{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/para/899580/mudancas-climaticas-afetam-diretamente-a-producao-de-alimentos-entenda","headline":"Mudanças climáticas afetam diretamente a produção de alimentos. Entenda!","datePublished":"2025-03-25T08:03:32.65-03:00","dateModified":"2025-03-25T08:03:20.53-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Cintia Magno/Diário do Pará","url":"/noticias/para/899580/mudancas-climaticas-afetam-diretamente-a-producao-de-alimentos-entenda"},"image":"/img/Artigo-Destaque/890000/Mudanca-climatica-2_00899580_0_.jpg?xid=3028750","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Entenda como a crise climática impacta a segurança alimentar no Brasil e as iniciativas para mitigar esses efeitos, destacando a COP30 no Pará.","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Quando se trata dos efeitos causados pela crise clim\\u0026#225;tica, os impactos na sensa\\u0026#231;\\u0026#227;o t\\u0026#233;rmica sentida pela popula\\u0026#231;\\u0026#227;o \\u0026#233; apenas uma entre tantas consequ\\u0026#234;ncias. A maior frequ\\u0026#234;ncia ou intensidade de eventos clim\\u0026#225;ticos extremos tamb\\u0026#233;m afeta diretamente os sistemas alimentares em todo o mundo, colocando em risco a seguran\\u0026#231;a alimentar.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A gerente de Pol\\u0026#237;ticas P\\u0026#250;blicas da ONG Pacto Contra a Fome, Rafaela Vieira, lembra que a seguran\\u0026#231;a alimentar e a pauta clim\\u0026#225;tica est\\u0026#227;o diretamente conectadas. “As mudan\\u0026#231;as clim\\u0026#225;ticas afetam diretamente a produ\\u0026#231;\\u0026#227;o de alimentos, influenciando sua disponibilidade e pre\\u0026#231;o. Produtos mais saud\\u0026#225;veis, como frutas, verduras e legumes, s\\u0026#227;o especialmente sens\\u0026#237;veis a varia\\u0026#231;\\u0026#245;es de temperatura, chuvas e outros fen\\u0026#244;menos clim\\u0026#225;ticos”, explica.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Como resultado, esses alimentos podem se tornar mais caros e menos \\u0026#237;veis. Hoje, por exemplo, apenas 25% dos brasileiros conseguem pagar por uma dieta saud\\u0026#225;vel”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;Conte\\u0026#250;dos relacionados:\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;ul\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/para/898699/confira-a-previsao-do-tempo-em-belem-para-esta-semana?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot; data-rel-defined=\\u0026quot;true\\u0026quot;\\u0026gt;Confira a previs\\u0026#227;o do tempo em Bel\\u0026#233;m para esta semana\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/para/899143/veja-a-previsao-do-tempo-para-o-fim-de-semana-em-belem?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot; data-rel-defined=\\u0026quot;true\\u0026quot;\\u0026gt;Veja a previs\\u0026#227;o do tempo para o fim de semana em Bel\\u0026#233;m\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;/ul\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Outro efeito destacado por Rafaela \\u0026#233; o aumento do desperd\\u0026#237;cio de alimentos devido \\u0026#224;s mudan\\u0026#231;as na temperatura, que podem acelerar o amadurecimento de frutas e verduras, resultando na redu\\u0026#231;\\u0026#227;o de seu tempo de consumo ideal e no consequente descarte prematuro. “A crise clim\\u0026#225;tica n\\u0026#227;o afeta apenas o meio ambiente, mas tamb\\u0026#233;m o que chega ao prato das pessoas e o quanto elas precisam gastar para se alimentar de forma saud\\u0026#225;vel”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Mais do que uma proje\\u0026#231;\\u0026#227;o, os impactos da crise do clima na seguran\\u0026#231;a alimentar j\\u0026#225; demonstram os seus efeitos. No Brasil, um exemplo desse cen\\u0026#225;rio foi evidenciado pelas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“As chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no ano ado, afetando 2,4 milh\\u0026#245;es de pessoas, foram 6% a 9% mais intensas por conta das mudan\\u0026#231;as clim\\u0026#225;ticas e afetaram, por exemplo, a produ\\u0026#231;\\u0026#227;o do arroz, criando uma crise em todo o Brasil”, exemplifica a Gerente de Pol\\u0026#237;ticas P\\u0026#250;blicas do Pacto Contra a Fome. “A seca extrema que atingiu a regi\\u0026#227;o Amaz\\u0026#244;nica resultou em in\\u0026#250;meros focos de inc\\u0026#234;ndios que devastaram 16,9 milh\\u0026#245;es de hectares de floresta e \\u0026#225;reas cultiv\\u0026#225;veis”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Quer saber mais not\\u0026#237;cias do Par\\u0026#225;? \\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9IlAw2v1J02cbfQ31H\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot; data-rel-defined=\\u0026quot;true\\u0026quot;\\u0026gt;e nosso canal no Whatsapp\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Diante dos riscos, que se unem a fatores j\\u0026#225; conhecidos como a pobreza e a desigualdade, Rafaela destaca que a crise clim\\u0026#225;tica tamb\\u0026#233;m precisa ser encarada como uma amea\\u0026#231;a ao combate \\u0026#224; fome. O que significa que \\u0026#233; necess\\u0026#225;rio pensar em pol\\u0026#237;ticas p\\u0026#250;blicas que consigam mitigar esses efeitos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Uma boa oportunidade para o Brasil n\\u0026#227;o apenas discutir o assunto, mas tamb\\u0026#233;m assumir um protagonismo se dar\\u0026#225; durante a 30\\u0026#170; Confer\\u0026#234;ncia das Partes da Conven\\u0026#231;\\u0026#227;o-Quadro das Na\\u0026#231;\\u0026#245;es Unidas para Mudan\\u0026#231;a do Clima (COP30), que ser\\u0026#225; realizada no Estado do Par\\u0026#225; neste ano.