{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/elas/655782/cigarro-eletronico-faz-aumentar-dependencia-de-nicotina","headline":"Cigarro eletrônico faz aumentar dependência de nicotina","datePublished":"2021-05-31T15:59:58.617-03:00","dateModified":"2021-05-31T15:59:53-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Agência Brasil","url":"/noticias/elas/655782/cigarro-eletronico-faz-aumentar-dependencia-de-nicotina"},"image":"/img/Artigo-Destaque/650000/WhatsApp-Image-2021-05-31-at-155754_00655782_0_.jpg?xid=1534552","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Alerta marca Dia Mundial sem Tabaco, comemorado hoje","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Estudo feito por pesquisadores da Coordena\\u0026#231;\\u0026#227;o de Preven\\u0026#231;\\u0026#227;o e Vigil\\u0026#226;ncia do Instituto Nacional de C\\u0026#226;ncer Jos\\u0026#233; Alencar Gomes da Silva (Inca) aponta para os riscos \\u0026#224; sa\\u0026#250;de pelo uso de cigarros eletr\\u0026#244;nicos. O artigo foi aceito para publica\\u0026#231;\\u0026#227;o na revista Ci\\u0026#234;ncia \\u0026amp;amp; Sa\\u0026#250;de Coletiva, da Associa\\u0026#231;\\u0026#227;o Brasileira de Sa\\u0026#250;de Coletiva e divulgado hoje (31), quando se comemora o Dia Mundial sem Tabaco.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Os pesquisadores analisaram 22 estudos de diferentes pa\\u0026#237;ses sobre o tema, totalizando 97.659 participantes. Sobre o uso do cigarro convencional, nos \\u0026#250;ltimos 30 dias foram analisados nove estudos com 33.741 indiv\\u0026#237;duos. Todas as pesquisas foram publicadas entre 2016 e 2020, informou o Inca, por meio de sua assessoria de imprensa.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A coordenadora de Preven\\u0026#231;\\u0026#227;o e Vigil\\u0026#226;ncia do Inca, m\\u0026#233;dica epidemiologista Liz Almeida, disse \\u0026#224; Ag\\u0026#234;ncia Brasil que em um primeiro momento os cigarros eletr\\u0026#244;nicos foram criados para ajudar os fumantes a deixar de fumar. “Que eles seriam menos t\\u0026#243;xicos que o cigarro comum, teriam menos riscos. Com o tempo, a gente foi vendo que ele n\\u0026#227;o era t\\u0026#227;o bonzinho assim. Tem riscos porque tem subst\\u0026#226;ncias que tamb\\u0026#233;m s\\u0026#227;o cancer\\u0026#237;genas.”\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Liz Almeida ressaltou que os cigarros eletr\\u0026#244;nicos foram pensados como substitutos dos cigarros comuns para aquelas pessoas que n\\u0026#227;o conseguem parar de fumar de jeito nenhum. Essa foi a ideia inicial.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“S\\u0026#243; que com o ar do tempo n\\u0026#227;o foi isso que se viu. A ind\\u0026#250;stria ou a investir de forma muito tensa em fazer novos usu\\u0026#225;rios. A maior ades\\u0026#227;o que esse produto teve em todo o mundo foram os jovens que nunca tinham fumado. Nos Estados Unidos isso foi uma epidemia”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Depend\\u0026#234;ncia\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O problema \\u0026#233; que o cigarro eletr\\u0026#244;nico cont\\u0026#233;m nicotina, que \\u0026#233; uma subst\\u0026#226;ncia que desenvolve depend\\u0026#234;ncia. “Uma vez que voc\\u0026#234; a a ficar dependente da nicotina, voc\\u0026#234; pega qualquer produto do tabaco que estiver ao seu alcance”, disse a m\\u0026#233;dica do Inca.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Muitas pessoas que nunca haviam fumado antes come\\u0026#231;aram a fumar cigarro eletr\\u0026#244;nico e, de repente, aram a experimentar e usar o cigarro comum. Segundo Liz, muita gente ou a usar o cigarro eletr\\u0026#244;nico em ambiente fechado e o cigarro tradicional em ambiente externo. Para a m\\u0026#233;dica, isso ocorreu porque muitos desses aparelhos t\\u0026#234;m um formato super discreto, como o de um pendrive e outros t\\u0026#234;m formatos de material escolar, o que n\\u0026#227;o era percebido pelos pais.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A ideia inicial de ajudar fumantes a parar de fumar\\u0026amp;nbsp; com o uso de produto que oferecesse menor risco foi ficando para segundo plano. Ent\\u0026#227;o, o que ganhou volume foi o cigarro eletr\\u0026#244;nico, mais consumido na faixa et\\u0026#225;ria menor, de maior poder aquisitivo e do sexo masculino. Depois, as meninas tamb\\u0026#233;m come\\u0026#231;aram a utilizar, disse a m\\u0026#233;dica.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A revis\\u0026#227;o sistem\\u0026#225;tica feita pelo Inca, no final do processo, mostrou que o uso de cigarro eletr\\u0026#244;nico aumenta em tr\\u0026#234;s vezes e meia mais o risco de experimenta\\u0026#231;\\u0026#227;o de cigarro convencional e mais de quatro vezes o risco de uso do cigarro.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Nossos resultados mostram que o cigarro eletr\\u0026#244;nico aumenta a chance de inicia\\u0026#231;\\u0026#227;o do uso do cigarro convencional entre aqueles que nunca fumaram, contribuindo para a desacelera\\u0026#231;\\u0026#227;o da queda no n\\u0026#250;mero de fumantes no Brasil”. Todos os estudos foram un\\u0026#226;nimes em mostrar essa associa\\u0026#231;\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Alerta\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Para n\\u0026#243;s, isso \\u0026#233; um tremendo alerta, pois o desastre que aconteceu nos Estados Unidos: um bando de meninos que nunca botaram cigarro na boca come\\u0026#231;ando a usar porque \\u0026#233; descolado, carrega com USB, tem sabor, ou seja, tem tudo para fazer o indiv\\u0026#237;duo ar a ser dependente da nicotina. O Brasil conseguiu um feito fant\\u0026#225;stico que foi derrubar a incid\\u0026#234;ncia de casos de c\\u0026#226;ncer no pa\\u0026#237;s, gra\\u0026#231;as ao trabalho herc\\u0026#250;leo para diminuir o n\\u0026#250;mero de fumantes no pa\\u0026#237;s”, afirmou a m\\u0026#233;dica.