{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/para/868235/comunidade-de-moju-investe-em-agricultura-regenerativa","headline":"Comunidade de Moju investe em agricultura regenerativa","datePublished":"2024-07-21T08:59:45.997-03:00","dateModified":"2024-07-21T08:59:25.91-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Cintia Magno","url":"/noticias/para/868235/comunidade-de-moju-investe-em-agricultura-regenerativa"},"image":"/img/Artigo-Destaque/860000/Design-sem-nome---2024-07-21T080928023_00868235_0_.jpg?xid=2898223","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Descubra como a Vila Jutaí em Moju está transformando sua economia e ecologia através da agricultura regenerativa, com o apoio da Agropalma e iniciativas locais.","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A Vila Juta\\u0026#237;, localizada no munic\\u0026#237;pio de Moju (PA), abriga hoje uma popula\\u0026#231;\\u0026#227;o de 411 pessoas com um sentimento em comum: a esperan\\u0026#231;a por um futuro melhor que alie o desenvolvimento socioecon\\u0026#244;mico \\u0026#224; preserva\\u0026#231;\\u0026#227;o da natureza e do meio ambiente. Fundada h\\u0026#225; quase 50 anos, tem em seus moradores lembran\\u0026#231;as de tempos de muitas dificuldades, com falta de infraestrutura e busca pelo pertencimento ao munic\\u0026#237;pio.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“A hist\\u0026#243;ria da nossa vila remete aos tempos em que as pessoas vinham de outros lugares para praticar a ca\\u0026#231;a e a pesca para a sua sobreviv\\u0026#234;ncia”, lembra Raimundo Nonato Gon\\u0026#231;alves Pompeu, presidente da Associa\\u0026#231;\\u0026#227;o dos Agricultores de Jutaiteua.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ao longo dos anos, a comunidade se dedicou \\u0026#224; produ\\u0026#231;\\u0026#227;o agr\\u0026#237;cola, especialmente de mandioca e pimenta-do-reino, mas ainda dentro de uma realidade de bastante dificuldade para estas pessoas. At\\u0026#233; os anos 1990, era preciso andar quase 40 quil\\u0026#244;metros a p\\u0026#233; para poder vender o pouco que produziam e ter o aos servi\\u0026#231;os b\\u0026#225;sicos de sa\\u0026#250;de. “Naquela \\u0026#233;poca, o produtor tinha que produzir de 50 a 100 pacotes de farinha para poder ir na vila, fazer a feira e comprar os alimentos para o seu sustento”, recorda-se.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Comunidade de Moju investe em agricultura regenerativa\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/860000/767x0/Design-sem-nome---2024-07-21T081016964_00868235_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F860000%2FDesign-sem-nome---2024-07-21T081016964_00868235_0_.jpg%3Fxid%3D2898225%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747888692\\u0026amp;amp;xid=2898225\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/860000/767x0/Design-sem-nome---2024-07-21T081016964_00868235_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F860000%2FDesign-sem-nome---2024-07-21T081016964_00868235_0_.jpg%3Fxid%3D2898225%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747888692\\u0026amp;amp;xid=2898225\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Divulga\\u0026amp;#231;\\u0026amp;#227;o\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A realidade come\\u0026#231;ou a mudar com uma maior conscientiza\\u0026#231;\\u0026#227;o ambiental. Um acordo com a participa\\u0026#231;\\u0026#227;o do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov\\u0026#225;veis (Ibama) p\\u0026#244;s fim \\u0026#224; ca\\u0026#231;a e \\u0026#224; pesca na regi\\u0026#227;o e devolveu a \\u0026#225;gua aos igarap\\u0026#233;s.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Quer ler mais not\\u0026#237;cias do Par\\u0026#225;? \\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9IlAw2v1J02cbfQ31H\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot; rel=\\u0026quot;nofollow noopener noreferrer\\u0026quot; data-rel-defined=\\u0026quot;true\\u0026quot;\\u0026gt;e o nosso canal no WhatsApp!\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Outro marco para a comunidade da Vila Juta\\u0026#237; foi a cria\\u0026#231;\\u0026#227;o da associa\\u0026#231;\\u0026#227;o, em 2005, o que, ap\\u0026#243;s muitas reivindica\\u0026#231;\\u0026#245;es, viabilizou o reconhecimento por parte do munic\\u0026#237;pio de Moju. Come\\u0026#231;ava ent\\u0026#227;o uma nova luta: a busca por uma infraestrutura de o \\u0026#224; vila, com uma estrada inaugurada em 2010, e por pol\\u0026#237;ticas p\\u0026#250;blicas, com a abertura de uma escola em 2015.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Com esse desenvolvimento veio o maior desafio dessa comunidade: combater uma tentativa de invas\\u0026#227;o violenta de grileiros que se diziam donos das terras. Com a atua\\u0026#231;\\u0026#227;o institucional da associa\\u0026#231;\\u0026#227;o, conquistaram juridicamente o direito de permanecer nas terras onde sempre viveram.