{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/para/835704/impactos-ambientais-em-belem-sao-objetos-de-estudo","headline":"Impactos ambientais em Belém são objetos de estudo","datePublished":"2023-11-10T13:45:50.437-03:00","dateModified":"2023-11-10T13:45:26-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Luiz Octávio Lucas","url":"/noticias/para/835704/impactos-ambientais-em-belem-sao-objetos-de-estudo"},"image":"/img/Artigo-Destaque/830000/Belem-2_00835704_0_.jpg?xid=2768638","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Durante a COP 30, estudos relacionados ao tema serão apresentados para debate e busca de soluções frente aos representantes de países de todo mundo","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;A mitiga\\u0026#231;\\u0026#227;o de impactos das altera\\u0026#231;\\u0026#245;es clim\\u0026#225;ticas em zonas urbanas desafia a ci\\u0026#234;ncia em escala global. Durante a COP 30, estudos relacionados ao tema ser\\u0026#227;o apresentados para debate e busca de solu\\u0026#231;\\u0026#245;es frente aos representantes de pa\\u0026#237;ses de todo mundo. Contudo, vale lembrar que bem antes de Bel\\u0026#233;m ser escolhida como sede do evento mundial, a mitiga\\u0026#231;\\u0026#227;o dos impactos j\\u0026#225; tem sido objeto de estudo na academia.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Em Bel\\u0026#233;m, os professores doutores \\u0026#201;rico Gaspar Lisboa e Leonardo Augusto Lobato Bello s\\u0026#227;o pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Modelagem Urbana e Ambiental (Murbam) e docentes do Programa de P\\u0026#243;s-Gradua\\u0026#231;\\u0026#227;o em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano da Universidade da Amaz\\u0026#244;nia (Unama). Os dois reuniram v\\u0026#225;rias considera\\u0026#231;\\u0026#245;es a partir dos seus estudos, para compartilhar junto aos leitores do Di\\u0026#225;rio Documento Sustentabilidade.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A dupla pontua que as altera\\u0026#231;\\u0026#245;es clim\\u0026#225;ticas podem aumentar a frequ\\u0026#234;ncia e intensidade das chuvas e da polui\\u0026#231;\\u0026#227;o atmosf\\u0026#233;rica, o que pode vir a causar, em zonas urbanas, diversos impactos socioecon\\u0026#244;micos e ambientais. “Portanto, se faz necess\\u0026#225;rio e urgente adotar medidas mitigat\\u0026#243;rias que podem atuar em duas frentes: nas causas em escala global e local, principalmente nas consequ\\u0026#234;ncias (impactos) deste fen\\u0026#244;meno, com \\u0026#234;nfase nas cidades”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Conte\\u0026#250;dos relacionados\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;ul\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/brasil/835544/sustentabilidade-uma-questao-de-sobrevivencia?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;Sustentabilidade: uma quest\\u0026#227;o de sobreviv\\u0026#234;ncia\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/brasil/835268/maxima-na-casa-dos-40-devem-atingir-o-brasil-nesta-semana?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;M\\u0026#225;xima na casa dos 40\\u0026#186; devem atingir o Brasil nesta semana\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;/ul\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Confira a seguir as principais abordagens sustentadas pelos pesquisadores!\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Causas em escala global\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;No que se refere \\u0026#224;s causas em escala global, \\u0026#233; importante referir que um dos principais fatores que contribu\\u0026#237;ram para as mudan\\u0026#231;as clim\\u0026#225;ticas foi a Revolu\\u0026#231;\\u0026#227;o Industrial, que teve seu advento no s\\u0026#233;culo XVIII, em que o processo fabril ou a emitir altas concentra\\u0026#231;\\u0026#245;es de g\\u0026#225;s carb\\u0026#244;nico para a atmosfera.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Atualmente, o ritmo do crescimento econ\\u0026#244;mico e industrial ainda est\\u0026#225; assentado em fontes de energias f\\u0026#243;sseis. Segundo a Organiza\\u0026#231;\\u0026#227;o para a Coopera\\u0026#231;\\u0026#227;o e o Desenvolvimento Econ\\u0026#244;mico (OCDE), mais de 23 mil toneladas anuais de carbono s\\u0026#227;o emitidas para atmosfera pela atividade industrial.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Por outro lado, os inc\\u0026#234;ndios florestais, tamb\\u0026#233;m contribuem com um aumento de g\\u0026#225;s carb\\u0026#244;nico na atmosfera. A este prop\\u0026#243;sito, segundo dados recentes divulgados pelo Instituto de Pesquisas da Amaz\\u0026#244;nia (IPAM) na Confer\\u0026#234;ncia das Na\\u0026#231;\\u0026#245;es Unidas sobre Mudan\\u0026#231;as Clim\\u0026#225;ticas (COP 26), os inc\\u0026#234;ndios florestais na Amaz\\u0026#244;nia, relacionados ao desmatamento, poderiam aumentar as emiss\\u0026#245;es anuais de gases do efeito estufa em 21%.