{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/brasil/859707/brasil-tem-uma-morte-violenta-de-lgtb-a-cada-38-horas","headline":"Brasil tem uma morte violenta de LGTB+ a cada 38 horas","datePublished":"2024-05-15T17:08:25.897-03:00","dateModified":"2024-05-15T17:08:18.563-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Marli Portilho-DOL/ Ag. Brasil","url":"/noticias/brasil/859707/brasil-tem-uma-morte-violenta-de-lgtb-a-cada-38-horas"},"image":"/img/Artigo-Destaque/850000/LGBTS_00859707_0_.jpg?xid=2861401","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Descubra as estatísticas alarmantes e os detalhes do dossiê sobre mortes e violências contra a comunidade LGBTI+ no Brasil em 2023. Leia mais.","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Em 2023, morreram de forma violenta no pa\\u0026#237;s 230 pessoas LGBTI, mostra dossi\\u0026#234; publicado nesta semana pelo \\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://observatoriomorteseviolenciaslgbtibrasil.org/dossie/mortes-lgbt-2023/#dossi%C3%AA-completo-de-mortes-e-viol%C3%AAncias-contra-lgbti+-no-Brasil-em-2023\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Observat\\u0026#243;rio de Mortes e Viol\\u0026#234;ncias LGBTI+ no Brasil\\u0026lt;/a\\u0026gt;. O n\\u0026#250;mero equivale a uma morte a cada 38 horas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Dessas mortes, 184 foram assassinatos, 18 suic\\u0026#237;dios e 28 por outras causas, segundo o levantamento sobre a viol\\u0026#234;ncia e a viola\\u0026#231;\\u0026#227;o de direitos LGBTI+.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A sigla diz respeito a pessoas l\\u0026#233;sbicas, gays, bissexuais, travestis, mulheres e homens trans, pessoas transmasculinas, n\\u0026#227;o bin\\u0026#225;rias e demais dissid\\u0026#234;ncias sexuais e de g\\u0026#234;nero.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;Conte\\u0026#250;dos relacionados:\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;ul\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/queer/845971/lgbts-tem-dificuldades-nos-servicos-de-saude-e-educacao?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;LGBTs tem dificuldades nos servi\\u0026#231;os de sa\\u0026#250;de e educa\\u0026#231;\\u0026#227;o\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/brasil/854630/comite-ira-monitorar-politicas-contra-violencia-a-lgbtqia?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Comit\\u0026#234; ir\\u0026#225; monitorar pol\\u0026#237;ticas contra viol\\u0026#234;ncia a LGBTQIA+\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/queer/819868/ceara-e-o-estado-que-mais-mata-pessoas-lgbts-no-brasil?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Cear\\u0026#225; \\u0026#233; o estado que mais mata pessoas LGBTs no Brasil\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;/ul\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Entre os mortos, 142, a maioria, \\u0026#233; composta por pessoas transsexuais, em especial as mulheres trans e travestis. Foram mortos ainda 59 gays. Do total de v\\u0026#237;timas, 80 eram pretas ou pardas, 70 brancas e uma, ind\\u0026#237;gena.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O dossi\\u0026#234; mostra ainda que, das v\\u0026#237;timas, 120 tinham entre 20 e 39 anos de idade. Das mortes, a maioria foi por arma de fogo (70) e em per\\u0026#237;odo noturno (69). Dos suic\\u0026#237;dios, 11 foram de pessoas trans. O maior n\\u0026#250;mero de v\\u0026#237;timas foi registrado em S\\u0026#227;o Paulo (27), seguido por Cear\\u0026#225; e Rio de Janeiro (24 mortes cada).\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ao considerar o n\\u0026#250;mero de v\\u0026#237;timas por milh\\u0026#227;o de habitantes, o ranking da viol\\u0026#234;ncia LGBTIf\\u0026#243;bica \\u0026#233; liderado por Mato Grosso do Sul, com 3,26 mortes por milh\\u0026#227;o; Cear\\u0026#225; (2,73 mortes por milh\\u0026#227;o), Alagoas (2,56 mortes por milh\\u0026#227;o), Rond\\u0026#244;nia (2,53 mortes por milh\\u0026#227;o) e Amazonas (2,28 mortes por milh\\u0026#227;o). Foram contabilizadas mortes em todos os estados.