{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/para/674225/lgbtqia-avanca-em-direitos-mas-ainda-sofre-com-violencia","headline":"LGBTQIA+ avança em direitos, mas ainda sofre com violência","datePublished":"2021-09-27T07:00:00-03:00","dateModified":"2021-09-26T21:37:30-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Diário Online","url":"/noticias/para/674225/lgbtqia-avanca-em-direitos-mas-ainda-sofre-com-violencia"},"image":"/img/Artigo-Destaque/670000/casal-gay-sorrindo-e-olhando-para-baixo23-21481409_00674225_0_.jpg?xid=1619801","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"A última década foi marcada por avanços nos direitos civis para a comunidade, no entanto os discursos de ódio e ataques permanecem como uma marca sinistra do Brasil contra o segmento. O país carrega o rótulo de ser o que mais mata pessoas transexuais no mundo.","articleBody":"\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;Os \\u0026#250;ltimos 11 anos\\r\\nforam de muitas lutas e avan\\u0026#231;os para a comunidade LGBTQIA+. A sigla vem ando por\\r\\naltera\\u0026#231;\\u0026#245;es desde as primeiras organiza\\u0026#231;\\u0026#245;es de atos e de forma\\u0026#231;\\u0026#227;o de entidades para cobrar mais\\r\\nrespeito e menos discrimina\\u0026#231;\\u0026#227;o e, na \\u0026#250;ltima d\\u0026#233;cada, ampliou-se como uma forma\\r\\nde dar visibilidade a mais gente engajada nessa causa e tamb\\u0026#233;m exclu\\u0026#237;da apenas por ser quem \\u0026#233;. De 2010, ano da cria\\u0026#231;\\u0026#227;o do Dol, at\\u0026#233; hoje, \\u0026#233; um per\\u0026#237;odo marcado por\\r\\nprogressos e a\\u0026#231;\\u0026#245;es afirmativas, mas tamb\\u0026#233;m de viol\\u0026#234;ncia contra esse segmento social,\\r\\nque segue se organizando e reivindicando por respeito e direitos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;O que para alguns pode parecer uma simples quest\\u0026#227;o de\\r\\nnomenclatura, para a comunidade alterar a sigla \\u0026#233; uma garantia de visibilidade para quem ainda\\r\\n\\u0026#233; considerado invis\\u0026#237;vel e uma forma de ampliar o debate. O que\\r\\nj\\u0026#225; foi chamado apenas de GLS (Gays, L\\u0026#233;sbicas e Simpatizantes, ainda na d\\u0026#233;cada de 1990) hoje inclui novas\\r\\ne antigas denomina\\u0026#231;\\u0026#245;es: L\\u0026#233;sbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queers,\\r\\nIntersexuais, Assexuais e o s\\u0026#237;mbolo +, que representa abertura a essa\\r\\ndiversidade humana expressada na sexualidade. Uma variedade que \\u0026#233; constantemente amea\\u0026#231;ada e sofre com viol\\u0026#234;ncias direcionadas e sustentada por discurso de \\u0026#243;dio.\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;O Relat\\u0026#243;rio de Mortes Violenta de LGBTI+, organizado e produzido\\r\\npela entidade Acontece Arte e Pol\\u0026#237;tica LGBTI+ e pelo Grupo Gay da Bahia, traz\\r\\nestat\\u0026#237;sticas da d\\u0026#233;cada que mostram como a viol\\u0026#234;ncia afetou essa comunidade. Em\\r\\n2010, foram registradas 260 mortes e, em 2020, esse n\\u0026#250;mero caiu para 237. J\\u0026#225; 2017\\r\\ne 2018 sinalizam, no entanto, anos muito dif\\u0026#237;ceis em termos de ataques: foram\\r\\n445 e 420 assassinatos, respectivamente.