{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/para/892024/estado-possui-um-rico-patrimonio-historico-e-cultural","headline":"Estado possui um rico patrimônio histórico e cultural","datePublished":"2025-01-26T08:57:02-03:00","dateModified":"2025-01-28T12:49:22.897-03:00","author":{"@type":"Person","name":"(Luiz Flávio/Diário do Pará)","url":"/noticias/para/892024/estado-possui-um-rico-patrimonio-historico-e-cultural"},"image":"/img/Artigo-Destaque/890000/teatro-da-paz_00892024_0_.jpg?xid=2997778","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Abrindo o novo projeto do DIÁRIO, trazemos um pouco da história patrimonial de Belém e do Pará, em toda sua riqueza e diversidade, contando uma história que inicia ainda no século XVII.","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Atrav\\u0026#233;s do patrim\\u0026#244;nio de um estado ou cidade \\u0026#233; poss\\u0026#237;vel conhecer e identificar a hist\\u0026#243;ria, a cultura, a arte, os costumes, a religi\\u0026#227;o e as tradi\\u0026#231;\\u0026#245;es de um povo. A preserva\\u0026#231;\\u0026#227;o do patrim\\u0026#244;nio hist\\u0026#243;rico \\u0026#233; uma forma de garantir o direito \\u0026#224; mem\\u0026#243;ria individual e coletiva das popula\\u0026#231;\\u0026#245;es.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O Estado do Par\\u0026#225; possui um dos mais ricos e diversos patrim\\u0026#244;nios hist\\u0026#243;ricos do pa\\u0026#237;s, espalhado pela capital e v\\u0026#225;rios munic\\u0026#237;pios paraenses. Assim, o DI\\u0026#193;RIO DO PAR\\u0026#193; inicia hoje a publica\\u0026#231;\\u0026#227;o de uma s\\u0026#233;rie de reportagens dentro do projeto “Conhe\\u0026#231;a o Par\\u0026#225; por dentro”, que pretende mostrar para a popula\\u0026#231;\\u0026#227;o paraense e de fora as riquezas e potenciais do nosso Estado nas mais diversas \\u0026#225;reas, come\\u0026#231;ando pelo patrim\\u0026#244;nio hist\\u0026#243;rico.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A iniciativa faz parte da s\\u0026#233;rie de projetos desenvolvidos pelo grupo com vistas \\u0026#224; COP 30, maior evento clim\\u0026#225;tico do planeta que vai ocorrer na capital em novembro deste ano. A ideia \\u0026#233; promover um olhar aprofundado sobre os principais aspectos que definem o estado do Par\\u0026#225;, abordando temas relevantes para o desenvolvimento da economia, cultura e biodiversidade do nosso Estado.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Existem hoje no estado do Par\\u0026#225;, em n\\u0026#237;vel federal, cerca de 50 bens materiais tombados pelo Instituto do Patrim\\u0026#244;nio Hist\\u0026#243;rico e Art\\u0026#237;stico Nacional (IPHAN), sendo que aproximadamente 40 deles se concentram na capital e o restante em 10 munic\\u0026#237;pios paraenses. Com rela\\u0026#231;\\u0026#227;o ao Departamento de Patrim\\u0026#244;nio Hist\\u0026#243;rico e Art\\u0026#237;stico Cultural do Par\\u0026#225; (DPHAC), que responde pela esfera estadual, o n\\u0026#250;mero de tombamentos chega a aproximadamente 70 bens culturais - cerca de 50 deles se concentram na capital e o restante em 12 munic\\u0026#237;pios.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Com rela\\u0026#231;\\u0026#227;o a inst\\u0026#226;ncia municipal, a Funda\\u0026#231;\\u0026#227;o Cultural do Munic\\u0026#237;pio de Bel\\u0026#233;m (FUMBEL) \\u0026#233; respons\\u0026#225;vel por cerca de 3.000 bens tombados na cidade, dentre estes est\\u0026#227;o monumentos, pra\\u0026#231;as, coretos e edifica\\u0026#231;\\u0026#245;es arquitet\\u0026#244;nicas de per\\u0026#237;odos e estilos diversos – barroco, neocl\\u0026#225;ssico, art nouveau, dentre outros.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;iframe width=\\u0026quot;560\\u0026quot; height=\\u0026quot;315\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://www.youtube.com/embed/-NW47m0rIms?si=0l5ah-eUH6j0C7KV\\u0026quot; title=\\u0026quot;YouTube video player\\u0026quot; frameborder=\\u0026quot;0\\u0026quot; allow=\\u0026quot;accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share\\u0026quot; referrerpolicy=\\u0026quot;strict-origin-when-cross-origin\\u0026quot; allowfullscreen=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;/iframe\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;IMPORT\\u0026#194;NCIA\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Sobre a import\\u0026#226;ncia dos bens tombados a historiadora e antrop\\u0026#243;loga Dayseane Ferraz ressalta, no caso de Bel\\u0026#233;m, o conjunto arquitet\\u0026#244;nico localizado na Pra\\u0026#231;a Frei Caetano Brand\\u0026#227;o, que inclui o antigo Col\\u0026#233;gio Jesu\\u0026#237;tico e Igreja de Santo Alexandre; o Forte do Pres\\u0026#233;pio, a Catedral de Bel\\u0026#233;m; o antigo Hospital Militar (atual Casa das 11 Janelas).\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Podemos citar ainda o Pal\\u0026#225;cio do Governo, atual Museu do Estado do Par\\u0026#225;. Este ent\\u0026#227;o chamado N\\u0026#250;cleo Cultural Feliz Lusit\\u0026#226;nia se tornou refer\\u0026#234;ncia nacional e internacional na preserva\\u0026#231;\\u0026#227;o do Patrim\\u0026#244;nio Hist\\u0026#243;rico, transformando a Cidade Velha num cen\\u0026#225;rio cultural musealizado desde a inaugura\\u0026#231;\\u0026#227;o do Museu de Arte Sacra (1998), e os demais museus inaugurados em 2002, aproximando ainda mais a sociedade do seu patrim\\u0026#244;nio”, destaca.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Em n\\u0026#237;vel federal, depois de Bel\\u0026#233;m, vale ressaltar que \\u0026#211;bidos possui um conjunto importante de tombamentos correlatos a ocupa\\u0026#231;\\u0026#227;o e a defesa militar desde o per\\u0026#237;odo colonial. “\\u0026#192; exemplo disso temos o Forte de \\u0026#211;bidos, os vest\\u0026#237;gios ou ru\\u0026#237;nas do forte da Serra da Escama, exemplares de artilharias como canh\\u0026#245;es militares – tombados entre os anos 80 e primeira d\\u0026#233;cada dos anos 2000”, comenta.