{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/para/688473/flanelinhas-saiba-como-e-a-rotina-de-um-guardador-em-belem","headline":"Flanelinhas: saiba como é a rotina de um guardador em Belém","datePublished":"2021-12-19T08:09:10-03:00","dateModified":"2021-12-19T08:36:35-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Pryscila Soares/Diário do Pará","url":"/noticias/para/688473/flanelinhas-saiba-como-e-a-rotina-de-um-guardador-em-belem"},"image":"/img/Artigo-Destaque/680000/WhatsApp-Image-2021-12-19-at-075529_00688473_0_.jpg?xid=1684302","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Eles tiram a renda familiar da atuação como guardadores de carros em diferentes locais da capital\r\ne falam sobre a rotina no trabalho informal, do sonho de ingressar no mercado formal, entre outros relatos","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Membro de uma fam\\u0026#237;lia formada por 14 irm\\u0026#227;os, nascido e criado no bairro do Jurunas, em Bel\\u0026#233;m, Benedito Neves Pinheiro, 61 anos, desenvolve h\\u0026#225; muitos anos a atividade de guardador de carros no mesmo lugar, ao lado da sede dos Correios, no bairro da Campina. Por causa das dificuldades financeiras que a fam\\u0026#237;lia numerosa enfrentava, ainda crian\\u0026#231;a Benedito encontrou uma forma de garantir o pr\\u0026#243;prio sustento com a fun\\u0026#231;\\u0026#227;o de vigiar e ajudar os clientes a estacionarem os seus ve\\u0026#237;culos naquele per\\u0026#237;metro da cidade.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p class=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;A informalidade sempre esteve presente naquela fam\\u0026#237;lia. O guardador de carros lembra que o seu pai trabalhava fazendo bicos como, por exemplo, carregar peixe no Ver-o-Peso e reparar bancas de ferragens. A renda n\\u0026#227;o era suficiente para garantir o sustento de todos. Al\\u0026#233;m da rotina puxada de trabalho para uma crian\\u0026#231;a, Benedito relata que come\\u0026#231;ou a ter crises de epilepsia e sofre com o problema at\\u0026#233; hoje. Por tudo isso, ele cursou na escola apenas o ensino prim\\u0026#225;rio, correspondente \\u0026#224; \\u0026#233;poca.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p class=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\t\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Benedito iniciou a carreira como flanelinha ainda quando crian\\u0026amp;#231;a\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/680000/767x0/benedito_00688473_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F680000%2Fbenedito_00688473_0_.jpg%3Fxid%3D1684309%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748273428\\u0026amp;amp;xid=1684309\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/680000/767x0/benedito_00688473_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F680000%2Fbenedito_00688473_0_.jpg%3Fxid%3D1684309%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748273428\\u0026amp;amp;xid=1684309\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; Benedito iniciou a carreira como flanelinha ainda quando crian\\u0026amp;#231;a |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Mauro \\u0026amp;#194;ngelo/Di\\u0026amp;#225;rio do Par\\u0026amp;#225;\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p class=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;Com o ar dos anos, Benedito foi conquistando clientes e \\u0026#233; bastante conhecido na \\u0026#225;rea. “Foi primeiramente Deus e eu disse pro meu pai ‘vou procurar um rumo de ganhar o p\\u0026#227;o, porque assim n\\u0026#227;o d\\u0026#225;. A gente fica aqui e s\\u0026#243; o senhor que fica de um lado pro outro’. Meus pais apoiaram e disseram ‘s\\u0026#243; n\\u0026#227;o vai te perder’. Gra\\u0026#231;as a Deus cheguei aqui e continuo. At\\u0026#233; agora n\\u0026#227;o sou aposentado, estou lutando por isso ao menos pra comprar rem\\u0026#233;dios. Abaixo de Deus, quem mais me ajuda s\\u0026#227;o esses doutores e os funcion\\u0026#225;rios dos Correios, que me conhecem desde molequinho”.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Antes Benedito tamb\\u0026#233;m lavava e polia os carros. Hoje ele somente repara. E garante nunca ter tido problemas com as pessoas ao longo dessa rotina nas ruas. “Eu chego cedo aqui porque muitos dos meus clientes chegam bem cedo pra trabalhar. J\\u0026#225; sou conhecido, n\\u0026#227;o tenho problema com ningu\\u0026#233;m”, acrescentou ele, que recebe pelo servi\\u0026#231;o prestado e, tamb\\u0026#233;m, pela confian\\u0026#231;a que transmite aos clientes.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;INFORMALIDADE\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Essa categoria de trabalhadores informais est\\u0026#225; presente em todas as partes da cidade, sobretudo em \\u0026#225;reas de grande movimenta\\u0026#231;\\u0026#227;o. As hist\\u0026#243;rias se assemelham, j\\u0026#225; que a aus\\u0026#234;ncia de estudos e de oportunidades no mercado formal acabaram levando essas pessoas para a atividade informal.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Atuando h\\u0026#225; 5 anos como guardador de carros, Jo\\u0026#227;o Moraes, 62 anos, vive com a companheira no bairro da Pratinha e nutre a esperan\\u0026#231;a de retornar para o mercado de trabalho formal. Natural de Camet\\u0026#225;, Jo\\u0026#227;o cresceu e se criou em Tom\\u0026#233;-A\\u0026#231;u, nordeste paraense, onde trabalhou na ro\\u0026#231;a. Ele estudou at\\u0026#233; a quinta s\\u0026#233;rie do ensino fundamental. Antes de come\\u0026#231;ar nessa atividade, Jo\\u0026#227;o trabalhou com carteira assinada em algumas empresas em Bel\\u0026#233;m. Mas chegou um momento no qual ficou desempregado.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p class=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\t\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Jo\\u0026amp;#227;o se tornou guardador de carros ap\\u0026amp;#243;s ficar desempregado\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/680000/767x0/flanela_00688473_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F680000%2Fflanela_00688473_1_.jpg%3Fxid%3D1684310%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748273429\\u0026amp;amp;xid=1684310\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/680000/767x0/flanela_00688473_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F680000%2Fflanela_00688473_1_.jpg%3Fxid%3D1684310%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748273429\\u0026amp;amp;xid=1684310\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; Jo\\u0026amp;#227;o se tornou guardador de carros ap\\u0026amp;#243;s ficar desempregado |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Mauro \\u0026amp;#194;ngelo/Di\\u0026amp;#225;rio do Par\\u0026amp;#225;\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\u0026amp;nbsp;A casa onde ele vive atualmente \\u0026#233; de propriedade da companheira. O casal divide as despesas. “N\\u0026#227;o consegui mais trabalhar de carteira assinada e resolvi vir para c\\u0026#225; (ser guardador de carros). Trabalhar de carteira assinada \\u0026#233; um dinheiro garantido. Aqui tem dias que d\\u0026#225; alguma coisa e tem dias que n\\u0026#227;o d\\u0026#225;. Acho que n\\u0026#227;o d\\u0026#225; pra ganhar nem um sal\\u0026#225;rio m\\u0026#237;nimo (por m\\u0026#234;s). Mas trabalho tamb\\u0026#233;m de pedreiro, fa\\u0026#231;o alguns bicos, quando aparece oportunidade, a\\u0026#237; d\\u0026#225; pra descolar umdinheiro melhor”, disse.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Quando as aulas est\\u0026#227;o normais, a gente consegue um dinheiro melhor, porque os pais de alunos ajudam”, frisou Jo\\u0026#227;o, ao mencionar uma escola pr\\u0026#243;xima do local onde atua como guardador de carros, na avenida Assis de Vasconcelos, entre as ruas Gaspar Viana e 28 de Setembro.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;ATUA\\u0026#199;\\u0026#195;O\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Tenho meus fregueses certos por dia, por semana e por m\\u0026#234;s”\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Denis Alberto Bastos, 43 anos, est\\u0026#225; atuando como guardador de carros tamb\\u0026#233;m no entorno da Pra\\u0026#231;a da Rep\\u0026#250;blica. Casado e pai de tr\\u0026#234;s filhos, ele mora em Barcarena e h\\u0026#225; dois meses iniciou a rotina de vir para a capital diariamente, exceto aos s\\u0026#225;bados, para cuidar do ponto de trabalho de seu sogro. Na cidade natal, Denis sempre trabalhou como cobrador e motorista de \\u0026#244;nibus, mas recentemente ficou sem ocupa\\u0026#231;\\u0026#227;o. \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“J\\u0026#225; fui cobrador e motorista de \\u0026#244;nibus. Fiquei por sete anos e meio. Mas minha m\\u0026#227;e adoeceu, minha esposa teve uma gravidez de risco e tive de pedir uma dispensa do trabalho. Como n\\u0026#227;o era carteira assinada, na minha volta recebi um cart\\u0026#227;o vermelho”, brincou.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Estava fazendo bicos em Barcarena e h\\u0026#225; dois meses vim pra c\\u0026#225; ajudar o meu sogro. Reparo e lavo carro pra ele. Acho a rotina mais pesada porque tenho que sair de casa 5h da manh\\u0026#227; para pegar a balsa 5h30, chego aqui umas 7h. Estou esperando pra ver se aparece um trabalho de motorista de \\u0026#244;nibus de novo. Aqui \\u0026#233; tempor\\u0026#225;rio”, contou.