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“O Estado do Par\\u0026#225;, que sediar\\u0026#225; a COP30, possui uma posi\\u0026#231;\\u0026#227;o estrat\\u0026#233;gica para liderar iniciativas que integrem sustentabilidade clim\\u0026#225;tica, inclus\\u0026#227;o socioecon\\u0026#244;mica e seguran\\u0026#231;a alimentar. Algumas a\\u0026#231;\\u0026#245;es que podem ser destacadas incluem incentivo a modelos sustent\\u0026#225;veis de produ\\u0026#231;\\u0026#227;o na agricultura, transi\\u0026#231;\\u0026#227;o agroecol\\u0026#243;gica e o \\u0026#224; cr\\u0026#233;dito compat\\u0026#237;vel com a realidade dos pequenos produtores, incluindo extrativistas, assentados, ind\\u0026#237;genas e quilombolas”, avalia Rafaela Vieira.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;Rafaela Vieira, gerente de Pol\\u0026amp;#237;ticas P\\u0026amp;#250;blicas da ONG Pacto Contra a Fome.\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/890000/767x0/Rafaela_00899580_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F890000%2FRafaela_00899580_0_.jpg%3Fxid%3D3028752%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747940829\\u0026amp;amp;xid=3028752\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/890000/767x0/Rafaela_00899580_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F890000%2FRafaela_00899580_0_.jpg%3Fxid%3D3028752%26resize%3D380%252C200%26t%3D1747940829\\u0026amp;amp;xid=3028752\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; Rafaela Vieira, gerente de Pol\\u0026amp;#237;ticas P\\u0026amp;#250;blicas da ONG Pacto Contra a Fome. |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;Celso Rodrigues/Di\\u0026amp;#225;rio do Par\\u0026amp;#225;\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“N\\u0026#243;s, do Pacto Contra a Fome, acreditamos que \\u0026#233; preciso pensar em a\\u0026#231;\\u0026#245;es integradas, multissetoriais e que agregem inclusive o setor privado. No Par\\u0026#225;, temos desenvolvido iniciativas estrat\\u0026#233;gicas que podem contribuir diretamente para esse legado do estado na COP, conectando pol\\u0026#237;ticas p\\u0026#250;blicas, fortalecimento do Sistema Nacional de Seguran\\u0026#231;a Alimentar e Nutricional (SISAN) e aprimoramento dos fluxos de abastecimento de alimentos no estado”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Entre as iniciativas destacadas por Rafaela est\\u0026#225; um projeto que busca fortalecer o SISAN. “O projeto piloto do Pacto Contra a Fome no Par\\u0026#225;, em parceria com a SEASTER e com apoio t\\u0026#233;cnico e financeiro da Vale, busca apoiar o fortalecimento do SISAN, promovendo governan\\u0026#231;a integrada e multissetorial para garantir que as pol\\u0026#237;ticas p\\u0026#250;blicas de seguran\\u0026#231;a alimentar sejam bem estruturadas no estado”, aponta.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Em outra frente, que chamamos projeto CEASAs, temos como objetivo diagnosticar e propor melhorias nos fluxos de abastecimento e distribui\\u0026#231;\\u0026#227;o de alimentos na Ceasa Par\\u0026#225;, reduzindo desperd\\u0026#237;cios e tornando o sistema alimentar mais eficiente e sustent\\u0026#225;vel”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;SEGURAN\\u0026#199;A ALIMENTAR\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A Gerente de Pol\\u0026#237;ticas P\\u0026#250;blicas da ONG Pacto Contra a Fome, Rafaela Vieira, explica que a defini\\u0026#231;\\u0026#227;o de seguran\\u0026#231;a alimentar, de forma simplificada, se refere ao cidad\\u0026#227;o ter o pleno a uma alimenta\\u0026#231;\\u0026#227;o de qualidade em quantidade suficiente, levando em conta os aspectos nutricionais e sem comprometer as demais necessidades da pessoa. Para isso, ela lembra que \\u0026#233; preciso que o alimento esteja dispon\\u0026#237;vel a pre\\u0026#231;os \\u0026#237;veis em pontos comerciais pr\\u0026#243;ximos. “E tudo isso \\u0026#233;, de alguma forma, impactado pelo clima”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;80 milh\\u0026#245;es\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ainda em 2023, uma declara\\u0026#231;\\u0026#227;o do alto comiss\\u0026#225;rio da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk, alertou que a crise clim\\u0026#225;tica pode colocar 80 milh\\u0026#245;es de pessoas sob risco de fome at\\u0026#233; a metade deste s\\u0026#233;culo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"COP30 Brasil,crise climática,desperdício de alimentos,mudanças climáticas,políticas públicas,segurança alimentar"}
plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 26°
cotação atual R$


