotados no CIN utilizarem o FirstMile, ele afirmou que os "centros, diretorias e superintendências da Abin possuem demandas de inteligência, mas apenas o departamento de operações utilizava a ferramenta."

Ramagem disse ainda que a investigação da PF só foi possível porque sua gestão "fez correição e investigação na corregedoria" sobre o sistema.

"Outras instituições adquiriram a mesma ferramenta, sem notícias de providências de auditoria. Não me encontro como investigado, já tendo inclusive representado à PF contra imputações infundadas", completou.

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