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h3\\u0026gt;Palma: uma nova esperan\\u0026#231;a\\u0026lt;/h3\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Atualmente, os produtores da Vila Juta\\u0026#237; vivem das culturas de a\\u0026#231;a\\u0026#237;, mandioca, pimenta-do-reino e cacau, que n\\u0026#227;o possuem mercado garantido. “Hoje plantamos e n\\u0026#227;o sabemos se vamos vender, pra quem vamos vender e por qual pre\\u0026#231;o”, explica Nonato.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Uma realidade que come\\u0026#231;a a mudar gra\\u0026#231;as \\u0026#224; ades\\u0026#227;o da comunidade ao Programa de Agricultura Familiar da Agropalma. Desde o ano ado, 17 fam\\u0026#237;lias iniciaram a planta\\u0026#231;\\u0026#227;o de 227 hectares de mudas de palma e devem come\\u0026#231;ar a colheita a partir de 2026. Como parte da parceria, a Agropalma tem o compromisso de comprar 100% da produ\\u0026#231;\\u0026#227;o das fam\\u0026#237;lias inseridas no programa, independentemente da varia\\u0026#231;\\u0026#227;o do mercado. A pol\\u0026#237;tica justa de precifica\\u0026#231;\\u0026#227;o \\u0026#233; um dos principais diferenciais da Agropalma e garante a sustentabilidade da parceria no longo prazo aos agricultores.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A empresa viabiliza que os agricultores familiares tenham o aos melhores materiais de plantio e insumos agr\\u0026#237;colas, inclusive mudas e adubos. Al\\u0026#233;m disso, fornece a eles aconselhamento, treinamento e acompanhamento sobre as melhores pr\\u0026#225;ticas de produ\\u0026#231;\\u0026#227;o, aliando t\\u0026#233;cnicas de agricultura regenerativa, prote\\u0026#231;\\u0026#227;o ambiental e requisitos legais. O programa de Agricultura Familiar da Agropalma refor\\u0026#231;a o compromisso da empresa com o desenvolvimento socioecon\\u0026#244;mico das comunidades locais e a sustentabilidade em todo o ciclo de seu neg\\u0026#243;cio, do cultivo \\u0026#224; produ\\u0026#231;\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Comunidade de Moju investe em agricultura regenerativa\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/860000/767x0/Design-sem-nome---2024-07-21T081047915_00868235_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F860000%2FDesign-sem-nome---2024-07-21T081047915_00868235_1_.jpg%3Fxid%3D2898226%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747888692\\u0026amp;amp;xid=2898226\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/860000/767x0/Design-sem-nome---2024-07-21T081047915_00868235_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F860000%2FDesign-sem-nome---2024-07-21T081047915_00868235_1_.jpg%3Fxid%3D2898226%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747888692\\u0026amp;amp;xid=2898226\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Divulga\\u0026amp;#231;\\u0026amp;#227;o\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-size: 1.17em; font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;Investimento em agricultura regenerativa\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Embora a palma seja a cultura mais rent\\u0026#225;vel, n\\u0026#227;o a pelo planejamento dos produtores da Vila Juta\\u0026#237; abandonar os outros cultivos. Com a assist\\u0026#234;ncia da Agropalma, eles est\\u0026#227;o adotando t\\u0026#233;cnicas baseadas em agricultura regenerativa em um cons\\u0026#243;rcio composto por palma e mandioca. A Agropalma sempre considera a aptid\\u0026#227;o do agricultor para outras culturas e n\\u0026#227;o h\\u0026#225; nenhuma imposi\\u0026#231;\\u0026#227;o sobre essa decis\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Essa \\u0026#233; uma iniciativa, com grande potencial de expans\\u0026#227;o. A empresa iniciou, em parceria com a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inova\\u0026#231;\\u0026#227;o Industrial) e a Universidade Federal de Vi\\u0026#231;osa, um estudo para desenvolvimento de sistemas agroflorestais (SAFs) como alternativa para cultivo da palma em escala comercial. A pesquisa considera aspectos mercadol\\u0026#243;gicos, t\\u0026#233;cnicos e econ\\u0026#244;micos e seus impactos para todas as partes interessadas (produtores e clientes).\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Tamb\\u0026#233;m ser\\u0026#225; realizado um diagn\\u0026#243;stico junto \\u0026#224;s institui\\u0026#231;\\u0026#245;es certificadoras e parceiras da Agropalma, visando compreender exig\\u0026#234;ncias e tend\\u0026#234;ncias relacionadas \\u0026#224; ado\\u0026#231;\\u0026#227;o de pr\\u0026#225;ticas agroflorestais e de manejo da palma alinhadas ao sistema org\\u0026#226;nico e aos conceitos de produ\\u0026#231;\\u0026#227;o sustent\\u0026#225;vel.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Os SAFs representam uma abordagem inovadora e sustent\\u0026#225;vel para o manejo da terra, que integra a agricultura com a preserva\\u0026#231;\\u0026#227;o ambiental. Diferentemente dos m\\u0026#233;todos convencionais, os sistemas agroflorestais, por exemplo, visam otimizar o uso da terra ao longo do ano, maximizando a produ\\u0026#231;\\u0026#227;o agr\\u0026#237;cola enquanto promovem a regenera\\u0026#231;\\u0026#227;o e preserva\\u0026#231;\\u0026#227;o da vegeta\\u0026#231;\\u0026#227;o existente.