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Em outra parte da cidade, mais precisamente ao lado da Pra\\u0026#231;a Felipe Patroni, no entorno do Pal\\u0026#225;cio Ant\\u0026#244;nio Lemos e do F\\u0026#243;rum C\\u0026#237;vel de Bel\\u0026#233;m, Raimundo Pantoja, 58 anos, atua h\\u0026#225; 36 anos como guardador de carros. Casado e pai de duas filhas, ele segue a sua rotina sempre com um sorriso no rosto. Raimundo reside\\u0026amp;nbsp;no bairro do Bengui e sonha com a aposentadoria.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Sou de Muan\\u0026#225; e l\\u0026#225; trabalhava na ro\\u0026#231;a, antes de vir pra c\\u0026#225;. Aqui formei fam\\u0026#237;lia e fiquei. Tenho meus fregueses certos por dia, por semana e por m\\u0026#234;s. Aqui sempre foi muito tranquilo. A gente tem a confian\\u0026#231;a dos fregueses, que deixam a chave com a gente, reparo e lavo os carros. A gente ganha um sal\\u0026#225;rio m\\u0026#237;nimo. Na pandemia fiquei recebendo aux\\u0026#237;lio e tinham alguns fregueses legais que ligavam pra ajudar. Eu tive covid, mas foi leve. Quero me aposentar um dia”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p class=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\t\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;O desejo de Raimundo \\u0026amp;#233; ter a chance de se aposentar \\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/680000/767x0/raimundo_00688473_2_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F680000%2Fraimundo_00688473_2_.jpg%3Fxid%3D1684311%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748273429\\u0026amp;amp;xid=1684311\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/680000/767x0/raimundo_00688473_2_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F680000%2Fraimundo_00688473_2_.jpg%3Fxid%3D1684311%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748273429\\u0026amp;amp;xid=1684311\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; O desejo de Raimundo \\u0026amp;#233; ter a chance de se aposentar |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Mauro \\u0026amp;#194;ngelo/Di\\u0026amp;#225;rio do Par\\u0026amp;#225;\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;PRA\\u0026#199;A DA REP\\u0026#218;BLICA\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;Outro local de trabalho de guardadores de carros \\u0026#233; o entorno da Pra\\u0026#231;a da Rep\\u0026#250;blica. Um dos guardadores de carros mais antigos por ali \\u0026#233; Reginaldo Nascimento, 60 anos, que come\\u0026#231;ou a frequentar a \\u0026#225;rea bem pequeno, levado pelo pai que trabalhava lavando os carros dos professores de uma escola situada na regi\\u0026#227;o. Ele mora na Pedreira com a companheira.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p class=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\t\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Apesar das dificuldades, Reginaldo diz que muitas pessoas respeitam a profiss\\u0026amp;#227;o\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/680000/767x0/flanelinha3_00688473_3_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F680000%2Fflanelinha3_00688473_3_.jpg%3Fxid%3D1684312%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748273429\\u0026amp;amp;xid=1684312\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/680000/767x0/flanelinha3_00688473_3_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F680000%2Fflanelinha3_00688473_3_.jpg%3Fxid%3D1684312%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748273429\\u0026amp;amp;xid=1684312\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; Apesar das dificuldades, Reginaldo diz que muitas pessoas respeitam a profiss\\u0026amp;#227;o |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Mauro \\u0026amp;#194;ngelo/Di\\u0026amp;#225;rio do Par\\u0026amp;#225;\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;“Fui criado aqui. N\\u0026#227;o estudei muito, fiz at\\u0026#233; a quinta s\\u0026#233;rie, n\\u0026#227;o tive interesse nem tempo. Chego aqui sete horas (da manh\\u0026#227;) e saio entre quatro e cinco horas da tarde. A gente ganha entre R$ 25,00 a R$ 30,00 por dia. A chuva atrapalha. \\u0026#192;s vezes as pessoas n\\u0026#227;o d\\u0026#227;o nada quando n\\u0026#227;o t\\u0026#234;m dinheiro. Mas as pessoas respeitam o nosso trabalho”, declarou.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"Guardador de carros, Flanelinhas em Belém, O que faz um flanelinha"}
plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 29°
cotação atual R$


