Crise no Equador: prisioneiros estrangeiros serão deportados

Uma grande crise em um país da América Latina poderá desencadear uma série de preocupações na comunidade internacional. Após uma noite de terror, o presidente do Equador resolveu tomar uma medida drástica sobre estrangeiros no país.

O presidente equatoriano, Daniel Noboa, anunciou hoje que o Estado começará a deportar prisioneiros estrangeiros, com foco especial nos colombianos, numa tentativa de reduzir a população carcerária e os gastos, em meio a uma onda de violência e guerra civil que assola o país. O líder afirmou que o Equador se encontra em um estado de guerra.

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De acordo com Noboa, atualmente, aproximadamente 1.500 colombianos estão detidos no país. Esses, somados aos detentos do Peru e da Venezuela, representam impressionantes 90% de toda a população carcerária equatoriana.

A declaração surge um dia após o presidente um decreto declarando um "conflito armado interno" no país, caracterizando-o como uma guerra civil. Essa medida foi uma resposta à onda de criminalidade desencadeada pela fuga de Fito, líder de uma das principais organizações de narcotraficantes do Equador, os Choneros, da prisão, no último domingo (7/1).

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Horas após o decreto, tanques militares foram avistados patrulhando as ruas de Quito, a capital equatoriana, reforçando as medidas de combate ao narcotráfico.

Na última segunda-feira (8), Noboa já havia declarado estado de exceção, permitindo a intervenção do exército no sistema prisional e estabelecendo um toque de recolher das 23h às 5h.

Noite de Terror em Guayaquil

A madrugada desta terça-feira (9) foi descrita como uma "noite de terror" pelos veículos de imprensa equatorianos. O caos se instaurou na maior cidade do país, Guayaquil, com explosões de carros-bomba, sequestros, assassinatos de policiais e invasões de prédios privados, em atos aparentemente coordenados.

Homens encapuzados invadiram a sede da emissora de TV local, rendendo o apresentador e funcionários com armas e granadas durante uma transmissão ao vivo do telejornal El Noticiero, que foi retirado do ar imediatamente.

Segundo o jornal equatoriano Expresso, a violência causou pânico em todo o país, com relatos de medo e correria após as ações coordenadas dos criminosos. Em muitos lugares, pessoas que não conseguiram voltar para casa se abrigaram em restaurantes e lojas que fecharam as portas em meio ao caos.