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ela cita ainda o munic\\u0026#237;pio de Vigia, que possui tombada a Igreja da Madre de Deus e seu acervo desde 1950. “Oriximin\\u0026#225; tem um Quilombo tombado em 1995; Vila do Conde possui a Igreja que est\\u0026#225; em instru\\u0026#231;\\u0026#227;o para tombamento, dentre outros bens que est\\u0026#227;o ou ser\\u0026#227;o protegidos em n\\u0026#237;vel federal”, cita.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Igreja de Pedra em Vigia.\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/890000/767x0/IGREJA-DE-PEDRA-VIGIA_00892024_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F890000%2FIGREJA-DE-PEDRA-VIGIA_00892024_0_.jpg%3Fxid%3D2997780%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747923733\\u0026amp;amp;xid=2997780\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/890000/767x0/IGREJA-DE-PEDRA-VIGIA_00892024_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F890000%2FIGREJA-DE-PEDRA-VIGIA_00892024_0_.jpg%3Fxid%3D2997780%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747923733\\u0026amp;amp;xid=2997780\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; Igreja de Pedra em Vigia. |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Foto: Mauro \\u0026amp;#194;ngelo\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Quer mais not\\u0026#237;cias sobre Par\\u0026#225;? \\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9IlAw2v1J02cbfQ31H\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot; data-rel-defined=\\u0026quot;true\\u0026quot;\\u0026gt;e nosso canal no WhatsApp\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O DPHAC realizou ainda diversos tombamentos em outros munic\\u0026#237;pios como Castanhal, no qual foi tombado o conjunto ferrovi\\u0026#225;rio da antiga Estrada de Ferro de Bragan\\u0026#231;a (locomotiva, carro de ageiros, carro de lenha e carro de consertos) em 1982.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Em Santa Izabel a bela edifica\\u0026#231;\\u0026#227;o do Col\\u0026#233;gio Ant\\u0026#244;nio Lemos, tombada em1982. Em S\\u0026#227;o Geraldo do Araguaia h\\u0026#225; o tombamento da Serra das Andorinhas, com seu acervo hist\\u0026#243;rico, arqueol\\u0026#243;gico, paisag\\u0026#237;stico e ambiental, desde 1989. Em Bragan\\u0026#231;a, \\u0026#233; importante citar o tombamento da Igreja e S\\u0026#227;o Benedito e seu acervo, que caracteriza muito a cultura do lugar”\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Dayseane, que tamb\\u0026#233;m \\u0026#233; professora, lembra que a partir de 2000 foi baixado o decreto 3.551 que ou a registrar e proteger os bens imateriais a exemplo: o C\\u0026#237;rio de Nazar\\u0026#233;, o Carimb\\u0026#243;, a Capoeira tidos como patrim\\u0026#244;nio imaterial do Brasil. “Ou seja, a no\\u0026#231;\\u0026#227;o de bens cultural, que \\u0026#233; usufru\\u0026#237;do e vivido pela sociedade abarca bens materiais – pr\\u0026#233;dios, obras de arte, objetos – mas tamb\\u0026#233;m os bens imateriais que dizem respeito, \\u0026#224;s cren\\u0026#231;as, saberes e fazeres de um povo. Em todos estes aspectos reside a import\\u0026#226;ncia do Patrim\\u0026#244;nio”, observa a especialista.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Grande parte do patrim\\u0026#244;nio hist\\u0026#243;rico do Estado se concentra na capital paraense, como o Complexo Arquitet\\u0026#244;nico Feliz Lusit\\u0026#226;nia. O espa\\u0026#231;o \\u0026#233; formado pela Igreja de Santo Alexandre, o Forte do Pres\\u0026#233;pio, a Igreja da S\\u0026#233;, a Casa das Onze Janelas e a Pra\\u0026#231;a Frei Caetano Brand\\u0026#227;o.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Outro espa\\u0026#231;o importante \\u0026#233; o Palacete das Onze Janelas, marco urban\\u0026#237;stico importante da capital erguido no s\\u0026#233;culo XVIII, por Domingos da Costa Bacelar. Em 1768, foi convertida em hospital militar pelo governo do Gr\\u0026#227;o-Par\\u0026#225;. A casa teve fun\\u0026#231;\\u0026#245;es militares entre 1870 at\\u0026#233; 2001, quando foi comprada pelo governo estadual para servir como ponto tur\\u0026#237;stico da capital.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O Museu de Arte Sacra possui estilo barroco Amaz\\u0026#244;nico. A vers\\u0026#227;o atual foi conclu\\u0026#237;da em 1719 e seu convento \\u0026#233; o complexo jesu\\u0026#237;ta mais importante do Brasil, foi recentemente restaurada para receber o Museu de Arte Sacra. O Museu \\u0026#233; composto pela Igreja de Santo Alexandre e pelo Pal\\u0026#225;cio Episcopal (antigo Col\\u0026#233;gio de Santo Alexandre). A igreja \\u0026#233; um exemplar da arquitetura jesu\\u0026#237;tica no Brasil, teve o in\\u0026#237;cio da sua constru\\u0026#231;\\u0026#227;o por volta de 1698 e inaugura\\u0026#231;\\u0026#227;o a 21 de mar\\u0026#231;o de 1719.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Catedral Metropolitana de Bel\\u0026#233;m ou igreja da S\\u0026#233;, come\\u0026#231;ou a ser constru\\u0026#237;da em meados de 1748 sendo totalmente conclu\\u0026#237;da em 1782 por Ant\\u0026#244;nio Landi. \\u0026#201; da S\\u0026#233; que, todos os anos, sai o C\\u0026#237;rio de Nazar\\u0026#233;, a maior prociss\\u0026#227;o cat\\u0026#243;lica do mundo. Perto a catedral est\\u0026#225; a Ladeira do Castelo, primeira rua de Bel\\u0026#233;m. Na verdade, \\u0026#233; a Rua Siqueira Mendes, antiga Rua do Norte. H\\u0026#225; casos em que a Ladeira do Castelo costuma ser registrada como a primeira rua da cidade de Bel\\u0026#233;m, localizado ao lado do Forte do Pres\\u0026#233;pio, ligando a Pra\\u0026#231;a da S\\u0026#233; a Feira do A\\u0026#231;a\\u0026#237;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;VER-O-PESO\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O centro comercial de Bel\\u0026#233;m, onde a cidade nasceu, foi onde come\\u0026#231;ou a constru\\u0026#231;\\u0026#227;o do grande acervo patrimonial e hist\\u0026#243;rico da capital. \\u0026#201; nessa regi\\u0026#227;o que est\\u0026#225; a feira do Ver-o-Peso. O Ver o Peso - conhecido, nessa \\u0026#233;poca como Mercado de Ferro - come\\u0026#231;ou a ser constru\\u0026#237;do em 1899. J\\u0026#225; o Mercado de Carne (Mercado Municipal ou Mercado Bolonha), foi constru\\u0026#237;da pelo engenheiro Francisco Bolonha. As vias constru\\u0026#237;das com pedras portuguesas, como a Rua Jo\\u0026#227;o Alfredo e a Feira do A\\u0026#231;a\\u0026#237;, d\\u0026#227;o um charme especial ao centro comercial.