{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/mundo-noticias/831148/riscos-tornam-invasao-de-gaza-pesadelo-militar-para-israel","headline":"Riscos tornam invasão de Gaza pesadelo militar para Israel","datePublished":"2023-10-08T21:52:11.56-03:00","dateModified":"2023-10-08T21:52:00-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Igor Gielow/ FolhaPress","url":"/noticias/mundo-noticias/831148/riscos-tornam-invasao-de-gaza-pesadelo-militar-para-israel"},"image":"/img/Artigo-Destaque/830000/repro-1_00831148_0_.jpg?xid=2749224","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Sem alternativas diante dos ataques, o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, declarou que irá realizar operações ofensivas contra o grupo palestino Hamas.","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;O conflito entre Israel e o grupo armado Hamas continua escalando a viol\\u0026#234;ncia e respostas de l\\u0026#237;deres locais, que comunicam suas inten\\u0026#231;\\u0026#245;es militares publicamente. O premi\\u0026#234; de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou neste domingo (8) que j\\u0026#225; come\\u0026#231;ou os preparativos para as \\u0026quot;opera\\u0026#231;\\u0026#245;es ofensivas\\u0026quot; da guerra que declarou ap\\u0026#243;s o ataque surpresa do grupo palestino Hamas, ocorrido na v\\u0026#233;spera.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Diante da guerra j\\u0026#225; declarada, o premi\\u0026#234; n\\u0026#227;o tem outra alternativa a n\\u0026#227;o ser realizar a ofensiva. A a\\u0026#231;\\u0026#227;o militar dos extremistas que comandam a Faixa de Gaza sob bloqueio desde 2007 pode n\\u0026#227;o ter trazido o risco existencial que os tr\\u0026#234;s primeiros dias de avan\\u0026#231;os \\u0026#225;rabes na Guerra do Yom Kippur em 1973, mas impactou de forma muito semelhante a psiqu\\u0026#234; nacional israelense.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Imagens de jovens sangrando sendo sequestradas, mortos espalhados por rodovias e pontos de \\u0026#244;nibus, a chuva de foguetes, tudo isso colocou em xeque a j\\u0026#225; questionada lideran\\u0026#231;a de Bibi, como o pol\\u0026#237;tico \\u0026#233; conhecido, que embarcou num ataque institucional ao Judici\\u0026#225;rio israelense desde que voltou ao poder no ano ado.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Conte\\u0026#250;dos Relacionados:\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;ul\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/mundo-noticias/831143/tres-brasileiros-desaparecem-apos-ataques-em-israel?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Tr\\u0026#234;s brasileiros desaparecem ap\\u0026#243;s ataques em Israel\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/mundo-noticias/831146/brasil-avalia-enviar-avioes-para-resgatar-cidadaos-em-israel?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Brasil avalia enviar avi\\u0026#245;es para resgatar cidad\\u0026#227;os em Israel\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;/ul\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Por \\u0026#243;bvio, a guerra pode fortalecer o premi\\u0026#234; neste primeiro momento, e \\u0026#233; nele que as decis\\u0026#245;es mais importantes est\\u0026#227;o na mesa. Uma invas\\u0026#227;o terrestre de Gaza, como a retirada de civis de 24 cidades no entorno da regi\\u0026#227;o sugere, parece iminente.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Nos 16 anos em que, com a ajuda do Egito, Israel tornou o territ\\u0026#243;rio uma paup\\u0026#233;rrima pris\\u0026#227;o na pr\\u0026#225;tica, todos os l\\u0026#237;deres do Estado judeu evitaram este momento. Para ficar no registro da cultura pop, basta assistir \\u0026#224; s\\u0026#233;rie israelense \\u0026quot;Fauda\\u0026quot; (Netflix), na qual at\\u0026#233; os mais dur\\u0026#245;es agentes de intelig\\u0026#234;ncia sabem que Gaza \\u0026#233; \\u0026quot;off-limits\\u0026quot;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;H\\u0026#225; um motivo para isso. Gaza \\u0026#233; um pesadelo para qualquer planejador militar. Nas maiores opera\\u0026#231;\\u0026#245;es anteriores contra o Hamas, como em 2014, o grosso do servi\\u0026#231;o foi feito pelo ar, com os potentes ca\\u0026#231;as americanos \\u0026#224; disposi\\u0026#231;\\u0026#227;o de Israel. Eram a\\u0026#231;\\u0026#245;es chamadas sem desassombro na m\\u0026#237;dia do pa\\u0026#237;s de \\u0026quot;cortar grama\\u0026quot;, j\\u0026#225; que novas lideran\\u0026#231;as hostis seguiriam surgindo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Quer mais informa\\u0026#231;\\u0026#245;es sobre o mundo?