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Para a m\\u0026#233;dica, tratar uma depend\\u0026#234;ncia severa \\u0026#233; dif\\u0026#237;cil e o custo disso para o pa\\u0026#237;s tamb\\u0026#233;m \\u0026#233; alto.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“O que esse conjunto de estudos revelou foi que os meninos que come\\u0026#231;aram a usar cigarros eletr\\u0026#244;nicos tiveram uma maior experimenta\\u0026#231;\\u0026#227;o do cigarro comum em tr\\u0026#234;s vezes e meia e mais de quatro vezes aram a uso regular. Esse alerta \\u0026#233; que o Inca est\\u0026#225; fazendo, no sentido de n\\u0026#227;o aumentar o n\\u0026#250;mero de fumantes no Brasil”, disse a coordenadora de Preven\\u0026#231;\\u0026#227;o e Vigil\\u0026#226;ncia do Inca.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Segundo a m\\u0026#233;dica, o tabaco provoca c\\u0026#226;ncer de pulm\\u0026#227;o de 16 tipos, que est\\u0026#227;o associados a infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e doen\\u0026#231;a coronariana grave. “S\\u0026#227;o muitas doen\\u0026#231;as para a gente se arriscar. A proposta deles \\u0026#233; vender na pra\\u0026#231;a”, afirmou a epidemiologista, referindo-se \\u0026#224; ind\\u0026#250;stria do tabaco.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Segundo Liz Almeida, existe uma press\\u0026#227;o imensa hoje da ind\\u0026#250;stria do tabaco para libera\\u0026#231;\\u0026#227;o da comercializa\\u0026#231;\\u0026#227;o do cigarro eletr\\u0026#244;nico, principalmente em ambientes fechados. O estudo do Inca mostra o risco da inicia\\u0026#231;\\u0026#227;o do fumo comum a partir do cigarro eletr\\u0026#244;nico.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Coronav\\u0026#237;rus\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A m\\u0026#233;dica epidemiologista lembrou que, devido \\u0026#224; pandemia do novo coronav\\u0026#237;rus, em fun\\u0026#231;\\u0026#227;o do estresse do isolamento social, as pessoas aram a fumar mais em casa e a beber mais, a n\\u0026#227;o fazer atividade f\\u0026#237;sica, aumentando em muito os fatores de risco para doen\\u0026#231;as cr\\u0026#244;nicas. Outro alerta do Inca \\u0026#233; no sentido de as pessoas fazerem um esfor\\u0026#231;o concentrado para pararem de fumar, porque est\\u0026#227;o fumando em casa e expondo a fam\\u0026#237;lia aos riscos da fuma\\u0026#231;a.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;De acordo com ela, existe tratamento na rede do Sistema \\u0026#218;nico de Sa\\u0026#250;de (SUS) e muita gente pode deixar de fumar seguindo dicas do Inca. O instituto fez oito mini v\\u0026#237;deos baseados na hist\\u0026#243;ria de pessoas fumantes que est\\u0026#227;o em tratamento e que podem ser vistos na p\\u0026#225;gina do Inca na internet.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Para os n\\u0026#227;o fumantes, o risco tamb\\u0026#233;m \\u0026#233; bem grande. Em crian\\u0026#231;a, h\\u0026#225; morte s\\u0026#250;bita. Outra coisa s\\u0026#227;o doen\\u0026#231;as respirat\\u0026#243;rias em crian\\u0026#231;as tamb\\u0026#233;m, por conta do tabagismo dentro de casa. E, nos adultos, h\\u0026#225; maior risco dos n\\u0026#227;o fumantes desenvolverem c\\u0026#226;ncer de pulm\\u0026#227;o, terem acidente vascular cerebral (AVC) e doen\\u0026#231;a coronariana (infarto).\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Campanha\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Em celebra\\u0026#231;\\u0026#227;o ao Dia Mundial sem Tabaco, a campanha do Inca tem como tema este ano “Comprometa-se a parar de fumar”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O c\\u0026#226;ncer de pulm\\u0026#227;o tem como principais fatores de risco o tabagismo ativo e ivo. No Brasil, estimam-se 17.760 novos casos de c\\u0026#226;ncer pulmonar em homens e 12.440 em mulheres, para este ano. Em compara\\u0026#231;\\u0026#227;o aos n\\u0026#227;o fumantes, \\u0026#233; estimado um risco 23 vezes maior de desenvolver c\\u0026#226;ncer de pulm\\u0026#227;o para homens fumantes e 13 vezes mais em mulheres.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O Dia Mundial sem Tabaco foi criado em 1987 pela Organiza\\u0026#231;\\u0026#227;o Mundial da Sa\\u0026#250;de (OMS), com objetivo de abordar as doen\\u0026#231;as e mortes evit\\u0026#225;veis relacionadas ao tabagismo. No Brasil, o Inca \\u0026#233; o Centro Colaborador da OMS para controle do tabaco e o \\u0026#243;rg\\u0026#227;o respons\\u0026#225;vel pela divulga\\u0026#231;\\u0026#227;o e comemora\\u0026#231;\\u0026#227;o da data.\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"Dia Mundial sem Tabaco, Cigarro eletrônico aumenta dependência de nicotina, Dependência de nicotina, Como parar de fumar?"}
plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 25°
cotação atual R$


