Belém: Conselho sugere nova tarifa de ônibus para R$ 5,01

Em média, 1,5 milhão de pessoas dependem de ônibus para se locomover pela Região Metropolitana de Belém seja para ir trabalhar, para uma consulta médica ou para a escola.

Na manhã desta quinta-feira (24), o Conselho Municipal de Transporte acatou a proposta da Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) de aumentar a tarifa de ônibus para R$ 5,01.

O reajuste segue para homologação do Prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), que poderá acatar ou não o valor. O prefeito não tem um prazo definido para homologar o novo valor da agem de ônibus, mas a expectativa é isso seja definido ainda esta semana.

A priori, o valor da agem continua R$ 3,60 e os ageiros só irão pagar o novo valor depois da homologação no Diário Oficial do município.

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A reunião ocorreu na sede da Semob, no bairro da Sacramenta, com as presenças de 15 dos 18 membros do Conselho de Transporte. No total, 10 conselheiros votaram na proposta de reajustar a tarifa em 39,4%, ficando acima da inflação que é de 23%, desde maio de 2019 quando houve o último reajuste do preço da agem. Quatro conselheiros foram contra a proposta e um se absteve de votar.

Se o aumento da tarifa de ônibus levasse em consideração apenas a inflação do período, o valor da agem seria reajustado em 82 centavos, com isso aria a custar R$ 4,42.

O aumento afeta centenas de famílias que dependem do transporte coletivo urbano, inclusive quem mora nos municípios de Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Bárbara do Pará cujas linhas de ônibus levam e trazem para a capital.

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Ainda não se sabe se a tarifa do ônibus urbano que faz linha para Mosqueiro terá o percentual de reajuste proporcional ao aprovado pelo Conselho. Atualmente, a agem para a ilha custa R$5,80.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), a tarifa no valor de R$ 5,01 compromete quase 20% de um salário mínimo (que atualmente é de R$ 1.212). O gasto mensal do trabalhador, com duas agens diárias será de R$ 240,89.

“O bom seria, que ao fazer a homologação da nova tarifa, o Prefeito de Belém levasse em consideração o poder aquisitivo da população e não somente a recomposição técnica da tarifa”, disse o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena.