{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/mundo-noticias/710923/maconha-e-discutida-na-sede-da-onu-pela-primeira-vez","headline":"Maconha\r\né discutida na sede da ONU pela primeira vez","datePublished":"2022-05-05T20:24:41.51-03:00","dateModified":"2022-05-05T20:23:45-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Valéria França/Folhapress","url":"/noticias/mundo-noticias/710923/maconha-e-discutida-na-sede-da-onu-pela-primeira-vez"},"image":"/img/Artigo-Destaque/710000/rovenaroda_00710923_0_.jpg?xid=1778832","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Pouco mais de um ano após legalizar o uso recreativo da maconha para os cidadãos maiores de 21 anos, Nova York recebeu nesta quinta-feira (5) o primeiro evento de cânabis organizado na ONU.","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Pouco mais\\r\\nde um ano ap\\u0026#243;s legalizar o uso recreativo da maconha para os cidad\\u0026#227;os maiores\\r\\nde 21 anos, Nova York recebeu nesta quinta-feira (5) o primeiro evento de\\r\\nc\\u0026#226;nabis organizado na ONU.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O encontro \\u0026#233;\\r\\numa consequ\\u0026#234;ncia do impacto da planta na sociedade, especialmente durante a\\r\\npandemia, quando todos os dispens\\u0026#225;rios m\\u0026#233;dicos da subst\\u0026#226;ncia nos EUA foram\\r\\nclassificados como \\u0026quot;servi\\u0026#231;o essencial\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;S\\u0026#243; no ano\\r\\nado, a venda do setor no pa\\u0026#237;s aumentou 43% na compara\\u0026#231;\\u0026#227;o com 2020.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Batizado de\\r\\nRegenerative Cannabis Live, o f\\u0026#243;rum foi organizado pelo americano Patrick\\r\\nMcCartan, CEO da Regennabis Ventures, fundo que investe no setor.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Entre outros\\r\\ntemas, a governan\\u0026#231;a ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em ingl\\u0026#234;s)\\r\\nestava entre os assuntos debatidos pelos 32 palestrantes do evento. 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Maconha é discutida na sede da ONU pela primeira vez

O encontro é uma consequência do impacto da planta na sociedade. Para organizadores, indústria da cannabis é "pulsante"

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Imagem ilustrativa da notícia Maconha
é discutida na sede da ONU pela primeira vez camera Ato em favor da legalização da maconha lota o vão-livre do Masp, em São Paulo | Rovena Rosa/ABr

Pouco mais de um ano após legalizar o uso recreativo da maconha para os cidadãos maiores de 21 anos, Nova York recebeu nesta quinta-feira (5) o primeiro evento de cânabis organizado na ONU.

O encontro é uma consequência do impacto da planta na sociedade, especialmente durante a pandemia, quando todos os dispensários médicos da substância nos EUA foram classificados como "serviço essencial".

Só no ano ado, a venda do setor no país aumentou 43% na comparação com 2020.

Batizado de Regenerative Cannabis Live, o fórum foi organizado pelo americano Patrick McCartan, CEO da Regennabis Ventures, fundo que investe no setor.

Entre outros temas, a governança ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em inglês) estava entre os assuntos debatidos pelos 32 palestrantes do evento. Na plateia, o terno e a gravata típicos de eventos executivvos foram deixados de lado e substituídos por roupas menos sisudas.

Uma das pessoas mais importantes do setor, Steve DeAngelo compareceu ao encontro usando suas tranças tradicionais e com seu chapéu característico. "Esse é um grande o para o setor da Cannabis, o reconhecimento da importância do segmento", disse ele, que é o fundador da Harboside Help Center, o primeiro dispensário aberto nos EUA. A empresa hoje é o maior centro medicinal da substância no país, com ações negociadas na Bolsa.

O evento atraiu os maiores nomes do mercado, com representantes de Índia, Canadá, Malta, Panamá, Argentina, Paraguai, Qatar e até do Brasil.

"Esse é o sinal do quanto a indústria da Cannabis é pulsante", disse Alex Lucena, diretor de inovação da The Green Hub, aceleradora de startups do setor.

"O Brasil é dono de um grande potencial. Temos terras e clima para plantar o cânhamo, além de tecnologia", afirmou ele. Além do óleo medicinal, extraído da flor, o restante da planta pode ser usado para a produção de tecidos e de outros materiais.

"Somos o único país desse encontro sem regulação, apesar de já existir uma indústria nacional de Cannabis", disse Patrícia Villela, palestrante do evento e presidente da Humanitas360, empresa sem fins lucrativos que desenvolve um trabalho social com a população carcerária.

Nos últimos dois anos, a Anvisa (Associação Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a comercialização de ao menos 12 óleos à base de cânabis.

Em seu discurso, Patrícia lembrou que o país já foi protagonista neste setor. Há 40 anos, os cientistas Elisaldo Carlini e Raphael Mechoulam, de Israel, descobriram o potencial da Cannabis no tratamento de epilepsia –o CBD (canabidiol, substância não psicoativa da maconha) pode ser usado como anticonvulsivo.

Desde então, as pesquisas evoluíram e as substâncias derivadas da planta viraram tratamento dores do câncer, fibromialgia, insônia e depressão, entre outros.

"O mercado de Cannabis, que até recentemente era criminalizado e marginalizado, alimentando o preconceito racial e estigmatizando culturas, saiu da ilegalidade pela pesquisa científica, pela advocacia investigativa e pela prática da cidadania", disse Patrícia.

A Anvisa só regulou a importação da substância em 2014, depois de muitas manifestações públicas das chamadas mães da Cannabis, mulheres que tinham filhos que sofriam de síndromes raras e que usavam derivados da maconha no tratamento.

Essa regra acaba favorecendo apenas quem tem dinheiro para pagar os altos custos da importação dos medicamentos. A outra opção é entrar na Justiça para que o Estado se responsabilize pelo tratamento. Atualmente, os remédios com derivados de cânabis comercializados nas farmácias nacionais custam R$ 2.100, em média.

"A Cannabis faz parte de uma agenda pública e de saúde de efeitos positivos, que abrem oportunidades institucionais, científicas e de recuperação dos biomas degradados", disse Patrícia, durante o evento. "Não é uma questão de religião, mas de fé."

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