\\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9IlAw2v1J02cbfQ31H\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt; e o nosso canal no WhatsApp\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Em solo, trata-se de um territ\\u0026#243;rio de dif\\u0026#237;cil navega\\u0026#231;\\u0026#227;o, com ruas estreitas, infraestrutura urbana prec\\u0026#225;ria e infinitas possibilidades de pontos de emboscada. \\u0026#201; evidente que o Hamas se preparou para isso, sabendo que a a\\u0026#231;\\u0026#227;o terrorista e militar do s\\u0026#225;bado talvez fosse incontorn\\u0026#225;vel do ponto de vista de resposta.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A etapa de bombardeio j\\u0026#225; come\\u0026#231;ou, ainda n\\u0026#227;o com intensidade m\\u0026#225;xima, no s\\u0026#225;bado mesmo. O banho de sangue de civis \\u0026#233; inevit\\u0026#225;vel, j\\u0026#225; que Gaza tem uma complexa rede de t\\u0026#250;neis para uso militar, mas n\\u0026#227;o abrigos para seus 2,3 milh\\u0026#245;es de habitantes, o que poder\\u0026#225; alterar o balan\\u0026#231;o do apoio internacional a Israel.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ningu\\u0026#233;m vai mudar de lado em um dos temas internacionais que mais desperta paix\\u0026#245;es, claro, mas as nuances pr\\u0026#243;-Israel vistas no discurso turco e na modera\\u0026#231;\\u0026#227;o dos agora quase amigos sauditas, para n\\u0026#227;o falar na sempre mais pr\\u0026#243;-Palestina Europa, podem ser revertidas se Bibi pesar a m\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Sob a \\u0026#243;tica interna, o primeiro-ministro sabe que um ataque por terra trar\\u0026#225; muitas baixas, e h\\u0026#225; a quest\\u0026#227;o do n\\u0026#250;mero incerto de civis e soldados que foram sequestrados pelo Hamas no s\\u0026#225;bado. Aqui, a intelig\\u0026#234;ncia que fracassou em antecipar a a\\u0026#231;\\u0026#227;o ser\\u0026#225; posta novamente \\u0026#224; prova.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Por fim, n\\u0026#227;o menos importante, h\\u0026#225; o risco de que uma a\\u0026#231;\\u0026#227;o brutal em Gaza estimule rea\\u0026#231;\\u0026#245;es em outros pontos. O mundo observou sobressaltado a troca de foguetes entre Israel e o Hizbullah neste domingo, e o grupo xiita armado pelo Ir\\u0026#227; no L\\u0026#237;bano \\u0026#233; conhecido por uma gama de capacidades militares.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Houve tamb\\u0026#233;m incidentes na Cisjord\\u0026#226;nia e o previs\\u0026#237;vel espraiamento da tens\\u0026#227;o, com o assassinato de turistas israelenses no Egito. Por ora, nada que sugira uma guerra regional maior, mas \\u0026#233; um risco claro e, no m\\u0026#237;nimo, a turbul\\u0026#234;ncia joga muita areia no processo de normaliza\\u0026#231;\\u0026#227;o de la\\u0026#231;os de Tel Aviv com a vizinhan\\u0026#231;a \\u0026#225;rabe.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Os interesses do Ir\\u0026#227; s\\u0026#227;o conhecidos, e am pelo fim do namoro entre Israel e a Ar\\u0026#225;bia Saudita, promovido pelos EUA, que j\\u0026#225; conseguiu casamentos pontuais de Tel Aviv como atores como os Emirados \\u0026#193;rabes Unidos. Os instrumentos, tamb\\u0026#233;m: Hamas, Jihad Isl\\u0026#226;mica, Hizbullah e outros grupos menores.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Outras pot\\u0026#234;ncias, como a R\\u0026#250;ssia envolvida na guerra civil s\\u0026#237;ria e a China, de olho em espa\\u0026#231;os regionais ao aproximar Riad e Teer\\u0026#227;, tamb\\u0026#233;m acompanham com aten\\u0026#231;\\u0026#227;o o desenrolar da crise, embora com o contexto da Guerra Fria 2.0 contra os EUA que as move.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Isso dito, se a excepcionalidade do s\\u0026#225;bado demanda a\\u0026#231;\\u0026#227;o, nenhuma das op\\u0026#231;\\u0026#245;es militares \\u0026#224; m\\u0026#227;o dos israelenses \\u0026#233; boa, e os riscos pol\\u0026#237;ticos, altos. Tudo isso \\u0026#233; resultado da anomalia que \\u0026#233; Gaza, responsabilidade de todos os lados \\u0026#224; parte: de Israel, do Hamas, da Autoridade Nacional Palestina, do mundo mu\\u0026#231;ulmano e do Ocidente.\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"riscos tornam invasao de gaza pesadelo militar para israel, premie de israel prepara ofensiva contra grupo hamas, guerra declarada entre israel e hamas."}
plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 25°
cotação atual R$


