Educação ambiental será ensinada nas escolas estaduais

No Dia Mundial do Meio Ambiente, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), lançou a Política Pública de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima. Inédito no país, o programa está dividido em seis eixos, sendo uma das medidas a implementação da disciplina de educação ambiental de forma permanente na grade curricular de todos os anos e séries da educação básica das escolas da rede estadual de ensino do Pará.

O programa foi apresentado pelo secretário Rossieli Soares, titular da Seduc, durante um evento realizado na manhã de ontem (5) no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. Participaram da do ato de criação da política pública o governador Helder Barbalho; o secretário Rossieli Soares; o ministro da Educação, Camilo Santana; a vice-governadora Hana Ghassan; o secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Mauro Ó de Almeida, e a secretária estadual de Cultura (Secult), Úrsula Vidal.

Leia também:

Lula ressalta a importância da COP 30 ser em Belém

Médica orienta sobre doenças respiratórias em crianças

O evento contou com a presença de cerca de duas mil pessoas entre estudantes, professores, gestores das Diretorias Regionais de Ensino da Seduc, prefeitos de municípios do interior paraense e outras autoridades. A iniciativa integra as ações do Governo do Pará desenvolvidas para a proteção da Amazônia, que poderá servir de referência para o mundo em 2025, quando Belém sediará a Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP 30).

PROGRAMA

Além da disciplina de educação ambiental, os demais eixos da política pública estão divididos em: alfabetização ambiental para os 1º e 2º anos do ensino fundamental; ree de recursos via Programa Dinheiro na Escola Paraense; criação do Centro de Inovação de Sustentabilidade Ambiental da Educação Básica ( CISEB); solo sustentável e premiação para escolas estaduais e municipais com as melhores práticas da educação ambiental; e a implementação do Reflorestando Mentes, uma rede global de jovens líderes pela proteção e sustentabilidade da Amazônia.

No Alfabetiza Pará, por exemplo, a Seduc prevê o plantio de um milhão de árvores nas escolas de todo o estado, sendo realizado pelas crianças. O objetivo deste eixo é proporcionar aos alunos uma formação voltada para a sustentabilidade, preservação do meio ambiente, cidadania cultural e climática para que, desde cedo, eles sejam multiplicadores e ajudem a difundir informações sobre a temática primeiro dentro de casa e para a sociedade.

“Que possamos, a partir da educação ambiental, criar uma consciência na sociedade sobre a importância da movimentação e mobilização de todos em favor da sustentabilidade. Com iniciativas a partir de cada lar, até iniciativas estruturadas nas reduções de emissões, da construção de um pacto em que se preserve o meio ambiente e se cuide das pessoas. Acreditamos que o ambiente escolar é aquele que forma uma cultura de consciência e que as famílias estejam envolvidas, que cada comunidade esteja abraçando a causa. As ações governamentais se somam com cada iniciativa de cada cidadão na construção de um Estado sustentável. A educação é um pilar fundamental”, declara Helder Barbalho.

O titular da Seduc, Rossieli Soares, informou que o programa inicia nas escolas da rede estadual, mas a ideia é alcançar também as escolas da rede municipal de ensino no estado. “A Amazônia é a floresta tropical mais importante do nosso planeta. Se a nossa voz não for ouvida, vai ser muito difícil para o mundo e, principalmente, para nós. Precisamos começar cedo e são as nossas crianças. Vamos garantir 100% dos estudantes do estado do Pará tendo educação ambiental, sendo o primeiro lugar do Brasil e me atrevo a dizer que é o único lugar do mundo que terá isso. Já temos projetos incríveis sendo feitos tanto na rede municipal quanto estadual. A gente precisa mostrar e reconhecer o que eles estão fazendo. Belém vai sediar a COP e seremos o estado mais importante para o meio ambiente nos próximos anos e a educação também”, destaca.