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;LGBTQIA+ avan\\u0026amp;#231;a em direitos, mas ainda sofre com viol\\u0026amp;#234;ncia\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/670000/767x0/SELO_00674225_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F670000%2FSELO_00674225_0_.jpg%3Fxid%3D1619807%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748070654\\u0026amp;amp;xid=1619807\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/670000/767x0/SELO_00674225_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F670000%2FSELO_00674225_0_.jpg%3Fxid%3D1619807%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748070654\\u0026amp;amp;xid=1619807\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;Em 2020, o segmento mais afetado pela viol\\u0026#234;ncia foram\\r\\ntravestis e mulheres trans, sendo registrado 161 homic\\u0026#237;dios. Em seguida, foram\\r\\nos gays com 51 mortes e as l\\u0026#233;sbicas com 10 mortes motivadas pela orienta\\u0026#231;\\u0026#227;o\\r\\nsexual e pela discrimina\\u0026#231;\\u0026#227;o. O levantamento confirma outro dado assustador para\\r\\na comunidade: o Brasil \\u0026#233; o pa\\u0026#237;s que mais mata transsexuais no mundo, conforme o\\r\\nTrans Murder Monitoring (\\u0026quot;Observat\\u0026#243;rio de Assassinatos Trans\\u0026quot;, em\\r\\nportugu\\u0026#234;s). Os n\\u0026#250;meros apontam ainda um recorte racial nesses atos violentos:\\r\\nem 2021, 54% das v\\u0026#237;timas de crimes lgbtf\\u0026#243;bicos eram de pretos e pardos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;No Par\\u0026#225;, ainda segundo o relat\\u0026#243;rio, n\\u0026#227;o h\\u0026#225; nenhuma cidade\\r\\ninclu\\u0026#237;da entre as 20 com mais registros de viol\\u0026#234;ncia contra os LGBTQIA+, ranking de 2020 que tem\\r\\nFortaleza, a capital do Cear\\u0026#225;, no topo. As estat\\u0026#237;sticas da regi\\u0026#227;o Norte indicam\\r\\nque ocorreram oficialmente, no ano ado, 20 mortes, sendo 1,26 pessoas por milh\\u0026#227;o de\\r\\nhabitante. No Par\\u0026#225;, foram registrados quatro homic\\u0026#237;dios e 0,52 mortes por milh\\u0026#227;o\\r\\nde habitantes. A t\\u0026#237;tulo de compara\\u0026#231;\\u0026#227;o, o Nordeste \\u0026#233; a regi\\u0026#227;o onde a situa\\u0026#231;\\u0026#227;o \\u0026#233;\\r\\nmais grave: l\\u0026#225; foram contabilizadas 113 assassinatos ou 2,12 por milh\\u0026#227;o de\\r\\nhabitantes.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Avan\\u0026#231;os e mais direitos\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;As manifesta\\u0026#231;\\u0026#245;es em massa por direitos LGBTQIA+ come\\u0026#231;aram em\\r\\n1999 e, em Bel\\u0026#233;m do Par\\u0026#225;, a primeira Parada do Orgulho LGBT (ainda com a sigla\\r\\nantiga) \\u0026#233; de 2002. Embora a viol\\u0026#234;ncia e a discrimina\\u0026#231;\\u0026#227;o ainda sejam presentes,\\r\\na d\\u0026#233;cada ada foi tamb\\u0026#233;m de conquistas de direitos e as mobiliza\\u0026#231;\\u0026#245;es maci\\u0026#231;as\\r\\nde rua, muitas vezes taxadas apenas de “festas”, como uma forma de desmerecer\\r\\nas reivindica\\u0026#231;\\u0026#245;es, foram importantes para pressionar por avan\\u0026#231;os.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Parados do Orgulho LGBTQIA+ contribu\\u0026amp;#237;ram para o debate e avan\\u0026amp;#231;os.