Coroa de Espinhos de Jesus será exibida ao público

Considerada por muitos cristãos como a mesma usada por Jesus durante sua crucificação, a Coroa de Espinhos foi levada da Terra Santa para a França pelo rei Luís IX no século XIII. Em 1239, a relíquia chegou à capital em uma procissão grandiosa liderada pelo próprio monarca, que a carregou descalço, em um gesto de devoção.

Para a população da época, o evento simbolizava a bênção divina sobre o reino e reforçava a ligação espiritual entre Paris e Jerusalém. A coroa permaneceu na Sainte-Chapelle por séculos, até ser transferida para Notre-Dame em 1803, onde foi exibida como tesouro sagrado.

Em 2019, um incêndio devastador que atingiu a catedral de Notre-Dame, em Paris, fazendo com que alguns objetos religiosos fossem perdidos, mas a relíquia da Coroa de Espinhos de Jesus Cristo foi encontrada e retornou à igreja e será apresentada ao público em uma cerimônia na próxima semana.

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Durante o incêndio, a coroa foi escondida em um cofre protegido por senha e posteriormente foi encontrada intacta e esse episódio ganhou destaque no documentário Mistérios da Fé, lançado pela Netflix em 2023.

Após o desastre, a Coroa de Espinhos foi mantida em segurança no Hôtel de Ville. Em 2022, com a flexibilização das restrições da pandemia, ela voltou a ser exibida em ocasiões especiais na igreja de Saint-Germain L’Auxerrois, próxima à catedral de Notre-Dame.

Recentemente, a peça foi parte de uma exposição no Museu do Louvre, que reuniu mais de 120 objetos do tesouro de Notre-Dame.

Na próxima sexta-feira (13), a Coroa de Espinhos será colocada em seu relicário dourado (projetado em 1896), que brilha em contraste com um fundo azul-ultramarino, evocando a estética azul e dourada da Sainte-Chapelle, para apresentação oficial. Além disso, o nicho ganhou uma nova tela de fundo cravejada com 396 contas de vidro cintilantes.

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A cerimônia contará com a participação dos Cavaleiros do Santo Sepulcro e incluirá um desfile inspirado no cortejo original de São Luís – momento que marca um novo capítulo na história da Coroa de Espinhos, reafirmando seu papel como símbolo de fé.