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O observat\\u0026#243;rio desenvolveu uma metodologia pr\\u0026#243;pria ao longo dos anos, com a coleta de informa\\u0026#231;\\u0026#245;es tamb\\u0026#233;m em ve\\u0026#237;culos de comunica\\u0026#231;\\u0026#227;o e redes sociais, levando em considera\\u0026#231;\\u0026#227;o a prov\\u0026#225;vel subnotifica\\u0026#231;\\u0026#227;o dos casos \\u0026#224;s autoridades e a aus\\u0026#234;ncia de dados oficiais com esse recorte espec\\u0026#237;fico.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Como dependemos do reconhecimento da identidade de g\\u0026#234;nero e da orienta\\u0026#231;\\u0026#227;o sexual das v\\u0026#237;timas por parte dos ve\\u0026#237;culos de comunica\\u0026#231;\\u0026#227;o que reportam as mortes, \\u0026#233; poss\\u0026#237;vel que muitos casos de viol\\u0026#234;ncias praticadas contra pessoas LGBTI+ sejam omitidos”, explica o observat\\u0026#243;rio, em nota.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A organiza\\u0026#231;\\u0026#227;o aponta ainda que muitas cidades n\\u0026#227;o t\\u0026#234;m ve\\u0026#237;culos de comunica\\u0026#231;\\u0026#227;o locais que reportem casos ocorridos, por exemplo, no interior do Brasil.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Quer ler mais not\\u0026#237;cias do Brasil?\\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9IlAw2v1J02cbfQ31H\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt; e nosso canal no Whatsapp\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A pesquisa de 2023 identificou diversos tipos de viol\\u0026#234;ncia contra pessoas LGBT, como esfaqueamento, apedrejamento, asfixia, esquartejamento, negativas de fornecimento de servi\\u0026#231;os e tentativas de homic\\u0026#237;dio. As viol\\u0026#234;ncias, destaca o dossi\\u0026#234;, ocorreram em diferentes ambientes, como o dom\\u0026#233;stico, as vias p\\u0026#250;blicas, c\\u0026#225;rcere, local de trabalho, entre outros.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;As circunst\\u0026#226;ncias das mortes s\\u0026#227;o verificadas por meio do cruzamento de informa\\u0026#231;\\u0026#245;es com registros oficiais dos crimes junto \\u0026#224;s secretarias de Seguran\\u0026#231;a P\\u0026#250;blica dos estados, por meio de mecanismos como a Lei de o \\u0026#224; Informa\\u0026#231;\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ainda que n\\u0026#227;o haja qualquer lei contra a homossexualidade no Brasil e que essa comunidade tenha conseguido avan\\u0026#231;os na Justi\\u0026#231;a, como a criminaliza\\u0026#231;\\u0026#227;o da homofobia pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2019, o Brasil continua a ser o pa\\u0026#237;s com mais mortes violentas de LGBTI+ no mundo, destaca o observat\\u0026#243;rio.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A vers\\u0026#227;o completa do Dossi\\u0026#234; de LGBTIfobia Letal pode ser encontrada no portal do \\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://observatoriomorteseviolenciaslgbtibrasil.org/dossie/mortes-lgbt-2023/#dossi%C3%AA-completo-de-mortes-e-viol%C3%AAncias-contra-lgbti+-no-Brasil-em-2023\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Observat\\u0026#243;rio de Mortes e Viol\\u0026#234;ncias LGBTI+ no Brasil\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/span\\u0026gt;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"mortes violentas LGBTI Brasil,dossiê violência LGBTI+,direitos LGBTI violação,observatório mortes LGBTI+,violência contra transsexuais,políticas contra LGBTIfobia"}
plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 33°
cotação atual R$