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Esse conceito \\u0026#233; bastante aderente \\u0026#224; produ\\u0026#231;\\u0026#227;o de palma, uma cultura considerada bastante sustent\\u0026#225;vel, principalmente pela sua capacidade de resgate significativo de carbono e efici\\u0026#234;ncia na utiliza\\u0026#231;\\u0026#227;o da terra. Ao absorver grandes quantidades de di\\u0026#243;xido de carbono da atmosfera durante seu crescimento, as planta\\u0026#231;\\u0026#245;es de palma contribuem ativamente para mitigar os impactos das mudan\\u0026#231;as clim\\u0026#225;ticas. Al\\u0026#233;m disso, sua alta produtividade por hectare permite alcan\\u0026#231;ar rendimentos substanciais em \\u0026#225;reas relativamente pequenas, comparadas a outras culturas agr\\u0026#237;colas. Essa efici\\u0026#234;ncia no uso da terra \\u0026#233; fundamental para a conserva\\u0026#231;\\u0026#227;o de ecossistemas naturais e a preserva\\u0026#231;\\u0026#227;o da biodiversidade, tornando a palma uma escolha promissora para promover pr\\u0026#225;ticas agr\\u0026#237;colas mais sustent\\u0026#225;veis.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h3\\u0026gt;Jos\\u0026#233; Maria: um elo entre a Agropalma e a Vila Juta\\u0026#237;\\u0026lt;/h3\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Al\\u0026#233;m de auxiliar os produtores a conseguir financiamentos banc\\u0026#225;rios, a Agropalma tamb\\u0026#233;m tem buscado aproxim\\u0026#225;-los de ind\\u0026#250;strias, potenciais compradoras das mat\\u0026#233;rias-primas que produzem.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Uma das pessoas \\u0026#224; frente dessa assist\\u0026#234;ncia \\u0026#224; comunidade \\u0026#233; Jose Maria Pompeu Le\\u0026#227;o. Nascido e criado na Vila Juta\\u0026#237;, hoje faz parte da equipe da Agropalma, atuando na prospec\\u0026#231;\\u0026#227;o de novas \\u0026#225;reas para plantio de palma. “Durante minha vida sempre vivi um dilema muito grande entre o amor por este lugar e a vontade de ir embora em busca de uma vida melhor. Mas decidi ficar e tenho buscado ajudar no desenvolvimento da comunidade, primeiro como um dos fundadores da associa\\u0026#231;\\u0026#227;o e, agora, fazendo o elo com a Agropalma”, conta.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Mesmo antes de entrar na Agropalma, ele teve uma participa\\u0026#231;\\u0026#227;o ativa no desenvolvimento da agricultura local. Ap\\u0026#243;s concluir um curso t\\u0026#233;cnico de agroneg\\u0026#243;cio no Senai, ou a disseminar o conhecimento adquirido para os outros produtores. Foi o primeiro o para a cria\\u0026#231;\\u0026#227;o do sistema agroflorestal na Vila Juta\\u0026#237;. “Todas as culturas s\\u0026#227;o importantes e geram renda para os produtores, mas a parceria com a Agropalma representa uma seguran\\u0026#231;a para essas fam\\u0026#237;lias”, completa.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Al\\u0026#233;m dos sistemas agroflorestais, a comunidade tamb\\u0026#233;m iniciou h\\u0026#225; pouco mais de um ano uma nova atividade econ\\u0026#244;mica, a apicultura, com o objetivo de comercializar mel e pr\\u0026#243;polis. “Nossos produtores est\\u0026#227;o muito empolgados com mais essa fonte de renda”, conta Jos\\u0026#233; Maria.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h3\\u0026gt;Sobre a Agropalma\\u0026lt;/h3\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A Agropalma \\u0026#233; a maior produtora de \\u0026#243;leo de palma sustent\\u0026#225;vel das Am\\u0026#233;ricas. Sua atua\\u0026#231;\\u0026#227;o perfaz toda a cadeia produtiva, da produ\\u0026#231;\\u0026#227;o de mudas ao \\u0026#243;leo refinado e gorduras especiais \\u0026#224;s solu\\u0026#231;\\u0026#245;es de alto valor agregado, incluindo produtos org\\u0026#226;nicos. Sua trajet\\u0026#243;ria come\\u0026#231;ou em 1982, no munic\\u0026#237;pio de Tail\\u0026#226;ndia, no Par\\u0026#225;. Hoje a empresa conta com seis ind\\u0026#250;strias de extra\\u0026#231;\\u0026#227;o de \\u0026#243;leo bruto, um terminal de exporta\\u0026#231;\\u0026#227;o alfandegado, duas refinarias e emprega cerca de 5 mil colaboradores. A Agropalma tem como prop\\u0026#243;sito tornar a palma sustent\\u0026#225;vel uma refer\\u0026#234;ncia brasileira. Para mais informa\\u0026#231;\\u0026#245;es, e: www.agropalma.com.br.