{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/para/812645/como-os-videogames-influenciam-o-comportamento-das-pessoas","headline":"Como os videogames influenciam o comportamento das pessoas","datePublished":"2023-06-04T07:45:01.79-03:00","dateModified":"2023-06-04T07:44:55-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Cintia Magno","url":"/noticias/para/812645/como-os-videogames-influenciam-o-comportamento-das-pessoas"},"image":"/img/Artigo-Destaque/810000/Design-sem-nome---2023-06-04T073940435_00812645_0_.jpg?xid=2648500","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Afinal, até que ponto os jogos podem influenciar o comportamento das pessoas? Para tentar responder a esta pergunta o DIÁRIO ouviu dois especialistas. Confira!","articleBody":"\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;A discuss\\u0026#227;o acerca da influ\\u0026#234;ncia dos videogames e jogos eletr\\u0026#244;nicos no comportamento das crian\\u0026#231;as e jovens n\\u0026#227;o \\u0026#233; necessariamente uma novidade, mas com a presen\\u0026#231;a cada vez maior dos jogos digitais na vida cotidiana e a grande no\\u0026#231;\\u0026#227;o de realidade alcan\\u0026#231;ada pela tecnologia o assunto \\u0026#233; retomado de tempos em tempos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;A quest\\u0026#227;o \\u0026#233; ainda mais acirrada quando se consideram jogos que simulam situa\\u0026#231;\\u0026#245;es violentas, como os que os personagens n\\u0026#227;o hesitam em atirar em outras pessoas, roubar ou explodir carros para alcan\\u0026#231;ar um objetivo. Mas, afinal, at\\u0026#233; que ponto os jogos podem influenciar o comportamento das pessoas?\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;A pedagoga, especialista em neuropsicopedagogia e mestranda em educa\\u0026#231;\\u0026#227;o, Bruna Pinto, considera que n\\u0026#227;o existe uma resposta simples e direta para esta quest\\u0026#227;o. Ainda que os jogos eletr\\u0026#244;nicos n\\u0026#227;o sejam uma novidade na pauta de discuss\\u0026#227;o entre especialistas no assunto do desenvolvimento infantil, ela aponta que se deve considerar o fato de o cen\\u0026#225;rio do desenvolvimento infantil hoje ser o de uma gera\\u0026#231;\\u0026#227;o nativa digital.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;“As crian\\u0026#231;as j\\u0026#225; nascem nesse mundo digital e desde cedo est\\u0026#227;o tendo o a instrumentos tecnol\\u0026#243;gicos digitais que as exp\\u0026#245;em a muitas informa\\u0026#231;\\u0026#245;es e est\\u0026#237;mulos, como no caso dos jogos eletr\\u0026#244;nicos. Quando uma crian\\u0026#231;a joga excessivamente em celulares, tabletes ou videogames, ela acostuma o c\\u0026#233;rebro a ser bombardeado de est\\u0026#237;mulos e respostas por meio de recompensas r\\u0026#225;pidas e isso faz com que o c\\u0026#233;rebro libere dopamina, e quando liberada provoca a sensa\\u0026#231;\\u0026#227;o de prazer, satisfa\\u0026#231;\\u0026#227;o e aumenta a motiva\\u0026#231;\\u0026#227;o, mas quando liberada em excesso est\\u0026#225; diretamente ligada ao v\\u0026#237;cio, o que j\\u0026#225; se torna preocupante, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento infantil”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;A pedagoga considera, inclusive, que \\u0026#233; poss\\u0026#237;vel observar crian\\u0026#231;as que jogam excessivamente em eletr\\u0026#244;nicos mais ansiosas, querendo cada vez mais respostas prontas e r\\u0026#225;pidas, al\\u0026#233;m de apresentarem dificuldade em desenvolver compet\\u0026#234;ncias socioemocionais. N\\u0026#227;o \\u0026#224; toa, em 2020 a Organiza\\u0026#231;\\u0026#227;o Mundial de Sa\\u0026#250;de (OMS) incluiu o v\\u0026#237;cio em videogames na nova Classifica\\u0026#231;\\u0026#227;o Internacional de Doen\\u0026#231;as (CID), caracterizando-o como dist\\u0026#250;rbio em jogos (Game Disorder).