home
ALERTA

Cigarro eletrônico faz aumentar dependência de nicotina

Alerta marca Dia Mundial sem Tabaco, comemorado hoje

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Cigarro eletrônico faz aumentar dependência de nicotina camera Reprodução/Ministério da Saúde

Estudo feito por pesquisadores da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) aponta para os riscos à saúde pelo uso de cigarros eletrônicos. O artigo foi aceito para publicação na revista Ciência & Saúde Coletiva, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva e divulgado hoje (31), quando se comemora o Dia Mundial sem Tabaco.

Os pesquisadores analisaram 22 estudos de diferentes países sobre o tema, totalizando 97.659 participantes. Sobre o uso do cigarro convencional, nos últimos 30 dias foram analisados nove estudos com 33.741 indivíduos. Todas as pesquisas foram publicadas entre 2016 e 2020, informou o Inca, por meio de sua assessoria de imprensa.

A coordenadora de Prevenção e Vigilância do Inca, médica epidemiologista Liz Almeida, disse à Agência Brasil que em um primeiro momento os cigarros eletrônicos foram criados para ajudar os fumantes a deixar de fumar. “Que eles seriam menos tóxicos que o cigarro comum, teriam menos riscos. Com o tempo, a gente foi vendo que ele não era tão bonzinho assim. Tem riscos porque tem substâncias que também são cancerígenas.”

Liz Almeida ressaltou que os cigarros eletrônicos foram pensados como substitutos dos cigarros comuns para aquelas pessoas que não conseguem parar de fumar de jeito nenhum. Essa foi a ideia inicial.

“Só que com o ar do tempo não foi isso que se viu. A indústria ou a investir de forma muito tensa em fazer novos usuários. A maior adesão que esse produto teve em todo o mundo foram os jovens que nunca tinham fumado. Nos Estados Unidos isso foi uma epidemia”.

Dependência

O problema é que o cigarro eletrônico contém nicotina, que é uma substância que desenvolve dependência. “Uma vez que você a a ficar dependente da nicotina, você pega qualquer produto do tabaco que estiver ao seu alcance”, disse a médica do Inca.