home
INFORMALIDADE

Flanelinhas: saiba como é a rotina de um guardador em Belém

Eles tiram a renda familiar da atuação como guardadores de carros em diferentes locais da capital e falam sobre a rotina no trabalho informal, do sonho de ingressar no mercado formal, entre outros relatos

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Flanelinhas: saiba como é a rotina de um guardador em Belém camera Denis Batos é morador de Barcarena, mas encontrou na capital paraense a chance de sustentar a família | Mauro Ângelo/Diário do Pará

Membro de uma família formada por 14 irmãos, nascido e criado no bairro do Jurunas, em Belém, Benedito Neves Pinheiro, 61 anos, desenvolve há muitos anos a atividade de guardador de carros no mesmo lugar, ao lado da sede dos Correios, no bairro da Campina. Por causa das dificuldades financeiras que a família numerosa enfrentava, ainda criança Benedito encontrou uma forma de garantir o próprio sustento com a função de vigiar e ajudar os clientes a estacionarem os seus veículos naquele perímetro da cidade.

A informalidade sempre esteve presente naquela família. O guardador de carros lembra que o seu pai trabalhava fazendo bicos como, por exemplo, carregar peixe no Ver-o-Peso e reparar bancas de ferragens. A renda não era suficiente para garantir o sustento de todos. Além da rotina puxada de trabalho para uma criança, Benedito relata que começou a ter crises de epilepsia e sofre com o problema até hoje. Por tudo isso, ele cursou na escola apenas o ensino primário, correspondente à época.

Benedito iniciou a carreira como flanelinha ainda quando criança
📷 Benedito iniciou a carreira como flanelinha ainda quando criança |Mauro Ângelo/Diário do Pará

Com o ar dos anos, Benedito foi conquistando clientes e é bastante conhecido na área. “Foi primeiramente Deus e eu disse pro meu pai ‘vou procurar um rumo de ganhar o pão, porque assim não dá. A gente fica aqui e só o senhor que fica de um lado pro outro’. Meus pais apoiaram e disseram ‘só não vai te perder’. Graças a Deus cheguei aqui e continuo. Até agora não sou aposentado, estou lutando por isso ao menos pra comprar remédios. Abaixo de Deus, quem mais me ajuda são esses doutores e os funcionários dos Correios, que me conhecem desde molequinho”.

Antes Benedito também lavava e polia os carros. Hoje ele somente repara. E garante nunca ter tido problemas com as pessoas ao longo dessa rotina nas ruas. “Eu chego cedo aqui porque muitos dos meus clientes chegam bem cedo pra trabalhar. Já sou conhecido, não tenho problema com ninguém”, acrescentou ele, que recebe pelo serviço prestado e, também, pela confiança que transmite aos clientes.

INFORMALIDADE

Essa categoria de trabalhadores informais está presente em todas as partes da cidade, sobretudo em áreas de grande movimentação. As histórias se assemelham, já que a ausência de estudos e de oportunidades no mercado formal acabaram levando essas pessoas para a atividade informal.

Atuando há 5 anos como guardador de carros, João Moraes, 62 anos, vive com a companheira no bairro da Pratinha e nutre a esperança de retornar para o mercado de trabalho formal. Natural de Cametá, João cresceu e se criou em Tomé-Açu, nordeste paraense, onde trabalhou na roça. Ele estudou até a quinta série do ensino fundamental. Antes de começar nessa atividade, João trabalhou com carteira assinada em algumas empresas em Belém. Mas chegou um momento no qual ficou desempregado.