\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;INFLU\\u0026#202;NCIA\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;Mais especificamente sobre a influ\\u0026#234;ncia dos games no comportamento, o que os estudos t\\u0026#234;m apontado s\\u0026#227;o tanto aspectos positivos, quanto negativos. “As pesquisas realizadas nos \\u0026#250;ltimos 5 anos sobre a influ\\u0026#234;ncia dos jogos eletr\\u0026#244;nicos de qualquer categoria no comportamento das pessoas, sobretudo as meta-an\\u0026#225;lises, apontam que h\\u0026#225; influ\\u0026#234;ncias positivas e negativas”, explica Bruna Pinto.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;“Agora, quando relacionamos jogos eletr\\u0026#244;nicos de viol\\u0026#234;ncia aos casos violentos reais, como os ataques recentes \\u0026#224;s escolas, por exemplo, \\u0026#233; necess\\u0026#225;rio considerar outros aspectos. N\\u0026#227;o \\u0026#233; poss\\u0026#237;vel afirmar que uma pessoa que apresenta comportamentos agressivos ou comete algum ato criminoso seja influenciada apenas pelos jogos eletr\\u0026#244;nicos de viol\\u0026#234;ncia”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;A especialista em neuropsicopedagogia considera que \\u0026#233; evidente que eventos tr\\u0026#225;gicos como os citados s\\u0026#227;o consequ\\u0026#234;ncias de in\\u0026#250;meros fatores e t\\u0026#234;m ra\\u0026#237;zes muito profundas em uma sociedade cheia de problemas sociais.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;“Algumas pesquisas apontam para pequenas correla\\u0026#231;\\u0026#245;es entre jogos violentos e alguns comportamentos mais agressivos em crian\\u0026#231;as, como o de gritar e empurrar, mas culpar os videogames sobre os casos de viol\\u0026#234;ncia na sociedade n\\u0026#227;o \\u0026#233; cientificamente s\\u0026#243;lido e desvia a aten\\u0026#231;\\u0026#227;o de outros fatores”, pontua.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;“Agora, \\u0026#233; de extrema import\\u0026#226;ncia ressaltar que deixar crian\\u0026#231;as jogarem jogos n\\u0026#227;o adequados \\u0026#224; faixa et\\u0026#225;ria e sobretudo violentos n\\u0026#227;o \\u0026#233; saud\\u0026#225;vel, pois pode confundir a cabe\\u0026#231;a da crian\\u0026#231;a que ainda est\\u0026#225; aprendendo a diferenciar fantasia da realidade, al\\u0026#233;m de agu\\u0026#231;ar a curiosidade no manuseio de armas de fogo, por exemplo, o que \\u0026#233; muito perigoso”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;Considerando, justamente, a possibilidade de influ\\u0026#234;ncias tanto positivas, quanto negativas, a pedagoga aponta a necessidade de que, no caso de uso dos jogos eletr\\u0026#244;nicos por parte das crian\\u0026#231;as, os pais e respons\\u0026#225;veis se mantenham atentos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;“Tamb\\u0026#233;m h\\u0026#225; influ\\u0026#234;ncias positivas dos jogos eletr\\u0026#244;nicos, por\\u0026#233;m, os adultos respons\\u0026#225;veis precisam estar atentos aos excessos e \\u0026#224; faixa et\\u0026#225;ria adequada aos tipos de jogos que as crian\\u0026#231;as est\\u0026#227;o consumindo. \\u0026#201; importante saber que, quando usados de maneira adequada, os jogos eletr\\u0026#244;nicos podem trazer benef\\u0026#237;cios, ent\\u0026#227;o, cabe a n\\u0026#243;s, adultos, sabermos utilizar essa tecnologia para o bem, para o desenvolvimento positivo dessas crian\\u0026#231;as. Tem jogos eletr\\u0026#244;nicos que s\\u0026#227;o utilizados at\\u0026#233; em terapias, s\\u0026#227;o jogos colaborativos que estimulam algumas habilidades importantes nessa faixa et\\u0026#225;ria da primeira inf\\u0026#226;ncia at\\u0026#233; a adolesc\\u0026#234;ncia, ent\\u0026#227;o, h\\u0026#225; sim influ\\u0026#234;ncia positiva tamb\\u0026#233;m”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;EST\\u0026#205;MULOS\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;O psic\\u0026#243;logo e conselheiro do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Rodrigo Acioli, considera que, para al\\u0026#233;m da quest\\u0026#227;o do videogame especificamente, \\u0026#233; poss\\u0026#237;vel abrir o debate e considerar que qualquer est\\u0026#237;mulo pode influenciar o comportamento.