{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/para/688606/pcds-na-mineracao-inclusao-gera-conquistas-no-para","headline":"PCDs na Mineração: inclusão gera conquistas no Pará","datePublished":"2021-12-20T12:16:28-03:00","dateModified":"2022-07-01T09:11:03-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Andressa Ferreira, Enderson Oliveira e Emerson Coe","url":"/noticias/para/688606/pcds-na-mineracao-inclusao-gera-conquistas-no-para"},"image":"/img/Artigo-Destaque/680000/minercao-no-para_00688606_0_.jpg?xid=1827127","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Desafios e conquistas das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, por funcionários da Siderúrgica Norte Brasil S.A. (Sinobras), em Marabá, sudeste do Pará.","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Preconceitos, estigmas, discrimina\\u0026#231;\\u0026#245;es, resist\\u0026#234;ncias,\\r\\nbarreiras f\\u0026#237;sicas e at\\u0026#233; mesmo as “invis\\u0026#237;veis”, presentes em normas e aus\\u0026#234;ncia\\r\\nde pol\\u0026#237;ticas espec\\u0026#237;ficas. Roberta, Ronigleicy e Mois\\u0026#233;s, funcion\\u0026#225;rios da \\u0026amp;nbsp;Sider\\u0026#250;rgica Norte Brasil S.A. (Sinobras), em\\r\\nMarab\\u0026#225;, sudeste do Par\\u0026#225;, conhecem muito bem essa realidade e os desafios da\\r\\ninclus\\u0026#227;o de pessoas com defici\\u0026#234;ncia (PCDs) no mercado de trabalho. No entanto,\\r\\ntamb\\u0026#233;m conhecem as conquistas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Dados da Organiza\\u0026#231;\\u0026#227;o Mundial de Sa\\u0026#250;de (OMS) mostram que\\r\\nmais de um bilh\\u0026#227;o de pessoas no mundo possuem algum tipo de defici\\u0026#234;ncia. Para\\r\\nesta grande camada da popula\\u0026#231;\\u0026#227;o, as barreiras enfrentadas muitas vezes come\\u0026#231;am\\r\\ncedo. Os desafios s\\u0026#227;o tantos que, segundo a Organiza\\u0026#231;\\u0026#227;o das Na\\u0026#231;\\u0026#245;es Unidas (ONU),\\r\\napenas 45% dos meninos e 32% das meninas completam o ensino prim\\u0026#225;rio em pa\\u0026#237;ses\\r\\nem desenvolvimento.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Em cadeia, isto provoca o aumento\\r\\ndo custo de vida em, pelo menos, um ter\\u0026#231;o. Os dados refletem\\r\\nainda, que mais de 50% das pessoas com defici\\u0026#234;ncia n\\u0026#227;o conseguem pagar por\\r\\nservi\\u0026#231;os de sa\\u0026#250;de.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026#201;, caros leitores, o contexto \\u0026#233; complexo e preocupante: as\\r\\noportunidades de empregos s\\u0026#227;o escassas e o custo de vida \\u0026#233; alto para uma camada\\r\\nda popula\\u0026#231;\\u0026#227;o que precisa de mais cuidados com a sa\\u0026#250;de. N\\u0026#227;o por acaso, a\\r\\nsitua\\u0026#231;\\u0026#227;o, por vezes, torna-se angustiante.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Eu estava no meu limite. Tomava rem\\u0026#233;dios controlados,\\r\\nperdi 80% dos meus movimentos gradativamente”. O desabafo desesperador \\u0026#233; de\\r\\nRoberta Duarte Oliveira, 43 anos, analista de benef\\u0026#237;cios e RH da Sinobras. Foi\\r\\njustamente na empresa, ligada ao Grupo A\\u0026#231;o Cearense, do Estado do Cear\\u0026#225;, que ela conseguiu\\r\\nest\\u0026#237;mulo, investimento e benef\\u0026#237;cio para voltar a ter qualidade de vida.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Roberta nasceu com uma m\\u0026#225; forma\\u0026#231;\\u0026#227;o no f\\u0026#234;mur. Ap\\u0026#243;s perder os\\r\\nmovimentos, foi na empresa em que trabalha at\\u0026#233; hoje, que enxergou um sinal de\\r\\nesperan\\u0026#231;a. Atrav\\u0026#233;s de um benef\\u0026#237;cio oferecido, ela conseguiu ar por uma\\r\\ncirurgia complexa, de implante de uma pr\\u0026#243;tese de quadril.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;S\\u0026#243; o raro procedimento pelo qual Roberta ou n\\u0026#227;o foi\\r\\nsuficiente. Ela ainda teve que reaprender a andar ap\\u0026#243;s ar por dois meses em\\r\\nreabilita\\u0026#231;\\u0026#227;o. Os desafios sempre foram constantes na vida de Roberta, mas ela\\r\\nnunca deixou de lutar por direitos b\\u0026#225;sicos, seja o de viver bem pi de ter um\\r\\nbom trabalho e respeito na sociedade.