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Quer saber mais sobre as not\\u0026#237;cias do Par\\u0026#225;? \\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9IlAw2v1J02cbfQ31H\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;e nosso canal no Whatsapp\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Al\\u0026#233;m do g\\u0026#225;s carb\\u0026#244;nico, o fen\\u0026#244;meno do efeito estufa \\u0026#233; agravado pela emiss\\u0026#227;o de metano, cuja principal fonte adv\\u0026#233;m de pr\\u0026#225;ticas agr\\u0026#237;colas (estercos de animais e da planta\\u0026#231;\\u0026#227;o de arroz em campos inundados), e tem um potencial de aquecimento global dos gases do efeito estufa 21 vezes superior ao do g\\u0026#225;s carb\\u0026#244;nico.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Adicionalmente, nas cidades, fontes de emiss\\u0026#227;o de gases que podem potencializar o efeito estufa est\\u0026#227;o relacionados a ve\\u0026#237;culos movidos a gasolina e diesel. Al\\u0026#233;m da emiss\\u0026#227;o de g\\u0026#225;s carb\\u0026#244;nico, a combust\\u0026#227;o incompleta de ve\\u0026#237;culos emite para atmosfera o \\u0026#243;xido nitroso (N20) que tem potencial de aquecimento global 31% maior que o CO2.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;O que caracteriza o efeito estufa?\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O fen\\u0026#244;meno do efeito estufa \\u0026#233; caracterizado pela absor\\u0026#231;\\u0026#227;o dos gases (CO2, CH4, N2O) de parte das radia\\u0026#231;\\u0026#245;es infravermelhas que a Terra irradia para o espa\\u0026#231;o, o que provoca uma reten\\u0026#231;\\u0026#227;o do calor, pelo que no \\u0026#250;ltimo s\\u0026#233;culo provocou um aumento de 0,5\\u0026#186;C na temperatura do planeta. Embora seja de escala global, o efeito estufa tem provocado algumas altera\\u0026#231;\\u0026#245;es de ocorr\\u0026#234;ncia dos fen\\u0026#244;menos “El Ni\\u0026#241;o” e “La Ni\\u0026#241;a”, respectivamente associados a intensidade de secas e de chuvas em v\\u0026#225;rias regi\\u0026#245;es do planeta.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;O Protocolo de Quioto\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Atualmente, uma das medidas para mitigar as causas das altera\\u0026#231;\\u0026#245;es clim\\u0026#225;ticas est\\u0026#225; pautada nas a\\u0026#231;\\u0026#245;es previstas no Protocolo de Quioto. O Protocolo \\u0026#233; um tratado internacional ambiental de 1997 com compromissos mais r\\u0026#237;gidos para a redu\\u0026#231;\\u0026#227;o da emiss\\u0026#227;o dos gases que produzem o efeito estufa (causa do atual aquecimento global). Alguns pesquisadores consideram que, se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que a temperatura global reduza entre 1,4\\u0026#176;C e 5,8 \\u0026#176;C at\\u0026#233; 2100. Entretanto, pa\\u0026#237;ses desenvolvidos como os Estados Unidos n\\u0026#227;o ratificaram o protocolo, pois consideram que ele interferiria negativamente na economia norte-americana.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Outras medidas\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Al\\u0026#233;m do ponto de vista pol\\u0026#237;tico, outras medidas mitigat\\u0026#243;rias t\\u0026#234;m sido consideradas para atuar na causa das altera\\u0026#231;\\u0026#245;es clim\\u0026#225;ticas, como a busca de novas fontes de energia renov\\u0026#225;veis em detrimento das fontes f\\u0026#243;sseis existentes, como a energia e\\u0026#243;lica, fotovoltaica, a utiliza\\u0026#231;\\u0026#227;o de carros el\\u0026#233;tricos, hidroeletricidade etc.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Causas em escala local\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p class=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\t\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Em zonas urbanas como Bel\\u0026amp;#233;m, o fen\\u0026amp;#244;meno de ilhas de calor surge e deve ser combatido com planejamento urbano adequado\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/830000/767x0/Cidade-de-Belem-2_00835704_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F830000%2FCidade-de-Belem-2_00835704_0_.jpg%3Fxid%3D2768640%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747896780\\u0026amp;amp;xid=2768640\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/830000/767x0/Cidade-de-Belem-2_00835704_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F830000%2FCidade-de-Belem-2_00835704_0_.jpg%3Fxid%3D2768640%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747896780\\u0026amp;amp;xid=2768640\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; Em