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;Quando se fala em comportamento humano, deve-se considerar que o homem est\\u0026#225; inserido em uma sociedade, portanto, ele vive em um ambiente plural, com muitos est\\u0026#237;mulos tanto sociais, quanto ambientais, e, mais ainda, a est\\u0026#237;mulos externos, que v\\u0026#234;m de fora, e est\\u0026#237;mulos internos, que s\\u0026#227;o aqueles est\\u0026#237;mulos naturais, org\\u0026#226;nicos, chamados de comportamentos privados. S\\u0026#227;o os pensamentos, as sensa\\u0026#231;\\u0026#245;es diante de circunst\\u0026#226;ncias e que impulsionam, estimulam, encorajam ou n\\u0026#227;o o indiv\\u0026#237;duo a tomar determinadas atitudes e ter determinados comportamentos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;Neste cen\\u0026#225;rio, \\u0026#233; natural pensar que os videogames tamb\\u0026#233;m podem influenciar comportamentos, mas o psic\\u0026#243;logo considera que n\\u0026#227;o \\u0026#233; poss\\u0026#237;vel culpabilizar os videogames por comportamentos violentos observados na realidade, por exemplo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;“O videogame pode estimular, sim, pensamentos e sentimentos nas pessoas. No jogo de videogame tamb\\u0026#233;m existe adrenalina, atrav\\u0026#233;s de jogos de videogame as pessoas tamb\\u0026#233;m aprendem, estimulam reflexos, estimulam a intelectualidade, existem jogos de videogames que s\\u0026#227;o educacionais, ent\\u0026#227;o, o mais importante nessa hist\\u0026#243;ria n\\u0026#227;o \\u0026#233; culpabilizar os videogames ou os jogos”, avalia. “\\u0026#201; \\u0026#243;bvio que existem jogos que s\\u0026#227;o bacanas e jogos que n\\u0026#227;o s\\u0026#227;o t\\u0026#227;o bacanas, e existem pessoas que se sentem estimuladas de acordo com o jogo”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;Ainda que o game que a na tela n\\u0026#227;o seja uma realidade, e sim uma virtualidade, o jogo est\\u0026#225; acontecendo, o que faz com que a atitude e a a\\u0026#231;\\u0026#227;o sejam reais. Neste contexto, o psic\\u0026#243;logo considera que existem crian\\u0026#231;as e mesmo adolescentes, jovens e adultos que acabam reproduzindo esses comportamentos em brincadeiras, mas n\\u0026#227;o se deve esquecer que n\\u0026#227;o s\\u0026#243; o videogame pode influenciar comportamentos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;“Pessoas podem influenciar comportamentos, o que aquela pessoa vive na sociedade pode influenciar comportamentos, ent\\u0026#227;o \\u0026#233; um somat\\u0026#243;rio. Penso que n\\u0026#227;o d\\u0026#225; para dizer que o videogame \\u0026#233; o principal influenciador nesses comportamentos de viol\\u0026#234;ncia que existem. N\\u0026#243;s estar\\u0026#237;amos culpabilizando um objeto inanimado, que n\\u0026#227;o tem direito de resposta”, considera.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;“Ent\\u0026#227;o, a responsabilidade est\\u0026#225; muito maior em n\\u0026#243;s mesmos, respons\\u0026#225;veis, pais, amigos, parceiros, colegas na constru\\u0026#231;\\u0026#227;o dessa identidade, na constru\\u0026#231;\\u0026#227;o desses seres \\u0026#233;ticos, desses seres cr\\u0026#237;ticos na sociedade. N\\u0026#227;o d\\u0026#225; para responsabilizar o videogame porque isso \\u0026#233; um somat\\u0026#243;rio de circunst\\u0026#226;ncias de acordo com o ambiente que vivemos”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;Para al\\u0026#233;m dos comportamentos, os jogos eletr\\u0026#244;nicos ou os videogames tamb\\u0026#233;m estimulam a produ\\u0026#231;\\u0026#227;o de determinadas subst\\u0026#226;ncias qu\\u0026#237;micas no organismo, caracter\\u0026#237;stica que pode levar a uma rela\\u0026#231;\\u0026#227;o n\\u0026#227;o t\\u0026#227;o saud\\u0026#225;vel com esta ferramenta, mas, mais uma vez, essa condi\\u0026#231;\\u0026#227;o depende do uso feito pelo indiv\\u0026#237;duo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;O conselheiro do CFP, Rodrigo Acioli, aponta que a rela\\u0026#231;\\u0026#227;o de depend\\u0026#234;ncia com os jogos eletr\\u0026#244;nicos j\\u0026#225; era descrita pela literatura h\\u0026#225; bastante tempo, em diferentes estudos, artigos e publica\\u0026#231;\\u0026#245;es.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;“Existem pessoas que ficam dependentes desses est\\u0026#237;mulos gerados pelos jogos, independentemente de quais sejam eles, e isso a a ser, em alguns momentos, um problema de sa\\u0026#250;de tamb\\u0026#233;m. Hoje em dia, com certeza, essa tem\\u0026#225;tica j\\u0026#225; desenvolveu e cresceu muito, mas antigamente, at\\u0026#233; mesmo em livros de depend\\u0026#234;ncia qu\\u0026#237;mica voc\\u0026#234; encontrava cap\\u0026#237;tulos, artigos sobre jogos de videogame. Na \\u0026#233;poca isso era chamado de ciberdepend\\u0026#234;ncia. Ent\\u0026#227;o, o mais importante n\\u0026#227;o \\u0026#233; o controle do jogo em si, mas a rela\\u0026#231;\\u0026#227;o que n\\u0026#243;s temos com esses jogos”, avalia, antes de concluir que “\\u0026#233; preciso reconhecer que as nossas rela\\u0026#231;\\u0026#245;es s\\u0026#227;o o somat\\u0026#243;rio da intera\\u0026#231;\\u0026#227;o das ferramentas que n\\u0026#243;s temos com o mundo que n\\u0026#243;s vivemos, com as pessoas que n\\u0026#243;s vivemos, com a natureza, enfim. O desafio \\u0026#233; navegarmos de maneira saud\\u0026#225;vel sobre todas essas \\u0026#225;reas”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Limite de tempo no uso dessa tecnologia por crian\\u0026#231;as\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;Independentemente do tipo de jogo eletr\\u0026#244;nico, um ponto fundamental \\u0026#233; o limite, principalmente de tempo, no uso dessa tecnologia por crian\\u0026#231;as. \\u0026#201; preciso que pais e respons\\u0026#225;veis determinem o tempo de uso, respeitando as recomenda\\u0026#231;\\u0026#245;es da Sociedade Brasileira de Pediatria de acordo com cada faixa et\\u0026#225;ria, j\\u0026#225; que, segundo aponta a pedagoga, o uso excessivo de telas e longas jornadas em jogos eletr\\u0026#244;nicos podem prejudicar o desenvolvimento infantil em aspectos de sa\\u0026#250;de f\\u0026#237;sica e emocional.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;“Os pais precisam acompanhar tudo o que os filhos consomem na internet, seja por meio de v\\u0026#237;deos, redes sociais ou jogos. Atualmente, muitas crian\\u0026#231;as menores de 10 anos j\\u0026#225; possuem celular e \\u0026#233; poss\\u0026#237;vel controlar o o dos pequenos atrav\\u0026#233;s de aplicativos que vinculam o celular da crian\\u0026#231;a ao celular dos pais, e tudo que \\u0026#233; baixado e ado os respons\\u0026#225;veis t\\u0026#234;m o \\u0026#224;s informa\\u0026#231;\\u0026#245;es, inclusive sobre o tempo de uso de cada aplicativo do aparelho da crian\\u0026#231;a”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;Outra maneira de acompanhar esse uso \\u0026#233; os pais jogarem com os filhos, buscando entender a din\\u0026#226;mica dos jogos, qual tipo de a\\u0026#231;\\u0026#227;o precisa fazer para ganhar a recompensa, se o jogo \\u0026#233; adequado para a faixa et\\u0026#225;ria, quais est\\u0026#237;mulos pode provocar e se h\\u0026#225; intera\\u0026#231;\\u0026#227;o com desconhecidos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;“Vale ressaltar a observa\\u0026#231;\\u0026#227;o tamb\\u0026#233;m em rela\\u0026#231;\\u0026#227;o aos comportamentos da crian\\u0026#231;a, se ela est\\u0026#225; deixando de interagir com amigos e familiares, deixando de participar de atividades que gostava e priorizando os jogos, se est\\u0026#225; muito irritada, intolerante, com baixo desempenho acad\\u0026#234;mico ou ainda se imita comportamentos inadequados ou n\\u0026#227;o de personagens dos jogos eletr\\u0026#244;nicos. E, se for necess\\u0026#225;rio, procurar ajuda de especialistas na \\u0026#225;rea”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"vodeo game, comportamento, jogos"}
plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 30°
cotação atual R$


