
Um tubarão-seda (Carcharhinus falciformis) chamou a atenção de pesquisadores após ter recuperado uma parte de sua nadadeira depois de sofrer um ferimento na Flórida, nos Estados Unidos. O predador teve uma etiqueta de satélite instalada em sua barbatana dorsal em julho de 2022 para que os pesquisadores pudessem acompanhar a sua migração.
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Algumas semanas depois, algum desconhecido cortou a etiqueta e deixou o animal com um ferimento devastador nas barbatanas. Ao notar que a detecção do animal estava desaparecida, o mergulhador local John Moor constatou uma descoberta completamente impressionante. O acontecimento foi relatado em uma pesquisa publicada no periódico Journal of Marine Sciences.

Após receberem a chamada de Moore, os cientistas ficaram surpresos com o acontecido. "Eu disse a ele que seria impossível perder a etiqueta de satélite na barbatana dorsal, para que ele soubesse se era um dos nossos tubarões", disse a autora da pesquisa da Universidade de Miami, Chelsea Black ao site Live Science. Porém, quando as primeiras fotos chegaram, os investigadores notaram que o tubarão apresentava um enorme rombo onde a etiqueta havia sido posicionada.

Black não esperava ver a criatura novamente, pois tal ferimento era extenso demais e impossibilitaria seu rastreio. No entanto, para a surpresa de todos, o tubarão regressou às mesmas águas e foi fotografado com uma barbatana rejuvenescida quase um ano depois. “Minha primeira reação foi de alívio porque o tubarão ainda estava vivo, pois era um ferimento traumático que poderia afetar sua capacidade de nadar ou criar uma infecção significativa”, comemorou Black.
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Segundo o Museu de História Natural da Flórida, essa é a primeira vez que os investigadores observaram um tubarão-seda regenerando a sua barbatana dorsal e apenas o segundo caso registrado de regeneração em qualquer tubarão. Essa espécie cresce até 3 metros de comprimento e vive nos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico. Essas criaturas são vulneráveis à extinção devido à pesca excessiva, embora seja ilegal capturá-los ou matá-los na região.
Agora os especialistas continuam tentando descobrir como os tubarões conseguem regenerar suas barbatanas, uma vez que isso é muito raramente observado.
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