\\u0026amp;nbsp; \\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;iframe allowfullscreen webkitallowfullscreen mozallowfullscreen src=\\u0026quot;https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/ddf6becdb117f378cf06db723585ea78/a4604c004aa1b71e054c50b597d76201\\u0026quot; scrolling=\\u0026quot;no\\u0026quot; frameborder=\\u0026quot;0\\u0026quot; allow=\\u0026quot;geolocation; microphone; camera; encrypted-media; midi\\u0026quot; style=\\u0026quot;width: 100%; height: 445px;\\u0026quot; class=\\u0026quot;iframe-samba\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/iframe\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;script src=\\u0026quot;//imasdk.googleapis.com/js/sdkloader/ima3.js\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/script\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\u0026lt;b\\u0026gt;AVAN\\u0026#199;OS\\r\\nNA PROMO\\u0026#199;\\u0026#195;O DA INCLUS\\u0026#195;O\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Para a supera\\u0026#231;\\u0026#227;o de desafios, \\u0026#233; fundamental para muitas\\r\\npessoas com defici\\u0026#234;ncia a chamada “Lei de Cotas”, que completou 30 anos no dia\\r\\n24 de julho de 2021. A lei estabelece uma porcentagem de vagas para pessoas com\\r\\ndefici\\u0026#234;ncia em empresa com 100 ou mais funcion\\u0026#225;rios.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Segundo relat\\u0026#243;rio da Subsecretaria de Inspe\\u0026#231;\\u0026#227;o do Trabalho,\\r\\ndo Minist\\u0026#233;rio da Economia, atualmente s\\u0026#227;o 372 mil pessoas com defici\\u0026#234;ncia no\\r\\nmercado de trabalho. Entre 2015 e 2019, houve um aumento significativo de\\r\\n12,42% nas contrata\\u0026#231;\\u0026#245;es. O percentual maior de trabalhadores com defici\\u0026#234;ncia\\r\\ncontratados para as vagas est\\u0026#225; nas empresas privadas, com 52,48%.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Inserido neste contexto est\\u0026#225; Ronigleicy Oliveira Alencar, 37 anos, que trabalha h\\u0026#225; 10 anos na Sinobras e atualmente ocupa o cargo de Mantenedor Mec\\u0026#226;nico\\r\\nIII.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ele nasceu com defici\\u0026#234;ncia auditiva. Quando crian\\u0026#231;a, por\\r\\nvolta dos 7 para 8 anos, o quadro come\\u0026#231;ou a se agravar, at\\u0026#233; que ele precisou\\r\\nusar aparelho para facilitar seu processo de escuta e compreens\\u0026#227;o do mundo. Ronigleicy\\r\\nOliveira Alencar ainda tentou fazer cirurgia, mas recebeu o diagn\\u0026#243;stico dos\\r\\nm\\u0026#233;dicos que dava conta de que nada iria adiantar para resolver definitivamente seu\\r\\ncaso.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ainda assim, ele prosseguiu em seu desenvolvimento pessoal\\r\\ne profissional e hoje nota a import\\u0026#226;ncia de pol\\u0026#237;ticas p\\u0026#250;blicas que garantam a\\r\\nigualdade de oportunidades, como \\u0026#233; o caso da Lei de Cotas, fundamental para\\r\\nminimizar a discrimina\\u0026#231;\\u0026#227;o, al\\u0026#233;m de ressaltar a import\\u0026#226;ncia da inclus\\u0026#227;o e a\\r\\ngarantia da cidadania para os PCDs.\\u0026amp;nbsp; \\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;iframe allowfullscreen webkitallowfullscreen mozallowfullscreen src=\\u0026quot;https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/ddf6becdb117f378cf06db723585ea78/0fd323d784201490648e9f2b538027ff\\u0026quot; scrolling=\\u0026quot;no\\u0026quot; frameborder=\\u0026quot;0\\u0026quot; allow=\\u0026quot;geolocation; microphone; camera; encrypted-media; midi\\u0026quot; style=\\u0026quot;width: 100%; height: 445px;\\u0026quot; class=\\u0026quot;iframe-samba\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/iframe\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;script src=\\u0026quot;//imasdk.googleapis.com/js/sdkloader/ima3.js\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/script\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Al\\u0026#233;m da Lei de Cotas, o direito ao trabalho para a pessoa\\r\\ncom defici\\u0026#234;ncia est\\u0026#225; garantido em tratados e normas internacionais da\\r\\nOrganiza\\u0026#231;\\u0026#227;o Internacional do Trabalho e das Na\\u0026#231;\\u0026#245;es Unidas. Contudo, n\\u0026#227;o basta\\r\\ncontratar apenas para cumprir cota. \\u0026#201; preciso investimento em ibilidade\\r\\nestrutural e funcional, al\\u0026#233;m de promover campanhas de sensibiliza\\u0026#231;\\u0026#227;o dentro das\\r\\nempresas, como ocorre na Sinobras.