home
TECNOLOGIA

Como os videogames influenciam o comportamento das pessoas

Afinal, até que ponto os jogos podem influenciar o comportamento das pessoas? Para tentar responder a esta pergunta o DIÁRIO ouviu dois especialistas. Confira!

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Como os videogames influenciam o comportamento das pessoas camera Sobre a influência dos games, os estudos têm apontado tanto aspectos positivos quanto negativos | ( Divulgação )

A discussão acerca da influência dos videogames e jogos eletrônicos no comportamento das crianças e jovens não é necessariamente uma novidade, mas com a presença cada vez maior dos jogos digitais na vida cotidiana e a grande noção de realidade alcançada pela tecnologia o assunto é retomado de tempos em tempos.

A questão é ainda mais acirrada quando se consideram jogos que simulam situações violentas, como os que os personagens não hesitam em atirar em outras pessoas, roubar ou explodir carros para alcançar um objetivo. Mas, afinal, até que ponto os jogos podem influenciar o comportamento das pessoas?

A pedagoga, especialista em neuropsicopedagogia e mestranda em educação, Bruna Pinto, considera que não existe uma resposta simples e direta para esta questão. Ainda que os jogos eletrônicos não sejam uma novidade na pauta de discussão entre especialistas no assunto do desenvolvimento infantil, ela aponta que se deve considerar o fato de o cenário do desenvolvimento infantil hoje ser o de uma geração nativa digital.

“As crianças já nascem nesse mundo digital e desde cedo estão tendo o a instrumentos tecnológicos digitais que as expõem a muitas informações e estímulos, como no caso dos jogos eletrônicos. Quando uma criança joga excessivamente em celulares, tabletes ou videogames, ela acostuma o cérebro a ser bombardeado de estímulos e respostas por meio de recompensas rápidas e isso faz com que o cérebro libere dopamina, e quando liberada provoca a sensação de prazer, satisfação e aumenta a motivação, mas quando liberada em excesso está diretamente ligada ao vício, o que já se torna preocupante, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento infantil”.

A pedagoga considera, inclusive, que é possível observar crianças que jogam excessivamente em eletrônicos mais ansiosas, querendo cada vez mais respostas prontas e rápidas, além de apresentarem dificuldade em desenvolver competências socioemocionais. Não à toa, em 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu o vício em videogames na nova Classificação Internacional de Doenças (CID), caracterizando-o como distúrbio em jogos (Game Disorder).