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ainda na \\u0026#225;rea central de Bel\\u0026#233;m, est\\u0026#225; o Theatro da Paz, importante s\\u0026#237;mbolo do tempo \\u0026#225;ureo do Ciclo da Borracha. Antigo Teatro Nossa Senhora da Paz, foi constru\\u0026#237;do entre 1874 e 1878, com projeto original do engenheiro militar Jos\\u0026#233; Tib\\u0026#250;rcio de Magalh\\u0026#227;es.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;PAL\\u0026#193;CIOS\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Os pal\\u0026#225;cios e palacetes erguidos em Bel\\u0026#233;m marcaram \\u0026#233;pocas \\u0026#225;ureas vividas por Bel\\u0026#233;m. Talvez um dos mais emblem\\u0026#225;ticos seja o Palacete Pinho, localizado na Rua Dr. Assis, no bairro da Cidade Velha. \\u0026#201; um dos exemplares mais caracter\\u0026#237;sticos que marcaram, no fim do s\\u0026#233;culo XIX, o \\u0026#225;pice econ\\u0026#244;mico proveniente do Ciclo da Borracha.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O Pal\\u0026#225;cio Ant\\u0026#244;nio Lemos, conhecido como “Palacete Azul” \\u0026#233; a sede da atual Prefeitura Municipal de Bel\\u0026#233;m. O projeto \\u0026#233; de 1860, de autoria de Jos\\u0026#233; da Gama Abreu. Ao lado foi erguido o Pal\\u0026#225;cio Lauro S\\u0026#243;dr\\u0026#233;, antiga sede do governo do Estado. Constru\\u0026#237;do entre 1676 e 1680, em taipa-de-pil\\u0026#227;o com dois pavimentos, o pal\\u0026#225;cio abrigava os governadores em inspe\\u0026#231;\\u0026#227;o \\u0026#224; Capitania. Era chamado de “casa de resid\\u0026#234;ncia”. O Pal\\u0026#225;cio - demolido em 1759 - foi reconstru\\u0026#237;do com projeto do arquiteto Ant\\u0026#244;nio Jos\\u0026#233; Landi, no estilo cl\\u0026#225;ssico italiano.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;BAS\\u0026#205;LICA\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A Bas\\u0026#237;lica Santu\\u0026#225;rio de Nossa Senhora de Nazar\\u0026#233; e o Mercado de S\\u0026#227;o Br\\u0026#225;s integram outra parte importante do patrim\\u0026#244;nio hist\\u0026#243;rico paraense. Era essa parte de Bel\\u0026#233;m que sa\\u0026#237;a a rota ferrovi\\u0026#225;ria que ligava Bel\\u0026#233;m a Bragan\\u0026#231;a, cujos tra\\u0026#231;os arquitet\\u0026#244;nicos da antiga estrada de ferro seguem preservados nas 13 cidades cortadas pelos trilhos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Bas\\u0026amp;#237;lica Santu\\u0026amp;#225;rio de Nazar\\u0026amp;#233;.\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/890000/767x0/imagemotimizada---2025-01-26T083817373_00892024_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F890000%2Fimagemotimizada---2025-01-26T083817373_00892024_1_.jpg%3Fxid%3D2997781%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747923733\\u0026amp;amp;xid=2997781\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/890000/767x0/imagemotimizada---2025-01-26T083817373_00892024_1_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F890000%2Fimagemotimizada---2025-01-26T083817373_00892024_1_.jpg%3Fxid%3D2997781%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747923733\\u0026amp;amp;xid=2997781\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; Bas\\u0026amp;#237;lica Santu\\u0026amp;#225;rio de Nazar\\u0026amp;#233;. |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Foto: Alberto Bitar\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A Bas\\u0026#237;lica de Nazar\\u0026#233; \\u0026#233; a \\u0026#250;nica Bas\\u0026#237;lica da Amaz\\u0026#244;nia brasileira. Sua hist\\u0026#243;ria est\\u0026#225; atrelada com o a descoberta da imagem de Nossa Senhora de Nazar\\u0026#233; por Pl\\u0026#225;cido \\u0026#224;s margens do igarap\\u0026#233; Murucutu, \\u0026#225;rea que atualmente corresponde aos fundos da Bas\\u0026#237;lica.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Inaugurado em 1911, per\\u0026#237;odo \\u0026#225;ureo do ciclo da borracha na Amaz\\u0026#244;nia (Belle \\u0026#201;poque), o Mercado de S\\u0026#227;o Br\\u0026#225;s \\u0026#233; considerado um marco da expans\\u0026#227;o de Bel\\u0026#233;m. O local foi constru\\u0026#237;do com a fun\\u0026#231;\\u0026#227;o ser um centro comercial respons\\u0026#225;vel, junto ao Ver-o-Peso, pelo abastecimento da capital paraense. Sua constru\\u0026#231;\\u0026#227;o foi iniciada no dia 1\\u0026#186; de maio de 1910 e conclu\\u0026#237;do em 21 de maio de 1911.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Criado pelo arquiteto e engenheiro italiano Filinto Santoro, o mercado possui sua estrutura constru\\u0026#237;da em ferro e mescla elementos do art nouveau e neocl\\u0026#225;ssico, com detalhes escult\\u0026#243;ricos tamb\\u0026#233;m em ferro e azulejos decorativos. Ant\\u0026#244;nio Lemos, intendente de Bel\\u0026#233;m na \\u0026#233;poca, cedera a Santoro o terreno para a constru\\u0026#231;\\u0026#227;o do mercado.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Mercado de S\\u0026amp;#227;o Br\\u0026amp;#225;s.