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h3\\u0026gt;Cultivo de palma transforma vidas de fam\\u0026#237;lias no Par\\u0026#225;\\u0026lt;/h3\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O Programa de Agricultura Familiar implantado pela Agropalma j\\u0026#225; tirou da extrema pobreza 272 fam\\u0026#237;lias no Par\\u0026#225;. Nos \\u0026#250;ltimos dois anos, com o cultivo do dend\\u0026#234;, as fam\\u0026#237;lias faturaram, em m\\u0026#233;dia, R$ 15 mil por m\\u0026#234;s. Esse valor representa um aumento de aproximadamente 475% na renda m\\u0026#233;dia dos agricultores familiares nos \\u0026#250;ltimos 15 anos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“A Agropalma \\u0026#233; pioneira na palma para a agricultura familiar. O projeto, que come\\u0026#231;ou com 50 fam\\u0026#237;lias, j\\u0026#225; ficou cinco vezes maior e estamos trabalhando para sua amplia\\u0026#231;\\u0026#227;o. Ele \\u0026#233; extremamente estrat\\u0026#233;gico para a Agropalma, uma vez que 25% da nossa produ\\u0026#231;\\u0026#227;o vem do trabalho da agricultura familiar e dos produtores integrados”, explica Antonio Jorge Brand\\u0026#227;o, gerente do Programa de Integra\\u0026#231;\\u0026#227;o Agricultura Familiar e Produtores Integrados da Agropalma. “Mas o objetivo do projeto vai muito al\\u0026#233;m de sua contribui\\u0026#231;\\u0026#227;o para o neg\\u0026#243;cio. Nos orgulha imensamente a forma como mudamos as hist\\u0026#243;rias de muitas fam\\u0026#237;lias e disseminamos as melhores pr\\u0026#225;ticas de cultivo e preserva\\u0026#231;\\u0026#227;o ambiental”, completa o executivo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h3\\u0026gt;Transformando a natureza em produtos de beleza\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/h3\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Quando ainda trabalhava mapeando a regi\\u0026#227;o das ilhas de Bel\\u0026#233;m, a pedagoga Danielly Leite jamais imaginou que, em 2024, seria a empreendedora respons\\u0026#225;vel por comandar uma f\\u0026#225;brica de cosm\\u0026#233;ticos naturais instalada no distrito de Icoaraci, a Bioilha. A partir da oportunidade observada no contato pr\\u0026#243;ximo com os saberes das popula\\u0026#231;\\u0026#245;es ribeirinhas, ela encontrou uma maneira de transformar n\\u0026#227;o apenas a sua realidade, mas de dezenas de outras pessoas nas ilhas e na cidade.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Comunidade de Moju investe em agricultura regenerativa\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/860000/767x0/Design-sem-nome---2024-07-21T081113980_00868235_2_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F860000%2FDesign-sem-nome---2024-07-21T081113980_00868235_2_.jpg%3Fxid%3D2898227%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747888692\\u0026amp;amp;xid=2898227\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/860000/767x0/Design-sem-nome---2024-07-21T081113980_00868235_2_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F860000%2FDesign-sem-nome---2024-07-21T081113980_00868235_2_.jpg%3Fxid%3D2898227%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747888692\\u0026amp;amp;xid=2898227\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;(Foto: Cintia Magno)\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Danielly conta que durante os 10 anos em que atuou nas ilhas de Bel\\u0026#233;m, em projetos ligados \\u0026#224; educa\\u0026#231;\\u0026#227;o, conheceu muitas fam\\u0026#237;lias ribeirinhas que extra\\u0026#237;am \\u0026#243;leos vegetais e, naturalmente, come\\u0026#231;ou a levar essa produ\\u0026#231;\\u0026#227;o para vender no Ver-o-Peso. Ao compartilhar parte da sua rotina nas redes sociais, viu surgir a demanda por produtos feitos a partir dessa mat\\u0026#233;ria prima natural. “Eu comecei a mostrar o meu dia a dia na internet e, organicamente, em 2019, as pessoas come\\u0026#231;aram a pedir \\u0026#243;leo de Andiroba, o \\u0026#243;leo de copa\\u0026#237;ba e nisso eu percebi que tinha um potencial, que os nossos \\u0026#243;leos naturais da Amaz\\u0026#244;nia s\\u0026#227;o muito bem vistos por quem \\u0026#233; de fora”, lembra.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Comunidade de Moju investe em agricultura regenerativa\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/860000/767x0/Design-sem-nome---2024-07-21T081252938_00868235_3_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F860000%2FDesign-sem-nome---2024-07-21T081252938_00868235_3_.jpg%3Fxid%3D2898228%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747888692\\u0026amp;amp;xid=2898228\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/860000/767x0/Design-sem-nome---2024-07-21T081252938_00868235_3_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F860000%2FDesign-sem-nome---2024-07-21T081252938_00868235_3_.jpg%3Fxid%3D2898228%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747888692\\u0026amp;amp;xid=2898228\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;(Foto: Irene Almeida)\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Ent\\u0026#227;o, no final do ano de 2019 eu tomei uma decis\\u0026#227;o de pedir demiss\\u0026#227;o para me dedicar somente \\u0026#224; venda de \\u0026#243;leos vegetais, de produtos naturais que que eram das ilhas de Bel\\u0026#233;m. At\\u0026#233; ent\\u0026#227;o eu n\\u0026#227;o fabricava, eu s\\u0026#243; trabalhava na venda desses produtos que os meus amigos ribeirinhos produziam de forma bem artesanal, bem extrativista mesmo. Eu nunca imaginei que, por exemplo, em 2024 a gente estaria com uma f\\u0026#225;brica”.