INFLUÊNCIA

Mais especificamente sobre a influência dos games no comportamento, o que os estudos têm apontado são tanto aspectos positivos, quanto negativos. “As pesquisas realizadas nos últimos 5 anos sobre a influência dos jogos eletrônicos de qualquer categoria no comportamento das pessoas, sobretudo as meta-análises, apontam que há influências positivas e negativas”, explica Bruna Pinto.

“Agora, quando relacionamos jogos eletrônicos de violência aos casos violentos reais, como os ataques recentes às escolas, por exemplo, é necessário considerar outros aspectos. Não é possível afirmar que uma pessoa que apresenta comportamentos agressivos ou comete algum ato criminoso seja influenciada apenas pelos jogos eletrônicos de violência”.

A especialista em neuropsicopedagogia considera que é evidente que eventos trágicos como os citados são consequências de inúmeros fatores e têm raízes muito profundas em uma sociedade cheia de problemas sociais.

“Algumas pesquisas apontam para pequenas correlações entre jogos violentos e alguns comportamentos mais agressivos em crianças, como o de gritar e empurrar, mas culpar os videogames sobre os casos de violência na sociedade não é cientificamente sólido e desvia a atenção de outros fatores”, pontua.

“Agora, é de extrema importância ressaltar que deixar crianças jogarem jogos não adequados à faixa etária e sobretudo violentos não é saudável, pois pode confundir a cabeça da criança que ainda está aprendendo a diferenciar fantasia da realidade, além de aguçar a curiosidade no manuseio de armas de fogo, por exemplo, o que é muito perigoso”.

Considerando, justamente, a possibilidade de influências tanto positivas, quanto negativas, a pedagoga aponta a necessidade de que, no caso de uso dos jogos eletrônicos por parte das crianças, os pais e responsáveis se mantenham atentos.

“Também há influências positivas dos jogos eletrônicos, porém, os adultos responsáveis precisam estar atentos aos excessos e à faixa etária adequada aos tipos de jogos que as crianças estão consumindo. É importante saber que, quando usados de maneira adequada, os jogos eletrônicos podem trazer benefícios, então, cabe a nós, adultos, sabermos utilizar essa tecnologia para o bem, para o desenvolvimento positivo dessas crianças. Tem jogos eletrônicos que são utilizados até em terapias, são jogos colaborativos que estimulam algumas habilidades importantes nessa faixa etária da primeira infância até a adolescência, então, há sim influência positiva também”.

ESTÍMULOS

O psicólogo e conselheiro do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Rodrigo Acioli, considera que, para além da questão do videogame especificamente, é possível abrir o debate e considerar que qualquer estímulo pode influenciar o comportamento.

Quando se fala em comportamento humano, deve-se considerar que o homem está inserido em uma sociedade, portanto, ele vive em um ambiente plural, com muitos estímulos tanto sociais, quanto ambientais, e, mais ainda, a estímulos externos, que vêm de fora, e estímulos internos, que são aqueles estímulos naturais, orgânicos, chamados de comportamentos privados. São os pensamentos, as sensações diante de circunstâncias e que impulsionam, estimulam, encorajam ou não o indivíduo a tomar determinadas atitudes e ter determinados comportamentos.

Neste cenário, é natural pensar que os videogames também podem influenciar comportamentos, mas o psicólogo considera que não é possível culpabilizar os videogames por comportamentos violentos observados na realidade, por exemplo.

“O videogame pode estimular, sim, pensamentos e sentimentos nas pessoas. No jogo de videogame também existe adrenalina, através de jogos de videogame as pessoas também aprendem, estimulam reflexos, estimulam a intelectualidade, existem jogos de videogames que são educacionais, então, o mais importante nessa história não é culpabilizar os videogames ou os jogos”, avalia. “É óbvio que existem jogos que são bacanas e jogos que não são tão bacanas, e existem pessoas que se sentem estimuladas de acordo com o jogo”.