zonas urbanas como Bel\\u0026amp;#233;m, o fen\\u0026amp;#244;meno de ilhas de calor surge e deve ser combatido com planejamento urbano adequado |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Alex Ribeiro / Ag. Par\\u0026amp;#225;\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;Os professores doutores \\u0026#201;rico Gaspar Lisboa e Leonardo Augusto Lobato Bello destacam que importa considerar que, em escala local, as mudan\\u0026#231;as clim\\u0026#225;ticas associadas \\u0026#224;s a\\u0026#231;\\u0026#245;es antr\\u0026#243;picas, como a excessiva impermeabiliza\\u0026#231;\\u0026#227;o do solo (pela pavimenta\\u0026#231;\\u0026#227;o) e a verticaliza\\u0026#231;\\u0026#227;o de zonas densamente urbanizadas, t\\u0026#234;m provocado aquecimento do ar e consequente instabilidade atmosf\\u0026#233;rica, fen\\u0026#244;meno denominado de ilha de calor.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Menos verde, mais ilhas de calor\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;A pequena propor\\u0026#231;\\u0026#227;o de \\u0026#225;reas verdes em zonas urbanas \\u0026#233; uma das principais causas para o aparecimento das ilhas de calor, assim como materiais como o concreto e o asfalto, que revestem os pr\\u0026#233;dios, ruas e avenidas, favorecem a forma\\u0026#231;\\u0026#227;o deste fen\\u0026#244;meno.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;A alta concentra\\u0026#231;\\u0026#227;o de pr\\u0026#233;dios em zonas urbanas tamb\\u0026#233;m interfere na circula\\u0026#231;\\u0026#227;o dos ventos, impedindo a dispers\\u0026#227;o de poluentes, gerados pelas fontes fixas e m\\u0026#243;veis de polui\\u0026#231;\\u0026#227;o, e a entrada de umidade no ambiente urbano.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;Em zonas urbanas de cidade de grande irradia\\u0026#231;\\u0026#227;o solar, como Bel\\u0026#233;m, que se localiza em latitudes tropicais, o fen\\u0026#244;meno da ilha de calor proporciona uma sensa\\u0026#231;\\u0026#227;o de desconforto durante o dia, provocado pela baixa umidade e o aumento da temperatura na superf\\u0026#237;cie, al\\u0026#233;m de altera\\u0026#231;\\u0026#245;es no regimento de chuvas, cada vez mais intensas e frequentes.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Solu\\u0026#231;\\u0026#227;o para as ilhas de calor\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;A principal a\\u0026#231;\\u0026#227;o para combater este fen\\u0026#244;meno das ilhas de calor est\\u0026#225; no planejamento urbano adequado, visto que a maioria dos fatores causadores deste fen\\u0026#244;meno ocorre por conta de um processo de urbaniza\\u0026#231;\\u0026#227;o acelerado e desordenado das cidades.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Altera\\u0026#231;\\u0026#245;es no clima afetam os recursos h\\u0026#237;dricos nas zonas urbanas\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;Nas cidades, as altera\\u0026#231;\\u0026#245;es clim\\u0026#225;ticas afetam o dom\\u0026#237;nio dos recursos h\\u0026#237;dricos por duas principais vias: pela oferta e demanda de \\u0026#225;gua, o que coloca em risco a disponibilidade deste bem finito a v\\u0026#225;rios setores da atividade socioecon\\u0026#244;mica.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;Tais consequ\\u0026#234;ncias est\\u0026#227;o relacionadas \\u0026#224;s modifica\\u0026#231;\\u0026#245;es do regime de precipita\\u0026#231;\\u0026#245;es, que induz a varia\\u0026#231;\\u0026#245;es do volume e distribui\\u0026#231;\\u0026#227;o espa\\u0026#231;o-temporal de disponibilidade de \\u0026#225;gua nos reservat\\u0026#243;rios superficiais e subterr\\u0026#226;neos (aqu\\u0026#237;feros fre\\u0026#225;ticos e artesianos).\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;Dessa forma, duas consequ\\u0026#234;ncias podem ser consideradas pela combina\\u0026#231;\\u0026#227;o com aspectos clim\\u0026#225;ticos, relativamente associada ao aumento da temperatura: A escassez dos reservat\\u0026#243;rios, conduzido pelo aumento da evapotranspira\\u0026#231;\\u0026#227;o, impondo diminui\\u0026#231;\\u0026#227;o das disponibilidades anuais de \\u0026#225;gua. A outra \\u0026#233; a saliniza\\u0026#231;\\u0026#227;o dos solos, e consequente lixivia\\u0026#231;\\u0026#227;o (lavagem) para os aqu\\u0026#237;feros, resultando no fen\\u0026#244;meno de intrus\\u0026#227;o salina costeira, que pelo aumento do n\\u0026#237;vel do mar pode afetar a qualidade dos recursos h\\u0026#237;dricos subterr\\u0026#226;neos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Impactos no campo e na cidade\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;No que se refere \\u0026#224;s demandas de \\u0026#225;gua, al\\u0026#233;m da crescente necessidade de \\u0026#225;reas irrig\\u0026#225;veis