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;INCLUS\\u0026#195;O\\r\\nRIMA COM TRANSFORMA\\u0026#199;\\u0026#195;O\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Foi gra\\u0026#231;as ao trabalho e \\u0026#224; integra\\u0026#231;\\u0026#227;o com outras pessoas\\r\\nque Mois\\u0026#233;s Oliveira Melo, 56 anos, Mantenedor Mec\\u0026#226;nico II na Sinobras h\\u0026#225; 18 anos, primeiro\\r\\nem Tocantins e depois no Par\\u0026#225;, adquiriu independ\\u0026#234;ncia, autonomia e confian\\u0026#231;a,\\r\\nfundamentais para seu desenvolvimento pessoal e profissional.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Mois\\u0026#233;s sofreu um acidente na empresa anterior em que\\r\\ntrabalhava e teve dois dedos da m\\u0026#227;o esquerda amputados ap\\u0026#243;s serem prensados em\\r\\numa m\\u0026#225;quina. Na \\u0026#233;poca, ele n\\u0026#227;o teve nenhum tipo de apoio ou aux\\u0026#237;lio.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;J\\u0026#225; na empresa – ou poder\\u0026#237;amos dizer casa? – nova, de portas\\r\\nabertas, ele encontrou o acolhimento e o respeito que precisava e merecia. Oportunidades oferecidas e que aram de\\r\\npai para filho, e hoje, eles dividem a experi\\u0026#234;ncia de trabalharem juntos.\\u0026amp;nbsp; \\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;iframe allowfullscreen webkitallowfullscreen mozallowfullscreen src=\\u0026quot;https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/ddf6becdb117f378cf06db723585ea78/220fe6ed1d42a824a6cdcd86f94ce73c\\u0026quot; scrolling=\\u0026quot;no\\u0026quot; frameborder=\\u0026quot;0\\u0026quot; allow=\\u0026quot;geolocation; microphone; camera; encrypted-media; midi\\u0026quot; style=\\u0026quot;width: 100%; height: 445px;\\u0026quot; class=\\u0026quot;iframe-samba\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/iframe\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;script src=\\u0026quot;//imasdk.googleapis.com/js/sdkloader/ima3.js\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/script\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\nA Lei de Cotas (Lei 8.213/1991) e a Lei Brasileira de\\r\\nInclus\\u0026#227;o (LBI), de 2015, garantem o direito ao trabalho \\u0026#224;s pessoas com algum\\r\\ntipo de defici\\u0026#234;ncia f\\u0026#237;sica, sensorial, intelectual ou mental. Ou seja, empresas\\r\\nque possuem 100 ou mais funcion\\u0026#225;rios devem preencher de 2% a 5% de suas vagas\\r\\ncom pessoas com defici\\u0026#234;ncia. As que descumprirem as obriga\\u0026#231;\\u0026#245;es da Lei de Cotas\\r\\nest\\u0026#227;o sujeitas a puni\\u0026#231;\\u0026#245;es.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Entretanto, independentemente da exig\\u0026#234;ncia de cotas,\\r\\nilson Rocha, consultor interno de RH da Sinobras, reconhece a import\\u0026#226;ncia da\\r\\ninclus\\u0026#227;o e inser\\u0026#231;\\u0026#227;o de PCDs no mercado de trabalho.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Respeitamos a diversidade e valoriza\\u0026#231;\\u0026#227;o a comunica\\u0026#231;\\u0026#227;o\\r\\ntransparente. Contratamos colaboradores independente de ra\\u0026#231;a, g\\u0026#234;nero, cor,\\r\\nreligi\\u0026#227;o e opini\\u0026#227;o pol\\u0026#237;tica e esse contraste possibilita novas experi\\u0026#234;ncias,\\r\\ncontribuindo para um ambiente mais democr\\u0026#225;tico”, destaca.\\u0026amp;nbsp; \\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;ilson Rocha, consultor interno de RH da Sinobras, destaca a import\\u0026amp;#226;ncia da inclus\\u0026amp;#227;o.\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/680000/767x0/sinobras-rh_00688606_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F680000%2Fsinobras-rh_00688606_0_.jpg%3Fxid%3D1827129%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748051710\\u0026amp;amp;xid=1827129\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/680000/767x0/sinobras-rh_00688606_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F680000%2Fsinobras-rh_00688606_0_.jpg%3Fxid%3D1827129%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748051710\\u0026amp;amp;xid=1827129\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; ilson Rocha, consultor interno de RH da Sinobras, destaca a import\\u0026amp;#226;ncia da inclus\\u0026amp;#227;o. |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Reprodu\\u0026amp;#231;\\u0026amp;#227;o\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\nIntegrando o Grupo A\\u0026#231;o Cearense, que possui mais de 42 anos\\r\\nde atua\\u0026#231;\\u0026#227;o no mercado brasileiro, e atualmente conta com 1.300 colaboradores, a\\r\\nSinobras - primeira sider\\u0026#250;rgica integrada das regi\\u0026#245;es Norte e Nordeste - contribui\\r\\nh\\u0026#225; 15 anos com o desenvolvimento do Par\\u0026#225; e de toda a regi\\u0026#227;o Norte.