{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/brasil/858727/aprovada-a-extensao-de-cotas-raciais-em-concursos-publicos","headline":"Aprovada a extensão de cotas raciais em concursos públicos","datePublished":"2024-05-08T13:52:47.027-03:00","dateModified":"2024-05-08T13:52:36.63-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Lucas Pordeus León/Agência Brasil","url":"/noticias/brasil/858727/aprovada-a-extensao-de-cotas-raciais-em-concursos-publicos"},"image":"/img/Artigo-Destaque/850000/Cotas-Raciais_00858727_0_.jpg?xid=2857537","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Senado aprova extensão de cotas raciais em concursos públicos por mais 10 anos, aumentando a reserva de vagas de 20% para 30%, incluindo indígenas e quilombolas.","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;A Comiss\\u0026#227;o de Constitui\\u0026#231;\\u0026#227;o e Justi\\u0026#231;a (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (8), por 17 votos favor\\u0026#225;veis contra oito, o turno suplementar do Projeto de Lei 1.958, de 2021, que prorroga por mais 10 anos a pol\\u0026#237;tica de cotas raciais para concursos p\\u0026#250;blicos e processos seletivos para a istra\\u0026#231;\\u0026#227;o p\\u0026#250;blica federal, direta e indireta, incluindo funda\\u0026#231;\\u0026#245;es privadas e autarquias.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Como o projeto tramita em car\\u0026#225;ter terminativo, segue direto para an\\u0026#225;lise da C\\u0026#226;mara dos Deputados, sem precisar da aprova\\u0026#231;\\u0026#227;o do plen\\u0026#225;rio do Senado. 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Aprovada a extensão de cotas raciais em concursos públicos

Senado aprova extensão de cotas raciais em concursos públicos por mais 10 anos, aumentando a reserva de vagas, incluindo indígenas e quilombolas

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Imagem ilustrativa da notícia Aprovada a extensão de cotas raciais em concursos públicos camera Aumento de 20% para 30% nas vagas | iStock

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (8), por 17 votos favoráveis contra oito, o turno suplementar do Projeto de Lei 1.958, de 2021, que prorroga por mais 10 anos a política de cotas raciais para concursos públicos e processos seletivos para a istração pública federal, direta e indireta, incluindo fundações privadas e autarquias.

Como o projeto tramita em caráter terminativo, segue direto para análise da Câmara dos Deputados, sem precisar da aprovação do plenário do Senado. O tema terá que ar pelo plenário apenas se nove senadores apresentarem um recurso contra a matéria em até cinco dias úteis.

CONTEÚDO RELACIONADO:

O projeto aprovado aumenta dos atuais 20% para 30% o total das vagas reservadas para cotas raciais, incluindo ainda os grupos dos indígenas e quilombolas. Atualmente, as cotas raciais para concursos alcançam apenas a população negra, que inclui pretos e pardos. A lei de cotas para concursos, de 2014, vence no dia 9 de junho.

O relator do projeto, senador Humberto Costa (PT-PE), rejeitou as quatro emendas apresentadas pelos senadores Sérgio Moro (União-PR), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Plínio Valério (PSDB-AM) e Rogério Marinho (PL-RN), que se manifestaram contra o projeto.

Para Costa, as emendas prejudicam a política de cotas raciais conforme previsto no projeto de lei. A CCJ ainda rejeitou todos os destaques apresentados pelos senadores contrários à matéria, mantendo o texto do relator Humberto Costa.

Pretos e pardos

  • A única alteração aceita pelo relator foi uma mudança de redação para trocar a palavra “negro” por “preto e pardo” após manifestação do senador Plínio Valério, que defendeu que pardo não seria o mesmo que negro. “E, quando ele for atrás da bolsa e disser que é negro, ele vai ser vítima de discriminação e acusado de fraudador, porque ele não é negro”, argumentou.
  • Humberto Costa explicou que a legislação prevê que negros são todas as pessoas que se declaram pretas ou pardos, conforme definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
  • “As pessoas que estão chateadas com essa possibilidade de serem consideradas negras, são negras”, disse o relator, acrescentando que a discussão se trata de “uma concepção preconceituosa”.
  • “Mas vamos fazer, porque o que interessa hoje é que a gente aprove essa definição”, concluiu, aceitando a mudança de redação.

Oposição

  • Parte dos senadores se opôs à matéria, principalmente sob o argumento de que as cotas deveriam ser apenas sociais, baseadas no nível de renda, e não com base na raça.
  • “Essa discussão de etnia eu acho que ela vai pelo lado errado, porque todos nós somos frutos da miscigenação. A discussão, na minha opinião, tinha que ser socioeconômica”, defendeu o senador Carlos Portinho (PL-RJ).
  • O senador Fabiano Contarato (PT-ES) argumentou, por sua vez, que a população negra sofre preconceitos e discriminações que a população não negra não sofre, o que justificaria a política pública de cotas raciais.
  • “[É cômodo] porque você não é julgado pela sua cor da pele. Porque ninguém atravessa a rua quando um homem branco atravessa a rua, mas seja um homem preto para você ver que, diuturnamente, as pessoas atravessam a rua para sequer cruzar com o homem negro. Essa é a realidade desse país desigual”, afirmou.
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