Muitas pessoas que nunca haviam fumado antes começaram a fumar cigarro eletrônico e, de repente, aram a experimentar e usar o cigarro comum. Segundo Liz, muita gente ou a usar o cigarro eletrônico em ambiente fechado e o cigarro tradicional em ambiente externo. Para a médica, isso ocorreu porque muitos desses aparelhos têm um formato super discreto, como o de um pendrive e outros têm formatos de material escolar, o que não era percebido pelos pais.

A ideia inicial de ajudar fumantes a parar de fumar com o uso de produto que oferecesse menor risco foi ficando para segundo plano. Então, o que ganhou volume foi o cigarro eletrônico, mais consumido na faixa etária menor, de maior poder aquisitivo e do sexo masculino. Depois, as meninas também começaram a utilizar, disse a médica.

A revisão sistemática feita pelo Inca, no final do processo, mostrou que o uso de cigarro eletrônico aumenta em três vezes e meia mais o risco de experimentação de cigarro convencional e mais de quatro vezes o risco de uso do cigarro.

“Nossos resultados mostram que o cigarro eletrônico aumenta a chance de iniciação do uso do cigarro convencional entre aqueles que nunca fumaram, contribuindo para a desaceleração da queda no número de fumantes no Brasil”. Todos os estudos foram unânimes em mostrar essa associação.

Alerta

“Para nós, isso é um tremendo alerta, pois o desastre que aconteceu nos Estados Unidos: um bando de meninos que nunca botaram cigarro na boca começando a usar porque é descolado, carrega com USB, tem sabor, ou seja, tem tudo para fazer o indivíduo ar a ser dependente da nicotina. O Brasil conseguiu um feito fantástico que foi derrubar a incidência de casos de câncer no país, graças ao trabalho hercúleo para diminuir o número de fumantes no país”, afirmou a médica.

Para a médica, tratar uma dependência severa é difícil e o custo disso para o país também é alto.

“O que esse conjunto de estudos revelou foi que os meninos que começaram a usar cigarros eletrônicos tiveram uma maior experimentação do cigarro comum em três vezes e meia e mais de quatro vezes aram a uso regular. Esse alerta é que o Inca está fazendo, no sentido de não aumentar o número de fumantes no Brasil”, disse a coordenadora de Prevenção e Vigilância do Inca.

Segundo a médica, o tabaco provoca câncer de pulmão de 16 tipos, que estão associados a infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e doença coronariana grave. “São muitas doenças para a gente se arriscar. A proposta deles é vender na praça”, afirmou a epidemiologista, referindo-se à indústria do tabaco.

Segundo Liz Almeida, existe uma pressão imensa hoje da indústria do tabaco para liberação da comercialização do cigarro eletrônico, principalmente em ambientes fechados. O estudo do Inca mostra o risco da iniciação do fumo comum a partir do cigarro eletrônico.

Coronavírus

A médica epidemiologista lembrou que, devido à pandemia do novo coronavírus, em função do estresse do isolamento social, as pessoas aram a fumar mais em casa e a beber mais, a não fazer atividade física, aumentando em muito os fatores de risco para doenças crônicas. Outro alerta do Inca é no sentido de as pessoas fazerem um esforço concentrado para pararem de fumar, porque estão fumando em casa e expondo a família aos riscos da fumaça.

De acordo com ela, existe tratamento na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e muita gente pode deixar de fumar seguindo dicas do Inca. O instituto fez oito mini vídeos baseados na história de pessoas fumantes que estão em tratamento e que podem ser vistos na página do Inca na internet.

Para os não fumantes, o risco também é bem grande. Em criança, há morte súbita. Outra coisa são doenças respiratórias em crianças também, por conta do tabagismo dentro de casa. E, nos adultos, há maior risco dos não fumantes desenvolverem câncer de pulmão, terem acidente vascular cerebral (AVC) e doença coronariana (infarto).

Campanha

Em celebração ao Dia Mundial sem Tabaco, a campanha do Inca tem como tema este ano “Comprometa-se a parar de fumar”.

O câncer de pulmão tem como principais fatores de risco o tabagismo ativo e ivo. No Brasil, estimam-se 17.760 novos casos de câncer pulmonar em homens e 12.440 em mulheres, para este ano. Em comparação aos não fumantes, é estimado um risco 23 vezes maior de desenvolver câncer de pulmão para homens fumantes e 13 vezes mais em mulheres.

O Dia Mundial sem Tabaco foi criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com objetivo de abordar as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. No Brasil, o Inca é o Centro Colaborador da OMS para controle do tabaco e o órgão responsável pela divulgação e comemoração da data.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. e: dol-br.noticiasalagoanas.com/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Elas

    Leia mais notícias de Elas. Clique aqui!

    Últimas Notícias