\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/670000/767x0/LGBTQIA_00674225_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F670000%2FLGBTQIA_00674225_1_.jpg%3Fxid%3D1619808%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748070654\\u0026amp;amp;xid=1619808\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/670000/767x0/LGBTQIA_00674225_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F670000%2FLGBTQIA_00674225_1_.jpg%3Fxid%3D1619808%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748070654\\u0026amp;amp;xid=1619808\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; Parados do Orgulho LGBTQIA+ contribu\\u0026amp;#237;ram para o debate e avan\\u0026amp;#231;os. |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Divulga\\u0026amp;#231;\\u0026amp;#227;o\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;Em 2013, por exemplo, O Supremo Tribunal Federal (STF),\\r\\nfinalmente, reconheceu o casamento homoafetivo, garantindo direitos civis a casais\\r\\nLGBTQIA+, alguns que viviam juntos h\\u0026#225; anos sem nenhuma garantia como c\\u0026#244;njuge. No\\r\\nmesmo ano, o Conselho Nacional de Justi\\u0026#231;a aprovou uma resolu\\u0026#231;\\u0026#227;o que obriga\\r\\ncart\\u0026#243;rios a realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;Somente em 2016 foi permitido o uso do nome social de\\r\\npessoas trans. Ainda assim, as pessoas ainda precisavam manter documentos consigo\\r\\nque n\\u0026#227;o refletiam a sua identidade. Em 2018, o STF autorizou que transexuais e\\r\\ntransg\\u0026#234;neros pudessem mudar seus nomes registrados, mesmo sem cirurgia de redesigna\\u0026#231;\\u0026#227;o\\r\\ndos \\u0026#243;rg\\u0026#227;os sexuais.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;Outro grande avan\\u0026#231;o\\r\\npara o segmento foi a criminaliza\\u0026#231;\\u0026#227;o da homofobia, ocorrida tamb\\u0026#233;m em 2019 por\\r\\ndecis\\u0026#227;o do STF. Ainda que n\\u0026#227;o garanta puni\\u0026#231;\\u0026#227;o, a determina\\u0026#231;\\u0026#227;o contribui para combater\\r\\nos discursos de \\u0026#243;dio que se tornaram mais frequentes com a ascens\\u0026#227;o da extrema\\r\\ndireita ao poder com a elei\\u0026#231;\\u0026#227;o de Jair Messias Bolsonaro, em 2018.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;LGBTQIA+ avan\\u0026amp;#231;a em direitos, mas ainda sofre com viol\\u0026amp;#234;ncia\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/670000/767x0/WhatsApp-Image-2021-09-09-at-193210_00674225_2_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F670000%2FWhatsApp-Image-2021-09-09-at-193210_00674225_2_.jpg%3Fxid%3D1619809%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748070654\\u0026amp;amp;xid=1619809\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/670000/767x0/WhatsApp-Image-2021-09-09-at-193210_00674225_2_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F670000%2FWhatsApp-Image-2021-09-09-at-193210_00674225_2_.jpg%3Fxid%3D1619809%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748070654\\u0026amp;amp;xid=1619809\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"Comunidade LGBTQIA+, lésbicas, gays e transexuais, lgbtfobia, homofobia, transfobia, aniversário do dol"}
plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 25°
cotação atual R$