para a pr\\u0026#225;tica da agricultura, sendo este o setor o maior consumidor de \\u0026#225;gua, impactos das altera\\u0026#231;\\u0026#245;es clim\\u0026#225;ticas poder\\u0026#227;o ser sentidas sobre a intensidade e a frequ\\u0026#234;ncia de situa\\u0026#231;\\u0026#245;es de cheias e de secas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;Assim, pode-se esperar inunda\\u0026#231;\\u0026#245;es provocadas pelas cheias, nos trechos dos rios e regi\\u0026#245;es costeiras, que possam ser agravadas pela subida do n\\u0026#237;vel do mar, associada \\u0026#224;s altera\\u0026#231;\\u0026#245;es clim\\u0026#225;ticas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;Em zonas densamente urbanizadas, as consequ\\u0026#234;ncias das altera\\u0026#231;\\u0026#245;es sobre o regime de precipita\\u0026#231;\\u0026#245;es provocam inunda\\u0026#231;\\u0026#245;es mais severas, com impactos socioecon\\u0026#244;micos cada vez mais significativos, como perda de bens m\\u0026#243;veis e im\\u0026#243;veis, at\\u0026#233; perdas de vidas humanas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Poss\\u0026#237;veis solu\\u0026#231;\\u0026#245;es\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;No que se refere a medidas estruturais, \\u0026#233; usual dimensionar estruturas hidr\\u0026#225;ulicas capazes de acelerar, desviar, amortecer ou retardar o escoamento das \\u0026#225;guas pluviais de forma eficaz a um custo poss\\u0026#237;vel de implementa\\u0026#231;\\u0026#227;o e manuten\\u0026#231;\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;Al\\u0026#233;m dos reservat\\u0026#243;rios e diques, as calhas dos rios urbanos podem ser artificialmente modificadas para facilitar o escoamento das \\u0026#225;guas pluviais. Entretanto, o escoamento por condutos e canais tende a transferir as inunda\\u0026#231;\\u0026#245;es de uma \\u0026#225;rea para outra. Estas medidas estruturais se caracterizam como sendo do tipo intensivas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;No \\u0026#226;mbito da bacia hidrogr\\u0026#225;fica e dos lotes, as medidas estruturais podem ser extensivas, como o controle de eros\\u0026#245;es e a cobertura vegetal de determinadas \\u0026#225;reas da bacia, e armazenamento de \\u0026#225;gua da chuva, bacias de deten\\u0026#231;\\u0026#227;o, tamb\\u0026#233;m podem ser adotadas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;Vale lembrar, contudo, que ainda que estes conjuntos de medidas estruturais possam atuar de forma integrada, a maioria das cidades brasileiras n\\u0026#227;o possui dota\\u0026#231;\\u0026#227;o or\\u0026#231;ament\\u0026#225;ria para implement\\u0026#225;-las.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;Outra observa\\u0026#231;\\u0026#227;o \\u0026#233; que tais medidas de controle de inunda\\u0026#231;\\u0026#245;es enfatizam as promo\\u0026#231;\\u0026#245;es das legisla\\u0026#231;\\u0026#245;es urbanas de ordenamento de uso e ocupa\\u0026#231;\\u0026#227;o do solo, as quais possam preservar os percursos naturais dos rios, n\\u0026#227;o demandando, exclusivamente, a implementa\\u0026#231;\\u0026#227;o de novas estruturas hidr\\u0026#225;ulicas em detrimento da manuten\\u0026#231;\\u0026#227;o das j\\u0026#225; existentes. Dentre as medidas n\\u0026#227;o estruturais, podem ser citadas: zoneamento das \\u0026#225;reas de risco; planejamento do uso do solo; sistemas de previs\\u0026#227;o e alerta; seguro contra enchentes; evacua\\u0026#231;\\u0026#227;o tempor\\u0026#225;ria da \\u0026#225;rea da v\\u0026#225;rzea; aumento da capacidade de escoamento do canal; e controle da eros\\u0026#227;o e reflorestamento\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p class=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\t\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Impactos ambientais em Bel\\u0026amp;#233;m s\\u0026amp;#227;o objetos de estudo\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/830000/767x0/Rodape_00835704_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F830000%2FRodape_00835704_1_.jpg%3Fxid%3D2768641%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747896780\\u0026amp;amp;xid=2768641\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/830000/767x0/Rodape_00835704_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F830000%2FRodape_00835704_1_.jpg%3Fxid%3D2768641%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747896780\\u0026amp;amp;xid=2768641\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;( Divulga\\u0026amp;#231;\\u0026amp;#227;o )\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;color: rgb(51, 51, 51);\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"a cidade e o clima, impactos ambientais em belem, cop30, estudos sobre clima"}
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A CIDADE E O CLIMA