home
CONFLITO ARMADO

Riscos tornam invasão de Gaza pesadelo militar para Israel

Sem alternativas diante dos ataques, o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, declarou que irá realizar operações ofensivas contra o grupo palestino Hamas

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Riscos tornam invasão de Gaza pesadelo militar para Israel camera A guerra entre Israel e Hamas já deixou mais e 1.100 mortos | ( Reprodução )

O conflito entre Israel e o grupo armado Hamas continua escalando a violência e respostas de líderes locais, que comunicam suas intenções militares publicamente. O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou neste domingo (8) que já começou os preparativos para as "operações ofensivas" da guerra que declarou após o ataque surpresa do grupo palestino Hamas, ocorrido na véspera.

Diante da guerra já declarada, o premiê não tem outra alternativa a não ser realizar a ofensiva. A ação militar dos extremistas que comandam a Faixa de Gaza sob bloqueio desde 2007 pode não ter trazido o risco existencial que os três primeiros dias de avanços árabes na Guerra do Yom Kippur em 1973, mas impactou de forma muito semelhante a psiquê nacional israelense.

Imagens de jovens sangrando sendo sequestradas, mortos espalhados por rodovias e pontos de ônibus, a chuva de foguetes, tudo isso colocou em xeque a já questionada liderança de Bibi, como o político é conhecido, que embarcou num ataque institucional ao Judiciário israelense desde que voltou ao poder no ano ado.

Conteúdos Relacionados:

Por óbvio, a guerra pode fortalecer o premiê neste primeiro momento, e é nele que as decisões mais importantes estão na mesa. Uma invasão terrestre de Gaza, como a retirada de civis de 24 cidades no entorno da região sugere, parece iminente.

Nos 16 anos em que, com a ajuda do Egito, Israel tornou o território uma paupérrima prisão na prática, todos os líderes do Estado judeu evitaram este momento. Para ficar no registro da cultura pop, basta assistir à série israelense "Fauda" (Netflix), na qual até os mais durões agentes de inteligência sabem que Gaza é "off-limits".

Há um motivo para isso. Gaza é um pesadelo para qualquer planejador militar. Nas maiores operações anteriores contra o Hamas, como em 2014, o grosso do serviço foi feito pelo ar, com os potentes caças americanos à disposição de Israel. Eram ações chamadas sem desassombro na mídia do país de "cortar grama", já que novas lideranças hostis seguiriam surgindo.

Quer mais informações sobre o mundo? e o nosso canal no WhatsApp

Em solo, trata-se de um território de difícil navegação, com ruas estreitas, infraestrutura urbana precária e infinitas possibilidades de pontos de emboscada. É evidente que o Hamas se preparou para isso, sabendo que a ação terrorista e militar do sábado talvez fosse incontornável do ponto de vista de resposta.

A etapa de bombardeio já começou, ainda não com intensidade máxima, no sábado mesmo. O banho de sangue de civis é inevitável, já que Gaza tem uma complexa rede de túneis para uso militar, mas não abrigos para seus 2,3 milhões de habitantes, o que poderá alterar o balanço do apoio internacional a Israel.

Ninguém vai mudar de lado em um dos temas internacionais que mais desperta paixões, claro, mas as nuances pró-Israel vistas no discurso turco e na moderação dos agora quase amigos sauditas, para não falar na sempre mais pró-Palestina Europa, podem ser revertidas se Bibi pesar a mão.

Sob a ótica interna, o primeiro-ministro sabe que um ataque por terra trará muitas baixas, e há a questão do número incerto de civis e soldados que foram sequestrados pelo Hamas no sábado. Aqui, a inteligência que fracassou em antecipar a ação será posta novamente à prova.

Por fim, não menos importante, há o risco de que uma ação brutal em Gaza estimule reações em outros pontos. O mundo observou sobressaltado a troca de foguetes entre Israel e o Hizbullah neste domingo, e o grupo xiita armado pelo Irã no Líbano é conhecido por uma gama de capacidades militares.

Houve também incidentes na Cisjordânia e o previsível espraiamento da tensão, com o assassinato de turistas israelenses no Egito. Por ora, nada que sugira uma guerra regional maior, mas é um risco claro e, no mínimo, a turbulência joga muita areia no processo de normalização de laços de Tel Aviv com a vizinhança árabe.

Os interesses do Irã são conhecidos, e am pelo fim do namoro entre Israel e a Arábia Saudita, promovido pelos EUA, que já conseguiu casamentos pontuais de Tel Aviv como atores como os Emirados Árabes Unidos. Os instrumentos, também: Hamas, Jihad Islâmica, Hizbullah e outros grupos menores.

Outras potências, como a Rússia envolvida na guerra civil síria e a China, de olho em espaços regionais ao aproximar Riad e Teerã, também acompanham com atenção o desenrolar da crise, embora com o contexto da Guerra Fria 2.0 contra os EUA que as move.

Isso dito, se a excepcionalidade do sábado demanda ação, nenhuma das opções militares à mão dos israelenses é boa, e os riscos políticos, altos. Tudo isso é resultado da anomalia que é Gaza, responsabilidade de todos os lados à parte: de Israel, do Hamas, da Autoridade Nacional Palestina, do mundo muçulmano e do Ocidente.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. e: dol-br.noticiasalagoanas.com/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Mundo Notícias

    Leia mais notícias de Mundo Notícias. Clique aqui!

    Últimas Notícias