home
MEIO AMBIENTE

Mudanças climáticas afetam diretamente a produção de alimentos. Entenda!

Segundo a gerente de Políticas Públicas da ONG Pacto Contra a Fome, Rafaela Vieira, a segurança alimentar e a pauta climática estão diretamente conectadas.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Mudanças climáticas afetam diretamente a produção de alimentos. Entenda! camera Gerente de Políticas Públicas da ONG Pacto Contra a Fome, Rafaela Vieira, destaca que a crise climática também precisa ser encarada como uma ameaça ao combate à fome. | Wagner Santana/Arquivo

Quando se trata dos efeitos causados pela crise climática, os impactos na sensação térmica sentida pela população é apenas uma entre tantas consequências. A maior frequência ou intensidade de eventos climáticos extremos também afeta diretamente os sistemas alimentares em todo o mundo, colocando em risco a segurança alimentar.

A gerente de Políticas Públicas da ONG Pacto Contra a Fome, Rafaela Vieira, lembra que a segurança alimentar e a pauta climática estão diretamente conectadas. “As mudanças climáticas afetam diretamente a produção de alimentos, influenciando sua disponibilidade e preço. Produtos mais saudáveis, como frutas, verduras e legumes, são especialmente sensíveis a variações de temperatura, chuvas e outros fenômenos climáticos”, explica.

“Como resultado, esses alimentos podem se tornar mais caros e menos íveis. Hoje, por exemplo, apenas 25% dos brasileiros conseguem pagar por uma dieta saudável”.