home
11 ANOS DO DOL

LGBTQIA+ avança em direitos, mas ainda sofre com violência

A última década foi marcada por avanços nos direitos civis para a comunidade, no entanto os discursos de ódio e ataques permanecem como uma marca sinistra do Brasil contra o segmento. O país carrega o rótulo de ser o que mais mata pessoas transexuais no mundo.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia LGBTQIA+ avança em direitos, mas ainda sofre com violência camera Reprodução/Freepik

Os últimos 11 anos foram de muitas lutas e avanços para a comunidade LGBTQIA+. A sigla vem ando por alterações desde as primeiras organizações de atos e de formação de entidades para cobrar mais respeito e menos discriminação e, na última década, ampliou-se como uma forma de dar visibilidade a mais gente engajada nessa causa e também excluída apenas por ser quem é. De 2010, ano da criação do Dol, até hoje, é um período marcado por progressos e ações afirmativas, mas também de violência contra esse segmento social, que segue se organizando e reivindicando por respeito e direitos.

O que para alguns pode parecer uma simples questão de nomenclatura, para a comunidade alterar a sigla é uma garantia de visibilidade para quem ainda é considerado invisível e uma forma de ampliar o debate. O que já foi chamado apenas de GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes, ainda na década de 1990) hoje inclui novas e antigas denominações: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queers, Intersexuais, Assexuais e o símbolo +, que representa abertura a essa diversidade humana expressada na sexualidade. Uma variedade que é constantemente ameaçada e sofre com violências direcionadas e sustentada por discurso de ódio.

O Relatório de Mortes Violenta de LGBTI+, organizado e produzido pela entidade Acontece Arte e Política LGBTI+ e pelo Grupo Gay da Bahia, traz estatísticas da década que mostram como a violência afetou essa comunidade. Em 2010, foram registradas 260 mortes e, em 2020, esse número caiu para 237. Já 2017 e 2018 sinalizam, no entanto, anos muito difíceis em termos de ataques: foram 445 e 420 assassinatos, respectivamente.

LGBTQIA+ avança em direitos, mas ainda sofre com violência
📷 |

Em 2020, o segmento mais afetado pela violência foram travestis e mulheres trans, sendo registrado 161 homicídios. Em seguida, foram os gays com 51 mortes e as lésbicas com 10 mortes motivadas pela orientação sexual e pela discriminação. O levantamento confirma outro dado assustador para a comunidade: o Brasil é o país que mais mata transsexuais no mundo, conforme o Trans Murder Monitoring ("Observatório de Assassinatos Trans", em português). Os números apontam ainda um recorte racial nesses atos violentos: em 2021, 54% das vítimas de crimes lgbtfóbicos eram de pretos e pardos.

No Pará, ainda segundo o relatório, não há nenhuma cidade incluída entre as 20 com mais registros de violência contra os LGBTQIA+, ranking de 2020 que tem Fortaleza, a capital do Ceará, no topo. As estatísticas da região Norte indicam que ocorreram oficialmente, no ano ado, 20 mortes, sendo 1,26 pessoas por milhão de habitante. No Pará, foram registrados quatro homicídios e 0,52 mortes por milhão de habitantes. A título de comparação, o Nordeste é a região onde a situação é mais grave: lá foram contabilizadas 113 assassinatos ou 2,12 por milhão de habitantes.

Avanços e mais direitos

As manifestações em massa por direitos LGBTQIA+ começaram em 1999 e, em Belém do Pará, a primeira Parada do Orgulho LGBT (ainda com a sigla antiga) é de 2002. Embora a violência e a discriminação ainda sejam presentes, a década ada foi também de conquistas de direitos e as mobilizações maciças de rua, muitas vezes taxadas apenas de “festas”, como uma forma de desmerecer as reivindicações, foram importantes para pressionar por avanços.

Parados do Orgulho LGBTQIA+ contribuíram para o debate e avanços.
📷 Parados do Orgulho LGBTQIA+ contribuíram para o debate e avanços. |Divulgação

Em 2013, por exemplo, O Supremo Tribunal Federal (STF), finalmente, reconheceu o casamento homoafetivo, garantindo direitos civis a casais LGBTQIA+, alguns que viviam juntos há anos sem nenhuma garantia como cônjuge. No mesmo ano, o Conselho Nacional de Justiça aprovou uma resolução que obriga cartórios a realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Somente em 2016 foi permitido o uso do nome social de pessoas trans. Ainda assim, as pessoas ainda precisavam manter documentos consigo que não refletiam a sua identidade. Em 2018, o STF autorizou que transexuais e transgêneros pudessem mudar seus nomes registrados, mesmo sem cirurgia de redesignação dos órgãos sexuais.

Outro grande avanço para o segmento foi a criminalização da homofobia, ocorrida também em 2019 por decisão do STF. Ainda que não garanta punição, a determinação contribui para combater os discursos de ódio que se tornaram mais frequentes com a ascensão da extrema direita ao poder com a eleição de Jair Messias Bolsonaro, em 2018.

LGBTQIA+ avança em direitos, mas ainda sofre com violência
📷 |
VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. e: dol-br.noticiasalagoanas.com/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Notícias Pará

    Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

    Últimas Notícias