Impactos ambientais em Belém são objetos de estudo

Durante a COP 30, estudos relacionados ao tema serão apresentados para debate e busca de soluções frente aos representantes de países de todo mundo

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Imagem ilustrativa da notícia Impactos ambientais em Belém são objetos de estudo camera (Marcelo Seabra/Ag. Pará)

A mitigação de impactos das alterações climáticas em zonas urbanas desafia a ciência em escala global. Durante a COP 30, estudos relacionados ao tema serão apresentados para debate e busca de soluções frente aos representantes de países de todo mundo. Contudo, vale lembrar que bem antes de Belém ser escolhida como sede do evento mundial, a mitigação dos impactos já tem sido objeto de estudo na academia.

Em Belém, os professores doutores Érico Gaspar Lisboa e Leonardo Augusto Lobato Bello são pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Modelagem Urbana e Ambiental (Murbam) e docentes do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano da Universidade da Amazônia (Unama). Os dois reuniram várias considerações a partir dos seus estudos, para compartilhar junto aos leitores do Diário Documento Sustentabilidade.

A dupla pontua que as alterações climáticas podem aumentar a frequência e intensidade das chuvas e da poluição atmosférica, o que pode vir a causar, em zonas urbanas, diversos impactos socioeconômicos e ambientais. “Portanto, se faz necessário e urgente adotar medidas mitigatórias que podem atuar em duas frentes: nas causas em escala global e local, principalmente nas consequências (impactos) deste fenômeno, com ênfase nas cidades”.