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Quando pediu demiss\\u0026#227;o para se dedicar ao novo projeto, os clientes come\\u0026#231;aram a perguntar se Danielly trabalhava com sabonetes e alguns cosm\\u0026#233;ticos feitos a partir de \\u0026#243;leos vegetais da Amaz\\u0026#244;nia. Foi quando ela come\\u0026#231;ou a estudar o assunto e a fabricar os sabonetes ainda em casa, no in\\u0026#237;cio de 2020. “Com isso, os clientes come\\u0026#231;aram a pedir outros cosm\\u0026#233;ticos, como cremes e esfoliantes e eu continuei a estudar e a me dedicar cada vez mais \\u0026#224; manipula\\u0026#231;\\u0026#227;o de cosm\\u0026#233;ticos naturais e a fabricar os meus pr\\u0026#243;prios cosm\\u0026#233;ticos com a mat\\u0026#233;ria prima da Amaz\\u0026#244;nia, sempre com a preocupa\\u0026#231;\\u0026#227;o de utilizar \\u0026#243;leos vegetais das comunidades ribeirinhas”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Comunidade de Moju investe em agricultura regenerativa\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/860000/767x0/Design-sem-nome---2024-07-21T081321084_00868235_4_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F860000%2FDesign-sem-nome---2024-07-21T081321084_00868235_4_.jpg%3Fxid%3D2898229%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747888692\\u0026amp;amp;xid=2898229\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/860000/767x0/Design-sem-nome---2024-07-21T081321084_00868235_4_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F860000%2FDesign-sem-nome---2024-07-21T081321084_00868235_4_.jpg%3Fxid%3D2898229%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747888692\\u0026amp;amp;xid=2898229\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;(Foto: Irene Almeida)\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Um princ\\u0026#237;pio que acompanha Danielly desde o in\\u0026#237;cio dessa jornada at\\u0026#233; hoje \\u0026#233; o de n\\u0026#227;o fazer uso de ingredientes derivados do petr\\u0026#243;leo, priorizando sempre produtos naturais e locais. “Diferente de outras f\\u0026#225;bricas, a gente n\\u0026#227;o utiliza BHT, por exemplo, um ingrediente que \\u0026#233; derivado do petr\\u0026#243;leo e que \\u0026#233; muito utilizado na ind\\u0026#250;stria cosm\\u0026#233;tica como conservante. Ent\\u0026#227;o, nossos produtos s\\u0026#227;o feitos o m\\u0026#225;ximo poss\\u0026#237;vel com ingredientes naturais e sempre valorizando a produ\\u0026#231;\\u0026#227;o extrativista, principalmente das comunidades ribeirinhas”, explica. “Com isso, os clientes abra\\u0026#231;aram o projeto da Bioilha, gostaram dos produtos, viram resultados e a gente foi crescendo gradativamente”.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Com a boa aceita\\u0026#231;\\u0026#227;o dos clientes, em 2021 a empreendedora tomou a decis\\u0026#227;o de formalizar a f\\u0026#225;brica junto \\u0026#224; Anvisa. Hoje, a f\\u0026#225;brica emprega uma equipe de mais de 10 pessoas, sendo a maioria mulheres, apenas um homem comp\\u0026#245;e a equipe. Com o trabalho em rede, n\\u0026#227;o apenas a vida da Danielly se transformou, mas tamb\\u0026#233;m as das mulheres empregadas na f\\u0026#225;brica e das comunidades ribeirinhas que tiveram uma fonte de renda a partir da extra\\u0026#231;\\u0026#227;o dos \\u0026#243;leos naturais da floresta.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Empreendedora encontrou na realidade das comunidades ribeirinhas a mat\\u0026amp;#233;ria-prima para a produ\\u0026amp;#231;\\u0026amp;#227;o de biocosm\\u0026amp;#233;ticos na f\\u0026amp;#225;brica instalada em Icoaraci, gerando emprego e renda para muita gente\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/860000/767x0/Design-sem-nome---2024-07-21T081139064_00868235_5_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F860000%2FDesign-sem-nome---2024-07-21T081139064_00868235_5_.jpg%3Fxid%3D2898230%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747888692\\u0026amp;amp;xid=2898230\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/860000/767x0/Design-sem-nome---2024-07-21T081139064_00868235_5_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F860000%2FDesign-sem-nome---2024-07-21T081139064_00868235_5_.jpg%3Fxid%3D2898230%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747888692\\u0026amp;amp;xid=2898230\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; Empreendedora encontrou na realidade das comunidades ribeirinhas a mat\\u0026amp;#233;ria-prima para a produ\\u0026amp;#231;\\u0026amp;#227;o de biocosm\\u0026amp;#233;ticos na f\\u0026amp;#225;brica instalada em Icoaraci, gerando emprego e renda para muita gente |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;(Foto: Irene Almeida\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“E a gente segue crescendo sem mudar aquilo que a gente iniciou, que \\u0026#233; a preocupa\\u0026#231;\\u0026#227;o de criar produtos que n\\u0026#227;o agridam nem o ser humano e nem a natureza. 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Comunidade de Moju investe em agricultura regenerativa