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Atualmente, contamos com mais de 60 profissionais PCDs\\r\\ndistribu\\u0026#237;dos em posi\\u0026#231;\\u0026#245;es istrativas, operacionais e t\\u0026#233;cnicas. Continuaremos\\r\\nevoluindo no prop\\u0026#243;sito de crescimento da regi\\u0026#227;o e de nosso pa\\u0026#237;s atrav\\u0026#233;s de\\r\\noportunidades iguais, pois para a Sinobras: a for\\u0026#231;a de cada um constr\\u0026#243;i o\\r\\ndesenvolvimento de todos”, finaliza o consultor interno de RH.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p class=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\t\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;PCDs na Minera\\u0026amp;#231;\\u0026amp;#227;o: inclus\\u0026amp;#227;o gera conquistas no Par\\u0026amp;#225;\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/680000/767x0/infografico-deficiencia_00688606_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F680000%2Finfografico-deficiencia_00688606_1_.jpg%3Fxid%3D1827130%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748051710\\u0026amp;amp;xid=1827130\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/680000/767x0/infografico-deficiencia_00688606_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F680000%2Finfografico-deficiencia_00688606_1_.jpg%3Fxid%3D1827130%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748051710\\u0026amp;amp;xid=1827130\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Emerson Coe/DOL\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\u0026amp;nbsp;\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;INICIATIVAS\\r\\nV\\u0026#195;O AL\\u0026#201;M\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Como parte dos objetivos do grupo, est\\u0026#225; o desenvolvimento na\\r\\n\\u0026#225;rea social, cultural e econ\\u0026#244;mica, apoiando entidades do terceiro setor, que\\r\\nest\\u0026#227;o engajadas com esporte, empreendedorismo e assist\\u0026#234;ncia a crian\\u0026#231;as, jovens\\r\\ne idosos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Atualmente, o grupo apoia 27 institui\\u0026#231;\\u0026#245;es, beneficiando\\r\\n19.892 pessoas de forma direta e indireta, direcionando mensalmente\\r\\naproximadamente R$ 154 mil para o trabalho social.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Uma das institui\\u0026#231;\\u0026#245;es beneficiadas no Par\\u0026#225; est\\u0026#225; a Associa\\u0026#231;\\u0026#227;o\\r\\nde Pais e Amigos Excepcionais (APAE) de Marab\\u0026#225;, que atua na promo\\u0026#231;\\u0026#227;o de a\\u0026#231;\\u0026#245;es\\r\\nde defesa de direitos, preven\\u0026#231;\\u0026#227;o, orienta\\u0026#231;\\u0026#245;es e presta\\u0026#231;\\u0026#227;o de servi\\u0026#231;os para\\r\\npessoas com defici\\u0026#234;ncia.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Assim como em Marab\\u0026#225;, a Associa\\u0026#231;\\u0026#227;o de Pais e Amigos dos\\r\\nExcepcionais de Bel\\u0026#233;m (APAE) de Bel\\u0026#233;m foi fundada em novembro de 1962, com o\\r\\nobjetivo de atender pessoas com defici\\u0026#234;ncia mental.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A associa\\u0026#231;\\u0026#227;o tamb\\u0026#233;m atende pessoas com\\r\\ndefici\\u0026#234;ncia intelectual e m\\u0026#250;ltipla, denomina\\u0026#231;\\u0026#227;o correta para as pessoas atendidas,\\r\\nsegundo a psic\\u0026#243;loga Idaisa do Socorro Sales Novaes, que tamb\\u0026#233;m \\u0026#233; especialista\\r\\nem Neuroci\\u0026#234;ncias e Mestra em Teoria e Pesquisa do Comportamento.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Atualmente, a APAE de Bel\\u0026#233;m atende cerca de 500 usu\\u0026#225;rios,\\r\\nno per\\u0026#237;odo da manh\\u0026#227; e tarde. Entre as defici\\u0026#234;ncias mais comuns atendidas em\\r\\nBel\\u0026#233;m, est\\u0026#227;o: S\\u0026#237;ndrome de Down; paralisia (les\\u0026#227;o) cerebral; doen\\u0026#231;as raras e\\r\\nautismo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Inclus\\u0026#227;o como prop\\u0026#243;sito e pr\\u0026#225;tica. Esse \\u0026#233; o objetivo da\\r\\nAPAE, atrav\\u0026#233;s do Programa de Trabalho, Emprego e Renda, realizado em Bel\\u0026#233;m.\\r\\nAtrav\\u0026#233;s deles, segundo a psic\\u0026#243;loga, os usu\\u0026#225;rios aptos a ingressarem no mercado de\\r\\ntrabalho am por uma avalia\\u0026#231;\\u0026#227;o do perfil vocacional.