\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/890000/767x0/mercado-de-sao-bras_00892024_2_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F890000%2Fmercado-de-sao-bras_00892024_2_.jpg%3Fxid%3D2997782%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747923733\\u0026amp;amp;xid=2997782\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/890000/767x0/mercado-de-sao-bras_00892024_2_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F890000%2Fmercado-de-sao-bras_00892024_2_.jpg%3Fxid%3D2997782%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747923733\\u0026amp;amp;xid=2997782\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; Mercado de S\\u0026amp;#227;o Br\\u0026amp;#225;s. |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Foto: Amar\\u0026amp;#237;lis Marisa/Ag\\u0026amp;#234;ncia Bel\\u0026amp;#233;m\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Em 1988, na istra\\u0026#231;\\u0026#227;o do prefeito Fernando Coutinho Jorge, o mercado ou por uma grande reforma, com mudan\\u0026#231;as significativas nos aspectos espaciais e de uso. A segunda reforma ocorreu entre 1998 e 1999, na gest\\u0026#227;o do ent\\u0026#227;o prefeito Edmilson Rodrigues, e incluiu a recupera\\u0026#231;\\u0026#227;o do telhado, impermeabiliza\\u0026#231;\\u0026#227;o de toda a cobertura e pintura. A \\u0026#250;ltima reforma foi conclu\\u0026#237;da em dezembro do ano ado. O espa\\u0026#231;o foi totalmente revitalizado que agora une gastronomia, cultura e entretenimento.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Al\\u0026#233;m da catedral metropolitana e da Bas\\u0026#237;lica de Nazar\\u0026#233;, destacam-se v\\u0026#225;rios outros patrim\\u0026#244;nios hist\\u0026#243;ricos de cunho religioso na capital projetadas pelo arquiteto Ant\\u0026#244;nio Landi, como o Convento e Igreja de Nossa Senhora das Merc\\u0026#234;s, que data da fixa\\u0026#231;\\u0026#227;o dos padres merced\\u0026#225;rios no Par\\u0026#225;, em 1640.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A primeira igreja (de taipa coberta de palha) e a segunda (de taipa-de-m\\u0026#227;o e de pil\\u0026#227;o) se conservaram por mais de 100 anos. No s\\u0026#233;culo XVIII, foi iniciada a constru\\u0026#231;\\u0026#227;o do templo atual, em alvenaria de pedra, conclu\\u0026#237;do em 1777. Projetado pelo arquiteto italiano Ant\\u0026#244;nio Jos\\u0026#233; Landi, \\u0026#233; uma das poucas igrejas brasileiras com fachada convexa e front\\u0026#227;o de linhas onduladas. Em 1794, os merced\\u0026#225;rios foram expulsos da Prov\\u0026#237;ncia e as depend\\u0026#234;ncias do Convento aram a abrigar a sede da Alf\\u0026#226;ndega.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Foi intensamente utilizado durante a revolta da Cabanagem em 1835, tendo ali funcionado posteriormente, o Trem de Guerra e o Quartel de Mil\\u0026#237;cia, al\\u0026#233;m do Arsenal de Guerra, a Recebedoria Provincial, os Correios, o Corpo de Artilharia e o Batalh\\u0026#227;o de Ca\\u0026#231;adores. Abandonada durante muitos anos, durante o s\\u0026#233;culo XIX, muitas de suas obras foram danificadas ou roubadas. Ap\\u0026#243;s a restaura\\u0026#231;\\u0026#227;o, em 1913, a Igreja foi reaberta.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A Igreja de Nossa Senhora do Ros\\u0026#225;rio teve constru\\u0026#231;\\u0026#227;o datada da segunda metade do s\\u0026#233;culo XVII. Inicialmente, uma pequena ermida, erguida pelo esfor\\u0026#231;o dos escravos e pretos, em devo\\u0026#231;\\u0026#227;o a Nossa Senhora do Ros\\u0026#225;rio. Em 1725 foi demolida e reconstru\\u0026#237;da no mesmo ano, com dimens\\u0026#245;es id\\u0026#234;nticas, a partir de projeto do arquiteto Jos\\u0026#233; Landi.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A Igreja de Santana (Igreja de Nossa Senhora de Santana) foi erguida em 1727. Em 1761, foi iniciada a constru\\u0026#231;\\u0026#227;o da atual Igreja de Santana, tamb\\u0026#233;m com projeto de Landi. Apresentando caracter\\u0026#237;sticas neocl\\u0026#225;ssicas e ab\\u0026#243;bada em ogiva, encimada por lanterna redonda coroada por c\\u0026#250;pula e cruz, raridades nas igrejas brasileiras.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;S\\u0026#237;tio arqueol\\u0026#243;gico istrado pela Embrapa e localizado no bairro do Curi\\u0026#243; Utinga, o Engenho do Murucutu foi constru\\u0026#237;do no s\\u0026#233;culo XVIII, por Jo\\u0026#227;o Manuel Rodrigues. Era considerado um dos melhores e mais bem equipados engenhos do Par\\u0026#225;, produtor de a\\u0026#231;\\u0026#250;car e cacha\\u0026#231;a. A capela foi constru\\u0026#237;da em 1711, pelos frades merced\\u0026#225;rios, e restaurada na segunda metade do s\\u0026#233;culo XVIII por Landi. Com o tempo, o prest\\u0026#237;gio e as tradi\\u0026#231;\\u0026#245;es relacionadas ao “senhor de engenho” foi se perdendo e o Engenho Murucutu acabou abandonado. Atualmente, restam apenas ind\\u0026#237;cios dos alicerces, pilares e paredes da casa grande, em um emaranhado de apuizeiros. Apenas a capela se mant\\u0026#233;m de p\\u0026#233;.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;Locais traduzem funda\\u0026#231;\\u0026#227;o e expans\\u0026#227;o da capital\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O dia 12 de janeiro de 1616 foi o marco hist\\u0026#243;rico de funda\\u0026#231;\\u0026#227;o de Bel\\u0026#233;m com o surgimento do Forte do Castelo, e que marca o in\\u0026#237;cio da ocupa\\u0026#231;\\u0026#227;o do territ\\u0026#243;rio paraense pelos portugueses que se estende nos anos seguintes com a abertura de ruas saindo do forte. “Esse forte se chama Pres\\u0026#233;pio em alus\\u0026#227;o \\u0026#224; sa\\u0026#237;da da esquadra do portugu\\u0026#234;s Francisco Caldeira Castelo Branco no dia de Natal de S\\u0026#227;o Lu\\u0026#237;s e sua chegada aqui”, destaca Amilson.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A primeira rua constru\\u0026#237;da a partir do forte foi a Rua do Norte, que hoje se chama Siqueira Mendes. “Esse foi o primeiro embri\\u0026#227;o urbano que Bel\\u0026#233;m teve e depois foram abertas todas as outras ruas como se fosse um raio, todas em dire\\u0026#231;\\u0026#227;o ao forte. E \\u0026#233; nesse processo militar, chegada dos primeiros colonizadores que vir\\u0026#227;o junto tamb\\u0026#233;m as ordens religiosas, que dar\\u0026#227;o um car\\u0026#225;ter important\\u0026#237;ssimo para a ocupa\\u0026#231;\\u0026#227;o de Bel\\u0026#233;m”, cita Amilson.