home
230 MORTES EM 2023

Brasil tem uma morte violenta de LGTB+ a cada 38 horas

Número representa uma morte a cada 38 horas. Maioria das vítimas são trans e negras.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Brasil tem uma morte violenta de LGTB+ a cada 38 horas camera Entre os mortos, 142, a maioria, é composta por pessoas transsexuais | Fernando Frazão/Agência Brasil

Em 2023, morreram de forma violenta no país 230 pessoas LGBTI, mostra dossiê publicado nesta semana pelo Observatório de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil. O número equivale a uma morte a cada 38 horas.

Dessas mortes, 184 foram assassinatos, 18 suicídios e 28 por outras causas, segundo o levantamento sobre a violência e a violação de direitos LGBTI+.

A sigla diz respeito a pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, mulheres e homens trans, pessoas transmasculinas, não binárias e demais dissidências sexuais e de gênero.

Conteúdos relacionados:

Entre os mortos, 142, a maioria, é composta por pessoas transsexuais, em especial as mulheres trans e travestis. Foram mortos ainda 59 gays. Do total de vítimas, 80 eram pretas ou pardas, 70 brancas e uma, indígena.

O dossiê mostra ainda que, das vítimas, 120 tinham entre 20 e 39 anos de idade. Das mortes, a maioria foi por arma de fogo (70) e em período noturno (69). Dos suicídios, 11 foram de pessoas trans. O maior número de vítimas foi registrado em São Paulo (27), seguido por Ceará e Rio de Janeiro (24 mortes cada).

Ao considerar o número de vítimas por milhão de habitantes, o ranking da violência LGBTIfóbica é liderado por Mato Grosso do Sul, com 3,26 mortes por milhão; Ceará (2,73 mortes por milhão), Alagoas (2,56 mortes por milhão), Rondônia (2,53 mortes por milhão) e Amazonas (2,28 mortes por milhão). Foram contabilizadas mortes em todos os estados.

O observatório desenvolveu uma metodologia própria ao longo dos anos, com a coleta de informações também em veículos de comunicação e redes sociais, levando em consideração a provável subnotificação dos casos às autoridades e a ausência de dados oficiais com esse recorte específico.

“Como dependemos do reconhecimento da identidade de gênero e da orientação sexual das vítimas por parte dos veículos de comunicação que reportam as mortes, é possível que muitos casos de violências praticadas contra pessoas LGBTI+ sejam omitidos”, explica o observatório, em nota.

A organização aponta ainda que muitas cidades não têm veículos de comunicação locais que reportem casos ocorridos, por exemplo, no interior do Brasil.

Quer ler mais notícias do Brasil? e nosso canal no Whatsapp

A pesquisa de 2023 identificou diversos tipos de violência contra pessoas LGBT, como esfaqueamento, apedrejamento, asfixia, esquartejamento, negativas de fornecimento de serviços e tentativas de homicídio. As violências, destaca o dossiê, ocorreram em diferentes ambientes, como o doméstico, as vias públicas, cárcere, local de trabalho, entre outros.

As circunstâncias das mortes são verificadas por meio do cruzamento de informações com registros oficiais dos crimes junto às secretarias de Segurança Pública dos estados, por meio de mecanismos como a Lei de o à Informação.

Ainda que não haja qualquer lei contra a homossexualidade no Brasil e que essa comunidade tenha conseguido avanços na Justiça, como a criminalização da homofobia pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2019, o Brasil continua a ser o país com mais mortes violentas de LGBTI+ no mundo, destaca o observatório.

A versão completa do Dossiê de LGBTIfobia Letal pode ser encontrada no portal do Observatório de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. e: dol-br.noticiasalagoanas.com/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Notícias Brasil

    Leia mais notícias de Notícias Brasil. Clique aqui!

    Últimas Notícias