Secretário da Onu alerta sobre julho mais quente da história

A Mesa Magma da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, que ocorreu no Hangar - Centro de Convenções do Pará até a próxima sexta-feira (1º), em Belém, contou com um discurso de pouco mais de quarenta minutos do 8º Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, que prendeu um público atento que o aplaudiu de pé ao final.

Entre muitos pontos decisivos abordados pelo secretário, um deles foram os desastres mundiais que a humanidade vem enfrentando -e causando-, no planeta em que habita.

Segundo ele, que reforçou a não existência de um plano B, ou melhor, de um "planeta B", com a conclusão de que devemos salvar este atual, é cada vez mais proeminente a pressa mundial em alcançar as metas sustentáveis. Na ONU (Organização das Nações Unidas), os chamados ODS, 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que foram estabelecidos em 2015.

Acelerar o processo, pode significar -literalmente- a salvação do planeta terra como o conhecemos, ou seja, habitável para as formas de vida nele existentes.

“Nós não temos tempo a perder, uma vez que a crise climática está se intensificando e alcançando pontos irreversíveis”, começou o secretário, que deu exemplos mundiais claros.

“Neste ano, 600 mm de chuva caíram em São Paulo em um único dia, o que resultou em inundações catastróficas e muitas mortes. Ondas de calor cobriram a Região do Mediterrâneo, causando incêndios florestais e alcançando números históricos em diversos lugares do mundo. O país mais rico do mundo, o Havaí, foi devastado. Tudo isso causado pelas mudanças climáticas”.

Ban Ki-Moon também fez uma revelação assustadora e alarmante acerca do aumento da temperatura mundial. “Julho de 2023 foi o mês mais quente registrado na história.

Estamos ultraando limites máximos e recordes a níveis globais”, disse.

No entanto, a gravidade da situação não é irreversível. “Não temos outro planeta além desta terra. Este é o único planeta onde temos oxigênio, água e tecnologia. Portanto devemos assegurar que o planeta continue habitável”, concluiu.