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;No in\\u0026#237;cio do s\\u0026#233;culo XVII surge a primeira igreja matriz em homenagem a Nossa Senhora das Gra\\u0026#231;as, padroeira de Bel\\u0026#233;m. Outro marco importante para hist\\u0026#243;ria da cidade \\u0026#233; a constru\\u0026#231;\\u0026#227;o do convento de Nossa Senhora das Merc\\u0026#234;s em 1640; al\\u0026#233;m do Convento de Santo Ant\\u0026#244;nio, um pouco mais afastado desse n\\u0026#250;cleo inicial e que pertenceria aos franciscanos e onde hoje funciona o Col\\u0026#233;gio Santo Ant\\u0026#244;nio.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“E assim Bel\\u0026#233;m vai sendo constru\\u0026#237;da e tendo uma clara divis\\u0026#227;o nas primeiras d\\u0026#233;cadas do s\\u0026#233;culo XVII: de um lado o centro pol\\u0026#237;tico e religioso que hoje conhecemos por Cidade Velha; e de outro o convento de Santo Ant\\u0026#244;nio, que vai dar origem ao bairro da Campina”, explica.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ainda no s\\u0026#233;culo XVII chega a Bel\\u0026#233;m a ordem dos Jesu\\u0026#237;tas, sendo colocados num lugar afastado desse n\\u0026#250;cleo inicial de Bel\\u0026#233;m e posteriormente se instalando onde hoje \\u0026#233; a igreja de Santo Alexandre.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A partir do s\\u0026#233;culo XVIII a arquitetura religiosa e palaciana \\u0026#233; ampliada na cidade. “Um importante marco dessa arquitetura \\u0026#233; o Pal\\u0026#225;cio do Governo hoje chamado Pal\\u0026#225;cio Lauro Sodr\\u0026#233;, constru\\u0026#237;do na segunda metade do s\\u0026#233;culo XVIII pelo arquiteto Ant\\u0026#244;nio Landi, no ano de 1772, a partir de uma reivindica\\u0026#231;\\u0026#227;o dos governadores do Gr\\u0026#227;o-Par\\u0026#225; e Maranh\\u0026#227;o que queriam um pr\\u0026#233;dio de acordo com a sua import\\u0026#226;ncia”. Lembra Pinheiro.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Landi foi um arquiteto brilhante e foi contratado para executar uma s\\u0026#233;rie de obras em Bel\\u0026#233;m. Al\\u0026#233;m do Pal\\u0026#225;cio do Governo, projetou a igreja de Santana e uma s\\u0026#233;rie de projetos religiosos que se tornaram marcos na arquitetura de Bel\\u0026#233;m na segunda metade daquele s\\u0026#233;culo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A partir de meados do s\\u0026#233;culo XIX come\\u0026#231;am reformas urbanas importantes em Bel\\u0026#233;m sobretudo no p\\u0026#243;s-Cabanagem, que estourou no Par\\u0026#225; entre os anos de 1835 e 1840, gerando conflito e destrui\\u0026#231;\\u0026#227;o sem precedentes na estrutura material e predial dos edif\\u0026#237;cios de Bel\\u0026#233;m devido a in\\u0026#250;meras batalhas. “A partir de meados do s\\u0026#233;culo XIX e meados do S\\u0026#233;culo XX come\\u0026#231;a o processo de reconstru\\u0026#231;\\u0026#227;o de abertura de ruas maiores e avenidas, como o Boulevard Castilhos Fran\\u0026#231;a entre outras”, conta o pesquisador.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;PATRIM\\u0026#212;NIO HIST\\u0026#211;RICO NAS CIDADES DO PAR\\u0026#193;\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O conjunto arquitet\\u0026#244;nico que forma o patrim\\u0026#244;nio hist\\u0026#243;rico paraense se estende por diversas cidades do Estado. No Maraj\\u0026#243;, a Fortaleza de Santo Ant\\u0026#244;nio de Gurup\\u0026#225;, o Museu do Maraj\\u0026#243; em Cachoeira do Arari e as ru\\u0026#237;nas dos Jesu\\u0026#237;tas em Salvaterra fazem parte desse acervo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Em \\u0026#211;bidos, a mem\\u0026#243;ria \\u0026#233; preservada pelo Complexo Militar e o Forte da Serra da Escama. Em Vigia de Nazar\\u0026#233;, est\\u0026#225; a Igreja de Madre de Deus, tamb\\u0026#233;m conhecida como Igreja de Pedra, constru\\u0026#237;da por escravos. Fordl\\u0026#226;ndia, distrito constru\\u0026#237;do por Henry Ford no cora\\u0026#231;\\u0026#227;o da Amaz\\u0026#244;nia, \\u0026#233; preservado no munic\\u0026#237;pio de Aveiro. A Igreja de S\\u0026#227;o F\\u0026#233;lix de Valois, em Marab\\u0026#225;, tamb\\u0026#233;m enriquece esse patrim\\u0026#244;nio.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Santar\\u0026#233;m, no Oeste do Estado, guarda casar\\u0026#245;es, igrejas e palacetes t\\u0026#227;o antigos quanto a pr\\u0026#243;pria cidade, fundada em 1661. Sua arquitetura remete aos tra\\u0026#231;os de Bragan\\u0026#231;a, onde a Igreja de S\\u0026#227;o Benedito, o Liceu de M\\u0026#250;sica, o Barrac\\u0026#227;o da Marujada e o Instituto Santa Teresinha enriquecem o acervo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Entre o sincretismo religioso, destaca-se a Pedra do Rei Sab\\u0026#225;, em S\\u0026#227;o Jo\\u0026#227;o de Pirabas, o Templo Budista de Tom\\u0026#233;-A\\u0026#231;u e a Catedral de S\\u0026#227;o Jo\\u0026#227;o Batista, em Camet\\u0026#225;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p class=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026amp;nbsp;\\r\\n\\t\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Estado possui um rico patrim\\u0026amp;#244;nio hist\\u0026amp;#243;rico e cultural\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/890000/767x0/RodapeDesktopPaPorDentroRBA1280x295px_00892024_3_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F890000%2FRodapeDesktopPaPorDentroRBA1280x295px_00892024_3_.jpg%3Fxid%3D2997783%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747923733\\u0026amp;amp;xid=2997783\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/890000/767x0/RodapeDesktopPaPorDentroRBA1280x295px_00892024_3_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F890000%2FRodapeDesktopPaPorDentroRBA1280x295px_00892024_3_.jpg%3Fxid%3D2997783%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747923733\\u0026amp;amp;xid=2997783\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\u0026amp;nbsp;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"patrimônio histórico Pará,cultura e história do Pará,tombamentos no Pará,arquitetura colonial Belém,museus e patrimônio cultural,importância da preservação histórica"}
plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 31°
cotação atual R$