João se tornou guardador de carros após ficar desempregado
📷 João se tornou guardador de carros após ficar desempregado |Mauro Ângelo/Diário do Pará

A casa onde ele vive atualmente é de propriedade da companheira. O casal divide as despesas. “Não consegui mais trabalhar de carteira assinada e resolvi vir para cá (ser guardador de carros). Trabalhar de carteira assinada é um dinheiro garantido. Aqui tem dias que dá alguma coisa e tem dias que não dá. Acho que não dá pra ganhar nem um salário mínimo (por mês). Mas trabalho também de pedreiro, faço alguns bicos, quando aparece oportunidade, aí dá pra descolar umdinheiro melhor”, disse.

“Quando as aulas estão normais, a gente consegue um dinheiro melhor, porque os pais de alunos ajudam”, frisou João, ao mencionar uma escola próxima do local onde atua como guardador de carros, na avenida Assis de Vasconcelos, entre as ruas Gaspar Viana e 28 de Setembro.

ATUAÇÃO

“Tenho meus fregueses certos por dia, por semana e por mês”

Denis Alberto Bastos, 43 anos, está atuando como guardador de carros também no entorno da Praça da República. Casado e pai de três filhos, ele mora em Barcarena e há dois meses iniciou a rotina de vir para a capital diariamente, exceto aos sábados, para cuidar do ponto de trabalho de seu sogro. Na cidade natal, Denis sempre trabalhou como cobrador e motorista de ônibus, mas recentemente ficou sem ocupação.

“Já fui cobrador e motorista de ônibus. Fiquei por sete anos e meio. Mas minha mãe adoeceu, minha esposa teve uma gravidez de risco e tive de pedir uma dispensa do trabalho. Como não era carteira assinada, na minha volta recebi um cartão vermelho”, brincou.

“Estava fazendo bicos em Barcarena e há dois meses vim pra cá ajudar o meu sogro. Reparo e lavo carro pra ele. Acho a rotina mais pesada porque tenho que sair de casa 5h da manhã para pegar a balsa 5h30, chego aqui umas 7h. Estou esperando pra ver se aparece um trabalho de motorista de ônibus de novo. Aqui é temporário”, contou.

Em outra parte da cidade, mais precisamente ao lado da Praça Felipe Patroni, no entorno do Palácio Antônio Lemos e do Fórum Cível de Belém, Raimundo Pantoja, 58 anos, atua há 36 anos como guardador de carros. Casado e pai de duas filhas, ele segue a sua rotina sempre com um sorriso no rosto. Raimundo reside no bairro do Bengui e sonha com a aposentadoria.

“Sou de Muaná e lá trabalhava na roça, antes de vir pra cá. Aqui formei família e fiquei. Tenho meus fregueses certos por dia, por semana e por mês. Aqui sempre foi muito tranquilo. A gente tem a confiança dos fregueses, que deixam a chave com a gente, reparo e lavo os carros. A gente ganha um salário mínimo. Na pandemia fiquei recebendo auxílio e tinham alguns fregueses legais que ligavam pra ajudar. Eu tive covid, mas foi leve. Quero me aposentar um dia”.

O desejo de Raimundo é ter a chance de se aposentar
📷 O desejo de Raimundo é ter a chance de se aposentar |Mauro Ângelo/Diário do Pará

PRAÇA DA REPÚBLICA

Outro local de trabalho de guardadores de carros é o entorno da Praça da República. Um dos guardadores de carros mais antigos por ali é Reginaldo Nascimento, 60 anos, que começou a frequentar a área bem pequeno, levado pelo pai que trabalhava lavando os carros dos professores de uma escola situada na região. Ele mora na Pedreira com a companheira.

Apesar das dificuldades, Reginaldo diz que muitas pessoas respeitam a profissão
📷 Apesar das dificuldades, Reginaldo diz que muitas pessoas respeitam a profissão |Mauro Ângelo/Diário do Pará

“Fui criado aqui. Não estudei muito, fiz até a quinta série, não tive interesse nem tempo. Chego aqui sete horas (da manhã) e saio entre quatro e cinco horas da tarde. A gente ganha entre R$ 25,00 a R$ 30,00 por dia. A chuva atrapalha. Às vezes as pessoas não dão nada quando não têm dinheiro. Mas as pessoas respeitam o nosso trabalho”, declarou.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. e: dol-br.noticiasalagoanas.com/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Notícias Pará

    Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

    Últimas Notícias