Ainda que o game que a na tela não seja uma realidade, e sim uma virtualidade, o jogo está acontecendo, o que faz com que a atitude e a ação sejam reais. Neste contexto, o psicólogo considera que existem crianças e mesmo adolescentes, jovens e adultos que acabam reproduzindo esses comportamentos em brincadeiras, mas não se deve esquecer que não só o videogame pode influenciar comportamentos.

“Pessoas podem influenciar comportamentos, o que aquela pessoa vive na sociedade pode influenciar comportamentos, então é um somatório. Penso que não dá para dizer que o videogame é o principal influenciador nesses comportamentos de violência que existem. Nós estaríamos culpabilizando um objeto inanimado, que não tem direito de resposta”, considera.

“Então, a responsabilidade está muito maior em nós mesmos, responsáveis, pais, amigos, parceiros, colegas na construção dessa identidade, na construção desses seres éticos, desses seres críticos na sociedade. Não dá para responsabilizar o videogame porque isso é um somatório de circunstâncias de acordo com o ambiente que vivemos”.

Para além dos comportamentos, os jogos eletrônicos ou os videogames também estimulam a produção de determinadas substâncias químicas no organismo, característica que pode levar a uma relação não tão saudável com esta ferramenta, mas, mais uma vez, essa condição depende do uso feito pelo indivíduo.

O conselheiro do CFP, Rodrigo Acioli, aponta que a relação de dependência com os jogos eletrônicos já era descrita pela literatura há bastante tempo, em diferentes estudos, artigos e publicações.

“Existem pessoas que ficam dependentes desses estímulos gerados pelos jogos, independentemente de quais sejam eles, e isso a a ser, em alguns momentos, um problema de saúde também. Hoje em dia, com certeza, essa temática já desenvolveu e cresceu muito, mas antigamente, até mesmo em livros de dependência química você encontrava capítulos, artigos sobre jogos de videogame. Na época isso era chamado de ciberdependência. Então, o mais importante não é o controle do jogo em si, mas a relação que nós temos com esses jogos”, avalia, antes de concluir que “é preciso reconhecer que as nossas relações são o somatório da interação das ferramentas que nós temos com o mundo que nós vivemos, com as pessoas que nós vivemos, com a natureza, enfim. O desafio é navegarmos de maneira saudável sobre todas essas áreas”.

Limite de tempo no uso dessa tecnologia por crianças

Independentemente do tipo de jogo eletrônico, um ponto fundamental é o limite, principalmente de tempo, no uso dessa tecnologia por crianças. É preciso que pais e responsáveis determinem o tempo de uso, respeitando as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria de acordo com cada faixa etária, já que, segundo aponta a pedagoga, o uso excessivo de telas e longas jornadas em jogos eletrônicos podem prejudicar o desenvolvimento infantil em aspectos de saúde física e emocional.

“Os pais precisam acompanhar tudo o que os filhos consomem na internet, seja por meio de vídeos, redes sociais ou jogos. Atualmente, muitas crianças menores de 10 anos já possuem celular e é possível controlar o o dos pequenos através de aplicativos que vinculam o celular da criança ao celular dos pais, e tudo que é baixado e ado os responsáveis têm o às informações, inclusive sobre o tempo de uso de cada aplicativo do aparelho da criança”.

Outra maneira de acompanhar esse uso é os pais jogarem com os filhos, buscando entender a dinâmica dos jogos, qual tipo de ação precisa fazer para ganhar a recompensa, se o jogo é adequado para a faixa etária, quais estímulos pode provocar e se há interação com desconhecidos.

“Vale ressaltar a observação também em relação aos comportamentos da criança, se ela está deixando de interagir com amigos e familiares, deixando de participar de atividades que gostava e priorizando os jogos, se está muito irritada, intolerante, com baixo desempenho acadêmico ou ainda se imita comportamentos inadequados ou não de personagens dos jogos eletrônicos. E, se for necessário, procurar ajuda de especialistas na área”.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. e: dol-br.noticiasalagoanas.com/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Notícias Pará

    Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

    Últimas Notícias