home
MEMÓRIA

Estado possui um rico patrimônio histórico e cultural

Abrindo o novo projeto do DIÁRIO, trazemos um pouco da história patrimonial de Belém e do Pará, em toda sua riqueza e diversidade, contando uma história que inicia ainda no século XVII.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Estado possui um rico patrimônio histórico e cultural camera Teatro da Paz. | (Foto: Wagner Almeida)

Através do patrimônio de um estado ou cidade é possível conhecer e identificar a história, a cultura, a arte, os costumes, a religião e as tradições de um povo. A preservação do patrimônio histórico é uma forma de garantir o direito à memória individual e coletiva das populações.

O Estado do Pará possui um dos mais ricos e diversos patrimônios históricos do país, espalhado pela capital e vários municípios paraenses. Assim, o DIÁRIO DO PARÁ inicia hoje a publicação de uma série de reportagens dentro do projeto “Conheça o Pará por dentro”, que pretende mostrar para a população paraense e de fora as riquezas e potenciais do nosso Estado nas mais diversas áreas, começando pelo patrimônio histórico.

A iniciativa faz parte da série de projetos desenvolvidos pelo grupo com vistas à COP 30, maior evento climático do planeta que vai ocorrer na capital em novembro deste ano. A ideia é promover um olhar aprofundado sobre os principais aspectos que definem o estado do Pará, abordando temas relevantes para o desenvolvimento da economia, cultura e biodiversidade do nosso Estado.

Existem hoje no estado do Pará, em nível federal, cerca de 50 bens materiais tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), sendo que aproximadamente 40 deles se concentram na capital e o restante em 10 municípios paraenses. Com relação ao Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico Cultural do Pará (DPHAC), que responde pela esfera estadual, o número de tombamentos chega a aproximadamente 70 bens culturais - cerca de 50 deles se concentram na capital e o restante em 12 municípios.

Com relação a instância municipal, a Fundação Cultural do Município de Belém (FUMBEL) é responsável por cerca de 3.000 bens tombados na cidade, dentre estes estão monumentos, praças, coretos e edificações arquitetônicas de períodos e estilos diversos – barroco, neoclássico, art nouveau, dentre outros.

IMPORTÂNCIA

Sobre a importância dos bens tombados a historiadora e antropóloga Dayseane Ferraz ressalta, no caso de Belém, o conjunto arquitetônico localizado na Praça Frei Caetano Brandão, que inclui o antigo Colégio Jesuítico e Igreja de Santo Alexandre; o Forte do Presépio, a Catedral de Belém; o antigo Hospital Militar (atual Casa das 11 Janelas).

“Podemos citar ainda o Palácio do Governo, atual Museu do Estado do Pará. Este então chamado Núcleo Cultural Feliz Lusitânia se tornou referência nacional e internacional na preservação do Patrimônio Histórico, transformando a Cidade Velha num cenário cultural musealizado desde a inauguração do Museu de Arte Sacra (1998), e os demais museus inaugurados em 2002, aproximando ainda mais a sociedade do seu patrimônio”, destaca.

Em nível federal, depois de Belém, vale ressaltar que Óbidos possui um conjunto importante de tombamentos correlatos a ocupação e a defesa militar desde o período colonial. “À exemplo disso temos o Forte de Óbidos, os vestígios ou ruínas do forte da Serra da Escama, exemplares de artilharias como canhões militares – tombados entre os anos 80 e primeira década dos anos 2000”, comenta.

Ela cita ainda o município de Vigia, que possui tombada a Igreja da Madre de Deus e seu acervo desde 1950. “Oriximiná tem um Quilombo tombado em 1995; Vila do Conde possui a Igreja que está em instrução para tombamento, dentre outros bens que estão ou serão protegidos em nível federal”, cita.

Igreja de Pedra em Vigia.
📷 Igreja de Pedra em Vigia. |Foto: Mauro Ângelo

Quer mais notícias sobre Pará? e nosso canal no WhatsApp

O DPHAC realizou ainda diversos tombamentos em outros municípios como Castanhal, no qual foi tombado o conjunto ferroviário da antiga Estrada de Ferro de Bragança (locomotiva, carro de ageiros, carro de lenha e carro de consertos) em 1982.

“Em Santa Izabel a bela edificação do Colégio Antônio Lemos, tombada em1982. Em São Geraldo do Araguaia há o tombamento da Serra das Andorinhas, com seu acervo histórico, arqueológico, paisagístico e ambiental, desde 1989. Em Bragança, é importante citar o tombamento da Igreja e São Benedito e seu acervo, que caracteriza muito a cultura do lugar”

Dayseane, que também é professora, lembra que a partir de 2000 foi baixado o decreto 3.551 que ou a registrar e proteger os bens imateriais a exemplo: o Círio de Nazaré, o Carimbó, a Capoeira tidos como patrimônio imaterial do Brasil. “Ou seja, a noção de bens cultural, que é usufruído e vivido pela sociedade abarca bens materiais – prédios, obras de arte, objetos – mas também os bens imateriais que dizem respeito, às crenças, saberes e fazeres de um povo. Em todos estes aspectos reside a importância do Patrimônio”, observa a especialista.

