Desmatamento cai no Pará graças a ações integradas

Na contramão dos Estados Amazônicos, o Pará apresentou queda dos alertas de desmatamento segundo o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Em toda a região, foi registrada uma alta de 48% nos alertas de desmatamento no período, enquanto que no Pará a diminuição garantiu a preservação de 3km2, o que já demonstra resultado do trabalho feito de forma integrada e que ou a ocorrer de forma perene, desde o dia 15 de fevereiro, por meio da operação Curupira.

A expectativa é que o desmatamento diminua ainda mais com a implantação de bases fixas. Os dados analisados pelo Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) foram divulgados ontem, 10.

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Segundo dados do Deter, em fevereiro de 2023 foram registrados 290,75 km2 de área recoberta por alertas de desmatamento em toda a região da Amazônia Legal. Em relação ao período 2021-2022, o desmatamento na Amazônia foi 48% maior que o período atual, enquanto que o Pará obteve redução de 5%. Dentre os estados que apresentaram maiores aumentos, destacam-se o Mato Grosso com 107%, Roraima e Rondônia com 28%.

ACUMULADOS

Ao analisar os dados acumulados do calendário Prodes (agosto a fevereiro), os meses mais críticos correspondem aos meses de agosto e setembro, que antecederam ao período eleitoral, e quando ainda estavam em vigor medidas que ocasionaram o relaxamento de fiscalização ambiental por parte do Governo Federal, que possui jurisdição de 70% do território paraense.

“O governo do Pará sempre agiu no combate à ilícitos ambientais ao tempo em que fomenta a mudança do uso do solo e a uma nova matriz econômica e um desenvolvimento socioambiental sustentável realizando ações previstas dentro do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA). Atualmente, estamos agindo de forma mais enérgica por meio da Operação Curupira”, pontuou o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida.

“Por outro lado, com o início da implantação do Plano Estadual de Bioeconomia queremos dar outra opção de renda para aqueles que tiravam o seu sustento de atividades ilegais”, concluiu o titular da Semas.