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Diante disso, trabalhamos atividades complementares\\r\\n(conscientiza\\u0026#231;\\u0026#227;o da pr\\u0026#243;pria defici\\u0026#234;ncia pelos usu\\u0026#225;rios, normas de trabalho,\\r\\ndireitos e deveres junto \\u0026#224;s empresas, etc), visando uma melhor adapta\\u0026#231;\\u0026#227;o ao\\r\\nmercado de trabalho”, explica Idaisa.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;J\\u0026#225; na inclus\\u0026#227;o da pessoa com defici\\u0026#234;ncia em uma empresa, a\\r\\nAPAE adota a metodologia do “Emprego Apoiado”, cujo lema \\u0026#233; incluir e treinar no\\r\\npr\\u0026#243;prio local de trabalho.\\u0026amp;nbsp; \\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Psic\\u0026amp;#243;loga da APAE de Bel\\u0026amp;#233;m reconhece as conquistas da inclus\\u0026amp;#227;o de pessoas com defici\\u0026amp;#234;ncia no mercado de trabalho.\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/680000/767x0/apae-belem_00688606_2_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F680000%2Fapae-belem_00688606_2_.jpg%3Fxid%3D1827131%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748051710\\u0026amp;amp;xid=1827131\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/680000/767x0/apae-belem_00688606_2_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F680000%2Fapae-belem_00688606_2_.jpg%3Fxid%3D1827131%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748051710\\u0026amp;amp;xid=1827131\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; Psic\\u0026amp;#243;loga da APAE de Bel\\u0026amp;#233;m reconhece as conquistas da inclus\\u0026amp;#227;o de pessoas com defici\\u0026amp;#234;ncia no mercado de trabalho. |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Reprodu\\u0026amp;#231;\\u0026amp;#227;o\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\nPara a Mestra em Teoria e Pesquisa do Comportamento, os\\r\\nmaiores obst\\u0026#225;culos enfrentados pelas pessoas com defici\\u0026#234;ncia est\\u0026#227;o o\\r\\npreconceito e a cren\\u0026#231;a de que s\\u0026#227;o incapazes de exercerem qualquer tipo de\\r\\ntrabalho. Para ela, as empresas deveriam investir no potencial do trabalhador\\r\\ndeficiente, pois surpreendem em requisitos como motiva\\u0026#231;\\u0026#227;o, assiduidade e\\r\\nprestatividade.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“As empresas garantindo a inclus\\u0026#227;o de pessoas com\\r\\ndefici\\u0026#234;ncia, est\\u0026#227;o exercendo sua responsabilidade social, principalmente quanto\\r\\n\\u0026#224; diversidade, al\\u0026#233;m de proporcionar um ambiente igualit\\u0026#225;rio, de conviv\\u0026#234;ncia\\r\\nm\\u0026#250;tua entre seus funcion\\u0026#225;rios”, frisa a especialista.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A Mestra em Teoria e Pesquisa do Comportamento ressalta que\\r\\nos desafios ainda s\\u0026#227;o grandes e muita coisa ainda precisa mudar. Mas, para ela,\\r\\nh\\u0026#225; um grande avan\\u0026#231;o que precisa ser comemorado e, como se nota, a Sinobras\\r\\ncontribui para isto.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Ainda se pode melhorar muito, mas as conquistas est\\u0026#227;o no\\r\\n\\u0026#226;mbito pessoal dos usu\\u0026#225;rios, pois tornam-se independentes, com autonomia e\\r\\nautogest\\u0026#227;o, bem como contribuem financeiramente com suas fam\\u0026#237;lias”, finaliza a\\r\\npsic\\u0026#243;loga, apontando para um futuro n\\u0026#227;o apenas de respeito e investimento, mas\\r\\nmelhorias em que a inclus\\u0026#227;o gere conquistas e avan\\u0026#231;os aos PCDs no Par\\u0026#225;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Reportagem: \\u0026lt;/b\\u0026gt;Andressa Ferreira\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Dire\\u0026#231;\\u0026#227;o e edi\\u0026#231;\\u0026#227;o:\\u0026lt;/b\\u0026gt; Enderson Oliveira\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Edi\\u0026#231;\\u0026#227;o de v\\u0026#237;deos e multim\\u0026#237;dia: \\u0026lt;/b\\u0026gt;Emerson Coe\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Coordena\\u0026#231;\\u0026#227;o S\\u0026#234;nior: \\u0026lt;/b\\u0026gt;Ronald Sales\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Coordena\\u0026#231;\\u0026#227;o Executiva:\\u0026lt;/b\\u0026gt; Mauro Neto\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"mercado de trabalho, pessoas com deficiência, mineração no Pará,"}
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REPORTAGEM ESPECIAL

PCDs na Mineração: inclusão gera conquistas no Pará

Reportagem especial do DOL mostra que no Pará, as empresas estão começando a entender que precisam assumir a responsabilidade de investir na diversidade e inclusão.

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Imagem ilustrativa da notícia PCDs na Mineração: inclusão gera conquistas no Pará camera Siderúrgica Norte Brasil (Sinobrás), no Pará, celebra conquistas da inclusão no mercado de trabalho. | Emerson Coe/DOL

Preconceitos, estigmas, discriminações, resistências, barreiras físicas e até mesmo as “invisíveis”, presentes em normas e ausência de políticas específicas. Roberta, Ronigleicy e Moisés, funcionários da Siderúrgica Norte Brasil S.A. (Sinobras), em Marabá, sudeste do Pará, conhecem muito bem essa realidade e os desafios da inclusão de pessoas com deficiência (PCDs) no mercado de trabalho. No entanto, também conhecem as conquistas.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que mais de um bilhão de pessoas no mundo possuem algum tipo de deficiência. Para esta grande camada da população, as barreiras enfrentadas muitas vezes começam cedo. Os desafios são tantos que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 45% dos meninos e 32% das meninas completam o ensino primário em países em desenvolvimento.

Em cadeia, isto provoca o aumento do custo de vida em, pelo menos, um terço. Os dados refletem ainda, que mais de 50% das pessoas com deficiência não conseguem pagar por serviços de saúde.

É, caros leitores, o contexto é complexo e preocupante: as oportunidades de empregos são escassas e o custo de vida é alto para uma camada da população que precisa de mais cuidados com a saúde. Não por acaso, a situação, por vezes, torna-se angustiante.

“Eu estava no meu limite. Tomava remédios controlados, perdi 80% dos meus movimentos gradativamente”. O desabafo desesperador é de Roberta Duarte Oliveira, 43 anos, analista de benefícios e RH da Sinobras. Foi justamente na empresa, ligada ao Grupo Aço Cearense, do Estado do Ceará, que ela conseguiu estímulo, investimento e benefício para voltar a ter qualidade de vida.