Grande parte do patrimônio histórico do Estado se concentra na capital paraense, como o Complexo Arquitetônico Feliz Lusitânia. O espaço é formado pela Igreja de Santo Alexandre, o Forte do Presépio, a Igreja da Sé, a Casa das Onze Janelas e a Praça Frei Caetano Brandão.

Outro espaço importante é o Palacete das Onze Janelas, marco urbanístico importante da capital erguido no século XVIII, por Domingos da Costa Bacelar. Em 1768, foi convertida em hospital militar pelo governo do Grão-Pará. A casa teve funções militares entre 1870 até 2001, quando foi comprada pelo governo estadual para servir como ponto turístico da capital.

O Museu de Arte Sacra possui estilo barroco Amazônico. A versão atual foi concluída em 1719 e seu convento é o complexo jesuíta mais importante do Brasil, foi recentemente restaurada para receber o Museu de Arte Sacra. O Museu é composto pela Igreja de Santo Alexandre e pelo Palácio Episcopal (antigo Colégio de Santo Alexandre). A igreja é um exemplar da arquitetura jesuítica no Brasil, teve o início da sua construção por volta de 1698 e inauguração a 21 de março de 1719.

Catedral Metropolitana de Belém ou igreja da Sé, começou a ser construída em meados de 1748 sendo totalmente concluída em 1782 por Antônio Landi. É da Sé que, todos os anos, sai o Círio de Nazaré, a maior procissão católica do mundo. Perto a catedral está a Ladeira do Castelo, primeira rua de Belém. Na verdade, é a Rua Siqueira Mendes, antiga Rua do Norte. Há casos em que a Ladeira do Castelo costuma ser registrada como a primeira rua da cidade de Belém, localizado ao lado do Forte do Presépio, ligando a Praça da Sé a Feira do Açaí.

VER-O-PESO

O centro comercial de Belém, onde a cidade nasceu, foi onde começou a construção do grande acervo patrimonial e histórico da capital. É nessa região que está a feira do Ver-o-Peso. O Ver o Peso - conhecido, nessa época como Mercado de Ferro - começou a ser construído em 1899. Já o Mercado de Carne (Mercado Municipal ou Mercado Bolonha), foi construída pelo engenheiro Francisco Bolonha. As vias construídas com pedras portuguesas, como a Rua João Alfredo e a Feira do Açaí, dão um charme especial ao centro comercial.

Ainda na área central de Belém, está o Theatro da Paz, importante símbolo do tempo áureo do Ciclo da Borracha. Antigo Teatro Nossa Senhora da Paz, foi construído entre 1874 e 1878, com projeto original do engenheiro militar José Tibúrcio de Magalhães.

PALÁCIOS

Os palácios e palacetes erguidos em Belém marcaram épocas áureas vividas por Belém. Talvez um dos mais emblemáticos seja o Palacete Pinho, localizado na Rua Dr. Assis, no bairro da Cidade Velha. É um dos exemplares mais característicos que marcaram, no fim do século XIX, o ápice econômico proveniente do Ciclo da Borracha.

O Palácio Antônio Lemos, conhecido como “Palacete Azul” é a sede da atual Prefeitura Municipal de Belém. O projeto é de 1860, de autoria de José da Gama Abreu. Ao lado foi erguido o Palácio Lauro Sódré, antiga sede do governo do Estado. Construído entre 1676 e 1680, em taipa-de-pilão com dois pavimentos, o palácio abrigava os governadores em inspeção à Capitania. Era chamado de “casa de residência”. O Palácio - demolido em 1759 - foi reconstruído com projeto do arquiteto Antônio José Landi, no estilo clássico italiano.

BASÍLICA

A Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré e o Mercado de São Brás integram outra parte importante do patrimônio histórico paraense. Era essa parte de Belém que saía a rota ferroviária que ligava Belém a Bragança, cujos traços arquitetônicos da antiga estrada de ferro seguem preservados nas 13 cidades cortadas pelos trilhos.

Basílica Santuário de Nazaré.
📷 Basílica Santuário de Nazaré. |Foto: Alberto Bitar

A Basílica de Nazaré é a única Basílica da Amazônia brasileira. Sua história está atrelada com o a descoberta da imagem de Nossa Senhora de Nazaré por Plácido às margens do igarapé Murucutu, área que atualmente corresponde aos fundos da Basílica.

Inaugurado em 1911, período áureo do ciclo da borracha na Amazônia (Belle Époque), o Mercado de São Brás é considerado um marco da expansão de Belém. O local foi construído com a função ser um centro comercial responsável, junto ao Ver-o-Peso, pelo abastecimento da capital paraense. Sua construção foi iniciada no dia 1º de maio de 1910 e concluído em 21 de maio de 1911.

Criado pelo arquiteto e engenheiro italiano Filinto Santoro, o mercado possui sua estrutura construída em ferro e mescla elementos do art nouveau e neoclássico, com detalhes escultóricos também em ferro e azulejos decorativos. Antônio Lemos, intendente de Belém na época, cedera a Santoro o terreno para a construção do mercado.

Mercado de São Brás.
📷 Mercado de São Brás. |Foto: Amarílis Marisa/Agência Belém

Em 1988, na istração do prefeito Fernando Coutinho Jorge, o mercado ou por uma grande reforma, com mudanças significativas nos aspectos espaciais e de uso. A segunda reforma ocorreu entre 1998 e 1999, na gestão do então prefeito Edmilson Rodrigues, e incluiu a recuperação do telhado, impermeabilização de toda a cobertura e pintura. A última reforma foi concluída em dezembro do ano ado. O espaço foi totalmente revitalizado que agora une gastronomia, cultura e entretenimento.

Além da catedral metropolitana e da Basílica de Nazaré, destacam-se vários outros patrimônios históricos de cunho religioso na capital projetadas pelo arquiteto Antônio Landi, como o Convento e Igreja de Nossa Senhora das Mercês, que data da fixação dos padres mercedários no Pará, em 1640.

A primeira igreja (de taipa coberta de palha) e a segunda (de taipa-de-mão e de pilão) se conservaram por mais de 100 anos. No século XVIII, foi iniciada a construção do templo atual, em alvenaria de pedra, concluído em 1777. Projetado pelo arquiteto italiano Antônio José Landi, é uma das poucas igrejas brasileiras com fachada convexa e frontão de linhas onduladas. Em 1794, os mercedários foram expulsos da Província e as dependências do Convento aram a abrigar a sede da Alfândega.