Com apoio da Agropalma, 17 agricultores familiares locais estão plantando palma em consórcio com a mandioca

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Imagem ilustrativa da notícia Comunidade de Moju investe em agricultura regenerativa camera Descubra como uma pequena vila no Pará está revolucionando a agricultura sustentável | Divulgação

A Vila Jutaí, localizada no município de Moju (PA), abriga hoje uma população de 411 pessoas com um sentimento em comum: a esperança por um futuro melhor que alie o desenvolvimento socioeconômico à preservação da natureza e do meio ambiente. Fundada há quase 50 anos, tem em seus moradores lembranças de tempos de muitas dificuldades, com falta de infraestrutura e busca pelo pertencimento ao município.

“A história da nossa vila remete aos tempos em que as pessoas vinham de outros lugares para praticar a caça e a pesca para a sua sobrevivência”, lembra Raimundo Nonato Gonçalves Pompeu, presidente da Associação dos Agricultores de Jutaiteua.

Ao longo dos anos, a comunidade se dedicou à produção agrícola, especialmente de mandioca e pimenta-do-reino, mas ainda dentro de uma realidade de bastante dificuldade para estas pessoas. Até os anos 1990, era preciso andar quase 40 quilômetros a pé para poder vender o pouco que produziam e ter o aos serviços básicos de saúde. “Naquela época, o produtor tinha que produzir de 50 a 100 pacotes de farinha para poder ir na vila, fazer a feira e comprar os alimentos para o seu sustento”, recorda-se.

Comunidade de Moju investe em agricultura regenerativa
📷 |Divulgação

A realidade começou a mudar com uma maior conscientização ambiental. Um acordo com a participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pôs fim à caça e à pesca na região e devolveu a água aos igarapés.

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Outro marco para a comunidade da Vila Jutaí foi a criação da associação, em 2005, o que, após muitas reivindicações, viabilizou o reconhecimento por parte do município de Moju. Começava então uma nova luta: a busca por uma infraestrutura de o à vila, com uma estrada inaugurada em 2010, e por políticas públicas, com a abertura de uma escola em 2015.

Com esse desenvolvimento veio o maior desafio dessa comunidade: combater uma tentativa de invasão violenta de grileiros que se diziam donos das terras. Com a atuação institucional da associação, conquistaram juridicamente o direito de permanecer nas terras onde sempre viveram.

Palma: uma nova esperança

Atualmente, os produtores da Vila Jutaí vivem das culturas de açaí, mandioca, pimenta-do-reino e cacau, que não possuem mercado garantido. “Hoje plantamos e não sabemos se vamos vender, pra quem vamos vender e por qual preço”, explica Nonato.

Uma realidade que começa a mudar graças à adesão da comunidade ao Programa de Agricultura Familiar da Agropalma. Desde o ano ado, 17 famílias iniciaram a plantação de 227 hectares de mudas de palma e devem começar a colheita a partir de 2026. Como parte da parceria, a Agropalma tem o compromisso de comprar 100% da produção das famílias inseridas no programa, independentemente da variação do mercado. A política justa de precificação é um dos principais diferenciais da Agropalma e garante a sustentabilidade da parceria no longo prazo aos agricultores.

A empresa viabiliza que os agricultores familiares tenham o aos melhores materiais de plantio e insumos agrícolas, inclusive mudas e adubos. Além disso, fornece a eles aconselhamento, treinamento e acompanhamento sobre as melhores práticas de produção, aliando técnicas de agricultura regenerativa, proteção ambiental e requisitos legais. O programa de Agricultura Familiar da Agropalma reforça o compromisso da empresa com o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais e a sustentabilidade em todo o ciclo de seu negócio, do cultivo à produção.

Comunidade de Moju investe em agricultura regenerativa
📷 |Divulgação

Investimento em agricultura regenerativa

Embora a palma seja a cultura mais rentável, não a pelo planejamento dos produtores da Vila Jutaí abandonar os outros cultivos. Com a assistência da Agropalma, eles estão adotando técnicas baseadas em agricultura regenerativa em um consórcio composto por palma e mandioca. A Agropalma sempre considera a aptidão do agricultor para outras culturas e não há nenhuma imposição sobre essa decisão.