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Confira a seguir as principais abordagens sustentadas pelos pesquisadores!

Causas em escala global

No que se refere às causas em escala global, é importante referir que um dos principais fatores que contribuíram para as mudanças climáticas foi a Revolução Industrial, que teve seu advento no século XVIII, em que o processo fabril ou a emitir altas concentrações de gás carbônico para a atmosfera.

Atualmente, o ritmo do crescimento econômico e industrial ainda está assentado em fontes de energias fósseis. Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), mais de 23 mil toneladas anuais de carbono são emitidas para atmosfera pela atividade industrial.

Por outro lado, os incêndios florestais, também contribuem com um aumento de gás carbônico na atmosfera. A este propósito, segundo dados recentes divulgados pelo Instituto de Pesquisas da Amazônia (IPAM) na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26), os incêndios florestais na Amazônia, relacionados ao desmatamento, poderiam aumentar as emissões anuais de gases do efeito estufa em 21%.

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Além do gás carbônico, o fenômeno do efeito estufa é agravado pela emissão de metano, cuja principal fonte advém de práticas agrícolas (estercos de animais e da plantação de arroz em campos inundados), e tem um potencial de aquecimento global dos gases do efeito estufa 21 vezes superior ao do gás carbônico.

Adicionalmente, nas cidades, fontes de emissão de gases que podem potencializar o efeito estufa estão relacionados a veículos movidos a gasolina e diesel. Além da emissão de gás carbônico, a combustão incompleta de veículos emite para atmosfera o óxido nitroso (N20) que tem potencial de aquecimento global 31% maior que o CO2.

O que caracteriza o efeito estufa?

O fenômeno do efeito estufa é caracterizado pela absorção dos gases (CO2, CH4, N2O) de parte das radiações infravermelhas que a Terra irradia para o espaço, o que provoca uma retenção do calor, pelo que no último século provocou um aumento de 0,5ºC na temperatura do planeta. Embora seja de escala global, o efeito estufa tem provocado algumas alterações de ocorrência dos fenômenos “El Niño” e “La Niña”, respectivamente associados a intensidade de secas e de chuvas em várias regiões do planeta.

O Protocolo de Quioto

Atualmente, uma das medidas para mitigar as causas das alterações climáticas está pautada nas ações previstas no Protocolo de Quioto. O Protocolo é um tratado internacional ambiental de 1997 com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que produzem o efeito estufa (causa do atual aquecimento global). Alguns pesquisadores consideram que, se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que a temperatura global reduza entre 1,4°C e 5,8 °C até 2100. Entretanto, países desenvolvidos como os Estados Unidos não ratificaram o protocolo, pois consideram que ele interferiria negativamente na economia norte-americana.

Outras medidas

Além do ponto de vista político, outras medidas mitigatórias têm sido consideradas para atuar na causa das alterações climáticas, como a busca de novas fontes de energia renováveis em detrimento das fontes fósseis existentes, como a energia eólica, fotovoltaica, a utilização de carros elétricos, hidroeletricidade etc.

Causas em escala local

Em zonas urbanas como Belém, o fenômeno de ilhas de calor surge e deve ser combatido com planejamento urbano adequado
📷 Em zonas urbanas como Belém, o fenômeno de ilhas de calor surge e deve ser combatido com planejamento urbano adequado |Alex Ribeiro / Ag. Pará

Os professores doutores Érico Gaspar Lisboa e Leonardo Augusto Lobato Bello destacam que importa considerar que, em escala local, as mudanças climáticas associadas às ações antrópicas, como a excessiva impermeabilização do solo (pela pavimentação) e a verticalização de zonas densamente urbanizadas, têm provocado aquecimento do ar e consequente instabilidade atmosférica, fenômeno denominado de ilha de calor.

Menos verde, mais ilhas de calor

A pequena proporção de áreas verdes em zonas urbanas é uma das principais causas para o aparecimento das ilhas de calor, assim como materiais como o concreto e o asfalto, que revestem os prédios, ruas e avenidas, favorecem a formação deste fenômeno.