Conteúdos relacionados:

Outro efeito destacado por Rafaela é o aumento do desperdício de alimentos devido às mudanças na temperatura, que podem acelerar o amadurecimento de frutas e verduras, resultando na redução de seu tempo de consumo ideal e no consequente descarte prematuro. “A crise climática não afeta apenas o meio ambiente, mas também o que chega ao prato das pessoas e o quanto elas precisam gastar para se alimentar de forma saudável”.

Mais do que uma projeção, os impactos da crise do clima na segurança alimentar já demonstram os seus efeitos. No Brasil, um exemplo desse cenário foi evidenciado pelas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024.

“As chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no ano ado, afetando 2,4 milhões de pessoas, foram 6% a 9% mais intensas por conta das mudanças climáticas e afetaram, por exemplo, a produção do arroz, criando uma crise em todo o Brasil”, exemplifica a Gerente de Políticas Públicas do Pacto Contra a Fome. “A seca extrema que atingiu a região Amazônica resultou em inúmeros focos de incêndios que devastaram 16,9 milhões de hectares de floresta e áreas cultiváveis”.

Quer saber mais notícias do Pará? e nosso canal no Whatsapp

Diante dos riscos, que se unem a fatores já conhecidos como a pobreza e a desigualdade, Rafaela destaca que a crise climática também precisa ser encarada como uma ameaça ao combate à fome. O que significa que é necessário pensar em políticas públicas que consigam mitigar esses efeitos.

Uma boa oportunidade para o Brasil não apenas discutir o assunto, mas também assumir um protagonismo se dará durante a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima (COP30), que será realizada no Estado do Pará neste ano.

“O Estado do Pará, que sediará a COP30, possui uma posição estratégica para liderar iniciativas que integrem sustentabilidade climática, inclusão socioeconômica e segurança alimentar. Algumas ações que podem ser destacadas incluem incentivo a modelos sustentáveis de produção na agricultura, transição agroecológica e o à crédito compatível com a realidade dos pequenos produtores, incluindo extrativistas, assentados, indígenas e quilombolas”, avalia Rafaela Vieira.

Rafaela Vieira, gerente de Políticas Públicas da ONG Pacto Contra a Fome.
📷 Rafaela Vieira, gerente de Políticas Públicas da ONG Pacto Contra a Fome. |Celso Rodrigues/Diário do Pará

“Nós, do Pacto Contra a Fome, acreditamos que é preciso pensar em ações integradas, multissetoriais e que agregem inclusive o setor privado. No Pará, temos desenvolvido iniciativas estratégicas que podem contribuir diretamente para esse legado do estado na COP, conectando políticas públicas, fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) e aprimoramento dos fluxos de abastecimento de alimentos no estado”.

Entre as iniciativas destacadas por Rafaela está um projeto que busca fortalecer o SISAN. “O projeto piloto do Pacto Contra a Fome no Pará, em parceria com a SEASTER e com apoio técnico e financeiro da Vale, busca apoiar o fortalecimento do SISAN, promovendo governança integrada e multissetorial para garantir que as políticas públicas de segurança alimentar sejam bem estruturadas no estado”, aponta.

“Em outra frente, que chamamos projeto CEASAs, temos como objetivo diagnosticar e propor melhorias nos fluxos de abastecimento e distribuição de alimentos na Ceasa Pará, reduzindo desperdícios e tornando o sistema alimentar mais eficiente e sustentável”.

SEGURANÇA ALIMENTAR

A Gerente de Políticas Públicas da ONG Pacto Contra a Fome, Rafaela Vieira, explica que a definição de segurança alimentar, de forma simplificada, se refere ao cidadão ter o pleno a uma alimentação de qualidade em quantidade suficiente, levando em conta os aspectos nutricionais e sem comprometer as demais necessidades da pessoa. Para isso, ela lembra que é preciso que o alimento esteja disponível a preços íveis em pontos comerciais próximos. “E tudo isso é, de alguma forma, impactado pelo clima”.

80 milhões

Ainda em 2023, uma declaração do alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk, alertou que a crise climática pode colocar 80 milhões de pessoas sob risco de fome até a metade deste século.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. e: dol-br.noticiasalagoanas.com/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Notícias Pará

    Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

    Últimas Notícias