Essa é uma iniciativa, com grande potencial de expansão. A empresa iniciou, em parceria com a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e a Universidade Federal de Viçosa, um estudo para desenvolvimento de sistemas agroflorestais (SAFs) como alternativa para cultivo da palma em escala comercial. A pesquisa considera aspectos mercadológicos, técnicos e econômicos e seus impactos para todas as partes interessadas (produtores e clientes).

Também será realizado um diagnóstico junto às instituições certificadoras e parceiras da Agropalma, visando compreender exigências e tendências relacionadas à adoção de práticas agroflorestais e de manejo da palma alinhadas ao sistema orgânico e aos conceitos de produção sustentável.

Os SAFs representam uma abordagem inovadora e sustentável para o manejo da terra, que integra a agricultura com a preservação ambiental. Diferentemente dos métodos convencionais, os sistemas agroflorestais, por exemplo, visam otimizar o uso da terra ao longo do ano, maximizando a produção agrícola enquanto promovem a regeneração e preservação da vegetação existente.

Esse conceito é bastante aderente à produção de palma, uma cultura considerada bastante sustentável, principalmente pela sua capacidade de resgate significativo de carbono e eficiência na utilização da terra. Ao absorver grandes quantidades de dióxido de carbono da atmosfera durante seu crescimento, as plantações de palma contribuem ativamente para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Além disso, sua alta produtividade por hectare permite alcançar rendimentos substanciais em áreas relativamente pequenas, comparadas a outras culturas agrícolas. Essa eficiência no uso da terra é fundamental para a conservação de ecossistemas naturais e a preservação da biodiversidade, tornando a palma uma escolha promissora para promover práticas agrícolas mais sustentáveis.

José Maria: um elo entre a Agropalma e a Vila Jutaí

Além de auxiliar os produtores a conseguir financiamentos bancários, a Agropalma também tem buscado aproximá-los de indústrias, potenciais compradoras das matérias-primas que produzem.

Uma das pessoas à frente dessa assistência à comunidade é Jose Maria Pompeu Leão. Nascido e criado na Vila Jutaí, hoje faz parte da equipe da Agropalma, atuando na prospecção de novas áreas para plantio de palma. “Durante minha vida sempre vivi um dilema muito grande entre o amor por este lugar e a vontade de ir embora em busca de uma vida melhor. Mas decidi ficar e tenho buscado ajudar no desenvolvimento da comunidade, primeiro como um dos fundadores da associação e, agora, fazendo o elo com a Agropalma”, conta.

Mesmo antes de entrar na Agropalma, ele teve uma participação ativa no desenvolvimento da agricultura local. Após concluir um curso técnico de agronegócio no Senai, ou a disseminar o conhecimento adquirido para os outros produtores. Foi o primeiro o para a criação do sistema agroflorestal na Vila Jutaí. “Todas as culturas são importantes e geram renda para os produtores, mas a parceria com a Agropalma representa uma segurança para essas famílias”, completa.

Além dos sistemas agroflorestais, a comunidade também iniciou há pouco mais de um ano uma nova atividade econômica, a apicultura, com o objetivo de comercializar mel e própolis. “Nossos produtores estão muito empolgados com mais essa fonte de renda”, conta José Maria.

Sobre a Agropalma

A Agropalma é a maior produtora de óleo de palma sustentável das Américas. Sua atuação perfaz toda a cadeia produtiva, da produção de mudas ao óleo refinado e gorduras especiais às soluções de alto valor agregado, incluindo produtos orgânicos. Sua trajetória começou em 1982, no município de Tailândia, no Pará. Hoje a empresa conta com seis indústrias de extração de óleo bruto, um terminal de exportação alfandegado, duas refinarias e emprega cerca de 5 mil colaboradores. A Agropalma tem como propósito tornar a palma sustentável uma referência brasileira. Para mais informações, e: www.agropalma.com.br.

Cultivo de palma transforma vidas de famílias no Pará

O Programa de Agricultura Familiar implantado pela Agropalma já tirou da extrema pobreza 272 famílias no Pará. Nos últimos dois anos, com o cultivo do dendê, as famílias faturaram, em média, R$ 15 mil por mês. Esse valor representa um aumento de aproximadamente 475% na renda média dos agricultores familiares nos últimos 15 anos.

“A Agropalma é pioneira na palma para a agricultura familiar. O projeto, que começou com 50 famílias, já ficou cinco vezes maior e estamos trabalhando para sua ampliação. Ele é extremamente estratégico para a Agropalma, uma vez que 25% da nossa produção vem do trabalho da agricultura familiar e dos produtores integrados”, explica Antonio Jorge Brandão, gerente do Programa de Integração Agricultura Familiar e Produtores Integrados da Agropalma. “Mas o objetivo do projeto vai muito além de sua contribuição para o negócio. Nos orgulha imensamente a forma como mudamos as histórias de muitas famílias e disseminamos as melhores práticas de cultivo e preservação ambiental”, completa o executivo.