A alta concentração de prédios em zonas urbanas também interfere na circulação dos ventos, impedindo a dispersão de poluentes, gerados pelas fontes fixas e móveis de poluição, e a entrada de umidade no ambiente urbano.

Em zonas urbanas de cidade de grande irradiação solar, como Belém, que se localiza em latitudes tropicais, o fenômeno da ilha de calor proporciona uma sensação de desconforto durante o dia, provocado pela baixa umidade e o aumento da temperatura na superfície, além de alterações no regimento de chuvas, cada vez mais intensas e frequentes.

Solução para as ilhas de calor

A principal ação para combater este fenômeno das ilhas de calor está no planejamento urbano adequado, visto que a maioria dos fatores causadores deste fenômeno ocorre por conta de um processo de urbanização acelerado e desordenado das cidades.

Alterações no clima afetam os recursos hídricos nas zonas urbanas

Nas cidades, as alterações climáticas afetam o domínio dos recursos hídricos por duas principais vias: pela oferta e demanda de água, o que coloca em risco a disponibilidade deste bem finito a vários setores da atividade socioeconômica.

Tais consequências estão relacionadas às modificações do regime de precipitações, que induz a variações do volume e distribuição espaço-temporal de disponibilidade de água nos reservatórios superficiais e subterrâneos (aquíferos freáticos e artesianos).

Dessa forma, duas consequências podem ser consideradas pela combinação com aspectos climáticos, relativamente associada ao aumento da temperatura: A escassez dos reservatórios, conduzido pelo aumento da evapotranspiração, impondo diminuição das disponibilidades anuais de água. A outra é a salinização dos solos, e consequente lixiviação (lavagem) para os aquíferos, resultando no fenômeno de intrusão salina costeira, que pelo aumento do nível do mar pode afetar a qualidade dos recursos hídricos subterrâneos.

Impactos no campo e na cidade

No que se refere às demandas de água, além da crescente necessidade de áreas irrigáveis para a prática da agricultura, sendo este o setor o maior consumidor de água, impactos das alterações climáticas poderão ser sentidas sobre a intensidade e a frequência de situações de cheias e de secas.

Assim, pode-se esperar inundações provocadas pelas cheias, nos trechos dos rios e regiões costeiras, que possam ser agravadas pela subida do nível do mar, associada às alterações climáticas.

Em zonas densamente urbanizadas, as consequências das alterações sobre o regime de precipitações provocam inundações mais severas, com impactos socioeconômicos cada vez mais significativos, como perda de bens móveis e imóveis, até perdas de vidas humanas.

Possíveis soluções

No que se refere a medidas estruturais, é usual dimensionar estruturas hidráulicas capazes de acelerar, desviar, amortecer ou retardar o escoamento das águas pluviais de forma eficaz a um custo possível de implementação e manutenção.

Além dos reservatórios e diques, as calhas dos rios urbanos podem ser artificialmente modificadas para facilitar o escoamento das águas pluviais. Entretanto, o escoamento por condutos e canais tende a transferir as inundações de uma área para outra. Estas medidas estruturais se caracterizam como sendo do tipo intensivas.

No âmbito da bacia hidrográfica e dos lotes, as medidas estruturais podem ser extensivas, como o controle de erosões e a cobertura vegetal de determinadas áreas da bacia, e armazenamento de água da chuva, bacias de detenção, também podem ser adotadas.

Vale lembrar, contudo, que ainda que estes conjuntos de medidas estruturais possam atuar de forma integrada, a maioria das cidades brasileiras não possui dotação orçamentária para implementá-las.

Outra observação é que tais medidas de controle de inundações enfatizam as promoções das legislações urbanas de ordenamento de uso e ocupação do solo, as quais possam preservar os percursos naturais dos rios, não demandando, exclusivamente, a implementação de novas estruturas hidráulicas em detrimento da manutenção das já existentes. Dentre as medidas não estruturais, podem ser citadas: zoneamento das áreas de risco; planejamento do uso do solo; sistemas de previsão e alerta; seguro contra enchentes; evacuação temporária da área da várzea; aumento da capacidade de escoamento do canal; e controle da erosão e reflorestamento

Impactos ambientais em Belém são objetos de estudo
📷 |( Divulgação )
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