Foi intensamente utilizado durante a revolta da Cabanagem em 1835, tendo ali funcionado posteriormente, o Trem de Guerra e o Quartel de Milícia, além do Arsenal de Guerra, a Recebedoria Provincial, os Correios, o Corpo de Artilharia e o Batalhão de Caçadores. Abandonada durante muitos anos, durante o século XIX, muitas de suas obras foram danificadas ou roubadas. Após a restauração, em 1913, a Igreja foi reaberta.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário teve construção datada da segunda metade do século XVII. Inicialmente, uma pequena ermida, erguida pelo esforço dos escravos e pretos, em devoção a Nossa Senhora do Rosário. Em 1725 foi demolida e reconstruída no mesmo ano, com dimensões idênticas, a partir de projeto do arquiteto José Landi.

A Igreja de Santana (Igreja de Nossa Senhora de Santana) foi erguida em 1727. Em 1761, foi iniciada a construção da atual Igreja de Santana, também com projeto de Landi. Apresentando características neoclássicas e abóbada em ogiva, encimada por lanterna redonda coroada por cúpula e cruz, raridades nas igrejas brasileiras.

Sítio arqueológico istrado pela Embrapa e localizado no bairro do Curió Utinga, o Engenho do Murucutu foi construído no século XVIII, por João Manuel Rodrigues. Era considerado um dos melhores e mais bem equipados engenhos do Pará, produtor de açúcar e cachaça. A capela foi construída em 1711, pelos frades mercedários, e restaurada na segunda metade do século XVIII por Landi. Com o tempo, o prestígio e as tradições relacionadas ao “senhor de engenho” foi se perdendo e o Engenho Murucutu acabou abandonado. Atualmente, restam apenas indícios dos alicerces, pilares e paredes da casa grande, em um emaranhado de apuizeiros. Apenas a capela se mantém de pé.

Locais traduzem fundação e expansão da capital

O dia 12 de janeiro de 1616 foi o marco histórico de fundação de Belém com o surgimento do Forte do Castelo, e que marca o início da ocupação do território paraense pelos portugueses que se estende nos anos seguintes com a abertura de ruas saindo do forte. “Esse forte se chama Presépio em alusão à saída da esquadra do português Francisco Caldeira Castelo Branco no dia de Natal de São Luís e sua chegada aqui”, destaca Amilson.

A primeira rua construída a partir do forte foi a Rua do Norte, que hoje se chama Siqueira Mendes. “Esse foi o primeiro embrião urbano que Belém teve e depois foram abertas todas as outras ruas como se fosse um raio, todas em direção ao forte. E é nesse processo militar, chegada dos primeiros colonizadores que virão junto também as ordens religiosas, que darão um caráter importantíssimo para a ocupação de Belém”, cita Amilson.

No início do século XVII surge a primeira igreja matriz em homenagem a Nossa Senhora das Graças, padroeira de Belém. Outro marco importante para história da cidade é a construção do convento de Nossa Senhora das Mercês em 1640; além do Convento de Santo Antônio, um pouco mais afastado desse núcleo inicial e que pertenceria aos franciscanos e onde hoje funciona o Colégio Santo Antônio.

“E assim Belém vai sendo construída e tendo uma clara divisão nas primeiras décadas do século XVII: de um lado o centro político e religioso que hoje conhecemos por Cidade Velha; e de outro o convento de Santo Antônio, que vai dar origem ao bairro da Campina”, explica.

Ainda no século XVII chega a Belém a ordem dos Jesuítas, sendo colocados num lugar afastado desse núcleo inicial de Belém e posteriormente se instalando onde hoje é a igreja de Santo Alexandre.

A partir do século XVIII a arquitetura religiosa e palaciana é ampliada na cidade. “Um importante marco dessa arquitetura é o Palácio do Governo hoje chamado Palácio Lauro Sodré, construído na segunda metade do século XVIII pelo arquiteto Antônio Landi, no ano de 1772, a partir de uma reivindicação dos governadores do Grão-Pará e Maranhão que queriam um prédio de acordo com a sua importância”. Lembra Pinheiro.

Landi foi um arquiteto brilhante e foi contratado para executar uma série de obras em Belém. Além do Palácio do Governo, projetou a igreja de Santana e uma série de projetos religiosos que se tornaram marcos na arquitetura de Belém na segunda metade daquele século.

A partir de meados do século XIX começam reformas urbanas importantes em Belém sobretudo no pós-Cabanagem, que estourou no Pará entre os anos de 1835 e 1840, gerando conflito e destruição sem precedentes na estrutura material e predial dos edifícios de Belém devido a inúmeras batalhas. “A partir de meados do século XIX e meados do Século XX começa o processo de reconstrução de abertura de ruas maiores e avenidas, como o Boulevard Castilhos França entre outras”, conta o pesquisador.

PATRIMÔNIO HISTÓRICO NAS CIDADES DO PARÁ

O conjunto arquitetônico que forma o patrimônio histórico paraense se estende por diversas cidades do Estado. No Marajó, a Fortaleza de Santo Antônio de Gurupá, o Museu do Marajó em Cachoeira do Arari e as ruínas dos Jesuítas em Salvaterra fazem parte desse acervo.

Em Óbidos, a memória é preservada pelo Complexo Militar e o Forte da Serra da Escama. Em Vigia de Nazaré, está a Igreja de Madre de Deus, também conhecida como Igreja de Pedra, construída por escravos. Fordlândia, distrito construído por Henry Ford no coração da Amazônia, é preservado no município de Aveiro. A Igreja de São Félix de Valois, em Marabá, também enriquece esse patrimônio.

Santarém, no Oeste do Estado, guarda casarões, igrejas e palacetes tão antigos quanto a própria cidade, fundada em 1661. Sua arquitetura remete aos traços de Bragança, onde a Igreja de São Benedito, o Liceu de Música, o Barracão da Marujada e o Instituto Santa Teresinha enriquecem o acervo.

Entre o sincretismo religioso, destaca-se a Pedra do Rei Sabá, em São João de Pirabas, o Templo Budista de Tomé-Açu e a Catedral de São João Batista, em Cametá

Estado possui um rico patrimônio histórico e cultural
📷 |
VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. e: dol-br.noticiasalagoanas.com/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Notícias Pará

    Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

    Últimas Notícias