
Chegou o fim das férias de julho. Para aproveitar as próximas viagens, é possível se planejar com antecedência, com tempo e finanças controladas. Segundo especialistas, é possível se organizar financeiramente para o próximo ano, além de outros recessos e feriados.
O educador financeiro Alexandre Damasceno explica que a melhor forma de gastar menos é iniciar o planejamento do roteiro e reservas entre 4 a 10 meses antes do período de viagem. “Depois disso, os valores já estarão razoavelmente mais altos e as disponibilidades de serviços mais escassas. Mas isso não significa que tudo esteja perdido. Se os seus planos estiverem alinhados com o seu bolso, tudo certo”, afirma.
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Um erro comum entre os viajantes é não se atentar à época e ao destino escolhido. No mês de dezembro e janeiro, por exemplo, as viagens costumam ficar mais caras. “Se a pessoa planejar uma viagem para o Sudeste no final do ano, vai pagar cerca de 30% a mais do que pagaria se viajasse em setembro. Digamos que, fora de época, uma viagem para o Rio de Janeiro custa, em média, 800 reais, mas se estivermos falando de ir para lá no Carnaval, você pode chegar a pagar o triplo desse valor”, esclarece.
Na hora de verificar os preços, tudo deve ser levado em consideração: desde as agens e hospedagens até transportes, atividades turísticas e refeições. Em razão da alta demanda, é aconselhável fazer reservas antecipadas para garantir a disponibilidade de voos, hotéis e atividades. Deixar para a última hora pode resultar em preços mais elevados ou dificuldades para encontrar acomodações. “Calcular e planejar a quantia necessária para uma viagem depende de diversos fatores, como o destino, a duração da estadia, o estilo de viagem, entre outros”, destaca.
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O especialista explica que, no cálculo, deve-se levar em consideração o tempo entre a decisão e a data esperada do embarque. Para acumular mais recursos, uma alternativa é separar uma porcentagem do orçamento mensal para guardar até a hora da viagem. Quanto mais tempo de planejamento, menor o aporte necessário a cada mês.
Comprar agens aéreas e reservar hospedagens com antecedência é sim uma dica de ouro. Isso acontece por uma característica do modelo de negócio desses dois setores, especialmente das empresas de aviação. “As companhias trabalham planejando custos como as aeronaves, o combustível, os colaboradores. Então, quanto antes eles vendem agens, mais eles têm a previsão sobre aquele voo. Então, quem compra um pouco antes acaba pagando mais barato como um benefício por estar ajudando, digamos assim, a companhia aérea”, explica.
Outra ferramenta aliada do viajante são as milhas, os pontos acumulados nos programas de cartões de crédito. Além de ser um meio para a compra das agens, muitas vezes se apresenta de forma ainda mais vantajosa para a contratação de outros serviços envolvidos na viagem. “É válido comparar quanto se cobra com milhas versus o preço em dinheiro da agem, para ver quanto os pontos do seu cartão estão pagando por real. Isso porque os programas de milha hoje não são mais s às agens aéreas, uma das opções para usar os pontos pode ser a hospedagem, por exemplo”, diz o educador.
EXTERIOR
Quando se trata de viagem internacional, um ponto de atenção é a compra de divisa estrangeira. E como o movimento da variação das cotações é difícil de prever, a recomendação é adquirir a moeda aos poucos, para garantir um bom preço médio no câmbio e evitar impactos significativos de oscilações diárias.
O Alexandre Damasceno lembra ainda que nem sempre necessariamente vai ser vantajoso viajar com reservas em dólar e euro. “Se vai para o Chile, vai pagar caro no dólar e a troca não vai ser vantajosa. É melhor procurar uma boa casa de câmbio e comprar o peso chileno, porque, embora pague caro, a dívida vai ser de uma só vez”, conta.
E cita outros exemplos. “Austrália e Nova Zelândia são países com moedas estáveis e que se você for para lá com dólar não vai ser amplamente aceito. Na Europa, por exemplo, também não é em todo lugar que o euro vai funcionar”, completa.
Outra dica é diversificar os meios de pagamentos. Para os pequenos gastos e imprevistos, a pessoa pode levar um pouco da moeda do destino em espécie, usando táxis, metrôs e alimentação rápida. Já a outra parte do valor pode estar em um cartão pré-pago internacional.
À VISTA
A forma de pagamento deve ser avaliada conforme preferência: à vista quando há a oferta de um desconto. Idealmente, igual ou maior a 10% do total da compra. Mas, seja como for, o importante é quitar o pagamento antes do embarque. Diferente de quando se compra um produto, a viagem traz consigo na ‘hora H’ mais e novos custos, de transporte a alimentação e compras. Portanto, é preciso estar ciente: se você parcelar para depois da sua volta, isso tudo vai se somar para você pagar ao mesmo tempo.
“Se você vai para uma viagem e parcela tudo, naturalmente você vai ter que esperar terminar de pagar essa para começar a planejar a próxima. Além disso, muita coisa pode acontecer no caminho. Você viaja, parcela por um longo período e, de repente, perde o emprego. A viagem vai virar um pesadelo”, finaliza o educador financeiro.

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