Transformando a natureza em produtos de beleza

Quando ainda trabalhava mapeando a região das ilhas de Belém, a pedagoga Danielly Leite jamais imaginou que, em 2024, seria a empreendedora responsável por comandar uma fábrica de cosméticos naturais instalada no distrito de Icoaraci, a Bioilha. A partir da oportunidade observada no contato próximo com os saberes das populações ribeirinhas, ela encontrou uma maneira de transformar não apenas a sua realidade, mas de dezenas de outras pessoas nas ilhas e na cidade.

Comunidade de Moju investe em agricultura regenerativa
📷 |(Foto: Cintia Magno)

Danielly conta que durante os 10 anos em que atuou nas ilhas de Belém, em projetos ligados à educação, conheceu muitas famílias ribeirinhas que extraíam óleos vegetais e, naturalmente, começou a levar essa produção para vender no Ver-o-Peso. Ao compartilhar parte da sua rotina nas redes sociais, viu surgir a demanda por produtos feitos a partir dessa matéria prima natural. “Eu comecei a mostrar o meu dia a dia na internet e, organicamente, em 2019, as pessoas começaram a pedir óleo de Andiroba, o óleo de copaíba e nisso eu percebi que tinha um potencial, que os nossos óleos naturais da Amazônia são muito bem vistos por quem é de fora”, lembra.

Comunidade de Moju investe em agricultura regenerativa
📷 |(Foto: Irene Almeida)

“Então, no final do ano de 2019 eu tomei uma decisão de pedir demissão para me dedicar somente à venda de óleos vegetais, de produtos naturais que que eram das ilhas de Belém. Até então eu não fabricava, eu só trabalhava na venda desses produtos que os meus amigos ribeirinhos produziam de forma bem artesanal, bem extrativista mesmo. Eu nunca imaginei que, por exemplo, em 2024 a gente estaria com uma fábrica”.

Quando pediu demissão para se dedicar ao novo projeto, os clientes começaram a perguntar se Danielly trabalhava com sabonetes e alguns cosméticos feitos a partir de óleos vegetais da Amazônia. Foi quando ela começou a estudar o assunto e a fabricar os sabonetes ainda em casa, no início de 2020. “Com isso, os clientes começaram a pedir outros cosméticos, como cremes e esfoliantes e eu continuei a estudar e a me dedicar cada vez mais à manipulação de cosméticos naturais e a fabricar os meus próprios cosméticos com a matéria prima da Amazônia, sempre com a preocupação de utilizar óleos vegetais das comunidades ribeirinhas”.

Comunidade de Moju investe em agricultura regenerativa
📷 |(Foto: Irene Almeida)

Um princípio que acompanha Danielly desde o início dessa jornada até hoje é o de não fazer uso de ingredientes derivados do petróleo, priorizando sempre produtos naturais e locais. “Diferente de outras fábricas, a gente não utiliza BHT, por exemplo, um ingrediente que é derivado do petróleo e que é muito utilizado na indústria cosmética como conservante. Então, nossos produtos são feitos o máximo possível com ingredientes naturais e sempre valorizando a produção extrativista, principalmente das comunidades ribeirinhas”, explica. “Com isso, os clientes abraçaram o projeto da Bioilha, gostaram dos produtos, viram resultados e a gente foi crescendo gradativamente”.

Com a boa aceitação dos clientes, em 2021 a empreendedora tomou a decisão de formalizar a fábrica junto à Anvisa. Hoje, a fábrica emprega uma equipe de mais de 10 pessoas, sendo a maioria mulheres, apenas um homem compõe a equipe. Com o trabalho em rede, não apenas a vida da Danielly se transformou, mas também as das mulheres empregadas na fábrica e das comunidades ribeirinhas que tiveram uma fonte de renda a partir da extração dos óleos naturais da floresta.

Empreendedora encontrou na realidade das comunidades ribeirinhas a matéria-prima para a produção de biocosméticos na fábrica instalada em Icoaraci, gerando emprego e renda para muita gente
📷 Empreendedora encontrou na realidade das comunidades ribeirinhas a matéria-prima para a produção de biocosméticos na fábrica instalada em Icoaraci, gerando emprego e renda para muita gente |(Foto: Irene Almeida

“E a gente segue crescendo sem mudar aquilo que a gente iniciou, que é a preocupação de criar produtos que não agridam nem o ser humano e nem a natureza. Então, a gente continua trabalhando com comunidades ribeirinhas, comprando as produções locais como o óleo de andiroba e a copaíba, para criar os nossos cosméticos. Todos os nossos produtos são veganos e naturais”, comenta a empreendedora. “Acaba sendo um movimento porque a gente compra do produtor local, transforma essa matéria prima em cosmético, rea para o nosso cliente final que recompra da gente e a gente faz a recompra do nosso fornecedor que está lá na ponta. Então, começa lá na ilha e chega até a cidade, na casa do cliente”.

Comunidade de Moju investe em agricultura regenerativa
📷 |Rodapé
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