Roberta nasceu com uma má formação no fêmur. Após perder os movimentos, foi na empresa em que trabalha até hoje, que enxergou um sinal de esperança. Através de um benefício oferecido, ela conseguiu ar por uma cirurgia complexa, de implante de uma prótese de quadril.

Só o raro procedimento pelo qual Roberta ou não foi suficiente. Ela ainda teve que reaprender a andar após ar por dois meses em reabilitação. Os desafios sempre foram constantes na vida de Roberta, mas ela nunca deixou de lutar por direitos básicos, seja o de viver bem pi de ter um bom trabalho e respeito na sociedade.

AVANÇOS NA PROMOÇÃO DA INCLUSÃO

Para a superação de desafios, é fundamental para muitas pessoas com deficiência a chamada “Lei de Cotas”, que completou 30 anos no dia 24 de julho de 2021. A lei estabelece uma porcentagem de vagas para pessoas com deficiência em empresa com 100 ou mais funcionários.

Segundo relatório da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério da Economia, atualmente são 372 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Entre 2015 e 2019, houve um aumento significativo de 12,42% nas contratações. O percentual maior de trabalhadores com deficiência contratados para as vagas está nas empresas privadas, com 52,48%.

Inserido neste contexto está Ronigleicy Oliveira Alencar, 37 anos, que trabalha há 10 anos na Sinobras e atualmente ocupa o cargo de Mantenedor Mecânico III.

Ele nasceu com deficiência auditiva. Quando criança, por volta dos 7 para 8 anos, o quadro começou a se agravar, até que ele precisou usar aparelho para facilitar seu processo de escuta e compreensão do mundo. Ronigleicy Oliveira Alencar ainda tentou fazer cirurgia, mas recebeu o diagnóstico dos médicos que dava conta de que nada iria adiantar para resolver definitivamente seu caso.

Ainda assim, ele prosseguiu em seu desenvolvimento pessoal e profissional e hoje nota a importância de políticas públicas que garantam a igualdade de oportunidades, como é o caso da Lei de Cotas, fundamental para minimizar a discriminação, além de ressaltar a importância da inclusão e a garantia da cidadania para os PCDs.

Além da Lei de Cotas, o direito ao trabalho para a pessoa com deficiência está garantido em tratados e normas internacionais da Organização Internacional do Trabalho e das Nações Unidas. Contudo, não basta contratar apenas para cumprir cota. É preciso investimento em ibilidade estrutural e funcional, além de promover campanhas de sensibilização dentro das empresas, como ocorre na Sinobras.

INCLUSÃO RIMA COM TRANSFORMAÇÃO

Foi graças ao trabalho e à integração com outras pessoas que Moisés Oliveira Melo, 56 anos, Mantenedor Mecânico II na Sinobras há 18 anos, primeiro em Tocantins e depois no Pará, adquiriu independência, autonomia e confiança, fundamentais para seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Moisés sofreu um acidente na empresa anterior em que trabalhava e teve dois dedos da mão esquerda amputados após serem prensados em uma máquina. Na época, ele não teve nenhum tipo de apoio ou auxílio.

Já na empresa – ou poderíamos dizer casa? – nova, de portas abertas, ele encontrou o acolhimento e o respeito que precisava e merecia. Oportunidades oferecidas e que aram de pai para filho, e hoje, eles dividem a experiência de trabalharem juntos.

A Lei de Cotas (Lei 8.213/1991) e a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), de 2015, garantem o direito ao trabalho às pessoas com algum tipo de deficiência física, sensorial, intelectual ou mental. Ou seja, empresas que possuem 100 ou mais funcionários devem preencher de 2% a 5% de suas vagas com pessoas com deficiência. As que descumprirem as obrigações da Lei de Cotas estão sujeitas a punições.

Entretanto, independentemente da exigência de cotas, ilson Rocha, consultor interno de RH da Sinobras, reconhece a importância da inclusão e inserção de PCDs no mercado de trabalho.

“Respeitamos a diversidade e valorização a comunicação transparente. Contratamos colaboradores independente de raça, gênero, cor, religião e opinião política e esse contraste possibilita novas experiências, contribuindo para um ambiente mais democrático”, destaca.

ilson Rocha, consultor interno de RH da Sinobras, destaca a importância da inclusão.
📷 ilson Rocha, consultor interno de RH da Sinobras, destaca a importância da inclusão. |Reprodução

Integrando o Grupo Aço Cearense, que possui mais de 42 anos de atuação no mercado brasileiro, e atualmente conta com 1.300 colaboradores, a Sinobras - primeira siderúrgica integrada das regiões Norte e Nordeste - contribui há 15 anos com o desenvolvimento do Pará e de toda a região Norte.

