Bebê apressado nasce na porta de Pronto-Socorro, em Belém

Tudo estava preparado para uma tarde de celebração. A decoração organizada, os doces prontos e os presentes chegando. O sábado (15) prometia ser especial para Layane de Kássia do Nascimento Pinto, de 17 anos, e sua família, que aguardavam ansiosos pelo chá de bebê. Mas o que ninguém esperava era que o próprio homenageado decidiria aparecer antes da hora – e com estilo.

Enquanto a avó Rubenita Souza e Layane ajustavam os últimos detalhes da festa no bairro Tapanã, em Belém, a futura mamãe começou a sentir fortes contrações. O plano era seguir para o Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, onde o parto estava previsto para acontecer. Mas o bebê, aparentemente, tinha pressa.

Leia mais:

• Caso raro: Mulher tem parto empelicado de gêmeos no Pará
• Hospital registra quase 12 mil partos em três anos
• Homem trans dá à luz em São Paulo por parto normal

No trajeto, a situação ficou ainda mais tensa. As contrações aumentaram e o bebê não quis esperar chegar ao hospital. Foi então que, ao arem em frente ao Pronto-Socorro Dr. Roberto Macedo, na avenida Augusto Montenegro, a família tomou uma decisão rápida. "Ele começou a apresentar sinais que nasceria dentro do carro, justamente na frente do Pronto-Socorro Dr. Roberto Macedo, (na avenida Augusto Montenegro). Então, entramos no hospital, para que o meu bisneto chegasse ao mundo", contou Rubenita, agora uma orgulhosa bisavó.

"Minha neta, a Layane, foi atendida com rapidez. Meu bisneto nasceu bem, graças a Deus e ao excelente atendimento de emergência prestado pelos profissionais", destacou Rubenita Souza.

Quer ler mais notícias do Pará? e o nosso canal no WhatsApp!

O médico Mateus Caldas contou sobre o nascimento que movimentou a tarde deste sábado, no PSRM. O doutor disse que um dos maqueiros chegou falando que uma criança estava nascendo na frente do hospital, dentro do carro da família, e enquanto a mãe entrava, o médico logo solicitou o preparo do leito na UTI Pediátrica.

O profissional detalha como tudo aconteceu. "Quando a mãe chegou na sala de emergência, que dá o à sala vermelha, eu verifiquei que a criança já tinha nascido e o parto já estava em etapa de dequitação, que é a expulsão da placenta".

"Nisso, eu percebo que a criança já estava chorando, e constatei, com base em uma avaliação que se realiza a recém-nascidos, logo após o parto, que o bebê tinha nascido saudável. Só havia um problema: ela, a criança, estava ligada ao cordão umbilical, ou à placenta pelo cordão umbilical, e se a criança ficar muito tempo ligada ao cordão umbilical, ela pode sugar muito sangue da placenta e isso pode causar icterícia neonatal. E isso seria um motivo de internação após o nascimento. Então, eu tratei logo de fazer o clampeamento do cordão umbilical", contou o doutor Caldas.

O doutor ainda acrescentou: "eu pedi lençóis secos, fiz a limpeza da criança e solicitei que ela fosse enviada para um berço aquecido na UTI Pediátrica. A mãe foi levada para a sala vermelha para os cuidados devidos e também para terminar a dequitação, que é a retirada da placenta. Não houve sangramento pós-parto, e após todas as avaliações necessárias, mãe e bebê foram referenciados para o Hospital Abelardo Santos, para que houvesse continuidade da assistência pós-parto.

O registro do atendimento foi feito às 14h55, e a criança apressada é um menino de 3.3 Kg e 59 centímetros. Os dois, mãe e filho, já estão bem no Hospital Abelardo Santos, onde recebem a continuidade da assistência especializada.