
O Brasil fechou o quarto trimestre de 2023 com 1,8 milhão de desempregados que estavam à procura de trabalho havia dois anos ou mais. É o menor número para o período de outubro a dezembro desde 2015 (1,7 milhão), quando a economia brasileira estava em recessão, indicam dados divulgados ontem (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Ao marcar 1,8 milhão, o número de pessoas no chamado desemprego de longa duração teve queda de 17,6% ante o quarto trimestre de 2022 (2,2 milhões). Considerando apenas o período de outubro a dezembro, esse contingente chegou à máxima de 3,6 milhões em 2021, quando a economia amargava os efeitos da pandemia de Covid-19.
Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), cuja série histórica teve início em 2012.
Conteúdos relacionados:
De acordo com o IBGE, o grupo de 1,8 milhão de pessoas no desemprego de longa duração (dois anos ou mais) representava 22,3% do total de 8,1 milhões de desocupados no país nos três últimos meses de 2023. Trata-se do menor percentual para o quarto trimestre desde 2016 (19,7%).
Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE, disse que o resultado pode ser considerado positivo. De acordo com ela, o quadro sinaliza uma capacidade de ocupação mais rápida no mercado de trabalho do que em períodos anteriores.
Dos 8,1 milhões de desempregados no Brasil de outubro a dezembro de 2023, 46,5% (3,8 milhões) estavam em busca de trabalho no período de um mês a menos de um ano. Esse é o grupo mais representativo entre os desocupados.
RENDA DO TRABALHO
A renda média do trabalho bateu recorde em 2023 em duas regiões do Brasil: Centro-Oeste e Norte. O quadro pode refletir o desempenho positivo de atividades econômicas como agropecuária e indústria extrativa. Ambas têm forte presença no Centro-Oeste e no Norte.
Esses setores, embora não sejam grandes empregadores, têm condições de espalhar impactos positivos ao longo da economia, incluindo o mercado de trabalho de outros segmentos, segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE.
Quer ler mais notícias do Brasil? e nosso canal no Whatsapp
“O aquecimento do seu mercado, do desempenho econômico, pode trazer, sim, esse efeito de extravasamento para a economia local, demandando mais trabalhadores nos serviços, no comércio”, disse a pesquisadora, ao ser questionada em entrevista coletiva.
Em 2023, o rendimento médio mensal habitualmente recebido em todos os trabalhos foi estimado em R$ 3.418 no Centro-Oeste. É o maior das cinco grandes regiões. O valor equivale a uma alta de cerca de 8% em relação a 2022 (R$ 3.162). Com isso, também renovou o recorde local na série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. e: dol-br.noticiasalagoanas.com/n/828815.
Comentar