“Atualmente, contamos com mais de 60 profissionais PCDs distribuídos em posições istrativas, operacionais e técnicas. Continuaremos evoluindo no propósito de crescimento da região e de nosso país através de oportunidades iguais, pois para a Sinobras: a força de cada um constrói o desenvolvimento de todos”, finaliza o consultor interno de RH.

PCDs na Mineração: inclusão gera conquistas no Pará
📷 |Emerson Coe/DOL

INICIATIVAS VÃO ALÉM

Como parte dos objetivos do grupo, está o desenvolvimento na área social, cultural e econômica, apoiando entidades do terceiro setor, que estão engajadas com esporte, empreendedorismo e assistência a crianças, jovens e idosos.

Atualmente, o grupo apoia 27 instituições, beneficiando 19.892 pessoas de forma direta e indireta, direcionando mensalmente aproximadamente R$ 154 mil para o trabalho social.

Uma das instituições beneficiadas no Pará está a Associação de Pais e Amigos Excepcionais (APAE) de Marabá, que atua na promoção de ações de defesa de direitos, prevenção, orientações e prestação de serviços para pessoas com deficiência.

Assim como em Marabá, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Belém (APAE) de Belém foi fundada em novembro de 1962, com o objetivo de atender pessoas com deficiência mental.

A associação também atende pessoas com deficiência intelectual e múltipla, denominação correta para as pessoas atendidas, segundo a psicóloga Idaisa do Socorro Sales Novaes, que também é especialista em Neurociências e Mestra em Teoria e Pesquisa do Comportamento.

Atualmente, a APAE de Belém atende cerca de 500 usuários, no período da manhã e tarde. Entre as deficiências mais comuns atendidas em Belém, estão: Síndrome de Down; paralisia (lesão) cerebral; doenças raras e autismo.

Inclusão como propósito e prática. Esse é o objetivo da APAE, através do Programa de Trabalho, Emprego e Renda, realizado em Belém. Através deles, segundo a psicóloga, os usuários aptos a ingressarem no mercado de trabalho am por uma avaliação do perfil vocacional.

“Diante disso, trabalhamos atividades complementares (conscientização da própria deficiência pelos usuários, normas de trabalho, direitos e deveres junto às empresas, etc), visando uma melhor adaptação ao mercado de trabalho”, explica Idaisa.

Já na inclusão da pessoa com deficiência em uma empresa, a APAE adota a metodologia do “Emprego Apoiado”, cujo lema é incluir e treinar no próprio local de trabalho.

Psicóloga da APAE de Belém reconhece as conquistas da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
📷 Psicóloga da APAE de Belém reconhece as conquistas da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. |Reprodução

Para a Mestra em Teoria e Pesquisa do Comportamento, os maiores obstáculos enfrentados pelas pessoas com deficiência estão o preconceito e a crença de que são incapazes de exercerem qualquer tipo de trabalho. Para ela, as empresas deveriam investir no potencial do trabalhador deficiente, pois surpreendem em requisitos como motivação, assiduidade e prestatividade.

“As empresas garantindo a inclusão de pessoas com deficiência, estão exercendo sua responsabilidade social, principalmente quanto à diversidade, além de proporcionar um ambiente igualitário, de convivência mútua entre seus funcionários”, frisa a especialista.

A Mestra em Teoria e Pesquisa do Comportamento ressalta que os desafios ainda são grandes e muita coisa ainda precisa mudar. Mas, para ela, há um grande avanço que precisa ser comemorado e, como se nota, a Sinobras contribui para isto.

“Ainda se pode melhorar muito, mas as conquistas estão no âmbito pessoal dos usuários, pois tornam-se independentes, com autonomia e autogestão, bem como contribuem financeiramente com suas famílias”, finaliza a psicóloga, apontando para um futuro não apenas de respeito e investimento, mas melhorias em que a inclusão gere conquistas e avanços aos PCDs no Pará.

Reportagem: Andressa Ferreira

Direção e edição: Enderson Oliveira

Edição de vídeos e multimídia: Emerson Coe

Coordenação Sênior: Ronald Sales

Coordenação Executiva: Mauro Neto

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